Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 6 de 6
Filter
Add more filters











Publication year range
1.
Rev. bras. psicanál ; 54(1): 147-155, jan.-mar. 2020. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1288884

ABSTRACT

A partir da correspondência entre Einstein e Freud, publicada com o título "Por que a guerra?", e em especial da leitura de textos que estão na gênese da carta-resposta freudiana, neste trabalho sugerimos a hipótese de que o primeiro desafio de nosso psiquismo seja o de ir além de um princípio no ódio, que seria fundado na experiência de desamparo trazida pelo nascimento, e reproduzido em experiências futuras de castração. A capacidade de lidar com a falta, com a insatisfação dos próprios impulsos, será determinante na estruturação do psiquismo, na elaboração da castração e inscrição da interdição edípica, assim como no reconhecimento da alteridade e da lei. A recusa da realidade da castração poderá levar ao cenário de atuação do ódio, da intolerância às diferenças, do predomínio da pulsão de morte, tão presente nos dias atuais. Sob o eco da angústia de Freud, concluímos com o convite de ouvir o adoecimento de nossa sociedade e, quem sabe, através do fortalecimento da pulsão de vida e de seu potencial integrador, criar alternativas ao labirinto de ódio e morte a que nossa destrutividade nos levou.


From the correspondence between Einstein and Freud, published under the title "Why War?" (Einstein and Freud, 1933), this paper suggests the hypothesis that our psyche's first challenge is to go beyond a principle in hatred, which would be based on the experience of helplessness brought up by birth, and reproduced in future experiences of castration. The capability for dealing with failure, with one's own impulses' dissatisfaction, will be decisive in structuring the psyche, in elaborating castration and inscription in oedipal interdiction, as well as in recognizing alterity and law. The refusal of castration reality can lead us to scenarios of hatred, intolerance of differences, and to the predominance of death drive so present today. I conclude, under the echo of Freud's anguish, by inviting us to pay attention to the sickening of our society and, perhaps, by strengthening the motor for life and its integrative potential, to create alternatives to the maze of hatred and death that our destructiveness has led us to.


A partir de la correspondencia entre Einstein y Freud, publicada con el título "[Por qué la guerra?" (Freud, 1933 [1932], en especial de la lectura de textos que están en la génesis de la carta-respuesta freudiana, este trabajo sugiere la hipótesis de que el primer desafío de nuestro psiquismo sea el de ir más allá de un principio en el odio, que sería fundado en la experiencia de desamparo traída por el nacimiento, y reproducido en experiencias futuras de castración. La capacidad de lidiar con la falta, con la insatisfacción de los propios impulsos, será determinante en la estructuración del psiquismo, en la elaboración de la castración e inscripción en la interdicción edípica, en el reconocimiento de la alteridad y de la ley. El rechazo de la realidad de la castración puede llevarnos al escenario de actuación del odio, de la intolerancia a las diferencias, del predominio de la pulsión de muerte, tan presente en los días actuales. Concluyo, bajo el eco de la angustia de Freud, con la invitación para que podamos oír la enfermedad de nuestra sociedad y, quizás, a través del fortalecimiento de la pulsión de vida y de su potencial integrador, crear alternativas al laberinto de odio y muerte a que nuestra destructividad nos llevó.


À l'appui de la correspondance entre Einstein et Freud, publiée sous le titre « Pourquoi la Guerre ? ¼ (Freud, 1933), notamment de la lecture de textes faisant partie de la genèse de la lettre réponse freudienne, cet article suggère l'hypothèse que le premier défi de notre psychisme soit celui d'aller au-delà d'un principe de haine, qui serait fondé sur l'expérience de délaissement apportée par la naissance et reproduite dans des expériences futures de castration. La capacité de faire face au manque, au mécontentement de ses propres impulsions, sera déterminante lors de la structuration de la psyché, de l'élaboration de la castration et de son inscription dans l'interdiction œdipienne, ainsi que lors de la reconnaissance de l'altérité et de la loi. Le refus de la réalité de la castration pourra nous conduire à une situation d'action de la haine, de l'intolérance face aux différences, de la prédominance de la pulsion de mort, si présent de nos jours. Je conclus, sous l'écho de l'angoisse de Freud, par une invitation à entendre les maladies de notre société et, peut-être, au moyen d'un renforcement de la pulsion de vie et de son potentiel d'intégration, à créer des alternatives au labyrinthe de haine et de mort où notre destructivité nous a conduits.

2.
Saúde Soc ; 27(2): 311-325, abr.-jun. 2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-962588

ABSTRACT

Resumo O artigo analisa as condições de formação do conceito psiquiátrico de "perversão" e mais especificamente a maneira como, a partir dos anos 1820, se constrói uma oposição fundamental e estruturante entre "perversão" e "perversidade" que se evidencia tanto no campo jurídico como no médico-legal. Compreender esse jogo de oposição e de poder entre ambos os conceitos permite entender alguns conflitos profissionais entre médicos e juristas, mas também algumas disputas políticas.


