ABSTRACT
In the last few years, evidence from the Brazilian Registry of Bone Biopsy (REBRABO) has pointed out a high incidence of aluminum (Al) accumulation in the bones of patients with CKD under dialysis. This surprising finding does not appear to be merely a passive metal accumulation, as prospective data from REBRABO suggest that the presence of Al in bone may be independently associated with major adverse cardiovascular events. This information contrasts with the perception of epidemiologic control of this condition around the world. In this opinion paper, we discussed why the diagnosis of Al accumulation in bone is not reported in other parts of the world. We also discuss a range of possibilities to understand why bone Al accumulation still occurs, not as a classical syndrome with systemic signs of intoxication, as occurred it has in the past.
Nos últimos anos, evidências do Registro Brasileiro de Biópsia óssea (REBRABO) apontaram uma alta incidência de intoxicação por alumínio (Al) no tecido ósseo de pacientes com DRC em diálise. Essa surpreendente informação parece representar não apenas um acúmulo passivo deste metal, visto que dados prospectivos do REBRABO sugerem que a presença de Al no tecido ósseo pode estar independentemente relacionada a eventos cardiovasculares adversos maiores. Essas informações contrastam com a percepção mundial do controle epidemiológico dessa condição. Neste artigo de opinião, discutimos por que o diagnóstico de acúmulo ósseo de Al não é relatado em outras partes do mundo, e também discutimos uma gama de possibilidades para entender por que nós acreditamos que o acúmulo de Al no tecido ósseo ainda ocorre, não como se apresentava no passado, ou seja, como uma síndrome com sinais e sintomas sistêmicos de intoxicação.
ABSTRACT
Abstract Introduction: Secondary hyperparathyroidism (SHPT) is one of the causes for inflammation in CKD. We assessed the impact of parathyroidectomy (PTX) on neutrophil-to-lymphocyte (N/L) and platelet-to-lymphocyte (P/L) ratios in SHPT patients. Methods: A total of 118 patients [hemodialysis (HD, n = 81), and transplant recipients (TX, n = 37)] undergoing PTX between 2015 and 2021 were analyzed. Results: There was a significant reduction in calcium and PTH levels in both groups, in addition to an increase in vitamin D. In the HD group, PTX did not alter N/L and P/L ratios. In the TX group, there was a reduction in N/L and P/L ratios followed by a significant increase in total lymphocyte count. Conclusion: N/L and P/L ratios are not reliable biomarkers of inflammation in SHPT patients undergoing PTX. Uremia, which induces a state of chronic inflammation in dialysis patients, and the use of immunosuppression in kidney transplant recipients are some of the confounding factors that prevent the use of this tool in clinical practice.
Resumo Introdução: O hiperparatireoidismo secundário (HPTS) é uma das causas de inflamação na DRC. Avaliamos o impacto da paratireoidectomia (PTX) nas relações neutrófilo/linfócito (N/L) e plaqueta/linfócito (P/L) em pacientes com HPTS. Métodos: Foram analisados 118 pacientes [hemodiálise (HD, n = 81) e transplantados (TX, n = 37)] submetidos à PTX entre 2015 e 2021. Resultados: Houve redução significativa de cálcio e PTH nos dois grupos, além de elevação de vitamina D. No grupo HD, a PTX não mudou as relações N/L e P/L. Já no grupo TX, houve redução nas relações N/L e P/L acompanhadas de elevação significativa do número de linfócitos totais. Conclusão: As relações N/L e P/L não são marcadores fidedignos de inflamação em pacientes com HPTS submetidos à PTX. A uremia, que induz um estado de inflamação crônica em pacientes dialíticos, e o uso de imunossupressão em pacientes transplantados renais são alguns dos fatores de confusão que impedem o uso dessa ferramenta na prática clínica.
ABSTRACT
Abstract Introduction: Renal osteodystrophy (ROD) refers to a group of bone morphological patterns that derive from distinct pathophysiological mechanisms. Whether the ROD subtypes influence long-term outcomes is unknown. Our objective was to explore the relationship between ROD and clinical outcomes. Methods: This study is a subanalysis of the Brazilian Registry of Bone Biopsies (REBRABO). Samples from individual patients were classified as having osteitis fibrosa (OF), mixed uremic osteodystrophy (MUO), adynamic bone disease (ABD), osteomalacia (OM), normal/minor alterations, and according to turnover/mineralization/volume (TMV) system. Patients were followed for 3.4 yrs. Clinical outcomes were: bone fractures, hospitalization, major adverse cardiovascular events (MACE), and death. Results: We enrolled 275 participants, of which 248 (90%) were on dialysis. At follow-up, 28 bone fractures, 97 hospitalizations, 44 MACE, and 70 deaths were recorded. ROD subtypes were not related to outcomes. Conclusion: The incidence of clinical outcomes did not differ between the types of ROD.
Resumo Introdução: Osteodistrofia renal (OR) refere-se a um grupo de padrões morfológicos ósseos que decorrem de mecanismos fisiopatológicos distintos. É desconhecido se os subtipos de OR influenciam desfechos em longo prazo. Nosso objetivo foi explorar as relações entre OR e desfechos. Métodos: Este estudo é uma subanálise do Registro Brasileiro de Biópsias Ósseas (REBRABO). As amostras de cada paciente foram classificadas em osteíte fibrosa (OF), osteodistrofia urêmica mista (MUO), doença óssea adinâmica (ABD), osteomalácia (OM), alterações normais/menores, e pelo sistema Remodelação / Mineralização / Volume (RMV). Os pacientes foram acompanhados por 3,4 anos. Os eventos clínicos foram: fraturas ósseas, hospitalizações, eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE), e óbito. Resultados: Analisamos 275 indivíduos, 248 (90%) deles estavam em diálise. No acompanhamento, 28 fraturas ósseas, 97 hospitalizações, 44 MACE e 70 óbitos foram registrados. Os subtipos de OR não foram relacionados aos desfechos clínicos. Conclusão: A incidência de desfechos clínicos não diferiu entre os tipos de OR.
ABSTRACT
Abstract Introduction: Glomerulonephritis are the third cause of chronic kidney disease (CKD) requiring dialysis in Brazil. Mineral and bone disorder (MBD) is one of the complications of CKD and is already present in the early stages. Assessment of carotid intima-media thickness (CIMT) and flow-mediated vasodilatation (FMV) are non-invasive ways of assessing cardiovascular risk. Hypothesis: Patients with primary glomerulonephritis (PG) have high prevalence of atherosclerosis and endothelial dysfunction, not fully explained by traditional risk factors, but probably influenced by the early onset of MBD. Objective: To evaluate the main markers of atherosclerosis in patients with PG. Method: Clinical, observational, cross-sectional and controlled study. Patients with PG were included and those under 18 years of age, pregnants, those with less than three months of follow-up and those with secondary glomerulonephritis were excluded. Those who, at the time of exams collection, had proteinuria higher than 6 grams/24 hours and using prednisone at doses higher than 0.2 mg/kg/day were also excluded. Results: 95 patients were included, 88 collected the exams, 1 was excluded and 23 did not undergo the ultrasound scan. Patients with PG had a higher mean CIMT compared to controls (0.66 versus 0.60), p = 0.003. After multivariate analysis, age and values for systolic blood pressure (SBP), FMV and GFR (p = 0.02); and FMV and serum uric acid (p = 0.048) remained statistically relevant. Discussion and conclusion: The higher cardiovascular risk in patients with PG was not explained by early MBD. Randomized and multicentric clinical studies are necessary to better assess this hypothesis.
