ABSTRACT
Resumo Introdução A imunização da gestante parece proteger o bebê por meio da transferência passiva de anticorpos e ter um impacto na prevenção da doença em bebês que ainda não iniciaram a vacinação contra coqueluche. Objetivo Analisar o comportamento dos registros de hospitalizações por coqueluche em crianças menores de 1 ano de idade, conforme a cobertura da vacina dTpa para gestantes. Método Trata-se de um estudo ecológico de caráter observacional e quantitativo dos registros de hospitalizações por coqueluche, em crianças menores de 1 ano de idade, no Sul do Brasil, durante o período de 2007 a 2017. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação Hospitalar no DATASUS. Resultados No período analisado, foram registradas 342.139 hospitalizações por doenças respiratórias em crianças menores de 1 ano, sendo que 3.062 foram por coqueluche. No período pré-vacinal, a média anual foi de 102,2/100.000/ano e, no período pós-vacinal, foi de 46,8/100.000/ano, representando uma queda de 54,2% no número de registros, variando de 27,8/100.000/ano em 2007 a 139/100.000/ano em 2013, caindo para 47,9/100.000/ano em 2017. Conclusão Houve uma redução no número de registros de hospitalizações por coqueluche após a introdução da vacina dTpa, mesmo com uma cobertura vacinal abaixo de 50%.
Abstract Background Immunization of pregnant women seems to protect infants through passive antibody transfer, and have an impact on disease prevention in infants who have not yet started vaccination for pertussis. Objective Analyze the behavior of hospitalization records for pertussis in children under 1 year of age according to the coverage of the Diphtheria, Tetanus and acellular Pertussis (DTaP) vaccine for pregnant women. Methods This is an ecological, observational, quantitative study conducted with records of hospitalization due to pertussis in children under 1 year of age in southern Brazil from 2007 to 2017. Data were obtained from the hospital information system at DATASUS. Results In the analyzed period, 342.139 children aged ≤1 year were hospitalized as a result of respiratory diseases, and 3.062 of these hospitalizations were due to pertussis. In the pre-vaccination period, the annual average was 102.2/100,000 and, in the post-vaccination period, it was 46.8/100.000, representing a 54.2% decrease in the number of records, varying from 27.8/100.000/year in 2007 to 139.0/100.000/year in 2013, and reducing to 47.9/100.000/year in 2017. Conclusion There was a reduction in the number of hospitalizations due to pertussis after the introduction of the DTaP vaccine, even with vaccination coverage <50%.
ABSTRACT
Resumen: El desarrollo de la vacunación a nivel mundial ha permitido el control de algunas enfermedades infecciosas, constituyéndose en una poderosa herramienta de salud pública. Asimismo, se han identificado algunos efectos secundarios neurológicos, como el denominado episodio de hipotonía-hiporreactividad, evento supuestamente atribuido a la vacunación e inmunización. Si bien es poco frecuente, se considera un efecto adverso severo. El objetivo de este artículo es reportar un caso y revisar la literatura sobre el tema. Se presenta una lactante de 2 meses que luego de tres horas de recibir la primera dosis de la vacuna combinada pentavalente, presenta episodio de hipotonía con cianosis de segundos de duración. Este episodio se caracteriza por presentarse horas después de la administración de la vacuna con un inicio súbito de hipotonía generalizada, hiporreactividad y palidez cutánea o cianosis. El diagnóstico es de exclusión, ya que se presenta en lactante de aspecto grave. La mayoría de los episodios se han relacionado con el componente pertussis, ya sea celular o acelular. La vigilancia de los ESAVI es un pilar fundamental para desarrollar esquemas de vacunación eficaces y seguros para toda la población.