Abstract The article analyzes the conditions of formation of the psychiatric concept of "perversion" and, more specifically, the way in which, from the 1820s, a fundamental structuring opposition between "perversion" and "perversity" in juridical and medical-legal fields was constructed. Understanding this game of opposition and power between both concepts allows assimilating some professional conflicts between doctors and jurists, as well as some political disputes.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Philology , Psychiatry , Psychological Phenomena , Enacted Statutes , Forensic Pathology , Psychiatry in Literature , France
3.
Rev. mal-estar subj ; 9(4): 1343-1354, dez. 2009. ilus
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-47937

ABSTRACT

Este trabalho propõe uma reflexão acerca de alguns efeitos do discurso burocrático num funcionamento institucional na clínica da saúde mental. Trata-se de um exercício que exige muitos caminhos a percorrer. Contudo, tentamos indicar alguns pontos deste tema de maior pertinência, uma vez que um pressuposto fundamental da ética psicanalítica é a indissociabilidade entre clínica e política. Para a sustentação deste debate, acompanharemos os estudos de Arendt (1979; 1999; 2006) e as reflexões de Lacan (1998a; 1998b;1991), pois possibilitam inferir que determinadas formas de funcionamento institucional podem conter dispositivos de perversidade, estando em causa o encobrimento do sujeito e estratégias de dominação do Outro, e permitem fazer uma aproximação entre o discurso burocrático e uma modalidade de perversidade. Quando os dispositivos institucionais são transformados em normas rígidas, prevalecendo a impessoalidade e a desautorização da construção de um saber, o paciente as obedecendo subservientemente, se encontra numa posição autônomata, cronificando seu padecimento. Uma das direções clínicas para estas formas de funcionamento pode ser o trabalho com os dejetos institucionais. Ou seja, parece ser um recurso clínico fundamental a escuta daquilo que retorna como efeito de um discurso automatizado, circunscrito na impessoalidade, podendo, assim, indicar palavras que possam estabelecer uma dimensão subjetiva.(AU)


This work considers to reflect concerning some effect on the bureaucratic speech in an institucional functioning in the clinic of the mental health. It is about a reflection that demands many ways to pass. However, we will try to indicate some points of this theme of greater relevancy, as soon as the main assumption of the psychoanalysis ethics is the individible between clinic and politics. For sustentation of this debate, we will follow the studies of Arendt (1979; 1999; 006) the presented reflections of Lacan (1998a; 1998b; 1991), make possible to infer that some forms of institutional functioning they can contain perversity devices, being in cause the covering of the personal and strategies of domination of the Other, as support for an approach between the bureaucratic speech and a modality of perversity. When the institucional arrangements are transformed into rigid rules, personality and prevailing of the construction of knowledge, the patient obeying subserviently comes into an automata position, chronical his suffering. One of the directions for these clinical forms of operation may be working with institutional waste. That seems to be a key clinical feature to listen to what the of returns of an automated speech, confined in impersonal and may thus indicate words that can make a subjective dimension.(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Mental Health , Psychology, Clinical
4.
Rev. mal-estar subj ; 9(4): 1343-1354, dez. 2009. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-580004

ABSTRACT

Este trabalho propõe uma reflexão acerca de alguns efeitos do discurso burocrático num funcionamento institucional na clínica da saúde mental. Trata-se de um exercício que exige muitos caminhos a percorrer. Contudo, tentamos indicar alguns pontos deste tema de maior pertinência, uma vez que um pressuposto fundamental da ética psicanalítica é a indissociabilidade entre clínica e política. Para a sustentação deste debate, acompanharemos os estudos de Arendt (1979; 1999; 2006) e as reflexões de Lacan (1998a; 1998b;1991), pois possibilitam inferir que determinadas formas de funcionamento institucional podem conter dispositivos de perversidade, estando em causa o encobrimento do sujeito e estratégias de dominação do Outro, e permitem fazer uma aproximação entre o discurso burocrático e uma modalidade de perversidade. Quando os dispositivos institucionais são transformados em normas rígidas, prevalecendo a impessoalidade e a desautorização da construção de um saber, o paciente as obedecendo subservientemente, se encontra numa posição autônomata, cronificando seu padecimento. Uma das direções clínicas para estas formas de funcionamento pode ser o trabalho com os dejetos institucionais. Ou seja, parece ser um recurso clínico fundamental a escuta daquilo que retorna como efeito de um discurso automatizado, circunscrito na impessoalidade, podendo, assim, indicar palavras que possam estabelecer uma dimensão subjetiva.