Resumo Introdução: Glomerulopatias são a terceira causa de doença renal crônica (DRC) com necessidade de diálise no Brasil. Distúrbio mineral e ósseo (DMO) é uma das complicações da DRC e está presente já nos estágios iniciais. A avaliação da espessura médio-intimal de carótidas (EMIC) e da vasodilatação fluxo-mediada (VFM) são maneiras não invasivas de avaliação do risco cardiovascular. Hipótese: Pacientes com glomerulopatias primárias (GP) apresentam alta prevalência de aterosclerose e disfunção endotelial, não explicada totalmente pelos fatores de risco tradicionais, mas provavelmente influenciada pela instalação precoce do DMO. Objetivo: Avaliar os principais marcadores de aterosclerose em pacientes com GP. Método: Estudo clínico, observacional, transversal e controlado. Foram incluídos portadores de GP e excluídos menores de 18 anos, gestantes, menos de três meses de seguimento e os com glomerulopatia secundária. Também foram excluídos aqueles que, no momento da coleta, apresentavam proteinúria maior que 6 gramas/24 horas e uso de prednisona em doses superiores a 0,2 mg/kg/dia. Resultados: 95 pacientes foram incluídos, 88 colheram os exames, 1 foi excluído e 23 não realizaram a ultrassonografia. Os pacientes com GP apresentaram maior EMIC média em relação ao controle (0,66 versus 0,60), p = 0,003. Após análise multivariada, mantiveram relevância estatística a idade e os valores de pressão arterial sistólica (PAS), VFM e TFG (p = 0,02) e VFM e ácido úrico sérico (p = 0,048). Discussão e conclusão: Pacientes com GP apresentaram maior risco cardiovascular, entretanto esse risco não foi explicitado pelo DMO precoce. Estudos clínicos randomizados e multicêntricos são necessários para melhor determinação dessa hipótese.
ABSTRACT
Abstract Introduction: The epidemiologic profile of renal osteodystrophy (ROD) is changing over time and cross-sectional studies provide essential information to improve care and health policies. The Brazilian Registry of Bone Biopsy (REBRABO) is a prospective, nationalmulticenter cohort that includes patients with chronic kidney disease (CKD) undergoing bone biopsy. REBRABO aims to provide clinical information on ROD. The main objective of this subanalysis was to describe the profile of ROD, including clinically relevant associations. Methods: From Aug/2015 to Dec/2021, 511 patients with CKD who performed bone biopsy were included in the REBRABO platform. Patients with no bone biopsy report (N = 40), GFR > 90 mL/min (N = 28), without asigned consent (N = 24), bone fragments inadequate for diagnosis (N = 23), bone biopsy indicated by a specialty other than nephrology (N = 6), and < 18 years old (N = 4) were excluded. Clinical-demographic data (e.g., age, sex, ethnicity, CKD etiology, dialysis vintage, comorbidities, symptoms, and complications related to ROD), laboratory (e.g., serum levels of total calcium, phosphate, parathormone, alkaline phosphatase, 25-hydroxyvitamin D, and hemoglobin), and ROD (e.g., histological diagnosis) were analyzed. Results: Data from 386 individuals were considered in this subanalysis of REBRABO. Mean age was 52 (42-60) years; 198 (51%) were male; 315 (82%) were on hemodialysis. Osteitis fibrosa (OF) [163 (42%)], adynamic bone disease (ABD) [96 (25%)] and mixed uremic osteodystrophy (MUO) [83 (21%)] were the most frequent diagnosis of ROD in our sample; 203 (54%) had the diagnosis of osteoporosis, 82 (56%) vascular calcification; 138 (36%) bone aluminum accumulation, and 137 (36%) iron intoxication; patients with high turnover were prone to present a higher frequency of symptoms. Conclusions: A high proportion of patients were diagnosed with OF and ABD, as well as osteoporosis, vascular calcification and clinical symptoms.
Resumo Introdução: O perfil epidemiológico da osteodistrofia renal (OR) está mudando com o tempo e estudos transversais fornecem informações essenciais para melhorar cuidados e políticas de saúde. O Registro Brasileiro de Biópsia Óssea (REBRABO) é uma coorte nacional multicêntrica prospectiva que inclui pacientes com doença renal crônica (DRC) submetidos à biópsia óssea. O REBRABO visa fornecer informações clínicas sobre OR. O principal objetivo desta subanálise foi descrever o perfil da OR, incluindo associações clinicamente relevantes. Métodos: De Ago/2015 a Dez/2021, 511 pacientes com DRC que realizaram biópsia óssea foram incluídos na plataforma REBRABO. Excluíram-se os pacientes sem laudo de biópsia óssea (N = 40), TFG > 90 mL/min (N = 28), sem consentimento assinado (N = 24), fragmentos ósseos inadequados para diagnóstico (N = 23), biópsia óssea indicada por especialidade que não a nefrologia (N = 6), e < 18 anos de idade (N = 4). Foram analisados dados clínico-demográficos (por exemplo, idade, sexo, etnia, etiologia da DRC, tempo da diálise, comorbidades, sintomas e complicações relacionadas à OR), laboratoriais (níveis séricos de cálcio total, fosfato, paratormônio, fosfatase alcalina, 25-hidroxivitamina D e hemoglobina), e OR (diagnóstico histológico). Resultados: Dados de 386 indivíduos foram considerados nesta subanálise do REBRABO. A idade média foi 52 (42-60) anos; 198 (51%) eram homens; 315 (82%) estavam em hemodiálise. Osteíte fibrosa (OF) [163 (42%)], doença óssea adinâmica (DOA) [96 (25%)] e osteodistrofia urêmica mista (OUM) [83 (21%)] foram os diagnósticos mais frequentes de OR na amostra; 203 (54%) apresentaram diagnóstico de osteoporose, 82 (56%) calcificação vascular; 138 (36%) acúmulo ósseo de alumínio, e 137 (36%) intoxicação por ferro; pacientes com remodelação óssea aumentada eram propensos a apresentar maior frequencia de sintomas. Conclusões: Uma alta proporção de pacientes foi diagnosticada com OF e DOA, assim como osteoporose, calcificação vascular e sintomas clínicos.
ABSTRACT
Abstract Introduction Surgical treatment of hyperparathyroidism related to chronic kidney disease is a real challenge for Brazilian public health care. High cost medications and long waiting lines to perform preoperative exams, especially technetium Tc 99m Sestamibi (MIBI) are some of the reasons. Despite the reality that the aid of localization exams are questionable in this scenario, doctors are too apprehensive in performing surgery without it. Objective The study aimed at evaluating the efficacy of surgery for renal hyperparathyroidism without preoperative MIBI. Methods A total of 114 patients were surgically treated. Total parathyroidectomy with autotransplantation and subtotal parathyroidectomy were carried out without preoperative MIBI. Results and conclusion Among the 114 patients undergoing surgery, 37 had secondary hyperparathyroidism in dialysis replacement, and 77 patients had post-renal transplant persistent disease. We were successful in 107 cases with only 7 failures (93.8% of success rate). Among these failures, only one parathyroid gland was not found in 4 cases, 2 parathyroid glands were not found in 2 cases and in 1 patient the 4 glands were found but this patient remained hypercalcemic and a postoperative diagnosis of supernumerary parathyroid gland was made. Surgery for treatment of renal hyperparathyroidism proved to be an effective (93.8%) and reproductible procedure, even without MIBI.
