Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 563
Filter
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(4): e00036223, 2024. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557399

ABSTRACT

Resumo: Com o passar do tempo, o Brasil vem apresentando avanços na assistência obstétrica em hospitais públicos e privados; no entanto, ainda existem pontos frágeis que necessitam de atenção. O Ministério da Saúde, ciente dessa necessidade, financiou a segunda versão da pesquisa Nascer no Brasil. Os objetivos gerais são: avaliar a assistência pré-natal, ao parto e nascimento, ao puerpério e ao aborto, comparando com os resultados do Nascer no Brasil I, e analisar os principais determinantes da morbimortalidade perinatal; avaliar a estrutura e processos assistenciais dos serviços de obstetrícia e neonatologia das maternidades; analisar os conhecimentos, atitudes e práticas de profissionais de saúde que prestam assistência ao parto e ao aborto; e identificar as principais barreiras e facilitadores para essa assistência no país. Com escopo nacional e amostra probabilística em dois estágios (1-hospitais e 2-mulheres), dividida em 59 estratos, foram selecionados 465 hospitais com total planejado de, aproximadamente, 24.255 mulheres, 2.205 por motivo de aborto e 22.050 por motivo de parto. A coleta de dados, realizada por meio de seis instrumentos eletrônicos, ocorre durante a internação hospitalar para o parto ou aborto, com duas ondas de seguimento, aos dois e quatro meses. Com o intuito de expandir o número de casos de morbidade materna grave, mortalidade materna e perinatal, três estudos caso controle foram incorporados ao Nascer no Brasil II. O trabalho de campo foi iniciado em novembro de 2021 com término previsto para 2023. Os resultados permitirão comparar a atenção atual ao parto e ao nascimento com a retratada no primeiro inquérito e, com isso, avaliar os avanços alcançados no decorrer desses 10 anos.


Resumen: Aunque Brasil ha presentado avances en la atención obstétrica en hospitales públicos y privados, todavía hay puntos débiles que necesitan atención. El Ministerio de Salud, consciente de esta necesidad, financió la segunda versión de la encuesta Nacer en Brasil. Los objetivos generales son: evaluar la atención prenatal, el parto y el nacimiento, el puerperio y el aborto, comparando con los resultados del Nacer en Brasil I, y analizar los principales determinantes de la morbimortalidad perinatal; evaluar la estructura y los procesos de atención de los servicios de obstetricia y neonatología en las maternidades; analizar los conocimientos, prácticas y actitudes de los profesionales de la salud que brindan atención para el parto y el aborto; e identificar las principales barreras y facilitadores para esta atención en el país. Tiene un alcance nacional y muestra probabilística en dos etapas (1-hospitales y 2-mujeres), la cual se dividió en 59 estratos; y se seleccionaron 465 hospitales con un total planificado de aproximadamente 24.255 mujeres, de las cuales 2.205 tuvieron procedimientos por aborto y 22.050 por parto. Para la recolección de datos se aplicó seis instrumentos electrónicos, que se realizó durante la hospitalización por parto o aborto, con dos rondas de seguimiento, a los dos y cuatro meses. Con el fin de ampliar el número de casos de morbilidad materna grave, mortalidad materna y perinatal, se incorporaron tres estudios de casos y controles en Nacer en Brasil II. El trabajo de campo comenzó en noviembre de 2021 y finalizará en 2023. Los resultados nos permitirán evaluar la atención al parto y al nacimiento actual con lo que se retrató en la primera encuesta, de esta manera se podrá evaluar los avances alcanzados a lo largo de estos 10 años.


Abstract: Brazil has made advances in obstetric care in public and private hospitals; however, weaknesses in this system still require attention. The Brazilian Ministry of Health, aware of this need, funded the second version of the Birth in Brazil survey. This study aimed to evaluate: prenatal, labor and birth, postpartum, and abortion care, comparing the results with those of Birth in Brazil I; and analyze the main determinants of perinatal morbidity and mortality; evaluate the care structure and processes of obstetrics and neonatology services in maternity hospitals; analyze the knowledge, practices, and attitudes of health professionals who provide birth and abortion care; and identify the main barriers and facilitators related to care of this nature in Brazil. With a national scope and a 2-stage probability sample: 1-hospitals and 2-women, stratified into 59 strata, 465 hospitals were selected with a total planned sample of around 24,255 women - 2,205 for abortion reasons and 22,050 for labor reasons. Data collection was conducted using six electronic instruments during hospital admission for labor or abortion, with two follow-up waves, at two and four months. In order to expand the number of cases of severe maternal morbidity, maternal and perinatal mortality, three case control studies were incorporated into Birth in Brazil II. The fieldwork began in November 2021 and is scheduled to end in 2023. It will allow a comparison between current labor and birth care results and those obtained in the first study and will evaluate the advances achieved in 10 years.

2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(4): e00125423, 2024. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557408

ABSTRACT

Resumo: Este estudo analisa a insegurança alimentar e os fatores a ela associados na área urbana de um município na bacia hidrográfica do Rio Amazonas, Amazônia Ocidental. Trata-se de pesquisa transversal, de base populacional, realizada de agosto a novembro de 2021, com 983 domicílios selecionados por amostragem probabilística estratificada. Empregou-se o modelo de regressão logística multinomial, adotando-se os seguintes critérios: valor de p < 20% na análise bivariada e valor de p < 5% para o ajuste multivariado. Os resultados das análises foram descritos como odds ratios (OR) e intervalo de 95% de confiança (IC95%). Foram significantemente associadas à insegurança alimentar leve ou moderada as seguintes variáveis: insegurança hídrica domiciliar, número de moradores ≥ 5 no domicílio, pertencer à classe socioeconômica D ou E, ter pai, mãe ou outro, como chefe da família e ter algum morador beneficiário do Programa Bolsa Família. No modelo de análise para a insegurança alimentar grave constatou-se que viver em insegurança hídrica domiciliar, pertencer à classe socioeconômica D ou E, ter pai, mãe ou outro chefe da família, e tendo este menos que 55 anos, e renda familiar menor que dois salários mínimos aumentaram as chances de insegurança alimentar grave, comparativamente àqueles em segurança alimentar. Em conclusão, verificou-se alta prevalência de insegurança alimentar no Município de Itapiranga, Amazonas, Região Norte do Brasil, associada à situação de vulnerabilidade social e econômica, à falta de serviços públicos e à insegurança hídrica domiciliar.


Abstract: This study analyzed food insecurity and associated factors in the urban area of a municipality in the Amazon River basin, Western Amazon. This is a cross-sectional population-based study conducted from August to November 2021 with 983 households selected by stratified probability sampling. A multinomial logistic regression model was used, adopting the following criteria: p-value < 20% in the bivariate analysis and p-value < 5% for the multivariate adjustment. The results of the analyses were described as odds ratio (OR) and 95% confidence interval (95%CI). The following variables were significantly associated with mild or moderate food insecurity: household water insecurity; number of residents ≥ 5 in the household; belonging to socioeconomic class D or E; having a father, mother or another as the head of the family; and having any resident as a beneficiary of the Brazilian Income Transfer Program. The analysis model for severe food insecurity showed that living with household water insecurity; belonging to socioeconomic class D or E; having a father, mother or another as the head of the family; age of the head of the family < 55 years; and family income lower that two minimum wages increased the chances of severe food insecurity when compared to those with food security. In conclusion, this study found a high prevalence of food insecurity in the Municipality of Itapiranga, State of Amazonas, North Region of Brazil, associated with social and economic vulnerability, lack of public services, and household water insecurity.


