ABSTRACT
Abstract Infection by the hepatitis C virus is more prevalent in patients on dialysis than in the general population in Brazil, and has been associated with worse outcomes. Current therapy for hepatitis C is highly effective, safe, and widely available in Brazil, with coverage provided to dialysis patients with chronic kidney disease, which makes the elimination of hepatitis C a viable target. The Brazilian Society of Nephrology, the Brazilian Society of Hepatology, and the Brazilian Liver Institute developed the "Brazilian Registry for the Elimination of Hepatitis C in Dialysis Units". This project aims to identify, treat, and monitor the response to treatment of patients on chronic dialysis infected with the hepatitis C virus in Brazil. This article presents the issue and invites Brazilian nephrologists to rally around the achievement of a significant goal.
Resumo A infecção pelo vírus da hepatite C é mais prevalente em pacientes em diálise do que na população geral no Brasil e implica um pior prognóstico. O tratamento atual para hepatite C é altamente eficaz, seguro e disponível no país, inclusive para a população de pacientes crônicos em diálise, o que torna a eliminação do vírus da hepatite C uma meta viável. A Sociedade Brasileira de Nefrologia, a Sociedade Brasileira de Hepatologia e o Instituto Brasileiro do Fígado desenvolveram o "Registro Brasileiro para Eliminação da Hepatite C nas Unidades de Diálise". O projeto visa identificar pacientes em diálise crônica com vírus da hepatite C no Brasil, além de tratar e monitorar a resposta virológica após o tratamento. Este breve artigo apresenta o problema e convida os nefrologistas brasileiros a unirem forças nesse objetivo comum.
ABSTRACT
O objetivo deste artigo é rever o "estado da arte" dos avanços, obstáculos e estratégias para atingir a erradicação global da pólio. As ações de controle da poliomielite iniciaram na década de 1960 com o advento das duas vacinas antipoliomielíticas, a vacina oral da pólio (VOP) e a vacina inativada da pólio (VIP). No período de 1985 a 2020, são implementadas estratégias para atingir a meta de erradicação do poliovírus selvagem (WPV). Após o sucesso da interrupção da transmissão autóctone do WPV na região da Américas, foi lançada a meta da erradicação global. Descrevemos o processo de erradicação em quatro tempos: (1) O advento das vacinas VIP e VOP iniciou a era do controle da poliomielite; (2) A utilização massiva e simultânea da VOP teve impacto significativo sobre a transmissão do poliovírus selvagem no final da década de 1970 no Brasil; (3) Políticas públicas (nacionais e internacionais) decidem pela erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem nas Américas e definem as estratégias epidemiológicas para interromper a transmissão; e (4) A implantação das estratégias de erradicação interrompeu a transmissão autóctone do WPV em quase todas as regiões do mundo, exceto no Paquistão e Afeganistão, onde, em 2020, cadeias de transmissão do WPV1 desafiam as estratégias de contenção do vírus. Por outro lado, a persistência e a disseminação da circulação do poliovírus derivado da VOP, em países com baixa cobertura vacinal, somadas às dificuldades para substituir a VOP pela VIP constituem, atualmente, os obstáculos para a erradicação a curto prazo. Finalmente, discutimos as estratégias para superar os obstáculos e os desafios na era pós-erradicação.
El objetivo de este artículo es revisar el "estado de la cuestión" de los avances, obstáculos y estrategias para alcanzar la erradicación global de la polio. Las acciones de control de la poliomielitis se iniciaron en la década de 1960, con el advenimiento de las dos vacunas antipoliomielíticas, la vacuna oral de la polio (VOP) y la vacuna inactivada de la polio (VIP). En el período de 1985 a 2020, se implementan estrategias para alcanzar la meta de la erradicación del virus de la polio salvaje (WPV). Tras el éxito de la interrupción de la transmisión autóctona del WPV en la región de las Américas, se lanzó la meta de la erradicación global. Describimos el proceso de erradicación en cuatro tiempos: (1) El advenimiento de las vacunas VIP y VOP inició la era del control de la poliomielitis; (2) La utilización masiva y simultánea de la VOP tuvo un impacto significativo sobre la transmisión del virus de la polio salvaje, al final de la década de 1970, en Brasil; (3) Políticas públicas (nacionales e internacionales) deciden la erradicación de la transmisión autóctona del virus de la polio salvaje en las Américas y definen las estrategias epidemiológicas para interrumpir la transmisión; y (4) La implantación de las estrategias de erradicación interrumpió la transmisión autóctona del WPV en casi todas las regiones del mundo, excepto en Paquistán y Afganistán, donde, en 2020, cadenas de transmisión del WPV1 desafían las estrategias de contención del virus. Por otro lado, la persistencia y la diseminación de la circulación del virus de la polio, derivado de la VOP, en países con baja cobertura de vacunas, sumadas a las dificultades para substituir la VOP por la VIP constituyen, actualmente, los obstáculos para la erradicación a corto plazo. Finalmente, discutimos las estrategias para superar los obstáculos y los desafíos en la era poserradicación.