Summary: The global development of vaccines has enabled us to control some infectious diseases and has become a powerful public health tool. Despite this, vaccines have some neurological side effects, such as the so-called Hypotonic-Hyporesponsive Episode (HHE), an adverse event following vaccination and immunization (AEFI). Even though it is rare, it is considered to be a severe adverse effect. The objective of this article is to report about a HHE case and to review the literature on the subject. The case is of a 2-month-old infant who, after 3 hours of receiving the first dose of the combined pentavalent vaccine, developed a hypotonic episode with cyanosis of seconds of duration. HHE usually happens hours after the vaccine is administered and it shows a sudden onset of generalized hypotonia, hyporesponsiveness, pale skin or cyanosis. A diagnosis of exclusion was made, since the symptoms looked serious on the infant. Most episodes have been linked to cellular or acellular pertussis. It is essential to carry out AEFI surveillance in order to develop effective and safe vaccination schedules for the entire population.
Resumo: O desenvolvimento global de vacinas há permitido controlar algumas doenças infeccionas tornando-se uma poderosa ferramenta de saúde pública. Apesar disso, elas têm alguns efeitos colaterais neurológicos, como o chamado Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH), um evento adverso pós-vacinação e imunização (EAPV). Embora seja raro, é considerado um efeito adverso grave. O objetivo deste artigo é relatar um caso de EHH e revisar a literatura sobre o assunto. O relato de caso é de uma criança de 2 meses de idade quem, após 3 horas de recebimento da primeira dose da vacina pentavalente combinada, desenvolveu um episódio hipotônico com cianose de segundos de duração. O EHH geralmente ocorre horas após a administração da vacina e mostra um início repentino de hipotonia generalizada, hiporresponsividade, pele pálida ou cianose. O diagnóstico foi de exclusão, pois os sintomas no bebê eram sérios. A maioria dos episódios foi associada à pertussis celular ou acelular. É essencial realizar a vigilância da EAPV para desenvolver cronogramas de vacinação eficazes e seguros para toda a população.
ABSTRACT
Resumo A vigilância da coqueluche intensificou-se no Brasil com o aumento de casos a partir de 2012. Em 2015, a quantidade de notificações no Distrito Federal diminuiu, possivelmente devido à introdução da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis acelular para gestantes em novembro de 2014 no país. Trata-se de estudo descritivo, baseado na revisão das notificações compulsórias de coqueluche no Sistema de Notificação Nacional entre 2007 e 2016. Constatou-se que a doença atinge principalmente crianças menores de 1 ano com esquemas vacinais incompletos. A administração dessa vacina para gestantes mostrou-se importante ferramenta para proteger bebês menores de 6 meses.
Abstract Pertussis monitoring intensified in Brazil with the increase of cases since 2012. In 2015, the number of notifications in the Federal District decreased, possibly due to the introduction of diphtheria, tetanus and acellular pertussis vaccine for pregnant women in November 2014 in the country. This is a descriptive study based on the review of compulsory pertussis reporting in the National Notification System between 2007 and 2016. It was found that the disease mainly affects children under one year of age with incomplete vaccination regimens. The administration of this vaccine to pregnant women has proved to be an important tool to protect babies under six months.
Resumen La vigilancia de la tos ferina se intensificó en Brasil con el aumento de casos a partir de 2012. En 2015, la cantidad de notificaciones en el Distrito Federal disminuyó, posiblemente debido a la introducción de la vacuna contra la difteria, el tétanos y la pertussis acelular para gestantes, en noviembre de 2014, en el país. Se trata de un estudio descriptivo, basado en la revisión de las notificaciones obligatorias de tos ferina en el Sistema de Notificación Nacional, entre 2007 y 2016. Se constató que la enfermedad afecta principalmente a niños menores de 1 año con regímenes de vacunación incompletos. La administración de esta vacuna a mujeres embarazadas se mostró como una importante herramienta para proteger a los bebés menores de 6 meses.
Subject(s)
Bordetella pertussis , Pertussis Vaccine , Epidemiology , Disease NotificationABSTRACT
Resumo Introdução A coqueluche, doença infectocontagiosa, atualmente vem apresentando um perfil reemergente. Fatores como diminuição da imunidade, anos após a vacinação, mudanças no genótipo da bactéria e aumento da susceptibilidade entre jovens e adultos são considerados como contribuintes para o aumento da taxa da incidência da doença. Objetivo Assim, objetiva-se identificar e caracterizar o perfil epidemiológico dos casos confirmados de coqueluche no estado do Rio Grande do Norte. Método Analisou-se dados das bases do Sinan do estado do RN nos períodos de 2011 a 2014. Resultados Observou-se que os casos confirmados acometeram, predominantemente, os menores de 6 meses de idade. Os sintomas clássicos da doença foram identificados na maior parte dos acometidos. Verificou-se também que a confirmação de casos guarda estreita relação com a não vacinação ou vacinação incompleta. Conclusão Os achados sugerem a importância da vacinação para o controle da doença e a necessidade de melhoria das ações de vigilância para que haja uma representação epidemiológica fidedigna da doença.