Resumen: Este estudio analiza la inseguridad alimentaria y los factores asociados, en el área urbana de un municipio de la cuenca hidrográfica del río Amazonas, Amazonia occidental. Se trata de una encuesta transversal, de base poblacional, realizada en el período de agosto a noviembre del 2021, con 983 hogares seleccionados mediante muestreo probabilístico estratificado. Se utilizó el modelo de regresión logística multinomial, adoptando los siguientes criterios: valor de p < 20% en el análisis bivariado y valor de p < 5% para el ajuste multivariado. Los resultados de los análisis se describieron como odds ratios (OR) e intervalo de 95% de confianza (IC95%). Las siguientes variables se asociaron significativamente con la inseguridad alimentaria leve o moderada: inseguridad hídrica en el hogar, número de residentes ≥ 5 en el hogar, pertenecer a la clase socioeconómica "D" o "E", tener padre, madre u otra persona como cabeza de familia y tener a algún residente como beneficiario del Programa Bolsa Familia. En el modelo de análisis para la inseguridad alimentaria severa se encontró que vivir en hogar con inseguridad hídrica, pertenecer a la clase socioeconómica D o E, tener padre, madre u otra persona como cabeza de familia, edad del jefe de familia < 55 años, y un ingreso familiar más bajo que dos salarios mínimos aumentó las probabilidades de sufrir inseguridad alimentaria grave, en comparación con aquellos en situación de seguridad alimentaria. En conclusión, se constató una alta prevalencia de inseguridad alimentaria en el Municipio de Itapiranga, en el interior del Amazonas, Región Norte de Brasil, asociada a la situación de vulnerabilidad social y económica, a la falta de servicios públicos y a la inseguridad hídrica de los hogares.

3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(4): e16962022, 2024. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557470

ABSTRACT

Abstract The study of the association of social variables with the prevalence of impairments can provide subsidies for more adequate care and health policies for the most needy people by incorporating social aspects. This article aims to estimate the prevalence of diverse types of impairments, the degree of difficulty, limitations, and the need for help they cause and attest whether this prevalence differ by educational attainment in individuals aged 20 years or older. This is a populational cross-sectional study (2015 Health Survey of São Paulo-ISA Capital). Data from 3184 individuals were analyzed via educational attainment as exposure variable and outcome variables related to visual, hearing, intellectual, and mobility impairments. 19.9% of participants had visual, 7.8%, hearing, 2.7%, intellectual, and 7.4%, mobility impairments. Mobility and intellectual impairments limited participants' daily activities the most, 70.3% and 63.3%, respectively; who, thus, needed the most help: 48.9% and 48.5%, respectively. Lower schooling was associated with a higher prevalence of impairments, greater need for help due to visual and intellectual impairments, and greater limitations due to hearing and visual impairments.


Resumo O estudo da associação de variáveis ​​sociais com a prevalência de deficiências pode fornecer subsídios para uma atenção e políticas de saúde mais adequadas às pessoas mais carentes ao incorporar aspectos sociais. O objetivo deste artigo é estimar a prevalência de diversos tipos de deficiências, o grau de dificuldade, as limitações e a necessidade de ajuda e verificar se essa prevalência difere por escolaridade em indivíduos com 20 anos ou mais. Trata-se de um estudo transversal populacional (Inquérito de Saúde de São Paulo 2015 - ISA-Capital). Os dados de 3.184 indivíduos foram analisados ​​com a escolaridade como variável de exposição relacionada às deficiências visuais, auditivas, intelectuais e de mobilidade. Dezenove vírgula nove por cento dos participantes apresentavam deficiência visual, 7,8% auditiva, 2,7% intelectual e 7,4% de mobilidade. Mobilidade e deficiência intelectual foram as que mais limitaram as atividades diárias, 70,3% e 63,3%, respectivamente, sendo, portanto, as que mais necessitaram de ajuda: 48,9% e 48,5%, respectivamente. Menor nível de escolaridade mostrou associação com maior prevalência de deficiências, maior necessidade de ajuda por deficiência visual e intelectual e maiores limitações por deficiência auditiva e visual.

4.
Rev. saúde pública (Online) ; 58: 13, 2024. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS, BBO - Dentistry | ID: biblio-1560448

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the distribution and association of sociodemographic and occupational factors with self-reported work accidents (WA) in a representative sample of the Brazilian population, with emphasis on occupational class, and to examine gender differences in this distribution. METHODS A population-based cross-sectional study, using data from the 2019 National Health Survey (PNS), analyzed the responses of a sample of adults aged 18 or over. Factors associated with WA were investigated using binary logistic regression and hierarchical analysis using blocks (sociodemographic and occupational variables). The final model was adjusted by variables from all blocks, adopting a significance level of 5%. The values of odds ratios (OR) and respective confidence intervals were obtained. RESULTS Among the participants, 2.69% reported having suffered a WA, with a higher prevalence in men (3.37%; 95%CI 2.97-3.82%) than in women (1.86%; 95%CI 1.55-2.23%). The analysis identified that age group, night work, working hours, and exposure to occupational risks were associated with WA, with emphasis on gender differences. The class of manual workers, both qualified (ORwomen = 2.87; 95%CI 1.33-6.21 and ORmen = 2.46; 95%CI 1.37-4.40) and unskilled (ORwomen = 2.55; 95%CI 1.44-4.50 and ORmen = 3.70; 95%CI 1.95-7.03), had a higher chance of WA than the class of managers/professionals. CONCLUSION Occupational factors contributed significantly to the increase in the probability of WA for men and women, with greater magnitude among those positioned in the lower strata of the occupational structure. The results obtained are clues for working out WA prevention actions.


