ABSTRACT
A tuberculose (TB) é um grave problema de saúde pública a ser enfrentado pelos gestores de saúde, pois a cura da doença tem sido um desafio para interromper a cadeia de transmissão. Quando as pessoas acometidas pela TB têm algum problema de saúde mental o desafio é ainda maior, porque a doença pode ser fator predisponente para a não adesão ao tratamento. Este estudo descritivo do tipo transversal teve como objetivo identificar a prevalência de problemas de saúde mental em pessoas com TB atendidas nas Unidades do Serviço de Saúde Comunitária (SSC) do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Também identificar os principais problemas de saúde mental que acometeram as pessoas em tratamento para TB, analisar se elas receberam o tratamento de forma supervisionada e verificar o desfecho do tratamento. Os dados foram extraídos da base do Sistema de Informação em Saúde (SIS) da Gerência de Saúde Comunitária (GSC) por meio de uma planilha Excel com todos os casos de TB, no período de 2011 a 2015, por unidade de saúde e os dados sobre saúde mental foram coletados nos prontuários pelos pesquisadores. Os dados sobre saúde mental foram inseridos na planilha Excel e analisados com o auxílio do Programa Statistical Package for the Social Sciences-SPSS, junto com a assessoria estatística da Gerência de Ensino e Pesquisa. O presente trabalho permitiu verificar que a prevalência de pessoas com TB que apresentaram problemas de saúde mental foi significativa, pois 40,86% apresentaram algum problema de saúde mental. Também, apenas 37,1% das pessoas com problemas de saúde mental receberam o tratamento para TB de forma supervisionada. O abandono do tratamento foi maior nas pessoas com problema de saúde mental (17.1%) do que naquelas sem registro destes problemas (8,6%). Os resultados do estudo pretendem subsidiar a Ação Programática da TB da GSC a qualificar sua proposta de abordagem...(AU)
Subject(s)
Humans , Male , Female , Primary Health Care , Unified Health System , Brazil , Mental Health , Public HealthABSTRACT
A tuberculose (TB) é um grave problema de saúde pública a ser enfrentado pelos gestores de saúde, pois a cura da doença tem sido um desafio para interromper a cadeia de transmissão. Quando as pessoas acometidas pela TB têm algum problema de saúde mental o desafio é ainda maior, porque a doença pode ser fator predisponente para a não adesão ao tratamento. Este estudo descritivo do tipo transversal teve como objetivo identificar a prevalência de problemas de saúde mental em pessoas com TB atendidas nas Unidades do Serviço de Saúde Comunitária (SSC) do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Também identificar os principais problemas de saúde mental que acometeram as pessoas em tratamento para TB, analisar se elas receberam o tratamento de forma supervisionada e verificar o desfecho do tratamento. Os dados foram extraídos da base do Sistema de Informação em Saúde (SIS) da Gerência de Saúde Comunitária (GSC) por meio de uma planilha Excel com todos os casos de TB, no período de 2011 a 2015, por unidade de saúde e os dados sobre saúde mental foram coletados nos prontuários pelos pesquisadores. Os dados sobre saúde mental foram inseridos na planilha Excel e analisados com o auxílio do Programa Statistical Package for the Social Sciences-SPSS, junto com a assessoria estatística da Gerência de Ensino e Pesquisa. O presente trabalho permitiu verificar que a prevalência de pessoas com TB que apresentaram problemas de saúde mental foi significativa, pois 40,86% apresentaram algum problema de saúde mental. Também, apenas 37,1% das pessoas com problemas de saúde mental receberam o tratamento para TB de forma supervisionada. O abandono do tratamento foi maior nas pessoas com problema de saúde mental (17.1%) do que naquelas sem registro destes problemas (8,6%). Os resultados do estudo pretendem subsidiar a Ação Programática da TB da GSC a qualificar sua proposta de abordagem...(AU)
Subject(s)
Humans , Male , Female , Primary Health Care , Unified Health System , Brazil , Mental Health , Public HealthABSTRACT
Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a relação entre eventos estressores ocorridos no último ano na família de crianças e adolescentes com indicativos de problemas de saúde mental em uma amostra de estudantes de duas escolas de uma cidade no sul do Brasil. Estudo transversal com 1.075 estudantes matriculados em duas escolas públicas de ensino fundamental (uma estadual e outra municipal). Foi utilizado o Strengths and Difficulties Questionnaire para avaliação de fatores emocionais e comportamentais da criança, e a Escala de Avaliação de Reajustamento Social de Holmes e Rahe (1967) para avaliar os eventos estressores. Foram utilizados o teste qui-quadrado e a regressão de Poisson, com ajuste robusto para variância, expressando os resultados em razão de prevalências (RP) e intervalos de confiança de 95%. As chances de apresentar problemas de hiperatividade foram 1,42 (IC 95% 1,10-1,83) vezes maiores no tercil intermediário e 1,37 (IC 95% 1,06-1,78) no tercil superior, quando comparados ao tercil inferior. Quanto aos problemas de relacionamento, as chances foram de 1,49 (IC 95% 1,15-1,93) vezes maiores no tercil superior ao serem comparados com o tercil inferior. Os resultados sugerem que fatores ambientais podem ser fortemente relacionados à etiologia dos transtornos mentais na infância e adolescência.
Abstract The scope of this article is to evaluate the relationship between stressor events that occurred last year in the family of children and adolescents that are indicative of mental health problems in a sample of students from two schools in a city in southern Brazil. It involved a cross-sectional study with 1,075 students enrolled in two public elementary schools. The Strengths and Difficulties Questionnaire was used to assess emotional and behavioral factors of the child and the Social Readjustment Rating Scale (SRRS) of Holmes and Rahe (1967) to assess stressor events. The chi-square and Poisson regression test with robust variance adjustment for expressing the results in the prevalence ratio (PR) and confidence intervals of 95% were used. The chances of presenting problems of hyperactivity were 1.42 (95% CI 1.10 to 1.83) times higher in the intermediate tercile and 1.37 (95% CI 1.06-1.78) in the higher tercile compared with the lower tercile. With respect to relationship problems the chances were of 1.49 (95% CI 1.15 to 1.93) times higher in the higher tercile when compared with the lower tercile. The results suggest that environmental factors may be strongly related to the etiology of mental disorders in childhood and adolescence.