Resumo Introdução O tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo relacionado à doença renal crônica é um verdadeiro desafio para a saúde pública brasileira. Medicamentos de alto custo e longas filas de espera para exames pré‐operatórios, principalmente a cintilografia com tecnécio Tc‐99m Sestamibi, MIBI, são alguns dos motivos. Apesar da contribuição de exames de localização ser questionável nesse cenário, os médicos ficam muito apreensivos por fazer uma cirurgia sem ele. Objetivo Avaliar a eficácia da cirurgia para hiperparatireoidismo renal sem o MIBI pré‐operatório. Método Foram tratados cirurgicamente 114 pacientes. A paratireoidectomia total com autotransplante e a paratireoidectomia subtotal foram feitas sem MIBI pré‐operatório. Resultados e conclusão Entre os 114 pacientes submetidos à cirurgia, 37 apresentavam hiperparatireoidismo secundário em reposição dialítica e 77 doença persistente pós‐transplante renal. Tivemos sucesso em 107 casos, com apenas 7 falhas (93,8% de taxa de sucesso). Entre essas falhas, uma glândula paratireoide não foi encontrada em 4 casos, 2 glândulas paratireoides não foram encontradas em 2 casos e em um paciente as 4 glândulas foram encontradas, mas ele permaneceu hipercalcêmico com diagnóstico pós‐operatório de glândula paratireoide supranumerária. A cirurgia para tratamento do hiperparatireoidismo renal mostrou‐se um procedimento eficaz (93,8%) e reprodutível mesmo sem MIBI.
ABSTRACT
Introdução: o objetivo foi avaliar a prevalência do distúrbio mineral e ósseo em pacientes com doença renal crônica e a associação entre Taxa de Filtração Glomerular estimada (TFGe) e os indicadores do distúrbio mineral e ósseo (DMO) (cálcio, fósforo e PTH) em pacientes renais crônicos não dialíticos. Materiais e Métodos: estudo seccional da linha de base de uma coorte de dois anos, com adultos e idosos renais crônicos em tratamento conservador. Para identificação do DMO utilizamos os seguintes valores séricos: PTH (> 150 pg/mL) e/ou hipocalcemia (Ca < 8,8mg/dl) e/ou hiperfosfatemia (P > 4,6 mg/dl). Na análise estatística utilizou-se: regressão de Poisson; T de Student, Mann Whitney e correlações de Pearson e Spearman. Nível de significância foi de 5%. Resultados: prevalência de DMO de 54,6% (n=41) (IC 95%: 43,45 - 65,43). A maior prevalência de DMO foi em pessoas do sexo feminino, alfabetizadas, idosas, não etilistas, não tabagistas, sedentárias e de cor de pele branca, porém, sem diferença estatística entre os grupos com e sem DMO. As correlações entre P e PTH com TFGe foram significativas, inversas, de força moderada (p= <0,005 e p = 0,003; coeficientes de correlação = - 0,312 e - 0,379 respectivamente). Discussão:os achados desse estudo mostraram que existe uma lacuna no acompanhamento do DMO-DRC pela atenção primária e a prática clínica deve ser revista. Conclusão:identificou-se prevalência robusta de DMO nos estágios precoces da DRC, além de correlações significativas entre o aumento dos níveis de fósforo e PTH e piora das funções renais.
Introduction: mineral and bone disorder (BMD) is a serious complication of chronic kidney disease (CKD) that increases risks for death from cardiovascular causes and impairs quality of life of affected patients. Objetive: to evaluate the prevalence of BMD in patients with CKD and the association between estimated Glomerular Filtration Rate (eGFR) and BMD indicators (calcium, phosphorus and PTH) in non-dialysis patients. Materials and Methods:sectional study of a two-year cohort of chronic renal adults and elderly patients on conservative treatment. BMD was identified by serum values of: PTH (> 150 pg/mL) and/or hypocalcemia (Ca < 8.8mg/dl) and/or hyperphosphatemia (P > 4.6 mg/dl). The statistical analysis used: Poisson regression; Student's T, Mann Whitney and Pearson and Spearman correlations with 5% significance level. Results:BMD prevalence was 54.6% (n=41) (95% CI: 43.45 - 65.43), more frequent in women, literate, elderly, non-drinkers, non-smokers, sedentary and white skin color. Correlations between P and PTH with GFRe were significant, inverse, moderate strength (p= <0.005 and p = 0.003; correlation coefficients = - 0.312 and - 0.379 respectively). Discussion: the findings of this study highlighted gaps in the monitoring of BMD-DRC by primary care, requiring a review of clinical practices. Conclusion: robust prevalence of BMD in the early stages of CKD was identified, in addition to correlations between increased phosphorus and PTH levels and worsening kidney function.
Introducciòn: el trastorno mineral y óseo (TMO) es una complicación grave de la enfermedad renal crónica (ERC) que aumenta el riesgo de muerte por causas cardiovasculares y deteriora la calidad de vida de los pacientes afectados. Objetivo: evaluar la prevalencia de la DMO en pacientes con RDC y la asociación entre la tasa de filtración glomerular estimada (TFGe) y los indicadores de DMO (calcio, fósforo y PTH) en pacientes no dialíticos. Materiales y Métodos: estudio seccional de una cohorte de dos años de pacientes renales crónicos adultos y ancianos en tratamiento conservador. La DMO se identificó por los valores séricos de: PTH (> 150 pg/mL) y/o hipocalcemia (Ca < 8,8mg/dl) y/o hiperfosfatemia (P > 4,6 mg/dl). El análisis estadístico utilizado: regresión de Poisson; T de Student, Mann Whitney y correlaciones de Pearson y Spearman con un nivel de significación del 5%. Resultados: la prevalencia de DMO fue del 54,6% (n=41) (IC 95%: 43,45 - 65,43), más frecuente en mujeres, alfabetizadas, de edad avanzada, no bebedoras, no fumadoras, sedentarias y de color de piel blanca. Las correlaciones entre el P y la PTH con el GFRe fueron significativas, inversas, de fuerza moderada (p= <0,005 y p = 0,003; coeficientes de correlación = - 0,312 y - 0,379 respectivamente). Discusión: los resultados de este estudio evidencian lagunas en el seguimiento de la DMO-DRC por parte de la atención primaria, lo que requiere una revisión de las prácticas clínicas. Conclusión: se identificó una fuerte prevalencia de la DMO en las primeras fases de la ERC, además de correlaciones entre el aumento de los niveles de fósforo y PTH y el empeoramiento de la función renal.
