ABSTRACT
Resumen El presente artículo tuvo como objetivo analizar los factores que pueden incrementar la vulnerabilidad de los inmigrantes colombianos residentes en España frente al VIH/sida. Se realizó un estudio cualitativo con enfoque hermenéutico interpretativo para analizar la realidad de los migrantes colombianos en el contexto social de acogida en España por medio de la aplicación de entrevistas en profundidad. Los resultados apuntan que de los 34 migrantes colombianos entrevistados y que vivían en las ciudades de Madrid, Barcelona y Valencia, el 85,3% se autoidentifica como homosexuales, y un 14,7% como bisexuales; su edad promedio era de 27,6 años, y el promedio de tiempo de residencia de estos en España fue de 4,8 años. Se evidenció que los inmigrantes tienen suficientes conocimientos sobre el VIH/sida, pero aún se mantenían una serie de prejuicios e imaginarios que se vinculan con el machismo y el sexismo imperantes en su país de origen. Se concluyó que los aspectos socioculturales sobre la sexualidad construidos por los migrantes en su país de origen, así como los obstáculos culturales y el desconocimiento de las normas de socialización en la comunidad de acogida pueden ser uno de los factores comunes que incrementen la vulnerabilidad de los migrantes frente al VIH/sida.
Abstract This article analyzes the factors that may increase the vulnerability to HIV/AIDS of Colombian immigrants residing in Spain. We performed a qualitative research with hermeneutical approach to analyze the reality of social reception of in Spain using in-depth interviews. Results showed that, of the 34 Colombian migrants interviewed, who lived in the cities of Madrid, Barcelona and Valencia, 85.3% self-reported as homosexuals and 14.3% as bisexuals; their average age was of 27.6 years old and the average time living in Spain was 4.8 years. We found that these immigrants had enough knowledge about HIV/AIDS but believed in several preconceptions and fictions connected to the dominant machismo and sexism from their home country. We concluded that the sociocultural sexual prejudice they had developed in their home country, as well as cultural obstacles and ignorance of the social norms from the host society may be common factors to increase the migrants' vulnerability to HIV/AIDS.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Transients and Migrants , Serologic Tests , Acquired Immunodeficiency Syndrome , HIV , Vulnerability Analysis , Sexual and Gender MinoritiesABSTRACT
O objetivo deste estudo foi analisar as associações estabelecidas das variáveis sociodemográficas, clínicas, comportamentais e atitudinais com as perspectivas temporais assumidas por pessoas vivendo com HIV, com vistas a contribuir para o planejamento do cuidado de saúde e do autocuidado. Realizou-se um estudo analítico transversal, com 281 pessoas vivendo com HIV nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói acompanhadas em centros de referência de atendimento a pessoa com HIV. Adotou-se a amostragem do tipo não probabilística, de conveniência, escolhida a partir de informações disponibilizadas pelos serviços do quantitativo de clientes em seguimento compondo o universo deste estudo. Foram utilizados dois instrumentos de coleta de dados, a saber: o instrumento de dados sociodemográficos, clínicos, comportamentais e atitudinais(variáveis independentes); e o Inventário de Perspectiva Temporal do Zimbardo ZTPI (variáveis dependentes). A análise de dados foi realizada através do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0. A análise dos dados referentes aos aspectos sociodemográficos se deu por meio de medidas de tendência central e de dispersão. Após verificação das análises de correlação foram realizadas análises de regressão linear simples e múltipla que foram conduzidas para avaliar a relação das variáveis sociodemográficas, clínicas, comportamentais e atitudinais com os escores de cada subescala da perspectiva temporal. Na avaliação da perspectiva temporal, encontrou-se escores médios que variaram de 2,75 (presente hedonista) a 3,85 (futuro). Nesse sentido, verificou-se que as pessoas que vivem com HIV da amostra estudada apresentaram maior orientação para o futuro e menor orientação para o presente fatalista e presente hedonista; a maior escolaridade foi associada a menor orientação para o passado negativo, enquanto que considerar-se doente favoreceu a orientação para o passado negativo; o maior tempo de uso da TARV foi associado a menor orientação para o passado positivo, enquanto que o estado de saúde positiva favoreceu a orientação para o passado positivo; a maior idade, o sexo feminino e o uso da TARV favoreceram a orientação para o presente fatalista, enquanto que a maior escolaridade foi associada a menor orientação para essa dimensão temporal; as maiores idade e escolaridade foram associadas a menor orientação para o presente hedonista; a ocupação com atividade remunerada e o estado de saúde positiva favoreceram a orientação para o futuro. Ressalta-se a importância de estudos futuros sobre a temática e, na prática, recomenda-se aos profissionais da saúde escuta qualificada através do acolhimento, no atendimento a pessoa vivendo com o HIV/aids. Esses profissionais ao considerarem a perspectiva temporal como preditor de comportamentos favoráveis ou de risco à saúde, poderão estimular o indivíduo a ser protagonista do autocuidado e seguir uma vida saudável, especialmente se envidarem esforços para uma abordagem integral do cuidado em saúde.
The objective of this study was to analyze the established associations of sociodemographic, clinical, behavioral and attitudinal variables with the time perspectives assumed by people living with HIV, with a view to contributing to the planning of health care and self-care. A cross-sectional analytical study was carried out, with 281 people living with HIV in the cities of Rio de Janeiro and Niteroi-Brazil, users who used referral centers to care for people with HIV. Non-probabilistic sampling, of convenience, was chosen, based on the information provided by the services of the quantitative of clients in a follow-up, composing the universe of this study. Two data collection instruments were used: the sociodemographic, clinical, behavioral and attitudinal data instrument (independent variables); and the Zimbardo Time Perspective Inventory - ZTPI (dependent variables). The data analysis was performed through the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 22.0. The analysis of the data concerning the sociodemographic aspects occurred through measures of central tendency and dispersion. After verification of the correlation analyzes, simple and multiple linear regression analyzes were performed that were conducted to evaluate the relationship of sociodemographic, clinical, behavioral and attitudinal variables with the scores of each subscale of the time perspective. In the time perspective evaluation, mean scores ranged from 2.75 (hedonistic present) to 3.85 (future). In this sense, it was verified that the people living with HIV of the studied sample presented more orientation for the future and less orientation for the present fatalistic and hedonistic present; higher schooling was associated with less orientation to the negative past, while considering that patient favored orientation towards the negative past; the longer time of use of HAART was associated with less orientation to the positive past, while the positive health status favored orientation towards the positive past; older age, female sex and the use of HAART favored the orientation towards this fatalistic present, while higher schooling was associated with less orientation to this temporal dimension; older age and schooling were associated with lower hedonistic orientation; the occupation with paid activity and the positive state of health favored the orientation towards the future. The importance of future studies on the subject is emphasized and, in practice, it is recommended that health professionals receive qualified listening through the reception of a person living with HIV. These professionals, when considering the time perspective as a predictor of favorable behaviors or risk to health, may stimulate the individual to be the protagonist of self-care and to lead a healthy life, especially if efforts are made towards a comprehensive approach to health care.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Quality of Life , Self Care , Time Perception , AIDS Serodiagnosis , Health Behavior , Delivery of Health Care , Acquired Immunodeficiency Syndrome , Acquired Immunodeficiency Syndrome/epidemiology , HIVABSTRACT
La histoplasmosis es una enfermedad sistémica ocasionada por el hongo dimorfo Histoplasma capsulatum. Paciente femenina de 20 años de edad, con cuadro clínico de dolor abdominal difuso de 6 horas de evolución, localizado inicialmente en epigastrio e irradiado posteriormente a fosa iliaca derecha, con antecedente de VIH+ desde el nacimiento, por transmisión vertical. Abdomen se observa distendido, con dolor a la palpación superficial y profunda, con francos signos de irritación peritoneal, con signo de Bloomberg positivo. Se diagnostica apendicitis aguda el cual es sometida a intervención quirúrgica donde se observa un apéndice normal, sin embargo se observa una tumoración en ciego de aproximadamente 10x10 centímetros adherida a la pared derecha del peritoneo, se envía muestra al departamento de histopatología reportando proceso inflamatorio crónico granulomatoso compatible con histoplasmosis.
Histoplasmosis is a systemic disease caused by the dimorphic fungus Histoplasma capsulatum. A 20-year-old female patient with a clinical presentation of diffuse abdominal pain of 6 hours evolution, located initially in epigastrium and irradiated subsequently to the right iliac fossa, with a history of HIV + from birth, by vertical transmission. Abdomen is observed distended, with pain to the superficial and deep palpation, with frank signs of peritoneal irritation, with a positive Bloomberg sign. Acute appendicitis is diagnosed, which is subjected to surgery where a normal appendix is observed, however a tumor is observed in blind of approximately 10x10 centimeters adhered to the right wall of the peritoneum, sample is sent to the department of histopathology reporting process inflammatory chronic granulomatous compatible with histoplasmosis.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Appendicitis , HIV , Histoplasmosis , Surgical Procedures, Operative , Abdominal Pain , Acquired Immunodeficiency Syndrome , Abdomen , NeoplasmsABSTRACT
INTRODUÇÃO O tratamento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida vem sofrendo importantes avanços desde a introdução da terapia antirretroviral altamente ativa, conhecida como HAART (high active antirretroviral therapy). Este tratamento levou à eliminação do vírus na corrente sanguínea e ao aumento na sobrevida, entretanto alterações metabólicas e estruturais tornaram-se evidentes. Uma dessas alterações é a redistribuição de gordura corpórea, também denominada lipodistrofia. Com uma das maiores casuísticas mundiais, o objetivo deste trabalho é demonstrar algumas das alternativas cirúrgicas, bem como os resultados obtidos na tentativa de minimizar o impacto da lipodistrofia. MÉTODO: No período de julho de 2005 a julho de 2013, 510 pacientes portadores de lipodistrofia secundária ao uso de HAART foram operados pela Clínica de Cirurgia Plástica do Hospital Heliópolis. Todos esses pacientes foram submetidos à prévia avaliação clínica e imunológica, sob auxílio da equipe de Infectologia. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação do ABC. RESULTADO: Dentre os 510 pacientes, 335 eram do sexo feminino e 175 do sexo masculino, com idades variando entre 16 e 74 anos. Quanto aos procedimentos, destacou-se lipoaspiração da giba e dorso, com 199 casos. Quanto à resposta estimulada através de questionário subjetivo, observou-se elevado grau de satisfação, aumento significativo da autoestima e maior adesão ao tratamento antirretroviral. CONCLUSÃO: A correção cirúrgica da lipodistrofia corporal comprovadamente melhora o aspecto estético do paciente que faz uso da HAART; porém, o efeito psicológico e social é ainda mais importante, elevando a autoestima, com diminuição dos estigmas, e proporcionando uma maior adesão ao tratamento antirretroviral.
INTRODUCTION The treatment of acquired immunodeficiency syndrome has undergone important advances since the introduction of highly active antiretroviral therapy (HAART). This treatment led to the elimination of the virus in the bloodstream and increased survival; however, metabolic and structural changes became evident. One of these changes is lipodystrophy, the redistribution of body fat. With one of the largest samples worldwide, the aim of this work was to present some of the various surgical alternatives as well as the results obtained for minimizing the impact of lipodystrophy. METHOD: From July 2005 to July 2013, 510 patients with HAART-associated lipodystrophy underwent surgery in the Clinic of Plastic Surgery, Heliópolis Hospital. All patients submitted to prior clinical and immunological assessments made with the aid of the infectious diseases team. The present study was approved by the Research Ethics Committee of the ABC Foundation. RESULTS: The 510 patients included 335 women and 175 men with an age range of 16-74 years. Liposuction of the cervicodorsal fat pad (buffalo hump) was predominant (199 cases). With regard to the response stimulated through a subjective questionnaire, a high degree of satisfaction was observed with a significant increase in self-esteem and greater adherence to antiretroviral treatment. CONCLUSION: The surgical correction of body lipodystrophy demonstrably improves the aesthetics of patients using HAART; however, its psychological and social effects are even more important since self-esteem increases and stigma decreases, which leads to better adherence to antiretroviral treatment.