ABSTRACT
We verified the clinical-epidemiological, microbiological, and molecular aspects of feline sporotrichosis in Espírito Santo, Brazil, as well as demonstrated the degree of reliability of the cytopathological examination in diagnosis, when compared to fungal culture. From March 2019 to April 2020, 154 suspicious cats were evaluated by collecting data and biological samples. The Cohen's kappa coefficient and the Chi-square independence defined the degree of agreement and the accuracy parameters, respectively. The interobserver agreement was high (Kappa coefficient = 0.96). Sensitivity, specificity, predictive (positive and negative), and accuracy values were 95.0, 97.0, 99.1, 84.2, and 95.5%, respectively. All isolates evaluated were identified as Sporothrix brasiliensis by species-specific PCR. A digital image bank (Padlet) was created with different types of clinical forms and positive slide profiles. We concluded that the cytopathological technique used demonstrated a high degree of reliability. We report an overwhelming occurrence of S. brasiliensis during epizooties in ES.
Subject(s)
Cat Diseases , Sporothrix , Sporotrichosis , Animals , Brazil/epidemiology , Cat Diseases/epidemiology , Cats , Reproducibility of Results , Sporotrichosis/epidemiology , Sporotrichosis/microbiology , Sporotrichosis/veterinaryABSTRACT
O trabalho visa traçar um paralelo entre o panóptico de Bentham, a partir de Foucault, e o supereu freudiano. O panóptico não era apenas uma construção física, mas correspondia à transposição para a realidade do ideário político-social de uma época. Retrata uma relação de poderes em que o sujeito se vê controlado por um outro, cuja invisibilidade é catalisadora da percepção de vigilância e opressão. A partir do supereu, o representante da cultura no sujeito, busca-se articular os dois conceitos e, do encontro, abordar as mudanças oriundas da mudança do lugar do pai na contemporaneidade e suas implicações na subjetivação.
This article aims to draw a parallel between Bentham's panopticon, based on Foucault, and the Freudian superego. The Panopticon was not just a physical construction, but rather corresponded to the transposition to reality of the political-social ideal of an era. It portrays a relation of powers in which the subject sees himself controlled by another, whose invisibility is a catalyst for the perception of vigilance and oppression. From the superego, the representative of culture in the subject, we seek to articulate the two concepts and the encounter, to address the changes arising from the change of the father's place in contemporary times and its implications for subjectification.
Cet article vise à tracer un parallèle entre le panoptique de Bentham, à commencer par Foucault, et le surmoi freudien. Le panoptique n'était pas seulement une construction physique, mais il correspondait à la transposition vers la réalité de l'idéologie politico-sociale d'une époque. Il dépeint une relation de pouvoirs dans laquelle le sujet est contrôlé par un autre dont l'invisibilité est un catalyseur de la perception de la vigilance et de l'oppression. A partir du surmoi, représentant de la culture dans le sujet, nous cherchons à rapprocher les deux concepts et, à partir de cette rencontre, à traiter les changements issus du changement de la place du père à l'époque contemporaine, ainsi que ses implications pour la subjectivation.
El objetivo del trabajo es establecer un paralelo entre el panóptico de Bentham, a partir de Foucault, y el superyó freudiano. El panóptico no era sólo una construcción física, sino que correspondía a la transposición a la realidad de la ideología político-social de una época. Representa una relación de poderes en donde el sujeto se ve controlado por otro, cuya invisibilidad cataliza la percepción de vigilancia y opresión. Desde el superyó, el representante de la cultura en el sujeto, se busca articular los dos conceptos y, a partir de ese encuentro, abordar los aspectos provenientes del cambio del lugar del padre en la contemporaneidad y sus implicaciones en la subjetivación.
ABSTRACT
O artigo aprofunda a leitura do panóptico de Jeremy Bentham realizada por Michel Foucault. As discussões elaboradas por Foucault em relação à sociedade disciplinar, efetivadas nos espaços panópticos de vigilância, lançam luz sobre os jogos de força configurados na trama social. O entendimento exposto principalmente em Vigiar e punir, conhecido por panoptismo, apresenta problemas em relação à concepção de Bentham. A reflexão que se segue visa ampliar os conhecimentos acerca do panóptico e do panoptismo a partir de trabalhos mais recentes sobre o tema que não apenas aprofundam as leituras foucaultianas do pensamento de Bentham desenvolvidas em trabalhos posteriores ao início da década de 1970, mas avançam pelas discussões da biopolítica. Dessa maneira, indicamos a necessidade de ultrapassar o criticado simplismo do panoptismo e demonstrar a inscrição do paradigma panóptico na governamentalidade.
This article aims to delve into the reading of Jeremy Bentham 's panopticon accomplished by Michel Foucault. The debates on disciplinary society with regard to panoptic surveillance spaces shed light on the power games shaped on the social weave. However, his understanding of panopticism exposed mainly in Surveillance and punishment, presents certain problems about the Bentham 's conception. Therefore, the reflection that follows aims to expand the knowledge about panopticon and panopticism from latest works about the subject, which not only deepen the foucaultian readings about the Bentham's thought developed in works after start the 1970, but also advance the biopolitics debates. Thus, we can indicate the necessity to overcome the critics about the panoptical simplism and to demonstrate the governmentality inscription of the pan-optical paradigm.
