ABSTRACT
Com o envelhecimento populacional, há uma tendência ao aumento do número de pacientes idosos portadores de câncer. No entanto, não existem protocolos bem definidos para a abordagem terapêutica deste grupo de pacientes. Uma das maiores dificuldades relacionadas a essa abordagem é determinar se os benefícios do tratamento são superiores aos seus possíveis danos. A idade cronológica não é um bom preditor de falência ou de intolerância ao tratamento. Uma adequada avaliação do paciente idoso com câncer é a chave para a seleção e administração da terapia mais eficaz e segura. É necessária uma avaliação individual abrangente que defina a "idade fisiológica" do idoso. Para isso, algumas ferramentos são propostas. Uma delas é a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), a qual considera fatores dos âmbitos da funcionalidade, a presença de comorbidades, cognição, condições sócio-econômica e emocional, estado nutricional, presença de síndromes geriátricas e polifarmácia. Porém, esta abordagem demanda tempo, o que a torna impraticável num cenário médico típico. Desta forma, são propostas ferramentas de rastreio para identificar o idoso que necessita de uma abordagem mais completa. Assim, seria possível estratificar esses pacientes em três grupos: um grupo de pacientes funcionalmente independentes e sem comorbidades graves; um segundo grupo de pacientes dependentes em uma ou mais Atividade Instrumental da Vida Diária (AIVD) e/ou com uma ou mais comorbidades associadas; e um grupo de pacientes frágeis. A partir daí, é possível delinear um plano terapêutico individualizado com uma relação risco-benefício mais favorável
Subject(s)
Humans , Aged , Genes, Neoplasm , Geriatric Assessment , Health of the ElderlyABSTRACT
Com o envelhecimento populacional, há uma tendência ao aumento do número de pacientes idosos portadores de câncer. No entanto, não existem protocolos bem definidos para a abordagem terapêutica deste grupo de pacientes. Uma das maiores dificuldades relacionadas a essa abordagem é determinar se os benefícios do tratamento são superiores aos seus possíveis danos. A idade cronológica não é um bom preditor de falência ou de intolerância ao tratamento. Uma adequada avaliação do paciente idoso com câncer é a chave para a seleção e administração da terapia mais eficaz e segura. É necessária uma avaliação individual abrangente que defina a "idade fisiológica" do idoso. Para isso, algumas ferramentos são propostas. Uma delas é a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), a qual considera fatores dos âmbitos da funcionalidade, a presença de comorbidades, cognição, condições sócio-econômica e emocional, estado nutricional, presença de síndromes geriátricas e polifarmácia. Porém, esta abordagem demanda tempo, o que a torna impraticável num cenário médico típico. Desta forma, são propostas ferramentas de rastreio para identificar o idoso que necessita de uma abordagem mais completa. Assim, seria possível estratificar esses pacientes em três grupos: um grupo de pacientes funcionalmente independentes e sem comorbidades graves; um segundo grupo de pacientes dependentes em uma ou mais Atividade Instrumental da Vida Diária (AIVD) e/ou com uma ou mais comorbidades associadas; e um grupo de pacientes frágeis. A partir daí, é possível delinear um plano terapêutico individualizado com uma relação risco-benefício mais favorável (AU)