RESUMO OBJETIVO Analisar a distribuição e associação de fatores sociodemográficos e ocupacionais a acidentes de trabalho (AT) autorrelatados em uma amostra representativa da população brasileira, com ênfase na classe ocupacional, e examinar as diferenças de gênero nessa distribuição. MÉTODOS Estudo transversal de base populacional, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, analisou as respostas de uma amostra de adultos com 18 anos ou mais de idade. Fatores associados a AT foram investigados por regressão logística binária e análise hierarquizada por meio de blocos (variáveis sociodemográficas e ocupacionais). O modelo final foi ajustado pelas variáveis de todos os blocos, adotando-se o nível de significância de 5%. Obtiveram-se os valores das razões de chance (RC) e respectivos intervalos de confiança. RESULTADOS Entre os participantes, 2,69% relataram ter sofrido AT, sendo mais alta a prevalência em homens (3,37%; IC95% 2,97-3,82%), se comparados às mulheres (1,86%; IC95% 1,55-2,23%). A análise identificou que faixa etária, trabalho noturno, jornada de trabalho e exposição a riscos laborais foram associados a AT, com destaque para as diferenças de gênero. A classe de trabalhadores manuais, tanto qualificados (RCmulheres = 2,87; IC95% 1,33-6,21 e RChomens = 2,46; IC95% 1,37-4,40) quanto não qualificados (RCmulheres = 2,55; IC95% 1,44-4,50 e RChomens = 3,70; IC95% 1,95-7,03), apresentaram maior chance de AT em comparação à classe de gerentes/profissionais. CONCLUSÃO Fatores ocupacionais contribuíram significativamente para o aumento na probabilidade de AT para homens e mulheres, com maior magnitude entre aqueles posicionados nos estratos inferiores da estrutura ocupacional. Os resultados obtidos são pistas para a elaboração de ações de prevenção de AT.

5.
Texto & contexto enferm ; 33: e20230137, 2024. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS, BDENF - Nursing | ID: biblio-1560568

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: to analyze the prevalence and factors associated with depressive symptoms in pregnant women attended in primary healthcare. Method: this is an epidemiological, cross-sectional and analytical study conducted in Montes Claros, in the north of the state of Minas Gerais, Brazil. The dependent variable (depressive symptoms) and independent variables (sociodemographic characteristics, social support, obstetric characteristics, sexuality and health conditions) were collected through a questionnaire and validated scales. The collection took place between October 2018 and November 2019. Descriptive, bivariate and multiple analyzes were performed through multinomial logistics regression. Results: a sample of 1,279 pregnant women was evaluated. The estimated prevalence of moderate and serious depressive symptoms was 16.2% and 25.2%, respectively. Low social support (p<0.001), low sexual performance (p = 0.002) and a high level of perceived stress (p<0.001) were factors associated with moderate depressive symptoms. First gestational trimester (p = 0.006), low social support (p<0.001), low sexual performance (p<0.001) and a high level of perceived stress (p<0.001) were factors associated with serious depressive symptoms. Conclusion: the prevalence of moderate and serious depressive symptoms in pregnant women attended in primary healthcare was considerable. Factors related to social support, gestational quarter (first quarter), sexuality and perceived stress showed association with these symptoms. Caution and the promotion of mental health is necessary for pregnant women in this scenario.


RESUMEN Objetivo: analizar la prevalencia y factores asociados a síntomas depresivos en gestantes atendidas en Atención Primaria de Salud. Método: se trata de un estudio epidemiológico, transversal y analítico, realizado en Montes Claros, norte del estado de Minas Gerais - Brasil. La variable dependiente (síntomas depresivos) y las variables independientes (características sociodemográficas, apoyo social, características obstétricas, sexualidad y condiciones de salud) se recogieron mediante un cuestionario y escalas validadas. La recolección se realizó entre octubre de 2018 y noviembre de 2019. Se realizaron análisis descriptivos, bivariados y múltiples mediante Regresión Logística Multinomial. Resultados: se evaluó una muestra de 1279 gestantes. Las prevalencias estimadas de síntomas depresivos moderados y graves fueron del 16,2% y el 25,2%, respectivamente. El bajo apoyo social (p<0,001), el bajo rendimiento sexual (p=0,002) y el alto nivel de estrés percibido (p<0,001) fueron factores asociados con síntomas depresivos moderados. El primer trimestre del embarazo (p=0,006), el bajo apoyo social (p<0,001), el bajo rendimiento sexual (p<0,001) y el alto nivel de estrés percibido (p<0,001) fueron factores asociados con síntomas depresivos severos. Conclusión: la prevalencia de síntomas depresivos moderados y graves en gestantes atendidas en Atención Primaria de Salud fue considerable. Factores relacionados con el apoyo social, el trimestre gestacional (primer trimestre), la sexualidad y el estrés percibido se asociaron con estos síntomas. En este escenario, es necesaria una mayor atención a las mujeres embarazadas y la promoción de la salud mental.


RESUMO Objetivo: analisar a prevalência e os fatores associados aos sintomas depressivos em gestantes assistidas na Atenção Primária à Saúde. Método: trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e analítico, realizado em Montes Claros, norte do estado de Minas Gerais - Brasil. A variável dependente (sintomas depressivos) e as variáveis independentes (características sociodemográficas, apoio social, características obstétricas, sexualidade e condições de saúde) foram coletadas por meio de questionário e escalas validadas. A coleta ocorreu entre outubro de 2018 e novembro de 2019. Realizaram-se análises descritivas, bivariada e múltipla mediante Regressão Logística Multinomial. Resultados: avaliou-se amostra de 1279 gestantes. As prevalências estimadas de sintomas depressivos moderados e graves foram de 16,2% e 25,2%, respectivamente. Baixo apoio social (p<0,001), baixo desempenho sexual (p=0,002) e elevado nível de estresse percebido (p<0,001) foram fatores associados aos sintomas depressivos moderados. Primeiro trimestre gestacional (p=0,006), baixo apoio social (p<0,001), baixo desempenho sexual (p<0,001) e elevado nível de estresse percebido (p<0,001) foram fatores associados aos sintomas depressivos graves. Conclusão: as prevalências de sintomas depressivos moderados e graves em gestantes assistidas na Atenção Primária à Saúde foram consideráveis. Fatores relativos ao apoio social, ao trimestre gestacional (primeiro trimestre), à sexualidade e ao estresse percebido apresentaram associação a esses sintomas. Nesse cenário, fazem-se necessários o cuidado ampliado às gestantes e a promoção da saúde mental.

6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(2): e00155123, 2024. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534110

ABSTRACT

There are few studies focused on the epidemiology of hypertensive crisis at the population level in resource-constrained settings. This study aimed to determine the prevalence and trends over time of hypertensive crisis, as well as the factors associated with this condition among adults. A secondary data analysis was carried out using the Peruvian Demographic and Family Health Survey (ENDES). Hypertensive crisis was defined based on the presence of systolic (≥ 180mmHg) or diastolic (≥ 110mmHg) blood pressure, regardless of previous diagnosis or medication use. The factors associated with our outcome were evaluated using multinomial logistic regression, and the trend of hypertensive crisis was evaluated using the Cochrane-Armitage test. Data from 260,167 participants were analyzed, with a mean age of 44.2 (SD: 16.9) years and 55.5% were women. Hypertension prevalence was 23% (95%CI: 22.7-23.4) and, among them, 5.7% (95%CI: 5.4-5.9) had hypertensive crisis, with an overall prevalence of 1.5% (95%CI: 1.4-1.6). From 2014 to 2022, a significant decrease in the prevalence of hypertensive crisis was observed, from 1.7% in 2014 to 1.4% in 2022 (p = 0.001). In the multivariable model, males, increasing age, living in urban areas, high body mass index, and self-reported type 2 diabetes were positively associated with hypertensive crisis, whereas higher educational level, socioeconomic status, and high altitude were inversely associated. There is a need to improve strategies for the diagnosis, treatment, and control of hypertension, especially hypertensive crisis.


