ABSTRACT
Shiga toxin-producing Escherichia coli (STEC) are foodborne pathogens causing severe diseases. The ability of STEC to produce disease is associated with Shiga toxin (Stx) production. We investigated the occurrence of STEC on bovine and pork carcasses and walls of trucks where they were transported, and we characterized virulence genes and serotypes of STEC strains. We compared the whole genomic sequencing of a STEC O157:H7 strain isolated from a bovine carcass in this work and a STEC O157:H7 strain isolated from a child with HUS, both isolated in 2019. We studied the relationship between these isolates and others collected in the database. The results show a 40% of STEC and two different serogroups were identified (O130 and O157). STEC O157:H7 were isolated from bovine carcasses and harbored stx2, eae, ehxA, katP, espP, stcE, ECSP_0242/1773/2687/2870/2872/3286/3620 and were classified as lineage I/II. In STEC non-O157 isolates, three isolates were isolated from bovine carcasses and harbored the serogroup O130 and one strain isolated from pork carcasses was O-non-typeable. All STEC non-O157 harbored sxt1 gene. The analysis from the whole genome showed that both STEC O157:H7 strains belonged to the hypervirulent clade 8, ST11, phylogroup E, carried the allele tir 255 T > A T, and they were not clonal. The analysis of information allows us to conclude that the STEC strains circulate in pork and bovine carcasses arriving in transport. This situation represents a risk for the consumers and the need to implement an integrated STEC control in the food chain.
Subject(s)
Escherichia coli Infections , Escherichia coli O157 , Escherichia coli Proteins , Pork Meat , Red Meat , Shiga-Toxigenic Escherichia coli , Child , Animals , Cattle , Humans , Swine , Shiga-Toxigenic Escherichia coli/genetics , Escherichia coli Proteins/genetics , Escherichia coli O157/genetics , Escherichia coli Infections/veterinaryABSTRACT
A existência de um reservatório animal é de grande importância na transmissão de Escherichia coli, produtora de toxina shiga (STEC) aos humanos. Epidemiologicamente, o sorotipo O157:H7 tem sido o mais envolvido em surtos de doença humana causada por STEC, porém surtos envolvendo STEC não pertencentes ao sorogrupo O157 (STEC não-O157) têm sido descritos. Inúmeros trabalhos constatam uma elevada ocorrência destes microrganismos em fezes de bovinos no Brasil, entretanto, pouco se sabe sobre a transmissão destes aos produtos de origem animal em nosso país. Neste trabalho, foi avaliada a viabilidade de E.coli O153:H25; O113:H21 e O111:H8 em Queijo Minas Frescal (QMF), produzido com inóculos de STEC não O157: H7 e armazenados a 8ºC. Realizaram-se contagens de E. coli e psicrotróficos totais após o processamento do queijo e com intervalos de sete e quinze dias. Foi observado aumento nas contagens de E. coli STEC não O157: H7 e psicrotróficos totais logo após o processamento do QMF, bem como durante o armazenamento a 8ºC, temperatura máxima recomendada pela legislação brasileira. Demonstra-se que, caso haja contaminação da matéria-prima com STEC não O157: H7 (deste estudo), o processamento do QMF não elimina os microrganismos e a temperatura máxima recomendada pela legislação não inibe a multiplicação bacteriana, mantendo-se o risco à população. Reforça-se, portanto, a atenção à qualidade da matéria-prima, das ferramentas de qualidade no campo e na indústria de alimentos para garantir a inocuidade do produto final.(AU)
The existence of an animal reservoir is of great importance in the transmission of shiga toxin-producing E. coli (STEC) to humans. Epidemiologically serotype O157:H7 has been the most involved in human disease outbreaks caused by STEC, however STEC not belonging to serogroup O157 (STEC non-O157) have been described in outbreaks. Studies have revealed a risk in occurrence of these organisms in feces of cattle in Brazil, but little is known about the transmission to animal's products origin in our country. This study evaluated the viability of E. coli O153:H25, O113:H21 and O111:H8 in Minas Frescal Cheese (MFC), produced with non- STEC O157:H7 and stored at 8ºC. Counts of E. coli and total psychrotrophic were performed after processing and at intervals seven and fifteen days. There were an increase in the counts of E. coli and total psychrotrophic just after MFC processing as well as during storage at 8°C. The results demonstrated that, if the raw material (milk) is contaminated with STEC non O157:H7 (this study), the MFC processing does not eliminate the microorganisms and the maximum temperature recommended does not eliminate bacterial growth, keeping the risk to the population. The results reinforces, the attention to the quality of the raw material, the quality tools in the field and in the food industry to ensure the safety of final products.(AU)