Abstract Introduction Pertussis is an infectious disease that currently has a reemerging profile. Factors such as weaknesses in the immune system, 1-year follow-up vaccination, changes in genotype of the bacteria and increased susceptibility among young and adults have been raising rate of disease incidence. Objective Thus, it is aimed to identify and to characterize the epidemiological profile of confirmed cases in Rio Grande do Norte (RN) state. Method It was analyzed data from RN at Sinan databases from 2011 to 2014. Results It was observed that the confirmed cases were predominantly children under 6 months of age. The classic symptoms of the disease have been identified in most affected. It was also perceived that the confirmed cases were strongly linked to non-uptake of immunization or incomplete vaccination. Conclusion The findings suggest the importance of vaccination to control disease and the need to improve activities surveillance to provide an accurate epidemiological representation of the disease.
ABSTRACT
Objectives In Latin America and the Caribbean (LAC), pertussis disease incidence has reportedly increased since 2000 despite high vaccine coverage. A systematic review of pertussis literature and a meta-analysis was conducted to understand the burden of disease in LAC. Methods A systematic literature review was completed, using relevant search terms. Original articles describing pertussis epidemiology and vaccine coverage in LAC published between 1980 and 2015 were identified. Applying a Bayesian meta-analysis random-effects model, we calculated pooled estimates and corresponding 95% credible intervals (95% CrIs) for pertussis incidence, case fatality ratio (CFR), pertussis prevalence among contacts, and coverage with three doses of diphtheria, tetanus, and pertussis (DTP) vaccine (DTP3). Results A total of 59 studies meeting our selection criteria were identified, representing 15 countries. Of the 59, 15 of them provided incidence data, with 7 of the 15 reporting a pertussis case definition. The pertussis incidence estimate for the 1980-1999 period was 17.8 cases per 100 000 persons (95% CrI: 5.9-29.7); for the 2000-2015 period, it was 2.5 cases per 100 000 persons (95% CrI: 1.8-3.2). For the 1980-2015 period, the CFR, in 19 studies reviewed, was 3.9% (95% CrI: 2.9%-4.9%); for that same period, in 5 studies reviewed, pertussis prevalence among contacts was 24.9% (95% CrI: 13.7%-36.1%). Pooled DTP3 vaccine coverage estimates, in a total of 20 studies reviewed for the following three time periods, were: 1980-1990, 72.4% (95% CrI: 64.6%-80.2%); 1991-2000, 79.0% (95% CrI: 66.1%-91.9%); and 2001-2015, 90.0% (95% CrI: 87.7%-92.3%). Conclusion A decrease in pertussis incidence and an achievement of moderately high DTP3 vaccine coverage since the early 2000s was observed. The review highlights the need for increased publication of pertussis data at the country level and for LAC as a whole in order to better understand the true burden of the disease. Application of a standardized case definition and use of active case finding would aid in obtaining more accurate estimates of the disease burden in LAC.