Subject(s)
Chronic Kidney Disease-Mineral and Bone Disorder , Renal Insufficiency, Chronic , Hyperparathyroidism, Secondary , Kidney Failure, ChronicABSTRACT
RESUMEN Introducción: el exceso de actividad hormonal biológica de origen paratiroideo es motivo de consulta frecuente en la práctica endocrinológica, aunque también acuden remitidos de servicios como nefrología, ortopedia o cirugía maxilofacial por las variadas presentaciones clínicas de la enfermedad. Presentación del caso: paciente femenina, de 34 años de edad, con antecedentes patológicos personales de insuficiencia renal crónica. Acudió a la institución por presentar cambios en su aspecto corporal, sobre todo a nivel del macizo facial. El examen físico mostró alteraciones ostio-mio-articulares. La radiografía de pelvis mostró una disminución de la densidad ósea y diástais de la sínfisis del pubis. La ganmagrafía de paratiroides en dos fases detectó hiperplasia paratiroidea. La tomografía axial computarizada de cráneo mostró marcada destrucción y reabsorción ósea. Se planteó un hiperparatiroidismo terciario. Conclusiones: el hiperparatiroidismo terciario constituye una de las causas menos frecuentes de hiperfunción paratiroidea; puede presentarse como consecuencia de un trastorno renal que se perpetúa en el tiempo. El diagnóstico y tratamiento oportuno disminuye incidencia de comorbilidades. La paratiroidectomía representa el tratamiento de elección, con altas tasas de curación.
ABSTRACT Introduction: the excess of biological hormonal activity of parathyroid origin is a frequent reason for consultation in endocrinological practice, although referrals from services such as nephrology, orthopedics or maxillofacial surgery are also referred due to the varied clinical presentations of the disease. Case presentation: a 34-year-old female patient with a personal medical history of chronic renal failure. He went to the institution for presenting changes in his body appearance, especially at the level of the facial massif. The physical examination showed ostio-myo-articular alterations. The pelvic X-ray showed decreased bone density and diastasis of the pubic symphysis. Two-stage parathyroid scan detected parathyroid hyperplasia. Computed tomography of the skull showed marked bone destruction and resorption. Tertiary hyperparathyroidism was suggested. Conclusions: tertiary hyperparathyroidism is one of the less frequent causes of parathyroid hyperfunction; It can occur as a consequence of a renal disorder that is perpetuated over time. Timely diagnosis and treatment decreases the incidence of comorbidities. Parathyroidectomy represents the treatment of choice, with high cure rates.
ABSTRACT
Phosphate chelators are frequently used in patients with chronic kidney disease (CKD). New iron-based chelators remain understudied and offer a promising therapeutic option for the control of bone and mineral disorders of chronic kidney disease (BMD-CKD). We assessed the effect of the phosphorus chelator, chitosan-iron III (CH-FeCl), compared to calcium carbonate (CaCO3) in BMD-CKD and the potential iron overload in uremic rats. Thirty-two animals were divided into four groups, namely the control, CKD, CKD/CH-FeCl, and CKD/CaCO3 groups. CKD was induced by adding 0.75% (4 weeks) and 0.1% (3 weeks) adenine to the diet. The chelators were administered from week 3 through week 7. The renal function, BMD-CKD markers, and histomorphometry of the femur were assessed at week 7. The CKD group showed a significant increase in creatinine (83.9 ± 18.6 vs. 41.5 ± 22.1 µmol/L; P = 0.001), phosphate (3.5 ± 0.8 vs. 2.2 ± 0.2 mmol/L; P = 0.001), fractional excretion of phosphorus (FEP) (0.71 ± 0.2 vs. 0.2 ± 0.17; P = 0.0001), and FGF23 (81.36 ± 37.16 pg/mL vs. 7.42 ± 1.96; P = 0.011) compared to the control group. There was no accumulation of serum or bone iron after the use of CH-FeCl. The use of chelators reduced the FEP (control: 0.71 ± 0.20; CKD/CH-FeCl: 0.40 ± 0.16; CKD/CaCO3 0.34 ± 0.15; P = 0.001), without changes in the serum FGF23 and parathyroid hormone levels. Histomorphometry revealed the presence of bone disease with high remodeling in the uremic animals without changes with the use of chelators. The CH-FeCl chelator was efficient in reducing the FEP without iron accumulation, thereby paving the way for the use of this class of chelators in clinical settings in the future.
Subject(s)
Bone and Bones , Chelating Agents , Phosphorus , Renal Insufficiency, Chronic , Animals , Bone and Bones/metabolism , Chelating Agents/pharmacology , Fibroblast Growth Factors , Iron/metabolism , Parathyroid Hormone , Phosphates/metabolism , Phosphorus/metabolism , Rats , Renal Insufficiency, Chronic/drug therapy , Renal Insufficiency, Chronic/metabolismABSTRACT
INTRODUCTION: Surgical treatment of hyperparathyroidism related to chronic kidney disease is a real challenge for Brazilian public health care. High cost medications and long waiting lines to perform preoperative exams, especially technetium Tc 99m Sestamibi (MIBI) are some of the reasons. Despite the reality that the aid of localization exams are questionable in this scenario, doctors are too apprehensive in performing surgery without it. OBJECTIVE: The study aimed at evaluating the efficacy of surgery for renal hyperparathyroidism without preoperative MIBI. METHODS: A total of 114 patients were surgically treated. Total parathyroidectomy with autotransplantation and subtotal parathyroidectomy were carried out without preoperative MIBI. RESULTS AND CONCLUSION: Among the 114 patients undergoing surgery, 37 had secondary hyperparathyroidism in dialysis replacement, and 77 patients had post-renal transplant persistent disease. We were successful in 107 cases with only 7 failures (93.8% of success rate). Among these failures, only one parathyroid gland was not found in 4 cases, 2 parathyroid glands were not found in 2 cases and in 1 patient the 4 glands were found but this patient remained hypercalcemic and a postoperative diagnosis of supernumerary parathyroid gland was made. Surgery for treatment of renal hyperparathyroidism proved to be an effective (93.8%) and reproductible procedure, even without MIBI.
Subject(s)
Hyperparathyroidism, Secondary , Parathyroidectomy , Humans , Hyperparathyroidism, Secondary/diagnostic imaging , Hyperparathyroidism, Secondary/surgery , Parathyroid Glands/surgery , Parathyroidectomy/methods , Preoperative Care/methods , Radionuclide Imaging , Radiopharmaceuticals , Technetium Tc 99m SestamibiABSTRACT
ABSTRACT Objective To investigate the relationship between calcidiol (25(OH)D3) concentrations and iron parameters in patients with chronic kidney disease. Methods This is a cross-sectional, descriptive, and quantitative study. The sample consisted of 86 adult patients of both sexes undergoing dialysis. 25(OH)D3 concentrations were determined by chemiluminescence; food consumption was assessed using 24-hour recalls, and the serum levels of hemoglobin, iron, ferritin, and transferrin saturation were assessed. Data analysis was performed using the program Stata, with a significance level of p<0.05. Results The results pointed to 25(OH)D3 concentrations compatible with sufficiency, iron levels consistent with normality, and ferritin and transferrin saturation above the reference values. The consumption of carbohydrates and lipids was higher in females. There was no relationship between the adequacy of 25(OH)D3 and the presence of anemia and iron parameters. Conclusion Considering that the mean serum levels of iron and 25(OH)D3 were adequate, it is suggested that resistance to erythropoietin and the inflammatory process may have contributed to the percentage of anemic individuals found in the study.