Pocos estudios se han centrado en la epidemiología de la crisis hipertensiva a nivel poblacional en entornos de recursos limitados. El objetivo de este estudio fue determinar la prevalencia y tendencia, a lo largo del tiempo, de la crisis hipertensiva y los factores asociados a esta condición en adultos. Se realizó un análisis de datos secundarios utilizando la Encuesta Demográfica de Salud Familiar (ENDES) de Perú. La crisis hipertensiva se definió en función de la presencia de presión arterial sistólica (≥ 180mmHg) o diastólica (≥ 110mmHg), independientemente del diagnóstico previo o del uso de medicamentos. Los factores asociados a los resultados se evaluaron mediante regresión logística multinomial, y la tendencia a la crisis hipertensiva se estimó mediante la prueba Cochran-Armitage. Los datos de 260.167 participantes, con una media de 44,2 años (DE: 16,9) y 55,5% mujeres, fueron analizados. La prevalencia de hipertensión fue del 23% (IC95%: 22,7-23,4), de la cual el 5,7% (IC95%: 5,4-5,9) tuvo crisis hipertensiva, con una prevalencia general del 1,5% (IC95%: 1,4-1,6). En el período 2014-2022 se constató una disminución significativa en la prevalencia de crisis hipertensiva, del 1,7% en 2014 al 1,4% en 2022 (p = 0,001). En el modelo multivariable, el sexo masculino, el aumento de la edad, vivir en áreas urbanas, el alto índice de masa corporal y la diabetes autoinformada se asociaron positivamente con la crisis hipertensiva, mientras que mayor nivel educativo, nivel socioeconómico y elevada altitud estuvieron asociadas de manera inversa. Es necesario mejorar las estrategias para el diagnóstico, el tratamiento y el control de la hipertensión, especialmente de la crisis hipertensiva.


Há poucos estudos focados na epidemiologia da crise hipertensiva em nível populacional em ambientes com recursos limitados. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e a tendência, ao longo do tempo, da crise hipertensiva e fatores associados a essa condição em adultos. Uma análise de dados secundários foi realizada usando a Pesquisa Demográfica de Saúde Familiar (ENDES) do Peru. Crise hipertensiva foi definida com base na presença de pressão arterial sistólica (≥ 180mmHg) ou diastólica (≥ 110mmHg), independentemente de diagnóstico prévio ou uso de medicação. Os fatores associados aos resultados foram avaliados por meio de regressão logística multinomial, e a tendência de crise hipertensiva foi avaliada pelo teste de Cochrane-Armitage. Os dados de 260.167 participantes, com média de 44,2 anos (DP: 16,9) e 55,5% mulheres, foram analisados. A prevalência de hipertensão foi de 23% (IC95%: 22,7-23,4), dentre eles, 5,7% (IC95%: 5,4-5,9) apresentaram crise hipertensiva, com prevalência geral de 1,5% (IC95%: 1,4-1,6). De 2014 a 2022, observou-se queda significativa na prevalência de crise hipertensiva, de 1,7% em 2014 para 1,4% em 2022 (p = 0,001). No modelo multivariável, sexo masculino, idade crescente, residir em área urbana, índice de massa corporal elevado e diabetes autorreferido associaram-se positivamente à crise hipertensiva, enquanto maior escolaridade, nível socioeconômico e altitude elevada associaram-se inversamente. Há necessidade de aprimorar as estratégias de diagnóstico, tratamento e controle da hipertensão arterial, especialmente da crise hipertensiva.

7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(3): e00095723, 2024. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534135

ABSTRACT

Resumo: O objetivo desta pesquisa foi investigar a relação da prática de atividade física nos quatro domínios (tempo livre, deslocamento, doméstico e trabalho) e a prevalência de sintomas depressivos em adultos brasileiros, de maneira geral e estratificando-se por sexo, escolaridade e ter ou não diagnóstico referido de depressão. Estudo transversal, com dados de 88.531 indivíduos de 18 anos ou mais, respondentes da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Os sintomas depressivos foram avaliados pelo Patient Health Questionnaire-9 (Questionário de Saúde do Paciente-9, PHQ-9). Foram considerados fisicamente ativos aqueles que referiram realizar atividade física pelo menos uma vez por semana no respectivo domínio. Adicionalmente, foi realizado o cálculo de tempo de prática semanal, sendo posteriormente divididos em quartis em cada domínio. Para as análises de associação, foram calculados o odds ratio bruto (ORbruto) e ajustado (ORajustado), no total e nas análises estratificadas. Os fisicamente ativos no tempo livre tiveram menor chance de apresentar sintomas depressivos, no total (ORajustado = 0,74; IC95%: 0,64-0,86) e em todas as estratificações, menos naqueles com depressão autorreferida. As associações na atividade física no tempo livre foram mais frequentes naqueles que praticavam entre 121 e 360 minutos semanais. Os indivíduos ativos nos domínios de deslocamento, doméstico e trabalho tiveram maior chance de apresentar sintomas depressivos em alguns grupos, com resultados mais consistentes para a atividade física doméstica. Os resultados evidenciaram que a relação da atividade física com a depressão em brasileiros varia conforme o domínio e a duração da atividade física, e que a ideia de que "todo movimento conta" parece adequada apenas para o domínio de tempo livre.


Resumen: Este estudio tuvo como objetivo investigar la práctica de actividad física en cuatro dominios (ocio, desplazamiento, actividad doméstica y trabajo) y la prevalencia de síntomas depresivos en adultos brasileños, en general y estratificada por sexo, escolaridad y diagnóstico de depresión autoinformado. Se trata de un estudio transversal con datos de 88.531 individuos de 18 años o más, que respondieron la Encuesta Nacional de Salud en el 2019. Los síntomas depresivos se evaluaron mediante el Cuestionario sobre la Salud del Paciente-9 (PHQ-9). Aquellos que realizan actividad física al menos una vez por semana en un dominio determinado se consideraron físicamente activos. Además, se calculó el tiempo de actividad física y luego se dividió en cuartiles para cada dominio. Para los análisis de asociación, se calcularon el odds ratio crudo (ORcrudo) y el odds ratio ajustado (ORajustado) para los análisis total y estratificado. Los individuos que son físicamente activos en durante el ocio presentaron menos probabilidades de tener síntomas depresivos, en el total (ORajustado = 0,74; IC95%: 0,64-0,86) y en todas las estratificaciones, excepto los individuos con depresión autoinformada. Las asociaciones de actividad física en el tiempo libre fueron más frecuentes en quienes practicaban de 121 a 360 minutos/semana. Los individuos que eran activos en los dominios desplazamiento, actividad doméstica y trabajo tuvieron más probabilidades de presentar síntomas depresivos en algunos grupos, con resultados más consistentes para las actividades domésticas. Los resultados mostraron que la relación entre actividad física y depresión entre los brasileños varía según el dominio y la duración, y el concepto de que "cada movimiento cuenta" parece ser correcto solo para el dominio del ocio.