RESUMEN Objetivos En América Latina y el Caribe, la incidencia de la tos ferina habría aparentemente aumentado desde el 2000, a pesar de la alta cobertura de vacunación. Se realizó una revisión sistemática de la bibliografía sobre tos ferina y un metanálisis para conocer la carga de esta enfermedad en América Latina y el Caribe. Métodos. La revisión bibliográfica sistemática se realizó utilizando términos de búsqueda pertinentes. Se encontraron artículos originales que describían las características epidemiológicas de la tos ferina y la cobertura de vacunación en América Latina y el Caribe publicados entre 1980 y el 2015. Aplicando un modelo bayesiano de efectos aleatorios para el metanálisis, se obtuvieron estimaciones combinadas y los correspondientes intervalos de credibilidad del 95% (ICr) para la incidencia, la tasa de letalidad y la prevalencia entre contactos de la tos ferina, y la cobertura con tres dosis de vacuna contra la difteria, el tétanos y la tos ferina (DTP3). Resultados Se encontraron en total 59 estudios de 15 países que cumplían con los criterios de selección. De ellos, 15 proporcionaban datos sobre incidencia. Siete de estos 15 contenían una definición de caso de tos ferina. La incidencia estimada de tos ferina para el período 1980-1999 fue de 17,8 casos por 100 000 (ICr 95%: 5,9-29,7) y para el período 2000-2015, de 2,5 casos por 100 000 (ICr 95%: 1,8-3,2). En cuanto a la tasa de letalidad, para el período 1980-2015 en 19 estudios examinados fue de 3,9% (ICr 95%: 2,9%-4,9%); en el mismo período, en 5 estudios examinados la prevalencia de tos ferina entre los contactos fue de 24,9% (ICr 95%: 13,7%-36,1%). Las estimaciones combinadas de cobertura con DTP3 en un total de 21 estudios examinados para los siguientes tres períodos fueron: en 1980-1990, 72,4% (ICr 95%: 64,6%-80,2%); en 1991-2000, 79,0% (ICr 95%: 66,1%-91,9%) y en el 2001-2015, 90,0% (ICr 95%: 87,7%-92,3%). Conclusiones Se observó una disminución de la incidencia de la tos ferina y el logro de una cobertura moderadamente alta con la vacuna DTP3 desde principios del siglo XXI. En el examen se subraya la necesidad de incrementar la publicación de datos sobre la tos ferina en los países y en América Latina y el Caribe en su conjunto, para conocer mejor la verdadera carga de enfermedad. La adopción de una definición de caso normalizada y la búsqueda activa de casos ayudarán a obtener estimaciones más precisas de la carga de enfermedad en América Latina y el Caribe.
RESUMO Objetivos Há relatos de que a incidência de coqueluche na América Latina e Caribe (ALC) tem aumentado desde o ano 2000, apesar da alta cobertura vacinal. Realizamos uma revisão sistemática e metanálise da literatura sobre a coqueluche para compreender a carga da doença na ALC. Métodos. Fizemos uma revisão sistemática da literatura usando termos de pesquisa relevantes. Identificamos artigos originais, publicados entre 1980 e 2015, que descrevessem a epidemiologia da coqueluche e a cobertura vacinal na ALC. Aplicando um modelo Bayesiano de efeitos aleatórios para a metanálise, calculamos estimativas agrupadas e seus correspondentes intervalos de credibilidade de 95% (CrIs 95%) para a incidência de coqueluche, a taxa de letalidade, a prevalência de coqueluche entre os contatos e a cobertura com três doses da vacina combinada para difteria, tétano e coqueluche (DTP3). Resultados Identificamos um total de 59 estudos que cumpriram os nossos critérios de seleção, representando 15 países. Destes 59, 15 apresentaram dados sobre a incidência, e 7 dos 15 apresentaram uma definição de "caso de coqueluche". A incidência estimada da coqueluche no período de 1980 a 1999 foi de 17,8 casos por 100.000 pessoas (CrI 95%: 5,9-29,7); no período de 2000 a 2015, foi de 2,5 casos por 100.000 pessoas (CrI 95%: 1,8-3,2). No período de 1980 a 2015, a taxa de letalidade, em 19 estudos revistos, foi de 3,9% (CrI 95%: 2,9%-4,9%); neste mesmo período, em 5 estudos revistos, a prevalência de coqueluche entre os contatos foi de 24,9% (CrI 95%: 13,7%-36,1%). A cobertura vacinal agrupada com DTP3, em um total de 21 estudos examinados nos seguintes três períodos, foi estimada em: 1980 a 1990, 72,4% (CrI 95%: 64,6%-80,2%); 1991 a 2000, 79,0% (CrI 95%: 66,1%-91,9%); 2001 a 2015, 90,0% (CrI 95%: 87,7%-92,3%). Conclusões Foi observada uma redução na incidência de coqueluche e uma cobertura vacinal com DTP3 relativamente alta desde o início da década de 2000. Esta revisão destaca a necessidade de melhorar a publicação de dados sobre a coqueluche ao nível nacional e na ALC como um todo, a fim de promover uma melhor compreensão sobre a verdadeira carga da doença. O uso de uma definição padronizada de "caso de coqueluche" e a busca ativa de casos ajudaria na obtenção de estimativas mais precisas da carga da doença na ALC.