RESUMO Objetivo Investigar a relação entre as concentrações de calcidiol (25(OH)D3) e os parâmetros de ferro em pacientes com doença renal crônica. Métodos É um estudo transversal, descritivo e quantitativo. A amostra foi composta por 86 pacientes, adultos, de ambos os sexos, em terapia dialítica. As concentrações de 25(OH)D3 foram determinadas pelo método de quimioluminescência; o consumo alimentar foi avaliado pela aplicação de Recordatórios de 24 horas e foram avaliados os níveis séricos de hemoglobina, ferro, ferritina e saturação de transferrina. A análise dos dados foi realizada no programa Stata, com nível de significância p<0.05. Resultados Os resultados apontaram para concentrações de 25(OH)D3 compatíveis com suficiência, níveis de ferro compatíveis com a normalidade e ferritina e saturação de transferrina superiores à referência. O consumo de carboidratos e lipídios foi superior no sexo feminino. Não foi verificada relação entre a adequação de 25(OH)D3 e a presença de anemia e parâmetros de ferro. Conclusão Tendo em vista que os níveis médios séricos de ferro e 25(OH)D3 estavam adequados, sugere-se que a resistência à eritropoietina e o processo inflamatório podem ter contribuído para o percentual de anêmicos constatado no estudo.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Young Adult , Vitamin D/blood , Calcifediol/blood , Renal Insufficiency, Chronic/physiopathology , Iron , Hemoglobins , Transferrin , Carbohydrates , Cross-Sectional Studies , Erythropoietin , Ferritins , Data Analysis , Anemia , LipidsABSTRACT
Abstract Patients on hemodialysis are exposed to calcium via the dialysate at least three times a week. Changes in serum calcium vary according to calcium mass transfer during dialysis, which is dependent on the gradient between serum and dialysate calcium concentration (d[Ca]) and the skeleton turnover status that alters the ability of bone to incorporate calcium. Although underappreciated, the d[Ca] can potentially cause positive calcium balance that leads to systemic organ damage, including associations with mortality, myocardial dysfunction, hemodynamic tolerability, vascular calcification, and arrhythmias. The pathophysiology of these adverse effects includes serum calcium changes, parathyroid hormone suppression, and vascular calcification through indirect and direct effects. Some organs are more susceptible to alterations in calcium homeostasis. In this review, we discuss the existing data and potential mechanisms linking the d[Ca] to calcium balance with consequent dysfunction of the skeleton, myocardium, and arteries.
Resumo Pacientes em hemodiálise são expostos ao cálcio, por meio do dialisato, pelo menos três vezes por semana. As alterações no cálcio sérico variam de acordo com a transferência de massa de cálcio durante a diálise, que é dependente do gradiente entre a concentração de cálcio no plasma e no dialisato (d [Ca]) e o estado de renovação do esqueleto que altera a capacidade do osso de incorporar cálcio. Embora subestimado, o d [Ca] pode potencialmente causar balanço positivo de cálcio que leva a danos em órgãos sistêmicos, incluindo associações com mortalidade, disfunção miocárdica, tolerabilidade hemodinâmica, calcificação vascular e arritmias. A fisiopatologia desses efeitos adversos inclui alterações do cálcio sérico, supressão do hormônio da paratireóide e calcificação vascular por meio de efeitos diretos e indiretos. Alguns órgãos são mais suscetíveis a alterações na homeostase do cálcio. Nesta revisão, discutimos os dados existentes e os mecanismos potenciais que ligam o d [Ca] ao equilíbrio do cálcio com a consequente disfunção no esqueleto, miocárdio e artérias.
Subject(s)
Humans , Cardiovascular System , Calcium , Parathyroid Hormone , Bone and Bones , Renal DialysisABSTRACT
Abstract Introduction: Body composition is critical for the evaluation of patients with Chronic Kidney Disease (CKD) and can be obtained from either multifrequency bioelectrical impedance analysis (BIA) or dual-energy absorptiometry (DXA). Although the discrepancy between the results obtained from both methods has already been described, reasons are unknown, and might be related to secondary hyperparathyroidism, which is associated with bone loss. Methods: We have evaluated 49 patients (25 males and 24 females): 20 with CKD not on dialysis and 29 on maintenance hemodialysis [18 with severe hyperparathyroidism (HD-SHPT) and 11 submitted to parathyroidectomy (HD-PTX)]. All patients underwent DXA and BIA. Results: The median age and body mass index (BMI) were 49 years and 25.6 kg/m2, respectively. Patients exhibited low bone mineral content (BMC) measured by DXA, particularly those from the HD-SHPT group. The largest BMC measurement disagreement between DXA and BIA was found in the HD-SHPT group (p=0.004). Factors independently associated with this discrepancy in BMC measurement were serum phosphate (p=0.003) and patient group (p=0.027), even after adjustments for age, BMI, and gender (adjusted r2=0.186). PTX attenuated this difference. Discussion: BIA should be interpreted with caution in patients with SHPT due to a loss of accuracy, which can compromise the interpretation of body composition.
Resumo Introdução: A composição corporal é fundamental para a avaliação de pacientes com Doença Renal Crônica (DRC), e pode ser obtida por análise de impedância bioelétrica por multifrequência (BIA) ou absorciometria de dupla energia (DXA). Embora a discrepância entre os resultados obtidos pelos dois métodos já tenha sido descrita, os motivos são desconhecidos e podem estar relacionados ao hiperparatireoidismo secundário, devido à perda óssea. Métodos: Avaliamos 49 pacientes (25 homens e 24 mulheres): 20 com DRC não em diálise e 29 em hemodiálise de manutenção [18 com hiperparatireoidismo grave (HD-SHPT) e 11 submetidos à paratireoidectomia (HD-PTX)]. Todos os pacientes foram submetidos à DXA e BIA. Resultados: A mediana da idade e do índice de massa corporal (IMC) foram de 49 anos e 25,6 kg/m2, respectivamente. Os pacientes exibiram baixo conteúdo mineral ósseo (CMO) medido pelo DXA, particularmente aqueles do grupo HD-SHPT. A maior discordância da medida do CMO entre DXA e BIA foi encontrada no grupo HD-SHPT (p = 0,004). Os fatores independentemente associados a essa discrepância na medida do CMO foram fosfato sérico (p = 0,003) e grupo de pacientes (p = 0,027), mesmo após ajustes para idade, IMC e sexo (r2 ajustado = 0,186). PTX atenuou essa diferença. Discussão: A BIA deve ser interpretada com cautela em pacientes com HPTS devido a uma perda de precisão, o que pode comprometer a interpretação da composição corporal.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Bone Density , Hyperparathyroidism, Secondary , Absorptiometry, Photon , Body Mass Index , Renal Dialysis , Electric ImpedanceABSTRACT
ABSTRACT Aim: Current guidelines do not address between-person variability in markers of bone and mineral metabolism across subgroups of patients, nor delineate treatment strategies based upon such factors. Methods: A cross sectional study was carried out to analyze data from 20,494 United States Veterans and verify the variability of Vitamin D (25(OH)D) and parathyroid hormone (PTH) levels across race and stage of chronic kidney disease. Results: PTH levels were higher in Black Americans (BA) than White Americans (WA) at all levels of 25(OH)D and across eGFR strata. There was a progressive decline in PTH levels from the lowest (25(OH)D < 20) to highest quartile (25(OH)D >=40) in both BA (134.4 v 90 pg/mL, respectively) and WA (112.5 v 71.62 pg/mL) (p<0.001 for all comparisons). Conclusion: In this analysis, higher than normal 25(OH)D levels were well tolerated and associated with lower parathyroid hormone values in both blacks and whites. Black Americans had higher PTH values at every level of eGFR and 25(OH)D levels suggesting a single PTH target is not appropriate.