This article's objective is to review the "state of the art" in the progress, obstacles, and strategies for achieving global polio eradication. Poliomyelitis control measures began in the 1960s with the advent of two vaccines, the oral polio vaccine (OPV) and the inactivated polio vaccine (IPV). From 1985 to 2020, strategies were implemented to reach the goal of eradication of wild poliovirus (WPV). Following the success with the interruption of indigenous WPV transmission in the Americas, the goal of global eradication was launched. We describe the process of eradication in four historical stages: (1) The advent of the inactivated and oral polio vaccines launched the age of poliomyelitis control; (2) The massive and simultaneous use of OPV had a significant impact on WPV transmission in the late 1970s in Brazil; (3) Domestic and international public policies set the goal of eradication of indigenous WPV transmission in the Americas and defined the epidemiological strategies to interrupt transmission; and (4) The implementation of eradication strategies interrupted indigenous WPV transmission in nearly all regions of the world except Pakistan and Afghanistan, where in 2020 the WPV1 transmission chains have challenged the strategies for containment of the virus. Meanwhile, the persistence and dissemination of circulation of OPV-derived poliovirus in countries with low vaccination coverage, plus the difficulties in replacing OPV with IPV, are currently the obstacles to eradication in the short term. Finally, we discuss the strategies for overcoming the obstacles and challenges in the post-eradication era.
Subject(s)
Humans , Poliomyelitis/prevention & control , Poliomyelitis/epidemiology , Immunization Programs , Brazil/epidemiology , Poliovirus Vaccine, Oral , Afghanistan , Disease EradicationABSTRACT
RESUMO Objetivos Descrever o perfil epidemiológico da hanseníase no Brasil no período de 2005 a 2015 e verificar como os indicadores brasileiros estão se comportando em relação às metas estipuladas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminação dessa doença. Métodos A pesquisa foi realizada a partir dos dados disponíveis nos sites do Ministério da Saúde. Foram avaliados os indicadores: dados de prevalência, coeficientes de detecção geral e conforme grupo etário (< 15 anos ou ≥ 15 anos), porcentagem de cura e grau 2 de incapacidade. Resultados No período do estudo, o coeficiente de prevalência dos casos de hanseníase manteve-se em patamar médio (de 1,00 a 4,99/10 000 habitantes), com tendência nacional decrescente. Entretanto, esse comportamento não foi observado nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. O coeficiente de casos novos em indivíduos com menos de 15 anos apresentou diminuição entre 2005 e 2015 em todas as regiões. O coeficiente de detecção de casos novos diagnosticados com grau 2 de incapacidade teve redução significativa, principalmente nas regiões Sul e Sudeste; o Norte do país foi a única região com aumento desse coeficiente. O percentual de cura de hanseníase no Brasil, independentemente da faixa etária, não sofreu alteração desde 2005, sendo considerado regular (75% a 90%). Conclusão Os principais indicadores de hanseníase apresentaram redução no período do estudo. Embora o Brasil não tenha erradicado a hanseníase, essa meta deverá ser alcançada em 2020 caso sejam mantidos os parâmetros. Recomenda-se adaptar a política de atenção à hanseníase à realidade de cada região brasileira, visto que a prevalência da doença apresenta distribuição heterogênea.
ABSTRACT Objective To describe the epidemiological profile of leprosy in Brazil in the period from 2005 to 2015 and describe the behavior of leprosy indicators in relation to the goals established by the World Health Organization (WHO) for elimination of this disease. Method The study was performed using data from the Ministry of Health websites. The following indicators were assessed: prevalence, overall coefficient of detection, coefficient of detection according to age (< 15 years or ≥ 15 years), cure rate, and proportion of cases with WHO grade 2 disability. Results During the study period, the prevalence of leprosy cases was stable at a medium level (1.00 to 4.99/10 000 population), with decreasing national trend. However, the national trend was not observed in the Northeast, North, and Midwest regions. The coefficient of new cases in individuals < 15 years of age decreased from 2005 to 2015 in all regions. A marked decrease was detected in the proportion of new cases with grade 2 disability, especially in the South and Southeast. The North was the only region with increase in this indicator. The rate of leprosy cure in Brazil has not changed since 2005, having remained within the 75-90% range regardless of age group. Conclusion There was improvement (reduction) in the main leprosy indicators in Brazil from 2005 to 2015. Even though Brazil did not eradicate leprosy, this goal will likely be reached in 2020 if the current parameters are maintained. Leprosy control policies should be adapted to the reality of each Brazilian region, given the heterogeneous distribution of prevalence.