Abstract: This study aimed to investigate the practice of physical activities in the four domains (leisure time, transportation, household, and work) and the prevalence of depressive symptoms in Brazilian adults, in general and stratified by sex, schooling level, and having or not a self-reported diagnosis of depression. This is a cross-sectional study with data from 88,531 individuals aged 18 years or older, who responded to the Brazilian National Health Survey in 2019. The depressive symptoms were evaluated by the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Those who practice physical activities at least once a week in a given domain were considered physically active. Additionally, the calculation of physical activities duration was conducted and later divided into quartiles for each domain. For the association analyses, the crude odds ratio (crudeOR) and adjusted odds ratio (adjustedOR) were calculated for the total and stratified analyses. Individuals who are physically active during leisure time showed a lower chance of presenting depressive symptoms, in total (adjustedOR = 0.74; 95%CI: 0.64-0.86) and in all stratifications, except for individuals with self-reported depression. The associations of leisure-time physical activity were most frequent in those who practice from 121 to 360 minutes/week. The individuals who were active in the transportation, household, and work domains had a higher chance of presenting depressive symptoms in some groups, with more consistent results for household physical activities. The results showed that the relationship between physical activities and depression among Brazilians varies according to domain and duration, and that the concept that "every move counts" seemed to be correct only for the leisure-time domain.

8.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1535594

ABSTRACT

Resumo Objetivo Avaliar o uso dos serviços de saúde por pessoas idosas residentes em áreas urbanas e rurais do Brasil. Método Estudo transversal que analisou dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, referentes aos moradores idosos (≥60 anos) selecionados nos domicílios, totalizando 22.728 entrevistas (3.300 em área rural e 19.426 em área urbana). Foram estimadas para as áreas rurais e urbanas as prevalências de cadastro na Estratégia Saúde da Família, intervalo de tempo da última consulta médica e odontológica, procura do serviço nas últimas duas semanas, última aferição da pressão arterial e da glicemia e avaliados os fatores associados à utilização dos serviços de saúde médicos e odontológicos nos últimos 12 meses. Resultados A autopercepção da saúde como 'muito boa' ou 'boa' foi maior na área urbana (47,32%), assim como a proporção de pessoas idosas que relataram consulta médica e odontológica nos últimos 12 meses (90,54%). Evidenciou-se menor frequência do acompanhamento da aferição de pressão arterial (81,30%) e da glicemia (45,83%) em áreas rurais. As pessoas idosas que possuem baixa escolaridade, residem em áreas rurais, na região Norte são as que possuem menor chance de utilização dos serviços. Conclusão A população idosa residente em área rural apresenta piores condições de saúde em relação à população residente em área urbana.


Abstract Objective To assess health services utilization by older adults in urban and rural areas of Brazil. Method A cross-sectional study was conducted analyzing data from the 2019 National Health Survey on older adults (≥60 years) selected from households based on 22,728 interviews (3,300 in rural and 19,426 in urban areas). For rural and urban areas, the prevalence of Family Health Strategy enrolment, time since last medical and dental visit, service use in past 2 weeks, and last blood pressure and blood glucose measurements were estimated. Also, the factors associated with medical and dental health services utilization in the past 12 months were explored. Results Self-rated health of "Very good" or "Good" was greater in urban areas (47.32%), as was the proportion of older adults reporting a medical or dental visit within the last 12 months (90.54%). Rates of blood pressure (81.30%) and glucose (45.83%) monitoring were lower in rural areas. Older individuals that had low education, resided in rural areas, and the North region, had a lower likelihood of using health services Conclusion The older population living in rural areas had poorer health status compared with the urban population.

9.
Rev. panam. salud pública ; 48: e19, 2024. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1551026

ABSTRACT

ABSTRACT Objective. To estimate the prevalence of trachoma in indigenous and non-indigenous populations in selected areas of the state of Maranhão, in northeastern Brazil. Methods. This was a population-based survey with probabilistic sampling. For the diagnosis of trachoma, external ocular examination was performed using head magnifying loupes, at 2.5X magnification. The prevalence of trachomatous inflammation - follicular (TF) in children aged 1-9 years and the prevalence of trachomatous trichiasis (TT) in the population aged ≥15 years were estimated. Relative frequencies of sociodemographic and environmental characteristics were obtained. Results. The study included 7 971 individuals, 3 429 from non-indigenous populations and 4 542 from indigenous populations. The prevalence of TF in non-indigenous and indigenous populations was 0.1% and 2.9%, respectively, and the prevalence of TT among indigenous populations was 0.1%. Conclusions. The prevalence of TF and TT in the two evaluation units in the state of Maranhão were within the limits recommended for the elimination of trachoma as a public health problem. However, the prevalence of TF was higher in the indigenous evaluation unit, indicating a greater vulnerability of this population to the disease. The prevalence of TF of below 5.0% implies a reduction in transmission, which may have resulted from improved socioeconomic conditions and/or the implementation of the World Health Organization SAFE strategy.


RESUMEN Objetivo. Estimar la prevalencia del tracoma en poblaciones indígenas y no indígenas en determinadas zonas del estado de Maranhão, en el nordeste de Brasil. Métodos. Se trató de una encuesta de ámbito poblacional con muestreo probabilístico. Para el diagnóstico del tracoma, se realizó un examen ocular externo con una lupa frontal de 2,5X aumentos. Se estimó la prevalencia de la inflamación tracomatosa folicular (TF) en la población infantil de 1 a 9 años y la prevalencia de la triquiasis tracomatosa (TT) en la población de 15 años o más. Se obtuvieron las frecuencias relativas de las características sociodemográficas y ambientales. Resultados. En el estudio participaron 7 971 personas, 3 429 de poblaciones no indígenas y 4 542 de poblaciones indígenas. La prevalencia de la TF en las poblaciones no indígenas e indígenas fue de 0,1% y 2,9%, respectivamente, en tanto que la de la TT en las poblaciones indígenas fue de 0,1%. Conclusiones. La prevalencia de la TF y la TT en las dos unidades de evaluación del estado de Maranhão estuvo dentro de los límites recomendados para la eliminación del tracoma como problema de salud pública. Sin embargo, la prevalencia de la TF fue mayor en la unidad de evaluación indígena, lo que indica una mayor vulnerabilidad de esta población a la enfermedad. La prevalencia de la TF inferior al 5,0% implica una reducción de la transmisión, que puede haber sido consecuencia tanto de la mejora de las condiciones socioeconómicas como de la aplicación de la estrategia SAFE de la Organización Mundial de la Salud.


RESUMO Objetivo. Estimar a prevalência do tracoma em populações indígenas e não indígenas em áreas selecionadas do estado do Maranhão, na região Nordeste do Brasil. Métodos. Inquérito de base populacional com amostragem probabilística. Para o diagnóstico de tracoma, foi realizado exame ocular externo com o auxílio de lupas binoculares com ampliação de 2,5×. Foram estimadas a prevalência de inflamação tracomatosa folicular (TF) em crianças de 1 a 9 anos de idade e a prevalência de triquíase tracomatosa (TT) na população com idade ≥15 anos. Foram obtidas as frequências relativas das características sociodemográficas e ambientais. Resultados. O estudo incluiu 7 971 indivíduos (3 429 de populações não indígenas e 4 542 de populações indígenas). A prevalência de TF nas populações não indígenas e indígenas foi de 0,1% e 2,9%, respectivamente, e a prevalência de TT entre as populações indígenas foi de 0,1%. Conclusões. A prevalência de TF e TT nas duas unidades de avaliação no estado do Maranhão ficou dentro dos limites recomendados para a eliminação do tracoma como problema de saúde pública. No entanto, a prevalência de TF foi maior na unidade de avaliação indígena, indicando uma maior vulnerabilidade dessa população à doença. A prevalência de TF abaixo de 5,0% implica uma redução na transmissão, que pode ter sido resultado de melhores condições socioeconômicas e da implementação da estratégia SAFE da Organização Mundial da Saúde.

10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(1): e20452022, 2024. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528322

ABSTRACT

Resumo Este estudo transversal objetivou estimar a prevalência e os fatores associados à violência contra as mulheres rurais e descrever os casos positivos segundo autoria, local e frequência, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019). Calcularam-se as prevalências brutas e ajustadas de violência contra as mulheres rurais de todo o Brasil nos últimos 12 meses, segundo perfil demográfico, apoio e saúde por meio da regressão de Poisson. A violência psicológica foi de 18%, a física, de 4,4% e a sexual, de 1,5%. Os principais autores eram pessoas conhecidas, a maior parte dos casos ocorreu na residência e as agressões eram recorrentes. As maiores prevalências: mulheres adultas jovens (24,2%), solteiras e divorciadas (20% cada), com ensino fundamental completo ao superior incompleto (22%),, percepções de saúde muito ruim (34%), ruim (30%) e aquelas com problema de saúde mental (30%). Após o ajuste, permaneceram no modelo as de 30-39 anos e de 40 a 49 anos, casadas, com estado de saúde muito ruim, ruim e regular e com problema de saúde mental. Aponta-se para a alta prevalência de violência contra as mulheres rurais.


Abstract The aim of this cross-sectional study was to estimate the prevalence of violence against women living in rural areas, explore associated factors, and characterize cases of violence according to perpetrator, place of occurrence, and frequency. Based on data from the 2019 National Health Survey, using Poisson's regression we calculated crude and adjusted prevalence ratios for violence committed during the last 12 months against women living in rural areas across Brazil, focusing on the following variables: sociodemographic characteristics, income, social support, and self-reported health status. The prevalence of psychological, physical, and sexual violence was 18%, 4.4%, and 1.5%, respectively. Perpetrators were mainly people known to the victim and violence was mainly committed at home and repeated over time. Prevalence was highest among young women (24.2%), single and divorced women (20% each), women who had complete elementary school till not complete higher education (22% each), women with very poor (34%) and poor (30%) self-perceived health status; and women with a mental health problem (30%). After adjustment, the following variables were retained in the model: women aged 30-39 years and 40-49 years; married women; women with very poor, poor, and fair perceived health; and women diagnosed with a mental health problem.

11.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(1): e18182022, 2024. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528329

ABSTRACT

Resumo O objetivo do estudo é conhecer as estratégias individuais mais utilizadas por adolescentes de escolas públicas e privadas da IX Região Administrativa do município do Rio de Janeiro para evitar a exposição à violência comunitária, bem como investigar o perfil de coocorrência e sua prevalência em subgrupos populacionais específicos. Trata-se de um estudo seccional com 693 indivíduos. As informações referentes às estratégias para evitar a exposição à violência comunitária foram coletadas por meio de questionário multidimensional autopreenchido em sala de aula. As estratégias mais utilizadas foram: evitar passar onde há pessoas armadas (55,5%), evitar andar sozinho (30,5%) e evitar voltar para casa de madrugada (24,7%). Observou-se que as meninas adotam mais todos (concomitantemente) os quatro tipos de comportamento limitantes para reduzir sua exposição à violência comunitária (53% vs. 32%). Ressalta-se que a adoção de tais estratégias diferiu segundo os indicadores socioeconômicos, sendo maior entre os adolescentes oriundos de família de estratos de renda mais baixos. Tais achados chamam a atenção para a alta frequência de utilização de tais estratégias por adolescentes, o que pode cercear e limitar o pleno desenvolvimento de suas habilidades sociais e culturais.


Abstract This study aims to identify the individual community strategies to avoid violence exposure most used by adolescents from public and private schools in the IX Administrative Region of Rio de Janeiro and investigate the profile of co-occurrence and its prevalence in specific population subgroups. This is a cross-sectional study with 693 individuals. A multidimensional questionnaire collected information regarding strategies to avoid community violence exposure and was self-completed in the classroom. The most used strategies were avoiding walking close to armed people (55.5%), avoiding walking alone (30.5%), and avoiding returning home at dawn (24.7%). Girls adopt more of all (concurrently) the four limiting behaviors to reduce their community violence exposure (53% vs. 32%). Notably, the adoption of such strategies differed by socioeconomic indicators and was higher among adolescents from lower-income households. These findings point to the high frequency of use of such strategies by adolescents, which may hinder and limit the full development of their social and cultural skills.

12.
Arq. bras. oftalmol ; 87(4): e2022, 2024. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1520234

ABSTRACT

ABSTRACT Purpose: To describe the implementation pro cess and the preliminary results of a surveillance system for healthcare-associated endophthalmitis. Methods: This is a case study of the implementation of a surveillance system for healthcare-associated endophthalmitis. The system for healthcare-associated endophthalmitis is a structured system that enables surveillance of cases of healthcare-associated endophthalmitis after intraocular procedures, developed and coordinated by the Division of Hospital Infection at the State Health Department, São Paulo, Brazil. The implementation process included a pilot phase, followed by a scaling-up phase. Data were reported monthly to the Division of Hospital Infection by participating healthcare facilities that performed intraocular procedures in the state of São Paulo, Brazil, from September 2017 to December 2019. Results: Among the 1,483 eligible healthcare facilities, 175 engaged in the study (participation rate of 11.8%), reporting 222,728 intraocular procedures performed, of which 164,207 were cataract surgery and 58,521 were intravitreal injections. The overall incidence rate of endophthalmitis was reported to be 0.05% (n=105; 80 cases after cataract surgery and 25 cases after intravitreal injections). The incidence rates for healthcare facilities ranged from 0.02% to 4.55%. Most cases were caused by gram-positive bacteria, mainly Staphylococcus spp. In 36 (46.2%) of the cases, there was no bacterial growth; no sample was collected in 28 (26.7%) cases. This system for healthcare-associated endophthalmitis enabled the identification of an outbreak of four cases of endophthalmitis after intravitreal injections. Conclusion: The system for healthcare-associated endophthalmitis proved to be operationally viable and efficient for monitoring cases of endophthalmitis at the state level.


RESUMO Objetivo: Descrever o processo de implementação e os resultados preliminares de um sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites associada à assistência à saúde. Métodos: Trata-se de um estudo de caso de implementação de um sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites. O sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites é um sistema estruturado que possibilita a vigilância de casos de endoftalmite associados à assistência à saúde após procedimentos oftalmológicos invasivos, desenvolvido e coordenado pela Divisão de Infecção Hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo, Brasil. O processo de implementação incluiu uma fase piloto, seguida pela fase de expansão. Os dados foram enviados mensalmente à Divisão de Infecção Hospitalar pelos estabelecimentos de saúde participantes que realizaram procedimentos oftalmológicos no estado de São Paulo, Brasil no período de setembro de 2017 a dezembro de 2019. Resultados: Entre os 1.483 estabelecimentos de saúde elegíveis, 175 participaram do estudo (taxa de adesão de 11,8%), relatando 222.728 procedimentos oftalmológicos realizados, sendo 164.207 cirurgias de catarata e 58.521 injeções intravítreas. A taxa de incidência global de endoftalmite relatada foi de 0,05% (n=105; 80 casos após cirurgia de catarata e 25 casos após injeção intravítrea). As taxas de incidência entre os estabelecimentos de saúde variaram de 0,02% a 4,55%. A maioria dos casos foi causada por bactérias gram-positivas, principalmente Staphylococcus spp. Em 36 (46,2%) casos não houve crescimento bacteriano; nenhuma amostra foi coletada em 28 (26,7%) casos. O sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites possibilitou a identificação de um surto de quatro casos de endoftalmite após injeção intravítrea. Conclusão: O sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites mostrou-se operacionalmente viável e eficiente para o monitoramento de casos de endoftalmite em nível estadual.

13.
Rev. latinoam. enferm. (Online) ; 31: e3795, Jan.-Dec. 2023. tab
Article in English | LILACS, BDENF - Nursing | ID: biblio-1424040

ABSTRACT

Abstract Objective: to analyze the factors related to sleep disorders reported by Nursing professionals during the COVID-19 pandemic. Method: this is a cross-sectional and analytical study conducted with Nursing professionals from all Brazilian regions. Sociodemographic data, working conditions and questions about sleep disorders were collected. The Poisson regression model with repeated measures was used to estimate the Relative Risk. Results: 572 answers were analyzed, which revealed that non-ideal sleep duration, poor sleep quality and dreams about the work environment were predominant during the pandemic, with 75.2%, 67.1% and 66.8% respectively; as well as complaints of difficulty sleeping, daytime sleepiness and non-restorative sleep during the pandemic were reported by 523 (91.4%), 440 (76.9%) and 419 (73.2%) of the Nursing professionals, respectively. The relative risk of having such sleep disorders during the pandemic was significant for all variables and categories studied. Conclusion: non-ideal sleep duration, poor sleep quality, dreams about the work environment, complaints regarding difficulty sleeping, daytime sleepiness and non-restorative sleep were the predominant sleep disorders among Nursing professionals during the pandemic. Such findings point to possible consequences on health, as well as on the quality of the work performed.


Resumo Objetivo: analisar os fatores relacionados às alterações no sono relatadas pelos profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19. Método: trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado com profissionais de enfermagem de todas as regiões do Brasil. Foram coletados dados de caracterização sociodemográfica, condições de trabalho e questões sobre alterações de sono. Para estimar o Risco Relativo foi utilizado o modelo de regressão de Poisson com medidas repetidas. Resultados: foram analisadas 572 respostas, as quais revelaram que a duração não ideal do sono, a má qualidade do sono e os sonhos com o ambiente de trabalho foram predominantes durante a pandemia, com 75,2%, 67,1% e 66,8% respectivamente, assim como as queixas de dificuldade ao dormir, sonolência diurna e sono não restaurador durante a pandemia foram relatadas por 523 (91,4%), 440 (76,9%) e 419 (73,2%) dos profissionais de enfermagem, respectivamente. O risco relativo de apresentar tais alterações de sono, durante a pandemia foi significativo para todas as variáveis e as categorias estudadas. Conclusão: duração não ideal do sono, má qualidade do sono, sonhos com o ambiente de trabalho, queixas de dificuldade ao dormir, sonolência diurna e sono não restaurador foram as alterações do sono predominantes entre os profissionais de enfermagem durante a pandemia. Estes achados apontam para possíveis consequências na saúde, bem como na qualidade do trabalho realizado.


Resumen Objetivo: analizar los factores relacionados con los trastornos del sueño que informaron los profesionales de enfermería durante la pandemia de COVID-19. Método: se trata de un estudio transversal y analítico realizado con profesionales de enfermería de todas las regiones de Brasil. Se recolectaron datos sobre caracterización sociodemográfica, condiciones de trabajo y preguntas sobre trastornos del sueño. Para estimar el Riesgo Relativo se utilizó el modelo de regresión de Poisson con medidas repetidas. Resultados: se analizaron 572 respuestas, que revelaron que durante la pandemia predominaron la duración del sueño no ideal, la mala calidad del sueño y los sueños sobre el ambiente laboral, con 75,2%, 67,1% y 66,8% respectivamente, además 523 (91,4%), 440 (76,9%) y 419 (73,2%) profesionales de enfermería manifestaron quejas de dificultad para conciliar el sueño, somnolencia diurna y sueño no reparador durante la pandemia, respectivamente. El riesgo relativo de padecer trastornos del sueño durante la pandemia fue significativo para todas las variables y categorías estudiadas. Conclusión: la duración del sueño no ideal, la mala calidad del sueño, los sueños sobre el ambiente laboral, las quejas de dificultad para conciliar el sueño, la somnolencia diurna y el sueño no reparador fueron los trastornos del sueño predominantes en los profesionales de enfermería durante la pandemia. Estos hallazgos indican posibles consecuencias para la salud, así como para la calidad del trabajo realizado.


Subject(s)
Humans , Sleep Wake Disorders/etiology , Sleep Wake Disorders/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires , COVID-19/epidemiology , Nurse Practitioners
14.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(11): 3137-3148, nov. 2023. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1520645

ABSTRACT

Resumo O estudo objetivou investigar a associação entre o ambiente construído e percepção positiva de saúde em idosos das capitais brasileiras. Estudo transversal de base populacional com dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e do Observatório das Metrópoles. O desfecho foi percepção positiva de saúde. O ambiente construído foi investigado por meio do Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU). As análises foram realizadas por regressão logística multinível (IC95%). Entre os 4.643 idosos investigados, 51,5% reportaram percepção positiva de saúde (IC95%: 50,0-52,9). Idosos residentes em capitais com maiores tercis do IBEU apresentaram maiores chances de percepção positiva de saúde (OR: 1,42; IC95%: 1,08-1,86 (T2); OR: 1,78; IC95%: 1,35-2,33 (T3)). Quanto às dimensões do IBEU, associaram-se ao desfecho: a infraestrutura urbana (OR: 1,56 IC95%: 1,13-2,16), condições ambientais urbanas (OR: 1,49; IC95%: 1,10-2,04), condições habitacionais urbanas (OR: 1,45; IC95%: 1,05-1,99) e serviços coletivos urbanos (OR: 1,72; IC95%: 1,30-2,27). Evidenciou-se associação positiva entre melhores condições do ambiente construído e percepção de saúde, independente de características individuais. Promover mudanças no ambiente construído pode ser eficaz na melhora dos níveis de saúde, favorecendo o envelhecimento saudável.


