ABSTRACT
Introdução: Recém-nascidos (RN) prematuros de muito baixo peso (MBP) apresentam um risco aumentado de desenvolver doença metabólica óssea (DMO). A realização de suplementação mineral e de triagem para DMO em UTI Neonatal auxilia na prevenção, no diagnóstico e no tratamento desta condição clínica. Objetivos: Avaliar a ocorrência de DMO, a realização de suplementação mineral e de investigação para DMO em prematuros de MBP internados em UTI Neonatal de um Serviço Hospitalar Materno-Infantil de alto risco, vinculado ao SUS. Métodos: Estudo transversal, a partir de dados secundários coletados de prontuários eletrônicos. Foram avaliados os recém-nascidos prematuros de muito baixo peso internados em UTI neonatal. Estudaram-se perfil do recém-nascido, realização da triagem para DMO, ocorrência de DMO, regime alimentar, intercorrências clínicas, uso de suplementação de vitaminas e minerais, idade, peso, sexo, via de parto e Apgar. Resultados: Foram incluídos 112 participantes. A triagem para DMO foi feita em 56 pacientes (50%), com dosagem sérica de fosfatase alcalina, cálcio, fósforo e magnésio séricos. A ocorrência de DMO foi de 8,9% (5 casos). Todos os participantes com DMO apresentaram doença respiratória, quadro infeccioso e estavam recebendo nutrição parenteral. Conclusão: A ocorrência de DMO em recém-nascidos de muito baixo peso internados em UTI neonatal foi de 8,9%, inferior à descrita na literatura. Identificamos como fatores associados à DMO a ocorrência concomitante de doença respiratória, a sepse e o uso de nutrição parenteral.
Introduction: Extremely low birth weight (ELBW) premature infants have an increased risk of developing metabolic bone disease (MBD). The use of mineral supplementation and MBD screening in the neonatal ICU helps prevent, diagnose, and treat this clinical condition. Objectives: To evaluate the occurrence of MBD, as well as the presence of mineral supplementation and MBD screening in premature infants with MBD admitted to the neonatal ICU of a high-risk maternal-child hospital associated with the Brazilian Unified Health System. Methods: This was a cross-sectional study based on secondary data from electronic medical records. We evaluated ELBW premature infants admitted to a neonatal ICU. Infant profile, MBD screening, MBD occurrence, diet, clinical complications, vitamin and mineral supplementation use, age, weight, sex, delivery method, and Apgar score were assessed. Results: We included 112 participants in the study. MBD screening was conducted in 56 patients (50%) with serum levels of alkaline phosphatase, calcium, phosphorus, and magnesium. The rate of MBD occurrence was 8.9% (5 cases). All participants with MBD had respiratory disease, infection, and were receiving parenteral nutrition. Conclusions: The occurrence rate of MBD in ELBW infants admitted to a neonatal ICU was 8,9%, lower than that found in the literature. Factors associated with MBD were the concomitant occurrence of respiratory disease, sepsis, and parenteral nutrition.