RESUMEN Objetivos Describir el perfil epidemiológico de la lepra en el Brasil en el período 2005-2015 y verificar cómo se comportan los indicadores brasileños en relación con las metas establecidas por la Organización Mundial de la Salud (OMS) para la eliminación de esa enfermedad. Métodos La investigación se realizó a partir de los datos disponibles en los sitios del Ministerio de Salud. Los indicadores evaluados fueron los datos de prevalencia, los coeficientes de detección general y por grupo etario (<15 o ≥ 15 años), el porcentaje de curación y la discapacidad de grado 2. Resultados En el período del estudio, el coeficiente de prevalencia de casos de lepra se mantuvo en un nivel promedio (de 1,00 a 4,99/10 000 habitantes), con una tendencia nacional decreciente. Sin embargo, en las regiones del nordeste, norte y centro-oeste no se observó ese comportamiento. El coeficiente de casos nuevos en menores de 15 años disminuyó entre el 2005 y el 2015 en todas las regiones. El coeficiente de detección de casos nuevos con diagnóstico de discapacidad de grado 2 tuvo una reducción significativa, principalmente en las regiones del sur y del sudeste; el norte del país fue la única región donde aumentó ese coeficiente. El porcentaje de curación de la lepra en el Brasil no ha cambiado desde el 2005 y se considera regular (de 75% a 90%), independientemente del grupo de edad. Conclusión Los principales indicadores de lepra se redujeron en el período del estudio. Aunque no se haya erradicado la lepra en el Brasil, esa meta deberá alcanzarse en el 2020 si se mantienen los parámetros. Se recomienda adaptar la política de atención a la lepra a la realidad de cada región brasileña, en vista de que la prevalencia de la enfermedad presenta una distribución heterogénea.
Subject(s)
Disease Eradication , Disease Eradication/organization & administration , Leprosy/prevention & control , Leprosy/epidemiology , BrazilABSTRACT
ABSTRACT Objective To propose and test a model for analyzing municipalities' level of risk of reintroduction and transmission of the measles virus in the post-elimination period in the Americas. Methods An ecological-analytical study was conducted using data on the measles epidemic that occurred in 2013-2015 in northeastern Brazil. The variables for analysis were selected after an extensive review of scientific literature on the risk of importation of measles cases. A univariate analysis considering the presence or absence of confirmed cases of measles in 184 municipalities in the state of Ceará, Brazil, was carried out to evaluate the association between the dependent variable and 23 independent variables, grouped into four categories: 1) characteristics of the municipalities; 2) quality indicators for immunization programs and epidemiological surveillance; 3) organizational structure for the public health response; and 4) selected impact indicators. A P value < 0.05 was considered significant. All variables with P < 0.200 were analyzed using multivariate logistic regression. Based on the results, the municipalities were categorized by four levels of risk ("low," "medium," "high," and "very high"). Results The model sensitivity was 95% for concordance between municipalities classified as "high risk" and "very high risk" and those that had an epidemic between 2013 and 2015 in Ceará. Of the 38 municipalities that had an epidemic, 76% (29/38) were classified as "high risk" and "very high risk"; 146 municipalities did not report cases (P < 0.0002). Conclusions Given the imminent risk of reintroduction of measles circulation in the post-elimination period in the Americas, this model may be useful in identifying areas at greater risk for reintroduction and continued transmission of measles. Knowledge of vulnerable areas could trigger appropriate surveillance and monitoring to prevent sustained transmission.
RESUMEN Objetivo Proponer y poner a prueba un modelo para analizar el nivel de riesgo de reintroducción y transmisión del virus del sarampión que existe en los municipios durante el período posterior a la eliminación en la Región de las Américas. Métodos Se realizó un estudio ecológico y analítico empleando datos sobre la epidemia de sarampión que afectó al noreste del Brasil del 2013 al 2015. Las variables para el análisis se seleccionaron después de efectuar un amplio examen de las publicaciones científicas sobre el riesgo de importación de casos de sarampión. Se llevó a cabo un análisis con una sola variable considerando la presencia o ausencia de los casos de sarampión confirmados en 184 municipios del estado de Ceará (Brasil) para evaluar la asociación entre la variable dependiente y 23 variables independientes, que se agruparon en cuatro categorías: 1) características de los municipios; 2) indicadores de calidad de los programas de vacunación y la vigilancia epidemiológica; 3) estructura de organización de la respuesta de salud pública, y 4) indicadores del impacto seleccionados. Se consideró significativo un valor de P < 0,05. Todas las variables con un valor P < 0,200 se analizaron empleando una regresión logística con varias variables. Teniendo en cuenta los resultados, los municipios se clasificaron en función de cuatro niveles de riesgo ("bajo", "medio", "alto" y "muy alto"). Resultados El modelo tenía una sensibilidad de 95% en el caso de la concordancia entre los municipios clasificados dentro de las categorías de "riesgo alto" y "riesgo muy alto" y los que tuvieron una epidemia entre el 2013 y el 2015 en Ceará. De los 38 municipios que tuvieron una epidemia, 76% (29/38) se clasificaron dentro de las categorías de "riesgo alto" y "riesgo muy alto"; 146 municipios no notificaron casos (P < 0,0002). Conclusiones Dado el riesgo inminente de reintroducción de la circulación del sarampión durante el período posterior a la eliminación en la Región de las Américas, este modelo puede ser útil para reconocer las zonas en las que existe un mayor riesgo de reintroducción y transmisión continua del sarampión. El conocimiento de las zonas vulnerables podría desembocar en actividades de vigilancia y seguimiento apropiadas para evitar la transmisión sostenida.
RESUMO Objetivo Elaborar e testar um modelo para analisar o risco de reintrodução e transmissão do vírus do sarampo ao nível municipal no período pós-eliminação nas Américas. Métodos Um estudo analítico-ecológico foi realizado com base nos dados da epidemia de sarampo ocorrida em 2013-2015 no nordeste do Brasil. As variáveis para análise foram selecionadas após extensa revisão da literatura científica sobre o risco de importação de casos de sarampo. Uma análise univariada considerando a presença ou a ausência de casos confirmados de sarampo em 184 municípios no Estado do Ceará foi conduzida para avaliar a associação entre a variável dependente e 23 variáveis independentes divididas em quatro grupos: 1) características dos municípios, 2) indicadores de qualidade dos programas de vacinação e da vigilância epidemiológica, 3) estrutura organizacional para resposta em saúde pública e 4) indicadores de impacto selecionados. Um nível de significância de 5% foi definido. Todas as variáveis com P < 0,200 foram analisadas por regressão logística multivariada e, segundo os resultados, os municípios foram categorizados em quatro níveis de risco: baixo, intermediário, alto e muito alto. Resultados A sensibilidade do modelo foi de 95% para concordância entre os municípios categorizados como "risco alto" e "risco muito alto" e os que registraram a ocorrência de epidemia entre 2013 e 2015 no Ceará. Dos 38 municípios onde ocorreu uma epidemia, 76% (29/38) apresentaram "risco alto" e "risco muito alto" de reintrodução e transmissão do vírus do sarampo e 146 municípios não notificaram casos (P < 0,0002). Conclusão Diante do risco iminente de reintrodução da circulação do vírus do sarampo no período pós-eliminação nas Américas, este modelo pode servir para identificar as áreas de maior risco de reintrodução e transmissão contínua do vírus do sarampo. Conhecer as áreas vulneráveis incentiva a adoção de procedimentos adequados de vigilância e monitoramento a fim de prevenir a transmissão sustentada.
Subject(s)
Disease Eradication , Health Services Research , Brazil , Risk AssessmentABSTRACT
ABSTRACT The year 2017 marks the 40th year of the establishment of the Expanded Program on Immunization (EPI) by the Pan American Health Organization (PAHO), the regional office of the World Health Organization (WHO) in the Americas, the first WHO region certified as eliminating poliomyelitis (1994), measles (2016), and rubella and congenital rubella syndrome (CRS) (2015). The English- and Dutch-speaking Caribbean subregion of the Americas paved the way in eliminating these diseases. This report highlights the innovative strategies used in this subregion that helped make the EPI a success. A review of published/unpublished reports and written and oral accounts of the experiences of Immunization Advisors and national EPI managers was conducted to identify the strategies used to strengthen the Immunization program in the subregion since its implementation by countries in 1977. The results show that these include strong collective political commitment, country-specific immunization legislation, joint use of a standard coverage monitoring chart, annual meetings of national EPI managers, collaborative development of annual national Plans of Action for Immunization, coordinated implementation of vaccination campaigns, subregional oversight of surveillance and laboratory support, a performance award system for countries, and subregional standardized templates for immunization manuals and procedural guidelines. Political will and support for immunization has been particularly strong in this subregion, where 99% of EPI costs are borne by governments. Dedicated health staff and multi-country agreement and application of strategies have led to high sustained coverage and good-quality surveillance, resulting in the absence of wild polio for 34 years, measles for 25 years, CRS for 17 years, and rubella for 15 years.
