ABSTRACT
Resumo Entrevista realizada por Anna Paula Uziel, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com Saulo Amorim, que foi presidente da ABRAFH (Associação Brasileira de Família Homotransafetivas), sobre a história da Associação, seus impactos na difusão dessas configurações familiares e como se cruza com a história de paternidade do entrevistado. Os diferentes personagens que compõem essa história falam do momento político do país, da incorporação da transparentalidades à Associação e de como esta vai se constituindo em um espaço de sociabilidade e conforto para quem exerce parentalidades não hegemônicas.
Abstract This is an interview conducted by Anna Paula Uziel, a professor at Rio de Janeiro State University, with Saulo Amorim, who was president of ABRAFH (Brazilian Association of Homotransafetive Families), about the history of the Association, its impact on the spread of these family configurations, and how it intersects with the interviewee's fatherhood story. The different characters who make up this story speak about the political moment in the country, the incorporation of transparenthood into ABRAFH. and how it is becoming a space of sociability and comfort for those who practice non-hegemonic parenting.
ABSTRACT
Resumo Pessoas sexo-gênero-diversas e que são não-monogâmicas tensionam a cisnormatividade e a mononormatividade. Em termos científicos, há uma nebulosidade quanto aos arranjos parenterais dessas pessoas. Assim, esta etnografia objetiva compreender a percepção de pessoas sexo-gênero-diversas não-monogâmicas sobre parentalidades. O referencial teórico utilizado partiu dos estudos não-monogâmicos, amor e sexualidade das Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Saúde Coletiva, e o metodológico da etnografia digital. O trabalho de campo ocorreu entre 2021 e 2022, em um grupo on-line do WhatsApp. A observação participante foi empregada no grupo e foram realizadas entrevistas on-line semiestruturadas. Emergiram duas categorias: a) Os nós das parentalidades não-monogâmicas e b) As parentalidades coletivas. Na primeira, se explora a importância do vínculo nas redes afetivas e expõe as barreiras desses arranjos familiares. Já na segunda, se descreve a importância do viver em comunidade, bem como o resgate à ancestralidade indígena e negra. O resgate à ancestralidade e às formas de se viver em comunidade ganham relevo à medida que se compreende a importância que estes possuem na vivência das parentalidades de pessoas sexo-gênero-diversas e que são não-monogâmicas.
Abstract Sex-gender-diverse and non-monogamous strain cisnormativity and mononormativity. In scientific terms, the parenting arrangements of these people are uncertain. Thus, this ethnography aims to understand the perception of non-monogamous sex-gender-diverse people about parenting. The theoretical framework adopted is derived from non-monogamous studies, love and sexuality from the Social and Human Sciences in Public Health and the digital ethnography methodological framework. Fieldwork occurred from 2021 to 2022 through an online WhatsApp group. Participant observation was employed in the group, and semi-structured online interviews were held. Two categories emerged: a) The non-monogamous parenting nodes and b) Collective parenting. In the first, the importance of bonds in affective networks is explored, and the barriers to these family arrangements are exposed. The second describes the importance of living in a community, and Indigenous and Black ancestry is revived. The revived ancestry and ways of living in a community gain importance as we understand their relevance in the experience of parenting for sex-gender-diverse people who are non-monogamous.
ABSTRACT
RESUMO. Em diálogo com cenas do contexto brasileiro de políticas sexuais e de gênero e tomando como suporte os estudos feministas e queer, o artigo tem como objetivo problematizar a dimensão hierárquica e das relações de poder parentais na determinação das expressões de gênero de crianças e discutir as contribuições dos estudos feministas e queer para o debate sobre os direitos de crianças e jovens a seus corpos e desejos. Para isso, situa a infância como um dispositivo da biopolítica que se entrelaça com os dispositivos de gêneros e sexualidades nos modelos delineados pelas narrativas psicológicas e educacionais. Em seguida, discute a presença do familismo nas políticas públicas para famílias no Brasil em que discursos antigênero buscam a afirmação de um modelo hegemônico de família, como o lugar que salvaguarda a heteronormatividade e a cisgeneridade. Encerra delineando o campo de tensões sobre as relações entre adultos e crianças, que emergem das seções anteriores, buscando argumentos para posicionamentos epistêmicos e ético-políticos das parentalidades.
RESUMÉN. En diálogo con escenas del contexto brasileño de políticas sexuales y de género y con base en estudios feministas y queer, el artículo pretende esbozar líneas y flujos de pensamiento sobre las tensiones entre las relaciones parentales y el derecho de los niños a sus expresiones de géneros y sexualidades. Para ello, sitúa a la infancia como un dispositivo de biopolítica que se entrelaza con los dispositivos de géneros y sexualidades en los modelos perfilados por narrativas psicológicas y educativas. Luego, se discute la presencia del familismo en las políticas públicas para las familias en Brasil en las que los discursos anti-género afirman un modelo hegemónico de familia, como el lugar que salvaguarda la heteronormatividad y la cisgeneridad. Se termina por delinear el campo de tensiones sobre las relaciones entre adultos y niños, que surgen de los apartados anteriores, buscando argumentos a favor de posiciones epistémicas y ético-políticas de las parentalidades.