Subject(s)
Shiga-Toxigenic Escherichia coli/isolation & purification , Shiga Toxin 1/isolation & purification , Cheese , Food Contamination/prevention & controlABSTRACT
A existência de um reservatório animal é de grande importância na transmissão de Escherichia coli, produtora de toxina shiga (STEC) aos humanos. Epidemiologicamente, o sorotipo O157:H7 tem sido o mais envolvido em surtos de doença humana causada por STEC, porém surtos envolvendo STEC não pertencentes ao sorogrupo O157 (STEC não-O157) têm sido descritos. Inúmeros trabalhos constatam uma elevada ocorrência destes microrganismos em fezes de bovinos no Brasil, entretanto, pouco se sabe sobre a transmissão destes aos produtos de origem animal em nosso país. Neste trabalho, foi avaliada a viabilidade de E.coli O153:H25; O113:H21 e O111:H8 em Queijo Minas Frescal (QMF), produzido com inóculos de STEC não O157: H7 e armazenados a 8ºC. Realizaram-se contagens de E. coli e psicrotróficos totais após o processamento do queijo e com intervalos de sete e quinze dias. Foi observado aumento nas contagens de E. coli STEC não O157: H7 e psicrotróficos totais logo após o processamento do QMF, bem como durante o armazenamento a 8ºC, temperatura máxima recomendada pela legislação brasileira. Demonstra-se que, caso haja contaminação da matéria-prima com STEC não O157: H7 (deste estudo), o processamento do QMF não elimina os microrganismos e a temperatura máxima recomendada pela legislação não inibe a multiplicação bacteriana, mantendo-se o risco à população. Reforça-se, portanto, a atenção à qualidade da matéria-prima, das ferramentas de qualidade no campo e na indústria de alimentos para garantir a inocuidade do produto final.
The existence of an animal reservoir is of great importance in the transmission of shiga toxin-producing E. coli (STEC) to humans. Epidemiologically serotype O157:H7 has been the most involved in human disease outbreaks caused by STEC, however STEC not belonging to serogroup O157 (STEC non-O157) have been described in outbreaks. Studies have revealed a risk in occurrence of these organisms in feces of cattle in Brazil, but little is known about the transmission to animal's products origin in our country. This study evaluated the viability of E. coli O153:H25, O113:H21 and O111:H8 in Minas Frescal Cheese (MFC), produced with non- STEC O157:H7 and stored at 8ºC. Counts of E. coli and total psychrotrophic were performed after processing and at intervals seven and fifteen days. There were an increase in the counts of E. coli and total psychrotrophic just after MFC processing as well as during storage at 8°C. The results demonstrated that, if the raw material (milk) is contaminated with STEC non O157:H7 (this study), the MFC processing does not eliminate the microorganisms and the maximum temperature recommended does not eliminate bacterial growth, keeping the risk to the population. The results reinforces, the attention to the quality of the raw material, the quality tools in the field and in the food industry to ensure the safety of final products.
ABSTRACT
This study aimed at evaluating the biofilm formation of Shiga toxin-producing Escherichia coli O153:H25, O113:H21 and O111:H8 (STEC non-O157), isolated from Brazilian cattle, on the stainless steel surface, and also the efficacy of different s concentrations of sodium hypochlorite for inactivating these biofilms. The ability to form biofilm was demonstrated in all of Shiga toxin-producing E. coli strains. In assessing the effectiveness of sodium hypochlorite sanitizer, a reduction to 1 log CFU/cm2 was observed in all of the evaluated strains and times. These data strengthen the relevance of the correct cleaning procedure, considering that biofilms formations might be an important source of food contamination(AU)
Neste estudo as cepas de Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) O153:H25, O113:H21 e O111:H8, isoladas de rebanhos do país, foram avaliadas quanto à capacidade de formar biofilmes em superfície de aço inoxidável utilizada na indústria de alimentos, bem como a eficácia de diferentes concentrações de hipoclorito de sódio na inativação desses biofilmes. A capacidade de formação de biofilme foi detectada em todas as cepas de E. coli produtoras de toxina Shiga. Na avaliação da eficácia do sanitizante hipoclorito de sódio, nas concentrações de 100 mg.L-1 e 200 mg.L-1, observou-se a redução a 1 log UFC/cm2 em todas as cepas e nos tempos avaliados. Estes dados reforçam a importância do correto procedimento de higienização, uma vez que biofilmes podem tornar-se importantes fontes de contaminação no ambiente de produção de alimentos(AU)