Subject(s)
Whooping Cough/history , Whooping Cough/epidemiology , Meta-Analysis as Topic , AmericasABSTRACT
The aim of this study was to describe recent changes in the epidemiology of pertussis and existing policies regarding recommended and mandatory occupational vaccinations for healthcare professionals (HCPs). The authors carried out an extensive review of references on the PubMed and SciELO databases and the official sites of the World Health Organization, Pan American Health Organization, Centers for Disease Control and Prevention, and Brazilian Ministry of Health, using the keywords pertussis, vaccines and healthcare professionals. Vaccination against pertussis is recommended for HCPs in the United States, Canada, nine European countries, Australia, Hong Kong, Singapore, Costa Rica, Argentina and Uruguay, and in some countries it is compulsory. In Brazil, only one publication discussing the risk of pertussis among HCPs was found. Considering the reemergence of pertussis and the great number of associated hospitalizations and deaths registered in 2011, it is necessary to review public policies regarding HCP pertussis vaccination, particularly among workers in frequent contact with young babies.
O objetivo deste artigo é descrever as recentes mudanças na epidemiologia da pertússis e as políticas de vacinação voltadas à prevenção da coqueluche para profissionais de saúde. Os autores fizeram um levantamento dos artigos publicados no PubMed, SciELO e páginas da Internet da Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Centers for Disease Control and Prevention (Estados Unidos) e do Ministério da Saúde usando as palavras-chave: pertussis, vacinas e profissionais de saúde. A vacinação de profissionais de saúde contra coqueluche é recomendada pela OMS, OPAS, CDC, e autoridades de saúde de nove países europeus, da Austrália, Hong Kong, Cingapura, Costa Rica, Argentina e Uruguai, e em alguns países é compulsória. No Brasil, identificamos apenas um artigo abordando a vacinação de profissionais de saúde contra coqueluche, mas considerando a reemergencia da doença com grande número de hospitalizações e mortes em 2011, consideramos necessário rediscutir as políticas públicas envolvendo a vacinação dos profissionais de saúde, particularmente daqueles que têm contato frequente com lactentes jovens.
El propósito de este artículo es describir los recientes cambios en la epidemiología y políticas de vacunación para la prevención de la tos ferina en los profesionales de la salud. Los autores realizaron un estudio de los artículos publicados en PubMed, sitios como SciELO, de la OMS, OPS, CDC y Ministerio de Salud de Brasil con las siguientes palabras clave: vacunas contra la tos ferina y profesionales de la salud. La vacunación de los trabajadores de la salud contra la tos ferina es recomendada por la OMS, la OPS, CDC y por las autoridades sanitarias de 9 países europeos, de Australia, Hong Kong, Singapur, Costa Rica, Argentina y Uruguay, y en algunos países es obligatoria. En Brasil, se ha identificado un solo artículo sobre la vacunación de los trabajadores de la salud contra la tos ferina, sin embargo, frente al resurgimiento de la enfermedad con un gran número de hospitalizaciones y muertes en 2011, consideramos que es necesario revisar la política pública de vacunación de los profesionales de la salud, especialmente si tienen contacto con niños pequeños.