ABSTRACT. In dialogue with scenes from the Brazilian context of sexual and gender policies and based on feminist and queer studies, the article aims to outline lines and flows of thought about the tensions between parental relationships and the right of children to their expressions of genders and sexualities. For this, childhood is situated as a device of biopolitics that is intertwined with the devices of genders and sexualities in the models outlined by psychological and educational narratives. Then, the presence of familism in public policies is discussed in the case of families in Brazil, in which anti-gender discourses seek to reassert a hegemonic model of family as the place that safeguards heteronormativity and cisgenerity. The article concludes by outlining the field of tensions over the relationships between adults and children, which emerge from the previous sections, seeking arguments for epistemic and ethical-political positions of parenting.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Public Policy/trends , Parenting/psychology , Gender Identity , Child , Adolescent , Sexuality/psychology , Heterosexuality/psychology , Family Relations/psychology , Sexual and Gender Minorities/psychology , Cisgender PersonsABSTRACT
Resumen Las tecnologías de fertilización in vitro involucran una articulación tensa y contradictoria de sentidos hegemónicos establecidos en sistemas de creencias y normas respecto de la reproducción, la herencia genética, el parentesco, las identidades, las sexualidades, la naturaleza, lo sagrado, los cuerpos y el control y producción de la vida. A partir de experiencias etnográficas provenientes de entrevistas en profundidad realizadas entre los años 2007 y 2010 y entre 2017 y 2021 a trabajadoras en agencias de gestación por sustitución en Estados Unidos, profesionales vinculadas con los procedimientos en clínicas de fertilidad en Argentina y usuarios/as que acudieron a estas prácticas, este trabajo analiza las diferentes dimensiones y componentes que intervienen en los procedimientos de fertilización asistida: cuando las prácticas movilizan actores "aliados" al proyecto de paternidad y maternidad, las relaciones de poder y subalternidad resultan invisibilizadas en las transacciones. De forma simultánea, estas resultan imprescindibles para la producción material de las "parentalidades híbridas" en las que contextos particulares brindan interpretaciones y sensibilidades "situadas" en la trayectoria histórico-política argentina.
Abstract Biomedicine has built its object of study and intervention from a long and continuous process of desacralization, fragmentation, and progressive dissolution of the body as a monolithic entity in material and symbolic terms. Technological interventions provided possibilities for bodies, identities, and lives to be constructed, recombined, and designed by mobilizing molecular entities, which can be perceived as biofragments, with intervention practices. Consequently, in vitro fertilization technologies imply a tense and contradictory articulation of hegemonic meanings based on belief systems and norms about reproduction, genetic inheritance, kinship, identities, sexualities, nature, sanctity, bodies, and control and production of life. From ethnographic experiences in the area of assisted fertilization, this article analyzes the different dimensions and components that intervene in these procedures: when practices mobilize actors "allied" to the paternity and maternity project, the power and subalternity relations are made invisible in transactions. At the same time, these are essential for the material production of "hybrid parenthoods" in which particular contexts provide interpretations and sensibilities "situated" in the Argentine historical-political trajectory.
Subject(s)
Reproduction , Science , Technology , Fertilization in Vitro , CommodificationABSTRACT
Las sociedades contemporáneas, principalmente en Occidente, atraviesan importantes cambios en cuanto a las normativas que rigen la organización de los lazos sociales. Se expresan en lo que la autora denomina subjetividades en transición. Distintos tipos de familias se hacen presentes: monoparentales, ensambladas y/o constituidas por parejas que encarnan otras expresiones de la sexualidad y el género, que se apartan de las legalidades vigentes. Se abordan sus efectos en las parentalidades contemporáneas. Se considera el efecto de las biotecnologías a través de distintas variantes de fertilización asistida, especialmente cuando hay inclusión de un tercero y eventuales efectos de ajenidad. Asimismo, se reflexiona sobre los efectos de la tecno-cibercultura en la producción de subjetividad, en ese espacio que se genera entre lo humano y la máquina. Se propone distinguir entre los conceptos de diversidad y diferencia y revisar los dispositivos, subjetivos e intersubjetivos, que generan diferencia simbólica y que implican el reconocimiento de la alteridad. Se sugiere exceder los límites del pensamiento binario en pos de un pensamiento triádico. La autora revisa las nociones de deseo de hijo y función paterna a la luz de las parentalidades contemporáneas, convencionales o no, y sostiene que la categoría diferencia en un sentido ampliado puede estar incluida en el psiquismo de los padres, más allá de su orientación sexual.