RESUMEN En el 2017 se celebra el cuadragésimo año de la instauración del Programa Ampliado de Inmunización (PAI) por la Organización Panamericana de la Salud (OPS), la Oficina Regional de la Organización Mundial de la Salud (OMS) para las Américas. Esta fue la primera región de la OMS que obtuvo la certificación de la eliminación de la poliomielitis (1994), el sarampión (2016) y la rubéola y el síndrome de rubéola congénita (2015). La subregión de habla inglesa y holandesa del Caribe en las Américas abrió el camino a la eliminación de estas enfermedades. En el presente artículo se destacan las estrategias innovadoras utilizadas en esta subregión que contribuyeron al éxito del PAI. Se llevó a cabo una revisión de los informes publicados e inéditos y de los relatos escritos y orales de las experiencias de los Expertos en Inmunización y los gerentes nacionales del PAI con el objeto de determinar las estrategias utilizadas con miras a fortalecer el programa de vacunación en la subregión, desde su introducción en los países en 1977. Los resultados ponen de manifiesto que los programas comportaban un fuerte compromiso político colectivo, legislaciones en materia de inmunización propias de cada país, la utilización común de un registro gráfico normalizado de monitoreo de coberturas de vacunación, reuniones anuales de los gerentes nacionales del PAI, la elaboración conjunta de planes de acción anuales nacionales sobre vacunas, la ejecución coordinada de campañas de vacunación, la supervisión de la vigilancia y el apoyo a los laboratorios a escala subregional, un sistema de reconocimiento al desempeño de los países y plantillas subregionales normalizadas de los manuales de vacunación y los procedimientos recomendados. La voluntad política y el apoyo a la vacunación han sido muy sólidos en esta subregión, donde los gobiernos sufragan 99% de los costos del PAI. La existencia de personal sanitario dedicado y los acuerdos multinacionales y la aplicación de las estrategias permitieron alcanzar una alta cobertura de manera sostenida y una vigilancia de buena calidad, cuyo resultado fue la ausencia de poliomielitis salvaje durante 34 años, de sarampión durante 25 años, del síndrome de la rubéola congénita durante 17 años y de la rubéola durante 15 años.
RESUMO O ano de 2017 marca o 40° aniversário da criação do Programa Ampliado de Imunização (PAI) pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, primeira Região da OMS certificada como tendo eliminado a poliomielite (1994), o sarampo (2016) e a rubéola e síndrome da rubéola congênita (2015). A sub-região das Américas constituída pelos países do Caribe de língua inglesa e holandesa abriu caminho ao eliminar essas doenças. Este relato destaca as estratégias inovadoras usadas nesta sub-região que contribuíram para tornar o PAI um programa bem-sucedido. Foi realizada uma análise de informes publicados/inéditos e relatos orais e escritos da experiência dos assessores para assuntos de imunização e coordenadores nacionais do PAI visando identificar as estratégias aplicadas para consolidar o programa nos países da sub-região desde a sua implementação em 1977. Os resultados demonstram firme compromisso político coletivo, legislação de vacinação própria em cada país, uso conjunto de uma lista padrão para o monitoramento da cobertura, reuniões anuais dos coordenadores nacionais do PAI, desenvolvimento colaborativo de planos de ação nacionais anuais para vacinação, campanhas coordenadas de vacinação, supervisão sub-regional da vigilância e infraestrutura laboratorial, sistema de premiação dos países por bom desempenho, modelos padronizados para os manuais de vacinação e protocolos de procedimentos. A sub-região se caracteriza sobretudo pela vontade e apoio políticos para vacinação, sendo 99% do custo do PAI financiados pelos governos. Equipes de saúde diligentes, acordos entre vários países e emprego de estratégias são fatores que contribuem para elevada cobertura sustentada e vigilância de boa qualidade com a consequente não ocorrência de casos de poliomielite por vírus selvagem por 34 anos, de casos de sarampo por 25 anos, de casos de síndrome da rubéola congênita por 17 anos e de casos de rubéola por 15 anos.