RESUMO Objetivo: as diretrizes atuais não abordam a variabilidade entre as pessoas nos marcadores do metabolismo ósseo e mineral em subgrupos de pacientes, nem traçam estratégias de tratamento com base em tais fatores. Métodos: realizamos um estudo transversal para analisar dados de 20.494 veteranos de guerra dos Estados Unidos e verificar a variabilidade nos níveis de vitamina D (25 (OH) D) e hormônio da paratireóide (PTH) entre a raça e o estágio da doença renal crônica. Resultados: os níveis de PTH foram maiores em americanos negros (AN) do que em americanos brancos (AB) em todos os níveis de 25 (OH) D e em todos os estratos de TFGe. Houve um declínio progressivo nos níveis de PTH do quartil mais baixo (25 (OH) D <20) para o quartil mais alto (25 (OH) D> = 40) em AN (134,4 v 90 pg/mL, respectivamente) e AB (112,5 v 71,62 pg/mL) (p <0,001 para todas as comparações). Conclusão: Nesta análise, níveis de 25 (OH) D acima do normal foram bem tolerados e associados a valores mais baixos do hormônio da paratireóide em negros e brancos. Os americanos negros tinham valores de PTH mais altos em todos os níveis de TFGe e 25 (OH) D, sugerindo que uma única meta de PTH não é apropriado.
Subject(s)
Humans , Vitamin D Deficiency , Renal Insufficiency, Chronic , Parathyroid Hormone , Vitamin D/analogs & derivatives , Cross-Sectional Studies , Race FactorsABSTRACT
ABSTRACT Introduction: Mineral and bone disorders (MBD) are major complications of chronic kidney disease (CKD)-related adverse outcomes. The Brazilian Registry of Bone Biopsy (REBRABO) is an electronic database that includes renal osteodystrophy (RO) data. We aimed to describe the epidemiological profile of RO in a sample of CKD-MBD Brazilian patients and understand its relationship with outcomes. Methods: Between August 2015 and March 2018, 260 CKD-MBD stage 3-5D patients who underwent bone biopsy were followed for 12 to 30 months. Clinical-demographic, laboratory, and histological data were analyzed. Bone fractures, hospitalizations, and death were considered the primary outcomes. Results: Osteitis fibrosa, mixed uremic osteodystrophy, adynamic bone disease, osteomalacia, osteoporosis, and aluminum (Al) accumulation were detected in 85, 43, 27, 10, 77, and 65 patients, respectively. The logistic regression showed that dialysis vintage was an independent predictor of osteoporosis (OR: 1.005; CI: 1.001-1.010; p = 0.01). The multivariate logistic regression revealed that hemodialysis treatment (OR: 11.24; CI: 1.227-100; p = 0.03), previous parathyroidectomy (OR: 4.97; CI: 1.422-17.241; p = 0.01), and female gender (OR: 2.88; CI: 1.080-7.679; p = 0.03) were independent predictors of Al accumulation; 115 patients were followed for 21 ± 5 months. There were 56 hospitalizations, 14 deaths, and 7 fractures during follow-up. The COX regression revealed that none of the variable related to the RO/turnover, mineralization and volume (TMV) classification was an independent predictor of the outcomes. Conclusion: Hospitalization or death was not influenced by the type of RO, Al accumulation, or TMV classification. An elevated prevalence of osteoporosis and Al accumulation was detected.
RESUMO Introdução: Os distúrbios minerais e ósseos (DMO) são importantes complicações da doença renal crônica (DRC) associadas à desfechos adversos. O Registro Brasileiro de Biópsia Óssea (REBRABO) é um banco de dados eletrônico que inclui dados sobre osteodistrofia renal (OR). Nosso objetivo foi descrever o perfil epidemiológico da OR em uma amostra de pacientes brasileiros com DMO-DRC e entender sua associação com os desfechos. Métodos: Entre agosto de 2015 e março de 2018, 260 pacientes com DMO-DRC estágio 3-5D submetidos à biópsia óssea foram acompanhados por 12 a 30 meses. Dados clínico-demográficos, laboratoriais e histológicos foram analisados. Fraturas ósseas, hospitalizações e óbito foram considerados como desfechos primários. Resultados: Osteíte fibrosa, osteodistrofia urêmica mista, doença óssea adinâmica, osteomalácia, osteoporose e acúmulo de alumínio (Al) foram detectados em 85, 43, 27, 10, 77 e 65 pacientes, respectivamente. A regressão logística mostrou que o tempo em diálise foi um preditor independente de osteoporose (OR: 1.005; IC: 1.001-1.010; p = 0,01). A regressão logística multivariada revelou que o tratamento hemodialítico (OR: 11,24; IC: 1,227-100; p = 0,03), paratireoidectomia prévia (OR: 4,97; IC: 1,422-17,241; p = 0,01) e sexo feminino (OR: 2,88; IC: 1,080-7,679; p = 0,03) foram preditores independentes de acúmulo de Al; 115 pacientes foram acompanhados por 21 ± 5 meses. Houve 56 internações, 14 óbitos e 7 fraturas durante o seguimento. A regressão COX revelou que nenhuma das variáveis relacionadas ao tipo de OR/remodelação-mineralização-volume (classificação TMV) foi um preditor independente de desfechos. Conclusão: A hospitalização ou óbito não foram influenciadas pelo tipo de OR, acúmulo de Al ou classificação de TMV. Foi detectada uma prevalência elevada de osteoporose e acúmulo de Al.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Chronic Kidney Disease-Mineral and Bone Disorder/complications , Biopsy/methods , Bone and Bones/pathology , Bone Diseases, Metabolic/etiology , Renal Insufficiency, Chronic/complications , Osteoporosis/epidemiology , Chronic Kidney Disease-Mineral and Bone Disorder/therapy , Bone Diseases, Metabolic/epidemiology , Brazil/epidemiology , Registries , Prospective Studies , Follow-Up Studies , Parathyroidectomy/adverse effects , Renal Dialysis/adverse effects , Treatment Outcome , Fractures, Bone/epidemiology , Aluminum/blood , Hospitalization/statistics & numerical dataABSTRACT
ABSTRACT Introduction: Digital radiography (DRx) may provide a suitable alternative to investigate mineral and bone disorder (MBD) and loss of bone density (BD) in rodent models of chronic kidney disease (CKD). The objective of this study was to use DRx to evaluate BD in CKD rats, and to evaluate the correlation between DRx findings and serum MBD markers and bone histomorphometry. Methods: Uremia was induced by feeding Wistar rats an adenine-enriched diet (0.75% for 4 weeks/0.10% for 3 weeks); outcomes were compared to a control group at experimental weeks 3, 4, and 7. The following biochemical markers were measured: creatinine clearance (CrC), phosphate (P), calcium (Ca), fractional excretion of P (FeP), alkaline phosphatase (ALP), fibroblast growth factor-23 (FGF-23), and parathyroid hormone (PTH). DRx imaging was performed and histomorphometry analysis was conducted using the left femur. Results: As expected, at week 7, uremic rats presented with reduced CrC and higher levels of P, FeP, and ALP compared to controls. DRx confirmed the lower BD in uremic animals (0.57±0.07 vs. 0.68 ± 0.06 a.u.; p = 0.016) compared to controls at the end of week 7, when MBD was more prominent. A severe form of high-turnover bone disease accompanied these biochemical changes. BD measured on DRx correlated to P (r=-0.81; p = 0.002), ALP (r = -0.69, p = 0.01), PTH (r = -0.83, p = 0.01), OS/BS (r = -0.70; p = 0.02), and ObS/BS (r = -0.70; p = 0.02). Conclusion: BD quantified by DRx was associated with the typical complications of MBD in CKD and showed to be viable in the evaluation of bone alterations in CKD.
RESUMO Introdução: A radiografia digital (RxD) pode representar uma alternativa adequada para investigar o distúrbio mineral e ósseo (DMO) e a perda de densidade óssea (DO) em modelos de roedores da doença renal crônica (DRC). O objetivo deste estudo foi utilizar a RxD para avaliar a DO em ratos com DRC, e avaliar a correlação entre os achados da RxD e marcadores séricos de DMO e histomorfometria óssea. Métodos: A uremia foi induzida pela alimentação de ratos Wistar com dieta enriquecida com adenina (0,75% por 4 semanas/0,10% por 3 semanas); os resultados foram comparados com um grupo controle nas semanas experimentais 3, 4 e 7. Os seguintes marcadores bioquímicos foram medidos: clearance de creatinina (CCr), fosfato (P), cálcio (Ca), fração excretada de P (FeP), fosfatase alcalina (ALP), fator de crescimento de fibroblastos-23 (FGF-23) e paratormônio (PTH). A imagem da RxD foi obtida e a análise histomorfométrica foi realizada com o fêmur esquerdo. Resultados: como esperado, na semana 7, os ratos urêmicos apresentaram redução do CCr e níveis mais altos de P, FeP e ALP em comparação aos controles. A RxD confirmou a menor DO em animais urêmicos (0,57 ± 0,07 vs. 0,68 ± 0,06 u.a.; p = 0,016) em comparação aos controles no final da semana 7, quando a DMO foi mais proeminente. Uma forma grave de doença óssea de alta renovação celular acompanhou essas mudanças bioquímicas. A DO, medida na RxD foi correlacionada a P (r = -0,81; p = 0,002), ALP (r = -0,69, p = 0,01), PTH (r = -0,83, p = 0,01), OS/BS (r = -0,70 p = 0,02) e Ob.S/BS (r = -0,70; p = 0,02). Conclusão: A DO quantificada por RxD esteve associada às complicações típicas da DMO na DRC e mostrou-se viável na avaliação de alterações ósseas na DRC.
Subject(s)
Animals , Male , Rats , Chronic Kidney Disease-Mineral and Bone Disorder/complications , Chronic Kidney Disease-Mineral and Bone Disorder/diagnostic imaging , Uremia/complications , Radiographic Image Enhancement/methods , Bone Density , Renal Insufficiency, Chronic/complications , Renal Insufficiency, Chronic/diagnostic imaging , Parathyroid Hormone/blood , Phosphates/blood , Chronic Kidney Disease-Mineral and Bone Disorder/blood , Uremia/chemically induced , Uremia/blood , Adenine/adverse effects , Biomarkers/blood , Bone Remodeling , Rats, Wistar , Disease Models, Animal , Alkaline Phosphatase/blood , Renal Insufficiency, Chronic/bloodABSTRACT
Abstract Background: Current guidelines recommend assessment of 25-vitamin D status in patients with chronic kidney disease (CKD). Although significant differences among assays have been described, the impact of CKD on this variability has never been tested. Methods: We tested the variability between two 25-vitamin D assays in patients with CKD (eGFR < 60 mL/min/1.73m2) who had consecutive 25-vitamin D measurements in 2015 (Assay 1 - Diasorin LIASON 25 TOTAL - D assay®) and 2016 (Assay 2 - Beckman Coulter Unicel Xl 800®). The cohort consisted of 791 adult patients (122 with normal renal function and 669 with CKD - 33, 30, and 37% in stages 3, 4, and 5 on dialysis, respectively). Results: Levels of 25-vitamin D were lower and the prevalence of hypovitaminosis D using assay 1 was higher than using assay 2 in patients with CKD, regardless of similar levels of calcium, phosphate, and parathyroid hormone. As kidney function decreased, the percentage of disagreement between the assays increased. Conclusion: There is a noteworthy variability between assays in patients with CKD such that the diagnosis of hypovitaminosis D is modified. The mechanism behind this result is still unclear and might be due to a possible interference in the analytical process. However, the clinical significance is unquestionable, as the supplementation of vitamin D can be erroneously prescribed to these patients.
Resumo Antecedentes: As diretrizes atuais recomendam a avaliação do estado da 25-hidroxivitamina D em pacientes com doença renal crônica (DRC). Embora significativas diferenças entre os ensaios tenham sido descritas, o impacto da nesta variabilidade DRC nunca foi testado. Métodos: Testamos a variabilidade entre dois ensaios de 25-hidroxivitamina D em pacientes com DRC (TFGe < 60 mL/min/1,73 m2) que realizaram medidas consecutivas de 25-hidroxivitamina D em 2015 (Ensaio 1 - Diasorin LIASON 25 TOTAL - D assay® ) e 2016 (Ensaio 2 - Beckman Coulter Unicel Xl 800®). A coorte consistiu de 791 pacientes adultos (122 com função renal normal e 669 com DRC - 33, 30 e 37% nos estágios 3, 4 e 5 em diálise, respectivamente). Resultados: Os níveis de 25-hidroxivitamina D foram menores e a prevalência de hipovitaminose D foi maior utilizando o ensaio 1 do que com o ensaio 2 em pacientes com DRC, independentemente dos níveis similares de cálcio, fosfato e paratormônio. Quando a função renal diminuiu, a porcentagem de discordância entre os ensaios aumentou. Conclusão: Existe uma notável variabilidade entre os ensaios em pacientes com DRC, de modo a modificar o diagnóstico de hipovitaminose D. O mecanismo por trás desse resultado ainda não está claro e pode ser devido a uma possível interferência no processo analítico. Entretanto, o significado clínico é inquestionável, pois a suplementação de vitamina D pode ser erroneamente prescrita a esses pacientes.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Vitamin D/analogs & derivatives , Vitamin D Deficiency/blood , Vitamin D Deficiency/epidemiology , Kidney Failure, Chronic/blood , Kidney Failure, Chronic/epidemiology , Parathyroid Hormone/blood , Phosphates/blood , Vitamin D/blood , Comorbidity , Calcium/blood , Prevalence , Retrospective Studies , Renal Dialysis , Glomerular Filtration RateABSTRACT
BACKGROUND: Renal osteodystrophy (ROD) may occur in patients presenting chronic kidney disease (CKD), leading to laboratory test alterations and changes in bone turnover with extra-skeletal calcifications. Treatment involves the medical management of secondary hyperparathyroidism, potential total parathyroidectomy, and surgical interventions concerning calcifications if causing facial deformities with esthetic and functional repercussions. In this context, the aim of the present study is to describe three cases of facial deformities caused by ROD treated through cosmetic-functional surgeries. CASE PRESENTATION: All patients underwent osteoplasty and soft tissue excision for several purposes, including speech difficulties, chewing difficulties, airway obstructions, malocclusion, and facial disharmony. Most patients were male (n = 2, 66.7%) with a mean age of 30.0 years old. Patients underwent a mean hemodialysis time of 9 years, and the maximum mean parathyroid hormone (PTH) level was of 2384.5 pg/ml. CONCLUSIONS: Long hemodialysis periods and elevated PTH levels were the probable factors for the development of facial deformities in this group of patients. The main complications associated to the surgical management of facial deformities in ROD patients are directly related to end-stage renal disease, with increased risks for hemorrhage and systemic drug accumulation.