Contemporary societies, especially in the Western world, have experienced important changes regarding norms that rule the organization of social bonds. These changes are expressed in what the author has called subjectivities in transition. We may find different types of families: one-parent families, reconstituted families, and/or families constituted by couples who adopt other expressions of sexuality and gender which are not according to the laws in force. This paper studies their impact in contemporary parenthood. In her paper, the author takes into consideration the impact of biotechnology through different sort of assisted fertilization, particularly the use of a third person and how it may affect the parenthood. She also writes a reflection on the impacts of the techno-cyberculture in the development of subjectivity in this space which has arisen between human and machine. The author's purpose is to distinguish diversity from difference, and revising the subjective and intersubjective apparatus as well. This apparatus generates a symbolic difference and results in recognizing alterity. The author suggests that the limitations of the binary thinking be overcome in order to produce a triadic thinking. The author revises notions of child's desire and the paternal function in the light of contemporary parenthoods, which may be conventional or not. She defends the idea that difference, as category in an ample sense, may be included.
Les sociétés contemporaines, surtout à l'Occident, passent par d'importants changements concernant aux normes qui régissent l'organisation des liens sociaux. Elles sont exprimées dans ce que l'auteur appelle subjectivités en transition. Différents types de famille se font présents: monoparentales, reconstitués e/ou constitués par des couples qui adoptent d'autres expressions de la sexualité et de genre qui n'appartiennent pas à la législation en vigueur. On aborde leurs effets dans la parentalité contemporaine. On considère l'effet des biotechnologies par de différentes variantes de fertilisation assisté, en spécial lorsqu'il y a l'inclusion d'un tiers et les éventuels effets de s'aliéner. On réfléchit aussi sur les effets de la techno- -cyberculture dans la production de subjectivité, dans cet espace généré entre l'humain et la machine. On propose distinguer entre les concepts de diversité et différence et revoir les dispositifs subjectifs et intersubjectifs qui génèrent une différence symbolique et qui impliquent la reconnaissance d'altérité. On suggère que l'on excède les limites de la pensée binaire en vue d'une pensée triadique. L'auteur revoit les notions de désir de fils et la fonction paternelle à la lumière des parentalités contemporaines, conventionnelles ou non, et soutient que la catégorie différence dans un sens élargi peut être inclus dans le psychisme des parents, au-delà de son orientation sexuelle.
ABSTRACT
El siguiente trabajo expone resultados parciales de la investigación financiada por la Universidad de Buenos Aires, en el marco del Proyecto de investigación Programación Científica 2014-2017, UBACyT, código del proyecto 20020130200174BA: "Tipo de apego y actitudes hacia el juego infantil", que se articula con el Programa de Extensión Universitaria "Juegotecas Barriales", Facultad de Psicología. El marco teórico asumido resalta la importancia del juego en tanto actividad que posee un valor insustituible en la estructuración del psiquismo, en concordancia con las funciones de la parentalidad. Esbozamos conceptualizaciones acerca de la secuencia del desarrollo de la actividad lúdica en el proceso de constitución subjetiva, sobre la necesidad del "otro" -a través de la función materna- para el despliegue de los procesos de simbolización y de la actividad lúdica, posicionando lo intersubjetivo como antecedente lógico de la trama subjetiva. A su vez, planteamos conceptualizaciones acerca de los tipos de apego que in-forman los adultos y las actitudes hacia el juego infantil. En este trabajo incluimos los resultados obtenidos durante el desarrollo de la investigación. Esta fue realizada desde un enfoque cualitativo, que tomó en cuenta el discurso parental respecto a situaciones lúdicas de la infancia de las madres y los padres y nuestra propia intervención en contextos educativos y comunitarios.
The following paper presents the partial results of a Research Project financed by the University of Buenos Aires, under the Scientific Research Project Programming 2014-2017, UBACyT, project code 20020130200174BA "Type of attachment and attitudes towards children's play", which articulates with the University Extension Program "Neighborhood Toy libraries", Faculty of Psychology. The theoretical framework taken highlights the importance of play as an activity that has an irreplaceable value in structuring the psyche in accordance with the parental functions. We outline conceptualizations about the development sequence of recreational activity in the process of subjective constitution and the need for the "other" -through the maternal function- for the deployment of the symbolization process and playful activities. This positions the intersubjective exchange, as logical precedent of the subjective constitution. We also outline conceptualizations about the attitudes and types of attachment that adults show towards children's play. In this work we include results obtained during the development of the present research. We expose them from a qualitative approach, and take into consideration the parental childhood play history and our involvement in educational and community contexts.