This work considers to reflect concerning some effect on the bureaucratic speech in an institucional functioning in the clinic of the mental health. It is about a reflection that demands many ways to pass. However, we will try to indicate some points of this theme of greater relevancy, as soon as the main assumption of the psychoanalysis ethics is the individible between clinic and politics. For sustentation of this debate, we will follow the studies of Arendt (1979; 1999; 006) the presented reflections of Lacan (1998a; 1998b; 1991), make possible to infer that some forms of institutional functioning they can contain perversity devices, being in cause the covering of the personal and strategies of domination of the Other, as support for an approach between the bureaucratic speech and a modality of perversity. When the institucional arrangements are transformed into rigid rules, personality and prevailing of the construction of knowledge, the patient obeying subserviently comes into an automata position, chronical his suffering. One of the directions for these clinical forms of operation may be working with institutional waste. That seems to be a key clinical feature to listen to what the of returns of an automated speech, confined in impersonal and may thus indicate words that can make a subjective dimension.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Psychology, Clinical , Mental Health
5.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 12(3): 469-480, set. 2009.
Article in French | LILACS | ID: lil-527344

ABSTRACT

A partir d'une clinique de l'acte adolescent dans son rapport au discours politico-social, seront évoqués la singularité du rapport à l'autre chez certains adolescents qui transgressent inlassablement les lois de la cité, comme s'ils étaient confrontés aux limites de ce qui ne fait pas, pour eux, expérience, d'autre part, le "pousse à l'acte" que recèlent certains pans du discours politique lorsqu'il est face aux débordements agis d'une partie de sa jeunesse, enfin, quelques repères relatifs au "traitement" de cette clinique contemporaine.


A partir da clínica do ato adolescente ligado ao discurso político-social, será analisada a singularidade da relação com o outro em alguns adolescentes que, incansavelmente, transgridem as leis da periferia, como se fossem confrontados aos limites daquilo que, para eles, não vale como experiência. Por outro lado, será também analisado "a passagem ao ato" que ocultam alguns segmentos do discurso político quando confrontado com ímpetos que excedem uma parte de sua juventude. Finalmente, serão abordados alguns pontos de referência para o "tratamento" ligado a essa clínica contemporânea.


A partir de la clínica del acto adolescente ligada al discurso político-social, será evocada la singularidad de la relación con el otro en algunos adolescentes que incansablemente transgreden las leyes de la periferia, como si fueran confrontados a los limites de lo que no vale, para ellos, como experiencia. Por otro lado, será también analizado el "pasaje al acto" que ocultan algunos segmentos del discurso político cuando confrontado con ímpetus que exceden una parte de su juventud. Finalmente serán abordados algunos puntos de referencia para el "tratamiento" ligado a esa clínica contemporánea.


This article is based on clinical experience with adolescents and with political and social discourse. The authors analyze the singular relationship with the other that one sees in certain adolescents who constantly violate the laws of the barrio, as if they were confronted with the limits of what they refuse to accept as experience. "Passage to the act" is also analyzed, to the extent that certain segments of political discourse are concealed when confronted with impulses that adolescents seem unable to control. Finally, several points of reference for treatment in this type of contemporary clinical situation are discussed.


Subject(s)
Adolescent , Violence/psychology
6.
Rev. mal-estar subj ; 5(2): 341-360, set. 2005. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-693228

ABSTRACT

Retomando a orientação freudiana e a ética da psicanálise, este artigo tem por visada justificar teoricamente a dissociação entre perversão e perversidade que nem sempre é clara nos discursos de psicologia. No senso comum, por exemplo, quanto à definição da perversão no dicionário, que faz pensar na maldade, na depravação, na corrupção e na malícia, é verdade, existem! A maneira como podemos tratar disso na clínica é outra questão, mas, por definição, não há regra! A perversão como conceito psicanalítico não tem necessariamente a ver com a perversidade, lugar em que tantas vezes acaba por ser alojada, mesmo em textos atuais que se querem de vanguarda. Para o desenvolvimento do texto, parto comemorando ainda o centenário de Três ensaios para a teoria sexual (1905), de Sigmund Freud, questiono a existência de um abismo entre a sexualidade infantil e a adulta, articulo ambas com o desejo do Outro e os desígnios do supereu que, com Lacan, irão determinar a pulsão em relação com o objeto de gozo do Outro e verifico, teoricamente, a articulação entre tais referências, a castração do Outro e o mal-estar na civilização. No desenvolvimento, este artigo é uma tentativa de articular perversão, desejo e pulsão, a partir do grafo do desejo de Lacan que retomo passo a passo.


Based on Freud's orientation and on the ethics of psychoanalysis, this article intends to verify how theory dissociates perversion and corruption, which is often not clear in the psychological discourse. In common sense, in dictionnary definitions, for instance, perversion can be associated to corruption, depravation, evil... but when it gets to our clinical work there are no rules about that! Perversion, as a psychoanalytic concept, has not necessary anything to do with corruption, eventhough many texts pretending to be very modern, do still associate them. A centennial from Freud's text Three essays for the sexual theory (1905), the article questions the existance of an abysmal difference between infant and adult sexuality, and articulates both with the desire of the Other and the designs of the superego. These will determine, as Lacan precises, the drive (Trieb) in relation to the object of the Other's jouissance. It verifies theoretically the interaction between those references, the castration of the Other and the civilization and its discontents. In the developpment, perversion, desire and drive will be studied in interaction with Lacan's schema of desire which will be studied step by step.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL