ABSTRACT
ABSTRACT OBJECTIVE: To examine the HIV care cascade among trans women and travestis in São Paulo - Brazil, the most populous city in South America. METHODS: Using data from a cross-sectional study carried out between November 2016 and May 2017 in the city of São Paulo (Divas Research). Respondent driven sampling (RDS) was used to recruit 386 transgender women and travestis who participated in a HIV risk survey and were tested for HIV. The cascade was defined as HIV prevalence, HIV diagnosed, Antiretroviral (ART) Prescription, and currently on ART. A multiple analysis model was conducted to identify the association between sociodemographics and the cascade gaps. RESULTS: Of the trans women living with HIV, 80.9% were already diagnosed, 76.6% of them had been prescribed, of which 90.3% were currently on treatment. Those who were registered in care had a higher rate of ART (aPR 2.06; 95%CI 1.09-3.88). Trans women between 31-40 years old (aPR 1.65; 95%CI 1.09-2.50) and those older than 40 (aPR 1.59; 95%CI 1.04-2.43) had higher prevalence of ART. CONCLUSIONS: Our data suggest an increase in the testing and treatment policy implementation among trans women in the city of São Paulo, although gaps have been found in the linkage to care. However, young trans women and those not registered in health care service may benefit from efforts to engage this part of the population in care to improve HIV treatment and care outcomes.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Quality of Life/psychology , HIV Infections/drug therapy , Continuity of Patient Care , Anti-Retroviral Agents/therapeutic use , Social Stigma , Transgender Persons/statistics & numerical data , Brazil/epidemiology , HIV Infections/epidemiology , Seroepidemiologic Studies , Cross-Sectional Studies , Medication Adherence/psychology , Social Marginalization/psychology , Health Services AccessibilityABSTRACT
INTRODUCTION: Pre-exposure prophylaxis is defined as the use of antiretroviral drugs to prevent HIV acquisition in uninfected individuals. Recognizing the increasing use of informal pre-exposure prophylaxis in Portugal, CheckpointLX, a community clinic targeted to men who have sex with men in Lisbon, Portugal, began offering counselling and follow-up services prior to formal introduction. This study aims to characterize pre-exposure prophylaxis users attending CheckpointLX before formal pre-exposure prophylaxis introduction in Portugal, and those who were referred to pre-exposure prophylaxis in the National Health Service following formal approval of pre-exposure prophylaxis. MATERIAL AND METHODS: Data was collected by peer counsellors between May 2015 and September 2018 and inserted in a database. Medical care followed the European AIDS Clinical Society recommendations for pre-exposure prophylaxis eligibility, initiation and follow-up. For formal pre-exposure prophylaxis, the General-Directorate for Health's Pre-exposure Prophylaxis guidelines checklist was used. RESULTS: Until the end of May 2018, CheckpointLX had a total of 90 appointments for wild pre-exposure prophylaxis, of which 64 (71%) were first time visits. As for the 380 service users referred to the National Health Service, most were Portuguese (n = 318, 84%), and the mean age was 31 (8.9) years old. Condomless sex in the last six months with partners of unknown HIV status was the most common eligibility criteria (n = 59, 83%). DISCUSSION: Pre-exposure prophylaxis delivery should be complemented with effective information on the importance of immunization and education on safer practices of drug administration, in the scope of broader preventive sexual health care. CONCLUSION: Much remains to be done in Portugal to ensure that pre-exposure prophylaxis is available to those who need it the most. Offering pre-exposure prophylaxis at community clinics could be a first step.
Introdução: A profilaxia pré-exposição pode ser definida como o uso de medicamentos anti-retrovirais para prevenir a aquisição do VIH em indivíduos não infectados. Reconhecendo o uso crescente da profilaxia pré-exposição informal em Portugal, o CheckpointLX, uma clínica comunitária destinada a homens que têm sexo com homens em Lisboa, Portugal, começou a oferecer aconselhamento e serviços de acompanhamento antes da introdução formal. Este estudo pretende caracterizar os utilizadores da profilaxia pré-exposição que frequentam o CheckpointLX antes da introdução formal da profilaxia pré-exposição em Portugal, e aqueles que foram encaminhados para a profilaxia pré-exposição no Serviço Nacional de Saúde após a aprovação formal da profilaxia pré-exposição. Material e Métodos: Os dados foram colhidos por pares entre maio de 2015 e setembro de 2018 e inseridos numa base de dados. Os cuidados médicos seguiram as recomendações da European AIDS Clinical Society para elegibilidade, iniciação e acompanhamento da profilaxia pré-exposição. Para a profilaxia pré-exposição formal, foi utilizada a lista de verificação da Norma de Profilaxia Pré-exposição da Direção-Geral da Saúde. Resultados: Até ao final de maio de 2018, o CheckpointLX fez um total de 90 consultas para o wild pre-exposure prophylaxis, das quais 64 (71%) foram primeiras consultas. Quanto aos 380 utilizadores referenciados ao Serviço Nacional de Saúde, a maioria era de nacionalidade portuguesa (n = 318, 84%) e a idade média era de 31 (8,9) anos. Sexo sem preservativo nos últimos seis meses com parceiros com estatuto VIH desconhecido foi o critério de elegibilidade mais reportado (n = 59, 83%). Discussão: A dispensa da profilaxia pré-exposição deve ser complementada com informações eficazes sobre a importância da imunização e da educação em práticas mais seguras de administração de medicamentos, no âmbito de cuidados de saúde sexual preventivos mais amplos. Conclusão: Ainda há muito a ser feito em Portugal para garantir que a profilaxia pré-exposição esteja disponível para aqueles que mais dela precisam. Oferecer profilaxia pré-exposição em clínicas comunitárias pode ser um primeiro passo.
Subject(s)
Anti-Retroviral Agents/administration & dosage , HIV Infections/prevention & control , Homosexuality, Male/statistics & numerical data , Pre-Exposure Prophylaxis/statistics & numerical data , Adolescent , Adult , Brazil/ethnology , Checklist , Condoms/statistics & numerical data , Hospitals, Special/statistics & numerical data , Humans , Male , Middle Aged , Portugal , Practice Guidelines as Topic , Referral and Consultation/statistics & numerical data , Sex Counseling/statistics & numerical data , Spain/ethnology , Vaccination/statistics & numerical data , Young AdultABSTRACT
ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the conception of seropositive young people on how to prevent HIV infection. METHODS This is a qualitative study using semi-structured interviews with HIV-positive young people whose diagnosis was made in adolescence 5 years ago or less. We followed a semi-structured script containing sociodemographic data and an open question on HIV/AIDS prevention. The interviews were recorded and fully transcribed, then analyzed with the support of the webQDA software. We used the categories that compose the concept of vulnerability as a theoretical basis for data analysis. RESULTS We interviewed 39 young people, 23 girls and 16 boys. Some perceive the prevention of HIV infection only as an individual issue, summarizing it to the use of condoms and self-care. Most of the interlocutors point out educational strategies as the most relevant for prevention but used in a permanent and non-punctual way. In schools, they believe it is necessary to include younger students and their family. Guidelines should be given by people who can use the language of young people and preferably by HIV-positive people, to show the reality of those who have AIDS. In the programmatic field, they suggest intensifying campaigns in the media, distributing condoms in large scale, producing vaccines and medicines that cure. No one mentioned the female condom, the rapid test, nor the availability of sexual and reproductive health care. CONCLUSIONS The qualification and expansion of communication strategies on sexuality in schools is urgent and essential in HIV and AIDS prevention in adolescence, contrary to the current trend of restricting the discussion of these topics in education policies.
RESUMO OBJETIVO Analisar a concepção de jovens soropositivos sobre como prevenir a infecção pelo HIV. MÉTODOS Estudo qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas com jovens soropositivos cujo diagnóstico foi feito na adolescência havia no máximo 5 anos. Seguimos roteiro semiestruturado contendo dados sociodemográficos e pergunta aberta sobre prevenção de HIV-Aids. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra, sendo analisadas com apoio do software webQDA. Utilizamos as categorias que compõem o conceito de vulnerabilidade como base teórica para a análise dos dados. RESULTADOS Entrevistamos 39 jovens, 23 do sexo feminino e 16 do masculino. Alguns percebem a prevenção da infecção pelo HIV apenas como uma questão individual, resumindo-a ao uso do preservativo e ao autocuidado. A maior parte dos interlocutores aponta estratégias educativas como as mais relevantes para a prevenção, mas utilizadas de forma permanente e não pontual. Nas escolas, acreditam ser necessário incluir alunos mais novos e a família. As orientações devem ser ministradas por pessoas que utilizam a linguagem dos jovens e de preferência por soropositivos, para mostrar a realidade da vida de quem tem Aids. No campo programático, indicam intensificação das campanhas na mídia, distribuição de camisinha em larga escala, produção de vacinas e medicamentos que curem. Não houve menção ao preservativo feminino, ao teste rápido, à disponibilidade de atendimento em saúde sexual e reprodutiva. CONCLUSÕES A qualificação e ampliação das estratégias de comunicação sobre sexualidade nas escolas é urgente e essencial na prevenção de HIV e Aids na adolescência, ao contrário da tendência que hoje se verifica de restrição da discussão sobre esses temas nas políticas de educação.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Adult , Young Adult , HIV Infections/prevention & control , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Sexual Behavior , Socioeconomic Factors , Students , Brazil , Surveys and Questionnaires , Condoms , Qualitative ResearchABSTRACT
ABSTRACT OBJECTIVE Estimating HIV prevalence and describing the incentives and barriers for HIV testing among female sex workers. METHODS This cross-sectional study recruited 402 women aged 18 years or older, residing in Fortaleza, state of Ceará, Brazil, who reported having had sexual intercourse in exchange for money in last four months. The sample was recruited using Respondent Driven Sampling, between August and November 2010. RESULTS The 84.1% of the sample tested and the estimated prevalence of HIV infection was 3.8%. The sample was young (25 to 39 years ), single (80.0%), with one to three children (83.6%), had eight or more years of schooling (65.7%), and belonged to social classes D/E (53.1%). The majority worked in fixed locations (bars, motels, hotels, sauna - 88.9%), and prostitution was their only source of income (54.1%). About 25% of the sample did not know where to test in the public health sector and 51.8% either never tested or hadn't tested for over a year or more. The main reported barriers to testing were the perceptions that there was no risk of becoming infected (24.1%), and, alternatively, fear of discrimination if the test was positive (20.5%). Incentives for testing were the greater availability of testing sites (57.0%) and health facilities with alternative schedules (44.2%). CONCLUSIONS Prevalence for HIV was similar to that found in other Brazilian cities in different regions of the country, although higher than the general female population. Non-traditional venues not associated with the health system and availability of testing in health units during non-commercial hours are factors that encourage testing. Not considering oneself to be at risk, fear of being discriminated against and not knowing testing locations are barriers.
RESUMO OBJETIVO Estimar a prevalência do HIV e descrever os incentivos e barreiras à realização do teste para o HIV entre mulheres profissionais do sexo. MÉTODOS Este estudo transversal recrutou 402 mulheres de 18 anos ou mais, residentes em Fortaleza, CE, que informaram ter tido relação sexual em troca de dinheiro nos últimos quatro meses. A amostra foi recrutada por meio da técnica Respondent Driven Sampling, entre agosto e novembro de 2010. RESULTADOS A adesão ao teste de HIV foi de 84,1% e a prevalência estimada da infecção pelo HIV foi de 3,8%. A amostra era jovem (25 a 39 anos), solteira (80,0%), com um a três filhos (83,6 %), tinham oito anos ou mais de estudo (65,7%) e pertencia às classes sociais D/E (53,1%). A maioria exercia a profissão em locais fechados (bares, motéis, hotéis, sauna - 88,9%), e a prostituição era a única fonte de renda (54,1%). Cerca de 25% da amostra desconhecia onde o teste de HIV era realizado na rede pública e 51,8% nunca fez o teste ou se testou há um ano ou mais. As principais barreiras ao teste foram acreditar que não corre risco de se infectar (24,1%) e o medo da discriminação caso o teste fosse reagente (20,5%). Os incentivos foram relacionados à maior oferta de locais para o teste (57,0%) e de unidades de saúde com horários alternativos (44,2%). CONCLUSÕES A prevalência foi semelhante à encontrada em outras cidades brasileiras de diferentes regiões do país, apesar de superiores a de mulheres não profissionais do sexo. A disponibilidade do teste em locais não relacionados à saúde e a oferta nas unidades básicas em horário não comercial são fatores que incentivam a realização do teste. Não se considerar sob-risco, medo de ser discriminada e desconhecimento dos locais onde o teste é realizado podem ser uma barreira para a realização do exame.
Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Aged , Young Adult , HIV Infections/diagnosis , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Sex Workers/statistics & numerical data , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , HIV Infections/psychology , HIV Infections/epidemiology , Mass Screening , Prevalence , Cross-Sectional Studies , Sex Workers/psychology , Health Services Accessibility , Middle AgedABSTRACT
Objetivo: Analisar o protagonismo de adolescentes escolares na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Métodos Estudo qualitativo do tipo pesquisa-ação desenvolvido com dez adolescentes, com idade entre 15 e 16 anos, de uma escola pública. Os dados foram coletados em grupos focais, entrevistas e observação e analisados na técnica de análise do discurso. Resultados Os depoimentos revelaram que os adolescentes protagonizaram suas participações no planejamento da intervenção educativa, definindo e organizando o espaço educativo escolar, e confeccionando materiais e temas a serem utilizados nas ações de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, gerando um sentimento de domínio sobre o assunto. Conclusão Os participantes do estudo apresentaram protagonismo na elaboração de atividades de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis no ambiente escolar.
Objective: To analyze the protagonism of school adolescents in preventing sexually transmitted diseases. Methods This is a qualitative action-research study, which was developed with ten adolescents (aged 15-16 years) from a public school. The data were collected from focus groups, interviews, and observation, being analyzed by using the discourse analysis technique. Results The adolescents testimonies revealed that they participated in planning of the educational intervention, and defined and organized the school environment. In addition, they prepared materials and themes for use in the preventive actions against sexually transmitted diseases, which generated a feeling knowledge on the subject. Conclusion The participants in the study showed protagonism in the school environment by preparing activities for prevention of sexually transmitted diseases.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adolescent Behavior , Sexually Transmitted Diseases/prevention & control , HIV Infections/prevention & control , Sex Education , Qualitative ResearchABSTRACT
INTRODUCCIÓN: las infecciones de transmisión sexual, en general, y de manera especial, el VIH/sida en los adolescentes y jóvenes, constituyen un serio problema de salud, y el riesgo de padecerlas está muy relacionado con el comportamiento sexual, las formas de protegerse, los conocimientos y la percepción de riesgo, entre otros factores. OBJETIVOS: incrementar los conocimientos sobre las infecciones de transmisión sexual y el virus de inmunodeficiencia humana/sida y obtener una modificación de las creencias y percepción de riesgo hacia dichas enfermedades en educandos de la Facultad de Tecnología de la Salud del Municipio Cerro, La Habana. MÉTODOS: estudio cuasi experimental, de intervención, en el centro educacional de la Facultad de Tecnología de la Salud, del municipio Cerro, mediante la metodología establecida en el manual; esta consta de técnicas afectivas, participativas, de animación y reflexión, con profesores promotores, previamente adiestrados sobre estos temas, los que posteriormente los replican hacia sus educandos. La muestra estuvo representada por 453 alumnos pertenecientes a cuatro especialidades de dicha institución. RESULTADOS: se evidencia un aumento en los niveles de conocimientos, creencias y en la percepción de riesgo, con índices de incremento en porcentajes de 38,6, 18,4 y 15,4 %, respectivamente. CONCLUSIONES: la metodología empleada propia del manual resulta útil para incrementar conocimientos y modificar las creencias y percepción de riesgo a partir de profesores previamente formados como promotores y facilitadores.
INTRODUCTION: in general, sexually transmitted infections, and specially, HIV/AIDS constitute a serious health problem in adolescents and young people, as well as, the risk of suffering them is close related to sexual behaviour, ways of protection, knowledge, perception risk, and some other factors. OBJECTIVES: to increase knowledge about sexually transmitted infections and human immunodeficiency virus/AIDS, and to achieve a change of mentality and risk perception in students of the Faculty of Health Technology from Cerro municipality, Havana in relation to these diseases. METHODS: A quasi-experimental study of intervention in the educational institution of the Faculty of Health Technology, in Cerro municipality, by means of the established methodology in the manual; in which participative, affective, animated and reflexive techniques were used with promoter teachers previously trained on these topics, who subsequently reply the topics to their students. Sample was constituted by 453 students belonging to four specialties of this institution. RESULTS: an increase in levels of knowledge, beliefs and risk perception is evidenced, with an increase of percentage indexes of 38,6, 18,4 and 15,4 respectively. CONCLUSIONS: methodology used in the manual is useful in order to increase knowledge, as well as, to achieve a change of mentality and risk perception through the assistance of teachers previously trained as promoters and facilitators.