ABSTRACT
As mudanças na dimensão da infância no contexto familiar e no exercício da parentalidade nos últimos anos vêm chamando a atenção de profissionais ligados à Educação em virtude dos impactos na aprendizagem. A parentalidade excessiva (overparenting) tem se apresentado como uma tendência em algumas sociedades ocidentais, caracterizando-se pelo pouco estímulo dos pais para o desenvolvimento da autonomia da criança, grande interferência em âmbitos onde se espera que possa atuar por si, dificuldades em deixar que o filho lide com frustrações e as excessivas atividades extra-escolares para o desenvolvimento de capacidades e potenciais. Percebe-se que esta atuação dos pais tem trazido prejuízos ao processo de aprendizagem da criança, comprometendo a construção da autoria de pensamento e a constituição de um sujeito autônomo que possa atuar sobre o mundo(AU)
Changes in the dimensions of childhood within the family and in the exercise of parenting in recent years have been calling the attention of professionals involved in education because of the impact they are causing on learning. Excessive parenting (overparenting) has been presented as a trend in some Western societies, characterized by little encouragement from parents to the development of the child's autonomy, by huge interference where it is expected to be able to work by itself, by the difficulties in let the child deal with frustrations and by excessive extra-curricular activities for the development of potential abilities. Observations have been made that this action of the parents has brought losses to the child´s learning process, hindering the construction of authorship of thought and the creation of an autonomous subject able to act upon the world(AU)