Subject(s)
Adult , Humans , Middle Aged , Young Adult , Diphtheria-Tetanus-acellular Pertussis Vaccines , Health Personnel , Infectious Disease Transmission, Professional-to-Patient/prevention & control , Whooping Cough/transmission , Diphtheria-Tetanus-Pertussis Vaccine/immunology , Diphtheria-Tetanus-acellular Pertussis Vaccines/immunology , Immunization Schedule , Occupational Risks , Vaccination , Whooping Cough/epidemiology , Whooping Cough/immunology , Whooping Cough/prevention & controlABSTRACT
OBJECTIVE: To develop a model to assess different strategies of pertussis booster vaccination in the city of São Paulo. METHODS: A dynamic stationary age-dependent compartmental model with waning immunity was developed. The "Who Acquires Infection from Whom" matrix was used to modeling age-dependent transmission rates. There were tested different strategies including vaccine boosters to the current vaccination schedule and three of them were reported: (i) 35 percent coverage at age 12, or (ii) 70 percent coverage at age 12, and (iii) 35 percent coverage at age 12 and 70 percent coverage at age 20 at the same time. RESULTS: The strategy (i) achieved a 59 percent reduction of pertussis occurrence and a 53 percent reduction in infants while strategy (ii) produced 76 percent and 63 percent reduction and strategy (iii) 62 percent and 54 percent, respectively. CONCLUSION: Pertussis booster vaccination at age 12 proved to be the best strategy among those tested in this study as it achieves the highest overall reduction and the greatest impact among infants who are more susceptible to pertussis complications.
OBJETIVO: Desenvolver um modelo capaz de acessar resultados de diferentes possíveis estratégias de reforço vacinal contra a coqueluche, na cidade de São Paulo. MÉTODOS: O modelo matemático dinâmico proposto é dependente da idade e considerou perda da imunidade vacinal com o avanço da idade. A matriz "who acquire infection from whom" foi utilizada para inserir as diferentes dinâmicas de contatos entre os grupos etários. Diferentes estratégias vacinais foram testadas, acrescentando reforços vacinais ao atual esquema utilizado, e três diferentes estratégias foram reportadas: (i) 35 por cento ou (ii) 70 por cento de cobertura vacinal na idade de 12 anos e (iii) coberturas vacinais de 35 por cento aos 12 anos e 70 por cento aos 20 anos ao mesmo tempo. RESULTADOS: A estratégia (i) produziu redução de 59 por cento nos casos de coqueluche e 53 por cento de redução entre os menores de um ano; a estratégia (ii) alcançou redução de 76 por cento nos casos e de 63 por cento entre os menores de um ano; a estratégia (iii) reduziu em 62 por cento o total de casos e 54 por cento entre os menores de um ano. DISCUSSÃO: Reforço vacinal contra a coqueluche aos 12 anos é a melhor estratégia dentre as testadas, pois gera maior redução de casos em todas as idades e alcança maior impacto entre os menores de um ano, os mais vulneráveis às complicações da coqueluche.
OBJETIVO: Desarrollar un modelo capaz de acceder resultados de diferentes posibles estrategias de refuerzo vacunal contra la tosferina, en la ciudad de Sao Paulo, Sureste de Brasil. MÉTODOS: El modelo matemático dinámico propuesto es dependiente de la edad y consideró pérdida de la inmunidad vacunal con el avance de la edad. La matriz "who acquire infection from whom" fue utilizada para insertar las diferentes dinámicas de contactos entre los grupos de edad. Diferentes estrategias vacunales fueron evaluadas, añadiendo refuerzos vacunales al actual esquema utilizado, e tres diferentes estrategias fueron reportadas: (i) 35 por ciento o (ii) 70 por ciento de cobertura vacunal en la edad de 12 años e (iii) coberturas vacunales de 35 por ciento a los 12 años y 70 por ciento a los 20 años al mismo tiempo. RESULTADOS: La estrategia (i) produjo reducción de 59 por ciento en los casos de tosferina y 53 por ciento de reducción entre los menores de un año; la estrategia (ii) alcanzó reducción de 76 por ciento en los casos y de 63 por ciento entre los menores de un año; la estrategia (iii) redujo en 62 por ciento el total de casos y 54 por ciento entre los menores de un año. DISCUSIÓN: Refuerzo vacunal contra la tosferina a los 12 años es la mejor estrategia entre las evaluadas, pues genera mayor reducción de casos en todas las edades y alcanza mayor impacto entre los menores de un año, los mas vulnerables a las complicaciones de la tosferina.