Este artículo se dedica a profundizar la lectura del panóptico de Jeremy Bentham realizada por Michel Foucault. Las discusiones elaboradas por Foucault en relación a la sociedad disciplinaria, cuales se efectúan en los espacios panópticos de vigilancia, arrojan luz sobre los juegos de fuerza configurados en la trama social. Sin embargo, su entendimiento, expuesto principalmente en Vigilar y castigar, conocido por panoptismo, presenta ciertos problemas con la concepción de Bentham. Por lo tanto, la reflexión que sigue pretende ampliar los conocimientos acerca del panóptico y del panoptismo a partir de trabajos más recientes sobre el tema, los cuales no sólo profundizan las lecturas foucaultiana acerca del pensamiento de Bentham desarrollados en trabajos posteriores al inicio de la década de 1970 y avanzan por las discusiones sobre la biopolítica. De esa manera, podremos apuntar la necesidad de superarse el criticado simplismo del panoptismo y demostrar la inscripción del paradigma panóptico en la gubernamentalidad.
Cet article approfondit la lecture du panoptique de Jeremy Bentham réalisée par Michel Foucault. Les discussions élaborées par Foucault au sujet de la société disciplinaire, rendues effectives dans les espaces panoptiques de surveillance, mettent en lumière les rapports de force configurés dans le tissu social. La compréhension exposée principalement dans Surveiller et punir, connue comme pa-noptisme, présente des incongruences par rapport à la conception de Bentham. La réflexion qui suit vise à élargir les connaissances sur le panoptique et le panoptisme à partir de travaux plus récents sur ce thème, qui n 'approfondissent pas seulement les lectures foucaldiennes de la pensée de Bentham développées dans des travaux postérieurs au début des années 1970, mais qui progressent également au travers de discussions sur la biopolitique. De cette façon, nous indiquons la nécessité de dépasser le critiqué simplisme du panoptisme et de démontrer l 'inscription du paradigme panoptique dans la gouvernementalité.
ABSTRACT
Este artigo teve por objetivo apresentar uma perspectiva criminológica do abolicionismo penal a partir de um diálogo entre as semânticas da pena, a psicanálise e a filosofia pós-metafísica. Inicialmente, buscou-se reaprender o espanto com a curiosa prática de enjaular seres humanos e questionar-se acerca de três perguntas fundamentais: quem são os enjaulados? Por que são enjaulados? Para que são enjaulados? Percebeu-se que a resposta dada pela tradição jurídico-penal a estas três perguntas estão enraizadas em três (falsos) dogmas do penalismo: o dogma da relação causal entre crime e castigo, o dogma da inevitabilidade da pena e o dogma da humanização da pena. Assim, procedeu-se a uma análise de cada um destes dogmas, utilizando, para o primeiro deles, o marco teórico do interacionismo simbólico e da criminologia da reação social, para o segundo a antropologia política e para o terceiro a história da pena e dos sistemas penais. Desmistificados estes dogmas, promoveu-se uma análise da crueldade latente em toda prática punitiva, usando para tal as lentes de Nietzsche e de Freud. Concluiu-se que o direito penal é a racionalização do trato cruel estatal e que a finalidade da pena pode ser explicada por dois pares antitéticos estudados pela psicanálise: sadismo-masoquismo e exibicionismo-voyeurismo. A pena tem por função permitir que a sociedade goze sofrendo, fazendo sofrer, vigiando e sendo vigiada. Ademais, encontrou-se no abolicionismo penal a possibilidade (única) de forjar um novo vocabulário para redescrever as velhas práticas de trato cruel, com o fim de afastá-las e de favorecer laços sociais solidários.
This article aimed to present a criminological perspective of criminal abolitionism and to relate it to the models of restorative justice. Initially, the work intents to relearn the astonishment with the curious practice of caging human beings and wonder about three fundamental questions: Who are caged? Why are caged? To which are caged? It was realized that the answer given by the criminal legal tradition to these three questions are rooted in three (false) dogmas: the dogma of the causal relationship between crime and punishment, the dogma of the inevitability of punishment and the dogma of the humanization of punishment. Thus, we proceeded to an analysis of each of these dogmas, using, for the first one, the theoretical framework of symbolic interactionism and the criminology of social reaction. For the second one, the theoretical framework was the political anthropology and to the third one the history of punishment and the history of the penal systems. Demystified these dogmas, an analysis of latent cruelty across the punitive practice was promoted, using for such the works of Nietzsche and Freud. It was concluded that the criminal law is the rationalization of cruel treatment and that the punishment exists just to allow that society enjoys suffering, making suffer, watching and being watched. Moreover, it was found in the penal abolitionism the (only) possibility to forge a new vocabulary to redescribe the old practices of cruel treatment, in order to push them to strengthen solidarity and social bonds.