Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 272
Filter
1.
Psicol. Estud. (Online) ; 29: e56174, 2024.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1558718

ABSTRACT

RESUMO. O avanço de legislações nacionais e internacionais contribuiu para a reafirmação da dignidade e dos direitos fundamentais das pessoas com deficiência. Ainda assim, a efetiva participação sociocultural dessa população é prejudicada pelas barreiras discriminatórias impostas nos mais diversos âmbitos da sociedade. Faz-se necessário, portanto, promover reflexões sobre a 'cultura da normalidade', e sua consequente influência em situações de exclusão, opressão e discriminação dos sujeitos com deficiência. A presente pesquisa teve como objetivo analisar o conceito de deficiência na contemporaneidade sob a ótica da filosofia de Emmanuel Levinas, autor responsável por tecer críticas ao pensamento filosófico ocidental, principalmente às ações de exclusão e discriminação da alteridade dele decorrentes. Para tanto, utilizou-se o método do Estado da Arte, coletando-se 12 artigos, 11 dissertações e quatro teses. Os trabalhos foram categorizados de maneira quantitativo-descritiva e, posteriormente, analisados a partir da obra Totalidade e infinito e dos estudos contemporâneos sobre deficiência, ética e responsabilidade. Observou-se uma análise crítica dos trabalhos em relação às atuais ações e intervenções voltadas ao público com deficiência, denunciando sua insuficiência na garantia de direitos fundamentais. Constatou-se também a necessidade de substituição de concepções totalizantes e universalizantes das diferenças por perspectivas de reconhecimento do Outro e consideração da singularidade humana. Conclui-se que a Ética da Alteridade, proposta por Levinas, convida ao compromisso infinito do Mesmo para com o Outro, à ajuda sem espera de reciprocidade, fazendo-se, portanto, relevante nos campos político e acadêmico como princípio ético, teórico-prático e analítico para a interpretação de questões relativas à deficiência.


RESUMEN. El avance de la legislación nacional e internacional ha contribuido a reafirmar la dignidad y los derechos fundamentales de las personas con discapacidad. Todavia, la participación sociocultural efectiva de esta población se ve obstaculizada por las barreras discriminatorias impuestas en los más diversos ámbitos de la sociedad. Por tanto, es necesario promover reflexiones sobre la 'cultura de la normalidad' dominante, y su consecuente influencia en situaciones de exclusión, opresión y discriminación de sujetos con discapacidad. Esta investigación tuvo como objetivo analizar el concepto de discapacidad en la época contemporánea desde la perspectiva filosófica de Emmanuel Levinas, autor responsable de criticar el pensamiento filosófico occidental, especialmente las acciones de exclusión y discriminación de la alteridad que de él resultan. Para ello se utilizó el método del estado del arte, recogiendo 12 artículos, 11 disertaciones y 4 tesis. Las obras fueron categorizadas de manera cuantitativo-descriptiva y posteriormente analizadas a partir de la obra Totalidade e infinito y estudios contemporáneos sobre discapacidad, ética y responsabilidad. Se observó un análisis crítico de las obras en relación a las acciones e intervenciones actuales dirigidas al público con discapacidad, denunciando su insuficiencia en la garantía de los derechos fundamentales. También se señaló la necesidad de reemplazar las concepciones totalizadoras y universalizadoras de las diferencias por perspectivas de reconocimiento del Otro y consideración de la singularidad humana. Se concluye que la Ética de la Alteridad, propuesta por Levinas, invita a la implicación del Mismo hacia el Otro, para ayudar sin esperar a la reciprocidad, volviéndose, por tanto, relevante en los campos político y académico como un enfoque ético, teórico-práctico y marco analítico para la interpretación de las cuestiones relacionadas con la discapacidad.


ABSTRACT. The advancement of national and international laws has contributed to reassuring the dignity and fundamental rights of people with disabilities. Even so, the effective sociocultural participation of these people is jeopardized by discriminatory barriers imposed across multiple spheres of society. Therefore, it is necessary to promote reflections about 'normality culture' and its consequences in situations of exclusion, oppression, and discrimination of people with disabilities. This study aimed to analyze the contemporary concept of disability in the light of Emmanuel Levinas's philosophy, author responsible for criticizing Western philosophy affirming that the exclusion of alterity stems from it. To this end, a State of the Art analysis was done, and 12 papers, 11 master's theses, and 4 doctoral dissertations were found. The works were classified by quantitative characteristics and were later analyzed in the light of Levinas's major work, Totalidade e infinito, and the contemporary studies on disability, ethics, and responsibility. It was observed that the works had done critical analyses about governmental actions and interventions destined to people with disabilities, showing the insufficiency in ensuring fundamental rights of these people. We also identified the need to substitute conceptions that totalize and universalize the differences with perspectives that recognise the Other in its singularity. This article concludes that the Ethics of Alterity proposed by Levinas invites one to infinite commitment of the Self to the Other, who does not expect anything in return to the aid provided. Therefore, it is relevant to politics and the academic field as an ethical, theoretical, practical, and analytical principle to interpret questions relating to the field of disability studies.

2.
Fractal rev. psicol ; 36: e5918, 2024.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1564541

ABSTRACT

Resumo O presente artigo visa discutir e problematizar a produção de subjetividade por meio da articulação entre obra literária, sua forma de construção e descrição, e os tensionamentos provenientes do encontro cotidiano com a diferença. Busca-se analisar contextos de valorização do isolamento urbano, refletindo sobre seus efeitos, como a individualização das formas de relação e o cerceamento e a restrição de possibilidades de afetar e ser afetado por outrem, bem como a emergência de novas formas de ser e estar no mundo. A reflexão aponta para os processos agenciados nos territórios existenciais, levando à manutenção do habitual ou à transformação pela diversidade.


Abstract The present article aims to discuss and problematize the subjectivity production, articulating literary work, its form of construction and description, and the tensions arising from the daily encounter with the otherness. The objective is to analyze contexts which valorize urban isolation, reflecting on its effects, as an individualization of the forms of relation and restriction of the possibilities of affecting and being affected by others, as well as an emergence of new ways of being in society. The discussion is how the processes in the 'existing territories' leads to the maintenance of the habitual behavior or to its transformation by the diversity.


Resumen Este artículo tiene como objetivo discutir y problematizar la producción de subjetividad a través de la articulación entre una obra literaria, su forma de construcción y descripción, y las tensiones que surgen del encuentro cotidiano con la diferencia. Busca-se analisar contextos de valorização do isolamento urbano, refletindo sobre seus efeitos, como a individualização das formas de relação e o cerceamento e a restrição de possibilidades de afetar e ser afetado por outrem, bem como a emergência de novas formas de ser e estar en el mundo. La reflexión apunta a los procesos dispuestos en los territorios existenciales, que conducen al mantenimiento de lo habitual oa la transformación a través de la diversidad.

3.
Fractal rev. psicol ; 36: e13242, 2024.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1564544

ABSTRACT

Resumo Este artigo investiga possíveis analogias entre a escuta e o olhar do documentarista Eduardo Coutinho e a atenção psicológica psicanaliticamente orientada. A filmografia de Eduardo Coutinho questiona a simples dualidade entre realidade e ficção. Também a psicanálise questiona essa dualidade, a partir de noções como realidade psíquica e realidade material, por exemplo. Freud chegou a afirmar que o aparelho psíquico se constitui enquanto ficção, problematizando os limites entre a realidade objetiva e o vivido. Em uma situação de análise, é por meio da associação livre por parte do paciente e da escuta interessada que acredita na verdade do sujeito por parte do analista que podem ocorrer transformações, de modo que representações sejam modificadas, situações traumáticas elaboradas, o sofrimento dirimido. Nesse caso, tanto a atenção psicológica quanto a de Eduardo Coutinho estariam atestando a existência dos sujeitos por meio de uma abertura radical à alteridade e tomando a existência também em sua vertente ficcional.


Abstract This article investigates possible analogies between the documentarian's, Eduardo Coutinho's, listening and view, and psychoanalytical attention. Coutinho's filmography questions the simple duality between reality and fiction. Psychoanalysis, too, questions this duality, from notions such as psychic reality and material reality. Freud went on to affirm that the psychic apparatus is constituted as fiction. In a situation of analysis, and through free association, by the patient, and interested listening, which believes in the subject's truth, by the analyst, transformations may occur, in a way that representations can be modified, traumatic situations elaborated, suffering settled. In this case, both psychoanalytical, as well as Eduardo Coutinho's listening, would be attesting the subject's existence through a radical opening to otherness and taking existence in its fictional aspect.


Resumen Este artículo investiga posibles analogías entre el estilo del documentalista Eduardo Coutinho y la atención psicológica de orientación psicoanalítica. La filmografía de Eduardo Coutinho cuestiona la dualidad entre realidad y ficción. El psicoanálisis también cuestiona esta dualidad, a partir de nociones como realidad psíquica y realidad material, por ejemplo. Freud planteó que el aparato psíquico se constituye como una ficción, problematizando los límites entre la realidad objetiva y lo experimentado. En una situación de análisis, es a través de la asociación libre por parte del paciente y de la escucha interesada del analista que cree en la verdad del sujeto que pueden ocurrir transformaciones, de manera que se modifican representaciones, se elaboran situaciones traumáticas, sufrimiento esta resuelto. En este caso, tanto la atención psicológica como la postura de Eduardo Coutinho estarían dando fe de la existencia de los sujetos a través de una apertura radical a la alteridad y tomando también la existencia en su aspecto ficcional.

4.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1565571

ABSTRACT

Este artigo tem por objetivo analisar o aspecto ético da fenomenologia das psicoses estabelecida pela Daseinsanalyse psiquiátrica de Ludwig Binswanger, a partir do modo como Merleau-Ponty concebe a experiência de outrem enquanto intercorporeidade. Inicialmente se apresenta a relação entre psiquiatria e fenomenologia, considerando a perspectiva de Binswanger sobre o problema da objetividade científica no campo da clínica e sua busca por desenvolver uma abordagem fundada na intersubjetividade. Ao final, procurou-se realizar alguns apontamentos sobre o sentido possível da aproximação entre fenomenologia e psiquiatria, de modo a tornar possível uma fenomenologia das psicoses que se constitua pelo reconhecimento da alteridade.


Resumos This article aims to analyze the ethical aspect of the phenomenology of psychoses established by Ludwig Binswanger's psychiatric Daseinsanalyse, based on the way Merleau-Ponty conceives the experience of others as intercorporeity. Initially, the relationship between psychiatry and phenomenology is presented, considering Binswanger's perspective on the problem of scientific objectivity in the clinical field and his quest to develop an approach based on intersubjectivity. Finally, we tried to make some notes about the possible meaning of the approximation between phenomenology and psychiatry, in order to make possible a phenomenology of psychoses that is constituted by the recognition of alterity.


Cet article analyse la dimension éthique de la phénoménologie des psychoses établie par la Daseinsanalyse psychiatrique de Ludwig Binswanger, basée sur la manière dont Merleau-Ponty conçoit l'expérience d'autrui comme intercorporéité. Dans un premier temps, nous présentons la relation entre la psychiatrie et la phénoménologie, en considérant la perspective de Binswanger sur le problème de l'objectivité scientifique dans le domaine clinique et sa quête pour développer une approche basée sur l'intersubjectivité. Enfin, nous essayons quelques remarques sur le sens possible du rapprochement entre phénoménologie et psychiatrie, afin de rendre possible une phénoménologie des psychoses qui soit constituée par la reconnaissance de l'altérité.


Este artículo tiene como objetivo realizar un análisis del aspecto ético de la fenomenología de las psicosis establecida por el Daseinsanalyse psiquiátrico de Ludwig Binswanger, a partir de cómo Merleau-Ponty concibe la experiencia del otro como intercorporeidad. Inicialmente, se presenta la relación entre psiquiatría y fenomenología teniendo en cuenta la perspectiva de Binswanger sobre el problema de la objetividad científica en el campo clínico y su búsqueda por desarrollar un enfoque basado en la intersubjetividad. Por último, se intenta hacer algunos apuntes sobre el posible significado de la aproximación entre fenomenología y psiquiatría para posibilitar una fenomenología de las psicosis que se constituya en el reconocimiento de la alteridad.

5.
Psicol. Estud. (Online) ; 28: e50440, 2023.
Article in Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1406370

ABSTRACT

RESUMO. O objetivo deste estudo teórico é problematizar a presença do cachorro Ulisses como alter ego de Clarice Lispector no livro infantil Quase de verdade (1978). Ulisses era também o cachorro da autora, mencionado por ela em diversas entrevistas e no livro Um sopro de vida (1999) em termos de sua humanidade, que o habilitaria a compreender Clarice de um modo particular e mais próximo, quase cúmplice. Essa humanidade se concretiza quando ele assume a narração em Quase de verdade, posicionando Clarice como sua intérprete. A relação com o bicho revela-se de modo simbiótico, recuperando tanto uma experiência mais instintiva da autora como permitindo a fruição das emoções presentes no animal, em um processo de complementaridade. Como vértices de um mesmo eu, discute-se em que medida Ulisses também funciona como um intérprete de Clarice, propondo a ela uma experiência concreta de viver que ultrapassaria a construção de uma inteligibilidade racional. A dimensão do viver, sensorial e corpóreo, desse modo, apresenta-se como superior à atividade compreensiva, aproximando Clarice do universo íntimo, básico e igualmente selvagem tão bem vivido e corporificado por Ulisses, capitaneado à posição de um alter ego puro capaz de ensiná-la a viver com a sua própria animalidade.


RESUMEN. El objetivo de este estudio teórico es problematizar la presencia del perro Ulisses como el alter ego de Clarice Lispector en el libro para niños Quase de verdade (1978). Ulisses también era el perro del autor, mencionado por ella en varias entrevistas y en el libro Um sopro de vida (1999) en términos de su humanidad, lo que le permitiría comprender a Clarice de una manera particular y más cercana, casi cómplice. Esta humanidad se materializa cuando asume la narración en Quase de verdade, posicionando a Clarice como su intérprete. La relación con el animal es simbiótica, recuperando una experiencia más instintiva del autor y permitiendo el disfrute de las emociones presentes en el animal, en un proceso de complementariedad. Como vértices del mismo yo, se discute en qué medida Ulisses también funciona como intérprete de Clarice, proponiéndole una experiencia concreta de vida que iría más allá de la construcción de la inteligibilidad racional. La dimensión de la vida sensorial y corpórea se presenta así como superior a la actividad integral, acercando a Clarice al universo íntimo, básico e igualmente salvaje tan bien vivido y encarnado por Ulisses, capitaneado por la posición de un alter ego puro capaz de enseñar ella para vivir con su propia animalidad.


ABSTRACT. The aim of this study is to problematize the presence of the dog Ulisses as alter ego of Clarice Lispector in the children's book Quase de verdade (1978). Ulisses was also the author's dog, mentioned by her in several interviews and in the book Um sopro de vida (1999) in terms of his humanity, that would enable him to understand Clarice in a particular and closer, almost accomplice way. This humanity materializes when he assumes the narration in Quase de verdade, positioning Clarice as his interpreter. The relationship with the animal is symbiotic, recovering a more instinctive experience of the author and allowing the enjoyment of emotions present in the animal, in a process of complementarity. As vertices of the same self, we discuss to what extent Ulisses also functions as an interpreter of Clarice, proposing to her a concrete experience of living that would go beyond the construction of rational intelligibility. The dimension of sensory and corporeal living thus presents itself as superior to comprehensive activity, bringing Clarice closer to the intimate, basic, and equally savage universe so well lived and embodied by Ulisses, captained by the position of a pure alter ego capable of teaching. her to live with her own animality.


Subject(s)
Authorship , Fictional Works as Topic , Animals , Psychology , Biographies as Topic , Books , Ego , Emotions/physiology
6.
Agora (Rio J.) ; 26: e280792, 2023.
Article in Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1527673

ABSTRACT

RESUMO: O artigo em tela tem como finalidade articular a dialética inerente à constituição do eu a partir do encontro com o outro com as noções de ferida narcísica e sentimento oceânico. Em seguida, apresenta-se um caso-problema que interroga os limites da construção identitária dos sujeitos subalternizados, marcados pelo discurso colonial, o qual opera a partir de uma distribuição ontológica hierárquica promotora da divisão entre nós e eles, e cujo pressuposto é a noção de falta como atributo fundamental dos colonizados. Tal distribuição ontológica repousa, portanto, na pressuposição de uma hierarquia dos saberes e discursos que tanto reprime a produção de conhecimentos e dos sistemas de signo dos dominados quanto mitifica àquela dos dominadores. O caso em tela coloca em evidência o colonialismo interno em sua dupla determinação: do ser e do saber, e nos leva a problematizar os processos de identificação entre a autofagia e a antropofagia, bem como ao questionamento dos modos pelos quais é possível articular uma fala de resistência que não esteja comprometida pelo discurso e pelos poderes dominantes.


ABSTRACT: Stuttering in One's Own Language: Anti-identitarian Anthropophagy as a Disruption of Epistemic Domination. This article aimed to articulate the inherent dialectics of self-constitution through encounters with the other, employing the concepts of narcissistic wounds and oceanic feeling. Subsequently, a case problem is presented, which questions the limits of identity construction for subalternized subjects marked by the colonial discourse. The colonial discourse operates through a hierarchical ontological distribution, promoting a division between 'us' and 'them,' presupposing the fundamental attribute of lack for the colonized. This ontological distribution relies on the presupposition of a hierarchy of knowledge and discourses that both repress the production of knowledge and sign systems of the dominated and mythify those of the dominators. The case at hand highlights internal colonialism in its dual determination: being and knowledge, prompting scrutiny of identification processes between autophagy and anthropophagy. It also raises questions about how it is possible to articulate a resistant discourse that is not compromised by dominant powers.


Subject(s)
Social Identification , Cannibalism , Colonialism , Dominance-Subordination
7.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e264922, 2023.
Article in Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1529231

ABSTRACT

Este artigo propõe o estudo sobre o conceito de outro como semelhante e como objeto. Partindo de textos que interpelam a alteridade na psicanálise e remetendo aos temas do complexo semelhante, da satisfação, da perda, do luto, da negativa, da repetição; avalia o conceito de outro articulando textos de diversos autores. A partir da psicanálise freudiana, estuda o das Ding e a negação, discriminando com estes termos um objeto estruturante na origem do psiquismo. Aborda textos técnicos da psicanálise para delimitar o tema da repetição. Também a recordação e a repetição são vinculadas ao objeto e estudadas na perspectiva da filosofia moderna. São retomados temas do diálogo platônicos para definir o lugar do erótico e da amizade. No fim do presente artigo, propomos o termo clássico grego Oikos com valor equivalente ao da Coisa freudiana e como esta aparece em escritos psicanalíticos.(AU)


This article studies the concept of other as similar and object. It is based on texts that question the alterity in psychoanalysis and refers to the themes of otherness complex, loss, grief, negative, repetition, and evaluates the concept of other, using articles of diverse authors. Based on Freudian psychoanalysis, it studies the Thing and the denial and discriminates a structuring object in the origin of psychism. It approaches technical texts of psychoanalysis to delimitate the theme of repetition. The recordation and repetition are also linked to the object and studied from the perspective of modern philosophy. Themes of the platonic dialogues are resumed to define the place of the erotic and the friendship. In the end of the article, we propose the greek classic term Oikos, with equal value to the Freudian Thing, as this one appears in psychoanalytic writings.(AU)


Este artículo estudia el concepto Otro como semejante y como objeto. A partir de textos que interpelan la alteridad en psicoanálisis y que se refieren a temas del complejo semejante, de la satisfacción, de la pérdida, del duelo, de la negación, de la repetición, se evalúa el concepto de Otro articulando textos de diferentes autores. Basado en el psicoanálisis freudiano, se aborda Ding y la negación, discriminando con estos términos un objeto estructurante en el origen de lo psíquico. Se abordan textos técnicos del psicoanálisis para delimitar el tema de la repetición; el recuerdo y la repetición son vinculadas al objeto y estudiadas desde la perspectiva de la filosofía moderna; y se retoman temas de los diálogos platónicos para definir el lugar de lo erótico y la amistad. Al culminar este artículo se propone leer el término griego clásico Oikos con un valor equivalente al de la Cosa freudiana como aparece en los escritos psicoanalíticos.(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Philosophy , Psychoanalysis , Psychology , Humans , Object Attachment , Perception , Pleasure-Pain Principle , Projection , Psychopathology , Psychosexual Development , Rationalization , Rejection, Psychology , Repression, Psychology , Repression-Sensitization , Safety , Social Behavior , Social Responsibility , Sublimation, Psychological , Superego , Thinking , Truth Disclosure , Unconscious, Psychology , Beauty , Volition , Behavior and Behavior Mechanisms , Technical Cooperation , Symbolism , Attitude , Singularities , Homeopathic Cure , Mortality , Adolescent , Staff Development , Communication , Conflict, Psychological , Conscience , Consciousness , Privacy , Knowledge , Metaphor , Life , Empiricism , Address , Affect , Neurolinguistic Programming , Textbook , Virtues , Personal Autonomy , Moral Development , Research Subjects , Depressive Disorder , History, Ancient , Dreams , Drive , Education , Ego , Erotica , Academies and Institutes , Scientific Domains , User Embracement , Ethics , Extraversion, Psychological , Fantasy , Theory of Mind , Hope , Self-Control , Moral Status , Symbolic Interactionism , Freudian Theory , Psychological Distress , Food Social Space , Greece , Hate , Id , Identification, Psychological , Imagination , Individuality , Inhibition, Psychological , Interpersonal Relations , Judgment , Jungian Theory , Language , Libido , Love , Memory , Mythology
8.
Interaçao psicol ; 26(3): 364-374, ago.-dez. 2022.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1512619

ABSTRACT

O artigo discorre sobre o tema da alteridade em psicanálise definido como um tipo de diferença absoluta, lugar da causa, da exceção, do impossível de ser simbolizado que orienta todo ato de fala. Freud o situou a partir do estado original humano de desamparo; Lacan, através da linguagem. A alteridade é apresentada em três modalidades: imaginária, simbólica e real. Na imaginária, é encontrada no que não adquire imagem na relação especular; na simbólica, na própria Ordem Simbólica, incapaz de tudo nomear; na real, comparece como o que insiste sempre como obstáculo à simbolização. A modernidade produziu um sujeito prisioneiro do sentimento inconsciente de culpa em decorrência do recalque da dívida simbólica com o Outro. A contemporaneidade é fruto de importantes modificações na estrutura discursiva que fazem obstáculo à supremacia do recalque como tratamento da economia libidinal. Isso não produz necessariamente a psicose. Freud situou a neurose como o negativo da perversão.


The article discusses the theme of alterity in psychoanalysis defined as a type of absolute difference, place of the cause, of the exception, of the impossible to be symbolized that guides every speech act. Freud placed it from the original human state of helplessness; Lacan, through language. Alterity is presented in three modalities: imaginary, symbolic and real. In the imaginary, it is found in what doesn't acquire an image in the specular relation; in the symbolic, in the Symbolic Order itself, unable to name everything; in real mode, he appears as the one who always insists as an obstacle to symbolization. Modernity produced a subject prisoner of the unconscious feeling of guilt due to the repression of the symbolic debt to the Other. Contemporaneity is the result of important changes in the discursive structure that hinder the supremacy of repression as a treatment of the libidinal economy. This does not necessarily produce psychosis, not least because Freud placed neurosis as the negative of perversion.

9.
J Anal Psychol ; 67(2): 593-604, 2022 04.
Article in English | MEDLINE | ID: mdl-35856532

ABSTRACT

Consumerism favours the culture of the disposable, excessive extroversion, and superficiality. Data manipulation, the shadow of information technology, harms individual and collective lives. In a world filled with prejudice, intolerance, violence and social inequality, nature is neglected putting our survival at risk. The lack of appreciation for subjectivity and self-knowledge and the demand for greater performance foster physical and emotional problems expressed through anxiety, depression, anguish and burnout. It is thus urgent to develop a pattern of consciousness that allows us to overcome polarization and cope with the opposites by the means of dialogue and an appreciation of the dialectical and symmetrical relationship between the polarities. Carlos Byington, in his symbolic psychology, named this the archetypal pattern of alterity, and considered it the basis of solidarity, respect for difference, democracy and sustainability.


Le consumérisme favorise une culture du jetable, une extraversion excessive, et la superficialité. La manipulation de l'information, l'ombre de la technologie de l'information, font du tort aux vies individuelles et collectives. Dans un monde rempli de préjugés, d'intolérance, de violence, d'inégalité sociale, la nature est victime de négligence, et ceci met en péril notre survie. Le manque de reconnaissance de la subjectivité et de la connaissance de soi ainsi que l'exigence d'une performance plus grande nourrissent l'apparition de problèmes physiques et émotionnels qui s'expriment par de l'angoisse, de la dépression, de la douleur et de l'épuisement (burnout). Ainsi il est urgent de construire un schéma de conscience qui nous permette de surmonter la polarisation et de nous débrouiller des opposés par le moyen du dialogue et d'une revalorisation de la relation dialectique et symétrique entre les polarités. Carlos Byington, dans sa psychologie symbolique, a appelé ceci le schéma archétypal de l'altérité, et considère ceci comme le fondement de la solidarité, du respect de la différence, de la démocratie, et de la durabilité.


El consumismo favorece la cultura del descarte, de la extroversión excesiva y la superficialidad. La manipulación de datos, la sombra de la información tecnológica daña las vidas individuales y colectivas. En un mundo lleno de prejuicios, intolerancia, violencia, desigualdad social, se descuida la naturaleza, poniendo en riesgo nuestra sobrevivencia. La falta de apreciación por la subjetividad y el autoconocimiento y la demanda de mejor rendimiento propician los problemas emocionales a través de la ansiedad, depresión, angustia y el agotamiento. Es, por lo tanto, urgente desarrollar una forma de consciencia que posibilite superar la polarización y hacer frente a los opuestos a través del diálogo y la apreciación por una relación dialéctica y simétrica de las polaridades. Carlos Byington, en su psicología simbólica, lo denominó patrón arquetípico de la alteridad y lo consideró la base de la solidaridad, respeto por la diferencia, democracia y sustentabilidad.


O consumismo favorece a cultura do descartável, da extroversão excessiva e da superficialidade. A manipulação de dados, a sombra da tecnologia da informação, prejudica vidas individuais e coletivas. Em um mundo cheio de preconceito, intolerância, violência, desigualdade social, a natureza é negligenciada, colocando nossa sobrevivência em risco. A falta de valorização da subjetividade e do autoconhecimento e a demanda por maior desempenho promovem problemas físicos e emocionais expressos por ansiedade, depressão, angústia e burnout. Portanto, é urgente desenvolver um padrão de consciência que nos permita superar a polarização e lidar com os opostos por meio do diálogo e da relação dialética e simétrica entre as polaridades. Carlos Byington, em sua psicologia simbólica, denominou-o padrão arquetípico de alteridade e considerou-o a base da solidariedade, do respeito à diferença, da democracia e da sustentabilidade.


Subject(s)
Mental Health , Self Concept , Humans , Prejudice , Socioeconomic Factors
10.
Junguiana ; 40(1)jan.- jun. 2022.
Article in English, Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1434726

ABSTRACT

Este ensaio propõe-se a refletir sobre a experiência do amor, partindo de vivências em tempos sombrios e desesperançosos como o que assolou o Brasil no período de pandemia da Covid-19, ocorrido a partir de dezembro de 2019. Para tanto, utiliza-se de autores da psicologia arquetípica, bem como de filósofos e sociólogos. Traz exemplos da clínica e da literatura e direciona-se para uma análise na qual o amor é ação e pressupõe fragilidade, pertencimento, flexibilidade e alteridade. Nesse sentido, a entrega aos relacionamentos amorosos, seja na amizade, na maternidade, no casamento ou em outras manifestações amorosas, poderia viabilizar o reconhecimento do lugar ocupado pelo eu e pelo outro, o que possibilitaria uma vida mais harmônica do indivíduo consigo mesmo, com o outro e com a anima mundi.


This essay proposes to reflect on the experience of love, starting from experiences in dark and hopeless times such as the one that devastated Brazil during the Covid-19 pandemic that started on December 2019. For this, it references authors of archetypal psychology, as well as philosophers and sociologists. It brings examples from clinical practice and literature, and is directed towards an analysis in which love is action and presupposes fragility, belonging, flexibility and otherness. In this sense, being invested in loving relationships, whether in friendship, motherhood, marriage or other manifestations of love, could enable the recognition of the place occupied by the self and the other, which would allow a more harmonious life of the individual with themselves, with the other and with the anima mundi.


Este ensayo propone reflexionar sobre la experiencia del amor, a partir de vivencias en tiempos oscuros y sin esperanza como el que asoló Brasil en el período de la pandemia de Covid 19, ocurrida a partir de diciembre de 2019. Para eso, utiliza autores de la psicología arquetípica, así como filósofos y sociólogos. Trae ejemplos de la clínica y la literatura, y se dirige a un análisis en el que el amor es acción y presupone fragilidad, pertenencia, flexibilidad y alteridad. En este sentido, la entrega a las relaciones amorosas, ya sea en la amistad, la maternidad, el matrimonio u otras manifestaciones amorosas, podría posibilitar el reconocimiento del lugar que ocupan el yo y el otro, lo que permitiría una vida más armoniosa del individuo consigo mismo, con el otro y con el anima mundi.


Subject(s)
Love , Psychology , COVID-19 , Belonging , Narcissism
11.
J Anal Psychol ; 67(1): 45-54, 2022 02.
Article in English | MEDLINE | ID: mdl-35417601

ABSTRACT

The issue of madness, always present in the hot-tempered gods - Ares, Aphrodite, and Dionysus - has to do with what the ancient Greeks referred to as alterity. It was the Greeks who 'invented' this notion. What is otherness? It is, simply said, the extensive category of the Other. Let us examine a few aspects of the way this category is presented in mythical thinking in order to understand its place in psychology and madness. Alterity has to do with the Other, who is outside or inside me; ipseity is the possibility of remaining the same. This recognition has political, historical, ethical and, of course, psychological implications. And yet, it is archetypal, because that is where, as we will see, the issues of the sibling archetype fall. The sibling, as a primordial image in the soul, is present in the psychological evolution of each individual and each culture, and its influence inevitably projects itself into the history and construction of our connections with friends, companions, partners, associates, and colleagues - i.e. with all others, before confirmation is established in the soul that madness is other people.


Le sujet de la folie, toujours présent chez les dieux impétueux - Arès, Aphrodite, et Dionysos - est en lien avec ce que les Grecs anciens ont appelé l'altérité. Ce sont les Grecs qui ont « inventé ¼ cette notion. Qu'est-ce que l'altérité? Pour le dire simplement c'est la vaste catégorie de l'Autre. Examinons quelques aspects de la manière dont cette catégorie est montrée dans la pensée mythique, afin de comprendre sa place dans la psychologie et la folie. L'altérité a à voir avec l'Autre, qui est à l'extérieur ou à l'intérieur de moi. L'ipséité est la possibilité de rester le même. Cette prise de conscience a des conséquences politiques, historiques, éthiques et bien sûr psychologiques. Et pourtant, il s'agit de quelque chose d'archétypal, parce que c'est là que, comme nous le verrons, les questions de l'archétype de la sœur ou du frère se présentent. La sœur/le frère est une image primordiale de l'âme, elle est présente dans l'évolution psychologique de chacun et dans chaque culture. Son influence se projette inévitablement sur l'histoire et la construction de nos liens avec les amis, les compagnons, les conjoints, les associés et les collègues, c'est à dire avec tous les autres, avant que s'établisse dans l'âme la confirmation que la folie c'est les autres.


El tema de la locura, siempre presente en los dioses y diosas temperamentales - Ares, Afrodita y Dionisos - tiene que ver con lo que los griegos antiguos refieren como alteridad. Fueron los griegos quienes 'inventaron' esta noción. ¿Qué es la otredad? Es, dicho simplemente, la categoría extensiva de lo Otro. Examinamos algunos aspectos del modo en que esta categoría es presentada en el pensamiento mítico para poder comprender su lugar en la psicología y la locura. Alteridad tiene que ver con la Otredad, que está afuera o dentro mío; ipseidad es la posibilidad de permanecer lo mismo. Este reconocimiento tiene implicancias políticas, históricas, éticas y por supuesto, psicológicas. Y todavía, es arquetípica, porque es allí donde se encuentran las cuestiones vinculadas al arquetipo fraterno. El hermano, como imagen primordial en el alma, está presente en la evolución psicológica de cada individuo y de cada cultura, y su influencia inevitablemente se proyecta en la historia y construcción de nuestras conexiones con amigos, compañeras, parejas, asociados y colegas - i.e. con todos los otros, antes que en el alma se establezca la confirmación de que la locura es otra persona.


A questão da loucura, sempre presente nos deuses de temperamento quente - Ares, Afrodite e Dionísio - tem a ver com o que os gregos antigos chamavam de alteridade. Foram os gregos que "inventaram" essa noção. O que é alteridade? É, simplesmente dito, a extensa categoria do Outro. Examinemos alguns aspectos da forma como essa categoria é apresentada no pensamento mítico para entender seu lugar na psicologia e na loucura. Alteridade tem a ver com o Outro, que está fora ou dentro de mim; ipseidade é a possibilidade de permanecer o mesmo. Esse reconhecimento tem implicações políticas, históricas, éticas e, é claro, psicológicas. E, no entanto, é arquetípico, porque é aí que, como veremos, as questões do arquétipo irmão incidem. O irmão, como uma imagem primordial na alma, está presente na evolução psicológica de cada indivíduo e de cada cultura, e sua influência inevitavelmente se projeta na história e construção de nossas conexões com amigos, companheiros, parceiros, associados e colegas - ou seja, com todos os outros, antes que a confirmação seja estabelecida na alma de que a loucura é outra pessoa.


Subject(s)
Siblings , Humans
12.
Memorandum ; 39: 1-15, jan 2022.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-72483

ABSTRACT

O trabalho propõe uma reflexão sobre o lugar da alteridade e da dimensão do laço social articulados à expressão da subjetividade. Para tanto, partimos da análise da amizade entre Freud e o psicanalista e pastor Pfister que, ao longo de décadas, sustentaram uma relação de amizade significativa, sem renunciarem aos fundamentos e pressupostos que eram caros a cada um, preservando, dessa forma, suas diferenças nessa relação, tal como acompanharemos em alguns trechos das correspondências trocadas entre os autores. A alteridade é representada também pelo debate entre ciência e religião no diálogo entre os teóricos. Utilizamos alguns fundamentos da psicanálise freudiana para construir nossa reflexão, a saber, a onipotência, o lugar da alteridade, o laço social, a idealização, a ilusão e a direção do tratamento analítico. A abertura à alteridade, fundamento da clínica psicanalítica, parece fundamental para uma experiência subjetiva significativa que, nesse sentido, mantém estreita conexão com âmbito da coletividade. (AU)


This paper proposes a reflection on the place of alterity and the dimension of the social bond articulated with the expression of subjectivity. To do so, the starting point was the analysis of the friendship between Freud and the psychoanalyst and pastor Pfister, who, for decades, maintained a meaningful relationship, without renouncing the fundamentals and assumptions that were dear to each one, thus preserving their differences. In this relationship, as we will see in some excerpts of the correspondence exchanged between the authors, alterity is also represented by the debate between science and religion. Freudian psychoanalysis fundamentals were used to build this reflection, namely, omnipotence, the place of alterity, the social bond, the idealization, the illusion, and the direction of the analytical treatment. Openness to alterity, the foundation of psychoanalytic clinic, seems fundamental to a significant subjective experience that, in this sense, maintains a close connection with the scope of the collectivity. (AU)


Subject(s)
Psychology , Friends , Psychoanalysis , Religion
13.
Memorandum ; 39: 1-15, 20220127.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1410547

ABSTRACT

O trabalho propõe uma reflexão sobre o lugar da alteridade e da dimensão do laço social articulados à expressão da subjetividade. Para tanto, partimos da análise da amizade entre Freud e o psicanalista e pastor Pfister que, ao longo de décadas, sustentaram uma relação de amizade significativa, sem renunciarem aos fundamentos e pressupostos que eram caros a cada um, preservando, dessa forma, suas diferenças nessa relação, tal como acompanharemos em alguns trechos das correspondências trocadas entre os autores. A alteridade é representada também pelo debate entre ciência e religião no diálogo entre os teóricos. Utilizamos alguns fundamentos da psicanálise freudiana para construir nossa reflexão, a saber, a onipotência, o lugar da alteridade, o laço social, a idealização, a ilusão e a direção do tratamento analítico. A abertura à alteridade, fundamento da clínica psicanalítica, parece fundamental para uma experiência subjetiva significativa que, nesse sentido, mantém estreita conexão com âmbito da coletividade.


This paper proposes a reflection on the place of alterity and the dimension of the social bond articulated with the expression of subjectivity. To do so, the starting point was the analysis of the friendship between Freud and the psychoanalyst and pastor Pfister, who, for decades, maintained a meaningful relationship, without renouncing the fundamentals and assumptions that were dear to each one, thus preserving their differences. In this relationship, as we will see in some excerpts of the correspondence exchanged between the authors, alterity is also represented by the debate between science and religion. Freudian psychoanalysis fundamentals were used to build this reflection, namely, omnipotence, the place of alterity, the social bond, the idealization, the illusion, and the direction of the analytical treatment. Openness to alterity, the foundation of psychoanalytic clinic, seems fundamental to a significant subjective experience that, in this sense, maintains a close connection with the scope of the collectivity.


Subject(s)
Psychoanalysis , Religion , Friends
14.
Psicol. Estud. (Online) ; 27: e47800, 2022.
Article in Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1365263

ABSTRACT

RESUMO A ludoterapia de orientação humanista de Axline se baseia no pressuposto de que o jogo é a maneira natural da criança se expressar. Contudo, essa abordagem parece apresentar algumas lacunas éticas no que diz respeito à relação da criança com o Outro. Tais lacunas foram discutidas a partir do pensamento do filósofo Emmanuel Lévinas, que tratou da ética da alteridade radical. Neste sentido, este trabalho reflete como a ética levinasiana pode se manifestar não só na ludoterapia, mas também na prática clínica, por meio de uma pesquisa qualitativa com metodologia de estudo de caso. O grupo terapêutico aconteceu em 14 sessões de aproximadamente uma hora e era formado por três crianças de 5 a 7 anos. As sessões foram descritas de forma narrativa e a terapeuta escreveu, a partir delas, as suas Versões de Sentido. Ademais, foram realizadas anamneses, devolutivas, entrevistas com outros profissionais da saúde e visitas escolares. As sessões foram analisadas a partir da descrição e compreensão dos sentidos. Verificou-se que o processo grupal pareceu caminhar para uma maior abertura e proximidade entre os participantes do grupo e que a terapeuta precisou ir em direção à criança, isto é, demonstrar abertura à sua diferença. Concluiu-se que, ao entrar na brincadeira junto à criança, o psicoterapeuta não pôde apreender o mundo infantil, mas apenas cumprir com o seu dever ético e inferir que o encontro com as crianças em terapia significa descobrir a diferença pela via traumática. Ressaltou-se, além disso, a dificuldade em teorizar sobre a criança ou a infância, visto que ambas só têm sentido enquanto for fomentado o respeito à alteridade.


RESUMEN La Terapia de Juego humanista de Axline se basa en la suposición de que jugar es la forma natural del niño de expresarse. Sin embargo, este enfoque parece presentar lagunas éticas con respecto a la relación del niño con los demás. Estas lagunas se discutieron a partir de los pensamientos de Emmanuel Lévinas, un filósofo que escribió sobre la ética de la alteridad radical. En este sentido, se discutió cómo la ética de Lévinas puede verse en la terapia de juegos, incluida la práctica clínica. La investigación fue cualitativa con una metodología de estudio de caso. El grupo se realizó en 14 reuniones terapéuticas de una hora de duración y estuvo formado por tres niños de 5 a 7 años. Las reuniones se describieron en forma narrativa y la terapeuta escribió, a partir de ellas, sus Versiones de Significado. Además, se realizó anamnesis, devolutivos, entrevistas con otros profesionales de la salud y visitas escolares. Las sesiones se analizaron a partir de la descripción y comprensión de los sentidos. Fue posible verificar que el proceso del grupo se dirigió hacia una mayor apertura y proximidad entre los participantes del grupo, y que la terapeuta tuvo que dirigirse hacia los niños,es decir, demostrar apertura a su diferencia. Se concluyó que, al entrar en el juego con el niño, el psicoterapeuta no puede apoderarse del mundo de los niños, sino cumplir el deber ético; y reunirse con los niños en terapia era encontrar la diferencia a través de una forma traumática. Además, se destacó la dificultad para teorizar sobre el niño o la infancia, ya que ambos solo tienen sentido si se fomenta el respeto por la alteridad.


ABSTRACT Axline's humanistic-oriented Play Therapy assumes that play is a child's natural way of expressing herself. However, this approach seems to present some ethical gaps when thought concerning the relationship with others. Such gaps were discussed based on Emmanuel Lévinas' thoughts, a philosopher who wrote about radical otherness ethics. In this sense, it was necessary to reflect on how Levinasian ethics can be manifested in Play Therapy, including clinical practice. The research was qualitative, with a case study methodology. The therapeutic group took place in 14 sessions and consisted of three children, aged 5 to 7, with a one-hour meeting. The sessions were described narratively, and the Sense's Version of the therapist was written. Anamnesis, feedback, interviews with other health professionals and school visits were also conducted. The sessions were analyzed based on the description and understanding of meanings. It was found that the group process seemed to move towards greater openness and proximity among the participants and that the therapist needed to move towards the children, opening up to their differences. It was concluded that, when entering the play with the child, the psychotherapist cannot apprehend the child's world but only fulfill her ethical duty and meeting herself with the children in therapy was facing the difference through a traumatic via. It is noteworthy that it is difficult to theorize about childhood, and the theory will only make sense while promoting respect to otherness.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child, Preschool , Child , Play Therapy , Play and Playthings/psychology , Psychology , Therapeutics/psychology , Behavior , Aggression/psychology , Emotions , Ethics , Psychotherapists/psychology
15.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1394499

ABSTRACT

Resumo A Ludoterapia humanista de Axline postula que as vivências terapêuticas se dão através do brincar. Este artigo buscou refletir possíveis lacunas éticas e o lugar da alteridade na relação ludoterapêutica, a partir do filósofo Emmanuel Lévinas. A alteridade em Lévinas exige sensibilidade que se afeta com a diferença e remete à escuta ética. Encontrar a criança em atendimento é lidar com uma alteridade absoluta, em uma comunicação lúdica. Conclui-se que o ludoterapeuta precisa ir em direção à criança, por vias de afetação e responsabilidade. Ademais, embora existam desencontros entre a LCC e a ética levinasiana, postula-se que há caminhos de aproximação no acolhimento oferecido e na consideração da criança enquanto pessoa, ativa em seu processo terapêutico.


Abstract Axline's Humanist Playtherapy postulates that the therapeutic experiences are given through play. This article sought to reflect possible ethical gaps and the place of alterity in the playterapeutic relationship, from the philosopher Emmanuel Lévinas. The otherness in Lévinas requires sensitivity that affects difference and refers to ethical listening. Meeting the child in session is to deal with an absolute otherness, in a ludic communication. It is concluded that the therapist must go towards the child, through affectation and responsibility. In addition, although there are disagreements between the LCC and the Levinasian ethics, it is postulated that there are ways of approach in the reception offered and in the consideration of the child as a person, active in its therapeutic process.

16.
J. psicanal ; 54(101): 23-33, jul.-dez. 2021. ilus
Article in Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1350989

ABSTRACT

Com base na convicção da permeabilidade das fronteiras entre o sujeito e o mundo e entre as soluções individuais e o contexto histórico-cultural, este trabalho aborda as relações de alteridade, que se confirmam pelo reconhecimento da diferença, na clínica psicanalítica e nos fenômenos culturais.


Based on the conviction of the permeability of the borders between the subject and the world, and between individual solutions and the historical-cultural context, this work deals with alterity relations, which are confirmed by the recognition of difference, in the psychoanalytic clinic and cultural phenomena.


Partiendo del convencimiento de la permeabilidad de los límites entre el sujeto y el mundo y entre las soluciones individuales y el contexto histórico-cultural, este trabajo aborda las relaciones de alteridad, que se confirman con el reconocimiento de diferencia, en la clínica psicoanalítica y en los fenónemos culturales.


Fondé sur la conviction de la perméabilité des frontières entre le sujet et le monde et entre les solutions individuelles et le contexte historique-culturel, ce travail aborde les relations d'altérité, que sont confirmés par la reconaissance de différence, dans la clinique psychanalytique et dans les phénomènes culturels.


Subject(s)
Art , Psychoanalysis , Culture
17.
Fractal rev. psicol ; 33(3): 205-211, set.-dez. 2021.
Article in Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1360456

ABSTRACT

Este relato baseia-se nas reflexões de uma estagiária que atuou em uma penitenciária do sul do país, durante o último período do seu curso de Psicologia. O objetivo do estágio voltou-se para a atenção integral à saúde da mulher no contexto de privação de liberdade. Tendo em vista ser um artigo derivado de reflexões sobre estágio, trabalharemos aqui com o relato de experiência das atividades desenvolvidas, que foram analisadas conforme as proposições da Análise de Discurso do Círculo de Bakhtin. Foram criados dois grupos distintos de intervenção, sendo um deles composto por mulheres em período de gestação, cujos encontros aconteceram junto a uma equipe interdisciplinar, e o outro composto por mulheres inseridas na área berçário do presídio junto a seus filhos. As análises dos encontros realizados nos permitiram compreender a fragmentação da identidade da mulher atravessada pela lógica do contexto prisional: punir para reabilitar.(AU)


This report consists of the performance of a intern in a penitentiary in the south of the country, in the period that corresponded to the last year of the Psychology course. The objective of the internship was focused on comprehensive care to women's health in the context of deprivation of liberty in a prison. As this is an article derived from reflections on internship, we will work here with the experience report of the activities carried out, which were analyzed according to the propositions of the Discourse Analysis of the Bakhtin Circle. There were two distinct groups, one of which was a group of women in the gestation period, whose meetings took place with an interdisciplinary team, and another group of women in the nursery area of the prison with their children. The analysis of the meetings held allowed us to understand the fragmentation of women's identity crossed by the logic of the prison context: punishing to rehabilitate.(AU)


Este informe se basa en las reflexiones de una pasante que trabajó en un centro penitenciario del sur del país, durante el último período de su curso de Psicología. El objetivo de la pasantía estuvo enfocado en la atención integral a la salud de la mujer en el contexto de privación de libertad. Como artículo derivado de las reflexiones sobre la pasantía, aquí trabajaremos con el relato de experiencia de las actividades desarrolladas, las cuales fueron analizadas de acuerdo a las proposiciones del Análisis del Discurso del Círculo de Bakhtin. Se crearon dos grupos de intervención diferenciados, uno formado por mujeres en gestación, cuyas reuniones se realizaron con un equipo interdisciplinario, y otro compuesto por mujeres insertadas en el área de guardería del penal con sus hijos. El análisis de los encuentros realizados permitió comprender la fragmentación de la identidad de las mujeres atravesada por la lógica del contexto carcelario: castigar para rehabilitar.(AU)


Subject(s)
Humans , Female , Prisons , Women , Women's Health , Comprehensive Health Care , Nurseries, Infant
18.
Fractal rev. psicol ; 33(1): 2-11, jan.-abr. 2021. graf
Article in Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1154261

ABSTRACT

Este artigo procura apontar possíveis articulações entre a psicologia cultural e a poesia a partir do enunciado "Eu é um outro" do poeta francês Arthur Rimbaud (1854-1891), extraído de suas "Cartas do Vidente" e tomado como uma perspectiva poético-visionária para a perspectiva do construtivismo semiótico-cultural em psicologia. O enunciado é endereçado às noções de dialogismo e polifonia em Mikhail Bakhtin (1895-1975), visando expressar a pluralidade das experiências de alteridade no campo das relações eu-outro-mundo. Bakhtin é um dos principais autores para esta vertente meta-teórica, metodológica e ética em psicologia, que focaliza processos relacionais envolvidos na relação eu-outro, tomando cada coparticipante da relação como singularidade ativa, construtora de sentidos e significados da experiência. Rimbaud foi um poeta-visionário, e sua perspectiva poética da alteridade constitui um campo fértil para um diálogo com a psicologia cultural. Suas Cartas do Vidente, escritas em 1871, servirão de suporte para uma reflexão sobre as noções de alteridade e dialogicidade no Self.(AU)


This paper aims to point out possible connections between cultural psychology and poetry from the utterance "I is another", extracted from Arthur Rimbaud's "Letters of the Seer" (1871) and taken as a visionary-poetic perspective for the strand of semiotic-cultural constructivism in psychology. This utterance is addressed to Mikhail Bakhtin's notions of dialogism and polyphony, in order to express the plurality of otherness experiences in the field of I-other-world relations. Bakhtin (1895-1975) is one of the chief authors for that metatheoretical, methodological and ethical strand in psychology, which focuses on relational processes involved in the I-other relations, taking each co-participant in the relation as an active singularity, constructing senses and meanings of experience. Rimbaud (1854-1891) was a visionary poet, and his poetic perspective of alterity is a fertile ground for a dialogue with the cultural psychology. His "Letters of the Seer" will give support to a reflection on the notions of otherness and dialogicity in the Self.(AU)


Subject(s)
Psychology , Poetry
19.
Estilos clín ; 26(3)2021.
Article in Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1437730

ABSTRACT

Este artigo pretende trazer reflexões para a clínica, com foco na relação com a alteridade a partir da experiência no trabalho com crianças imigrantes na cidade de São Paulo. Considerando que na contemporaneidade as crianças são interpeladas, cada vez mais, por discursos objetificantes, o propósito é refletir sobre como tais discursos operam na intersecção com discursos sobre imigração e como estes afetam a prática clínica. Para tanto, este estudo retomará a discussão da infância como uma categoria histórica, social e política e analisará discursos específicos sobre a criança imigrante no contexto escolar e na saúde mental. Esta análise contribui ao debate sobre a escuta na clínica, na qual ressaltamos a reflexão sobre alteridade e a importância em considerar o contexto social do sujeito, assim como o ideal de infância que está em cena, na sua relação com as categorias de gênero, raça, classe e imigração


Este artículo tiene como objetivo traer reflexiones a la clínica en relación con la otredad mediante los diversos desafíos experimentados al trabajar con niños inmigrantes en la ciudad de São Paulo. Entendiendo que en los tiempos contemporáneos los niños son cada vez más interpelados por discursos objetantes, el propósito es reflejar sobre como tales discursos operan en la intersección con la condición de inmigrante y también, cómo afectan la práctica clínica. Con este fin, este estudio reanudará la discusión de la infancia como categoría histórica, social y política y analizará ciertos discursos sobre la niñez inmigrante en el contexto escolar y en la salud mental. Este análisis proporciona la base para el debate sobre la escucha en la clínica, en el que pretendemos enfatizar la importancia de considerar el contexto social del sujeto, así como el ideal de la infancia que está en escena, en su relación con las categorías de género, raza y clase y, en este trabajo, la inmigración


This article aims to bring reflections on the clinical listening, focusing on the debate on otherness, from the experience of the work with immigrant children in the city of Sao Paulo, Brazil. Considering that children are increasingly interpellated by objectifying discourses, this paper aims to reflect on how these operate at the intersection with discourses on the immigration, and how these affect the clinical practice. Therefore his study will review the debate on childhood as a historical, social and political category and will analyse specific discourses on the immigrant child in the educational and mental health contexts. This analysis contributes to the debates on the clinical listening, in which we highlight the importance of the Otherness in the clinic, taking into account the social context of the subject, as well as the ideal of childhood at play, in the relation with the categories of gender, race, class and immigration


Cet article vise à apporter des réflexions sur l'écoute clinique, centrées sur le débat sur l'altérité, à partir de l'expérience du travail avec des enfants d'immigrés dans la ville de Sao Paulo, Brésil. Considérant que les enfants sont de plus en plus interpellés par des discours objectivants, cet article vise à réfléchir sur la manière dont ceux-ci fonctionnent à l'intersection avec les discours sur l'immigration, et comment ceux-ci affectent la pratique clinique. Son étude passera donc en revue le débat sur l'enfance en tant que catégorie historique, sociale et politique et analysera des discours spécifiques sur l'enfant immigré dans les contextes éducatif et de santé mentale. Cette analyse contribue aux débats sur l'écoute clinique, dans lesquels nous soulignons l'importance de l'altérité en clinique, en tenant compte du contexte social du sujet, ainsi que de l'idéal d'enfance en jeu, dans le rapport aux catégories de sexe, de race, de classe et d'immigration


Subject(s)
Child , Cultural Diversity , Mental Health Assistance , Emigrants and Immigrants , Sociological Factors , Psychoanalysis , Child , Child Care , Communication Barriers , Education
20.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 26(2): 199-207, maio-ago. 2020.
Article in Portuguese | LILACS, Index Psychology - journals | ID: biblio-1101463

ABSTRACT

Este texto tem por objetivo refletir sobre a pesquisa fenomenológica a partir da questão da ética. Parte-se da ideia de que, na investigação do humano, a ética antecede a epistemologia e que, portanto, caberia a qualquer conhecimento desse campo questionar-se a respeito do lugar daquilo que é expurgado pelo método científico. Aponta-se que tal problema se coloca, inclusive, para pesquisas fenomenologicamente orientadas, visto que muitas delas pensam muito a questão da unidade e refletem pouco a respeito do lugar da diferença que essa unidade pode conter. Entende-se que o conceito de intencionalidade, que reúne diversas perspectivas fenomenológicas, como as de Husserl, Heidegger, Merleau-Ponty e Gadamer, traz em si questões que envolvem a relação entre universal e particular, bem como nuances éticas, porém não há uma descrição operacional de como essas questões se tornam concretas na investigação empírica. Como solução para esse problema, aponta-se o que se chamou de solução pragmático-ética, de modo que o pesquisador explique mais clara e operacionalmente como os princípios fenomenológicos incidem sobre a pesquisa (dimensão pragmática), bem como evidencie a dimensão histórico-relacional a partir da qual ele produz saber. Assim, acredita-se, restam preservadas a historicidade e a provisoriedade contidas na construção do conhecimento.


This paper aims to make a reflection about phenomenological research from the matter of ethics. The start point is the idea of that, in the investigation of human, ethics comes before epistemology and that, therefore, it would concer to any knowledge of this field to make questions about the place of what is purged by scientific method. It is pointed that such problem happens even with phenomenologically oriented researches, once that often many of them think about the problem of unity, but seldom think about the place of the difference that this unity may contain. It is understood that the concept of intentionality, that put together several phenomenological perspectives, such as Husserl's, Heidegger's, Merleau-Ponty's and Gadamer's, brings on itself questions that wrap the relationship between universal and particular, as well as ethical nuances, but there is not an operational description of how these questions become concrete in empirical research. As a solution to this problem, it is suggested a pragmatic-ethical solution, so that researcher must explain more clearly and operationally how phenomenological principles affect the research (pragmatic dimension), as well as it is also suggested that he must evidence the historical-relational dimension from wich he produces knowledge. Therefore, it is believed, it keeps preserved historicity and temporariness contained in the construction of knowledge.


Este artículo tiene por objetivo reflexionar sobre la investigación fenomenológica a partir de la cuestión de la ética. Se parte de la idea de que, en la investigación de lo humano, la ética antecede a la epistemología y que, por lo tanto, cabría a cualquier conocimiento de ese campo cuestionarse acerca del lugar de aquello que es expurgado por el método científico. Se apunta que tal problema se pone, incluso, para investigaciones fenomenológicamente manejadas, ya que muchas de ellas plantean en demasiado la cuestión de la unidad y reflejan poco acerca del lugar de la diferencia que esa unidad puede contener. Se entiende que el concepto de intencionalidad, que reúne diversas perspectivas fenomenológicas, como las de Husserl, Heidegger, Merleau-Ponty y Gadamer, trae en sí cuestiones que involucran la relación entre universal y particular, así como matices éticos, sin embargo no hay una descripción operacional de cómo estas cuestiones se vuelven concretas en la investigación empírica. Como solución para este problema, se apunta lo que se llamó de solución pragmática y ética, de modo que el investigador pueda aclarar operacionalmente como los principios fenomenológicos inciden en la investigación (dimensión pragmática), así como evidencie la dimensión histórico-relacional a partir de la cual él produce saber. Así, se cree, quedan preservadas la historicidad y la provisoriedad contenidas en la construcción del conocimiento.


Subject(s)
Psychological Theory , Ethics, Research , Hermeneutics
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL
...