Subject(s)
Chronic Kidney Disease-Mineral and Bone Disorder , Hyperparathyroidism, Secondary , Kidney Failure, Chronic , Adult , Esthetics, Dental , Humans , Male , Parathyroid Hormone , ParathyroidectomyABSTRACT
ABSTRACT Introduction: Mineral and bone metabolism disorders in chronic kidney disease (CKD-MBD) constitute a syndrome defined by changes in calcium, phosphorus (P), vitamin D and parathormone, fibroblast growth factor 23 (FGF-23) and its specific cofactor, Klotho. CKD-MBD, as well as smoking, are associated with an increased risk of cardiovascular disease. However, it is not known whether or not smoking impacts the cardiovascular risk in CKD- MBD. Objective: To analyze the relationship between smoking and CKD-MBD markers. Methods: We evaluated 92 patients divided into: 1) Control Group: non-smokers without CKD; 2) CKD group in stages III and IV under conservative treatment (20 non-smokers and 17 smokers); 3) CKD group on dialysis (21 non-smokers and 19 smokers). Clinical, demographic, and biochemical markers were compared between the groups. Results: FGF-23 and Klotho levels were not different between smokers and non-smokers. Patients in the CKD group on conservative treatment had higher serum P than non-smokers (p = 0.026) even after adjusted for renal function (p = 0.079), gender (p = 0.145) and age (p = 0.986). Conclusion: Smoking confers a higher cardiovascular risk to CKD patients under conservative treatment as it is associated with higher levels of P. Further studies are needed to confirm and better elucidate this finding.
RESUMO Introdução: Os distúrbios do metabolismo mineral e ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC) constituem uma síndrome definida por alterações do cálcio, do fósforo (P), da vitamina D e do paratormônio, do fator de crescimento de fibroblastos 23 (FGF-23) e de seu cofator específico, Klotho. Os DMO-DRC, assim como o tabagismo, estão associados a maior risco de doença cardiovascular. Porém, não se sabe se há influência do tabagismo no risco cardiovascular dos DMO-DRC. Objetivo: Analisar a relação entre o tabagismo e marcadores dos DMO-DRC. Métodos: Avaliamos 92 pacientes divididos em: 1) Grupo controle sem DRC não tabagistas; 2) Grupo DRC em tratamento conservador estágios III e IV (20 não tabagistas e 17 tabagistas); 3) Grupo DRC em diálise (21 não tabagistas e 19 tabagistas). Marcadores clínicos, demográficos e bioquímicos foram comparados entre os grupos. Resultados: Níveis de FGF-23 e Klotho não foram diferentes entre tabagistas e não tabagistas. Pacientes tabagistas do grupo com DRC em tratamento conservador exibiram maior P sérico do que não tabagistas (p = 0,026) mesmo após ajuste para função renal (p = 0,079), sexo (p = 0,145) e idade (p = 0,986). Conclusão: O tabagismo confere um maior risco cardiovascular adicional aos pacientes com DRC em tratamento conservador à medida que se associa com maiores níveis de P. Novos estudos são necessários para confirmar e melhor elucidar esse achado.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Phosphorus/blood , Bone Diseases, Metabolic/blood , Smoking/blood , Renal Insufficiency, Chronic/blood , Cardiovascular Diseases/etiology , Cross-Sectional Studies , Age Factors , Conservative TreatmentABSTRACT
Abstract Renal osteodystrophy (ROD), a group of metabolic bone diseases secondary to chronic kidney disease (CKD), still represents a great challenge to nephrologists. Its management is tailored by the type of bone lesion - of high or low turnover - that cannot be accurately predicted by serum biomarkers of bone remodeling available in daily clinical practice, mainly parathyroid hormone (PTH) and alkaline phosphatase (AP). In view of this limitation, bone biopsy followed by bone quantitative histomorphometry, the gold-standard method for the diagnosis of ROD, is still considered of paramount importance. Bone biopsy has also been recommended for evaluation of osteoporosis in the CKD setting to help physicians choose the best anti-osteoporotic drug. Importantly, bone biopsy is the sole diagnostic method capable of providing dynamic information on bone metabolism. Trabecular and cortical bones may be analyzed separately by evaluating their structural and dynamic parameters, thickness and porosity, respectively. Deposition of metals, such as aluminum and iron, on bone may also be detected. Despite of these unique characteristics, the interest on bone biopsy has declined over the last years and there are currently few centers around the world specialized on bone histomorphometry. In this review, we will discuss the bone biopsy technique, its indications, and the main information it can provide. The interest on bone biopsy should be renewed and nephrologists should be capacitated to perform it as part of their training during medical residency.
Resumo A osteodistrofia renal (OR), um grupo de doenças ósseas metabólicas secundárias à doença renal crônica (DRC), ainda representa um grande desafio para os nefrologistas. Seu manejo é individualizado de acordo com o tipo de lesão óssea - de alto ou baixo remodelamento - cujo diagnóstico não pode ser prevista com precisão pelos biomarcadores séricos de remodelação óssea disponíveis na prática clínica diária, principalmente o paratormônio (PTH) e a fosfatase alcalina (FA). Em vista dessa limitação, biópsia óssea seguida de histomorfometria óssea quantitativa, método padrão-ouro para o diagnóstico de OR, ainda é considerado um procedimento de grande importância. A biópsia óssea também é recomendada na avaliação da osteoporose em indivíduos com DRC, a fim de auxiliar na escolha do melhor medicamento anti-osteoporótico. É importante observar que a biópsia óssea é o único método diagnóstico capaz de proporcionar informações dinâmicas sobre o metabolismo ósseo. Os ossos trabecular e cortical podem ser analisados separadamente por meio da avaliação de seus parâmetros estruturais e dinâmicos, espessura e porosidade, respectivamente. A deposição óssea de metais como alumínio e ferro também pode ser detectada. Apesar de suas características singulares, o interesse pela biópsia óssea diminuiu nos últimos anos. Poucos centros em todo o mundo são especializados em histomorfometria óssea. A presente revisão discute a técnica de biópsia óssea, suas indicações e as principais informações que ela pode oferecer. O interesse pela biópsia óssea deve ser renovado e os nefrologistas devem ser capacitados a realizá-la durante o período de residência médica.