Abstract The present study aims to investigate the association between the built environment and positive self-rated health among older adults from Brazilian capitals. It is a cross-sectional population-based study, which collected data from the National Health Survey 2013 and the Observatório das Metrópoles. The outcome was a positive self-rated health. The built environment was investigated by the Urban Wellbeing Index (IBEU, in Portuguese). Analyses were performed by multilevel logistic regression (95%CI). Among the 4,643 elderly individuals evaluated in this study, 51.5% reported a positive self-rated health (95%CI: 50.0-52.9). Elderly people living in capitals with higher IBEU terciles were more likely to have a positive self-rated health (OR: 1.42; 95%CI: 1.08-1.86 (T2); OR: 1.78; 95%CI: 1.35-2.33 (T3)). As for the dimensions of the IBEU, the following were associated with the outcome: urban infrastructure (OR: 1.56; 95%CI: 1.13-2.16), urban environmental conditions (OR: 1.49; 95%CI: 1.10-2.04), urban housing conditions (OR: 1.45; 95%CI: 1.05-1.99), and urban collective services (OR: 1.72; 95%CI: 1.30-2.27). A positive association was found between better conditions of the built environment and one's perception of health, regardless of individual characteristics. Promoting changes in the built environment can be effective in improving health levels, thus favoring healthy aging.

15.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(9): 2625-2636, Sept. 2023. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1505965

ABSTRACT

Resumo O objetivo do estudo foi estimar a prevalência do uso de vitaminas e/ou minerais na população brasileira urbana com idade maior ou igual a 20 anos e identificar os fatores associados ao uso. Foram analisados os dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM), estudo transversal de base populacional, com amostra probabilística, realizada nas áreas urbanas das cinco regiões geográficas do país entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014. A prevalência do uso estimada foi de 4,8% (IC95% 4,3-5,3), maior no sexo feminino, 6,4% (IC95% 5,7-7,1), e na população idosa, 11,6% (IC95% 10,5-12,8). O uso de vitaminas e/ou minerais mostrou-se associado aos fatores: sexo feminino, 60 anos ou mais, classe econômica A/B, apresentar doença(s) crônica(s) e autopercepção de saúde regular e muito ruim/ruim. Os multivitamínicos e multiminerais obtiveram maior frequência de uso, 24,5% (IC95% 20,1-29,4), seguido de cálcio e vitamina D, 23,4% (IC95% 19,7-27,5). Os dados sugerem que mulheres idosas devam ser o público referencial para ações de promoção do uso racional. Recomenda-se que os inquéritos epidemiológicos de abrangência nacional possam ampliar a observação desses produtos para possibilitar a análise de tendências.


Abstract The purpose of the present study was to estimate the prevalence of vitamin and/or mineral use among urban Brazilian populations aged 20 years and over and to identify associated factors. Data from the National Survey on Access, Use and Promotion of the Rational Use of Medicines in Brazil (PNAUM) were analyzed and a population-based cross-sectional study with probability sampling was performed in urban areas of Brazil's five geographic regions from September 2013 to February 2014. The estimated prevalence of vitamin and/or mineral use was 4.8% (95%CI: 4.3-5.3), higher in women 6.4% (95%CI: 5.7-7.1) and in the elderly population 11.6% (95%CI: 10.5-12.8). Vitamin and/or mineral use was associated with the following factors: women, 60 years of age or older, economic class A/B, chronic disease(s) and self-perceived health held as average and very poor/poor. Multivitamins and multiminerals were the most used ones with 24.5% (95%CI 20.1-29.4), followed by calcium and vitamin D with 23.4% (95%CI 19.7-27.5). Data suggest that elderly women should be the reference public for actions aimed at promoting rational use. Nationwide epidemiological surveys should increase monitoring of these products to support the analysis of trends.

16.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(7): 1927-1936, jul. 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447838

ABSTRACT

Abstract The aim of this study was to analyze the association between adherence to school meals and the co-occurrence of the regular consumption of healthy and unhealthy eating markers among Brazilian adolescents. Data from 67,881 adolescents in Brazilian public schools who participated in the 2015 National School Health Survey, were used. From the 7-day FFQ, the dependent variable was constructed, co-occurrence of regular consumption (≥ 5x/week) of healthy and unhealthy food markers, which was categorized as regular consumption of none, one or two, or three eating markers. We performed an ordinal logistic regression with adjustment for sociodemographic, eating habits outside of school, and school characteristics variables. The prevalence of the co-occurrence of the regular consumption of three healthy eating markers was 14.5%, and that of three unhealthy markers was 4.9%. High adherence to school meals (every day) was positively associated with regular consumption of healthy eating markers and inversely associated with regular consumption of unhealthy eating markers. The school meals provided by PNAE contribute to the promotion of healthy eating habits among Brazilian adolescents.


Resumo Este estudo tem como objetivo analisar a associação entre a adesão à alimentação escolar e a coocorrência do consumo regular de marcadores de alimentação saudável e não saudável entre adolescentes brasileiros. Foram avaliados 67.881 adolescentes de escolas públicas brasileiras participantes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015. A partir do QFA de sete dias, construiu-se a variável dependente, coocorrência do consumo regular (≥ 5x/semana) de marcadores de alimentação saudável e não saudável, que foi categorizada em consumo regular de nenhum; um ou dois; ou três marcadores de alimentação. Realizou-se regressão logística ordinal com ajuste para variáveis sociodemográficas, hábitos alimentares fora da escola e características da escola. A prevalência da coocorrência do consumo regular de três marcadores de alimentação saudável foi de 14,5%, e de três marcadores de alimentação não saudável foi de 4,9%. A alta adesão à alimentação escolar (todos os dias) foi positivamente associada ao consumo regular de marcadores de alimentação saudável e inversamente associada ao consumo regular de marcadores de alimentação não saudável. A alimentação escolar fornecida pelo PNAE contribui para a promoção de hábitos alimentares saudáveis entre os adolescentes brasileiros.

17.
Saude e pesqui. (Impr.) ; 16(2): 11524, abr./jun. 2023.
Article in English, Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1510570

ABSTRACT

Estimar a prevalência de diabetes mellitus e os fatores associados em adultos. Trata-se de um inquérito realizado com 1.637 indivíduos nas zonas urbana e rural do município de Rio Branco, Acre. Diabetes foi definido pela presença de glicemia no plasma em jejum ≥ 126 mg/dl ou utilização de hipoglicemiante oral ou insulina. Medidas de associação foram estimadas por regressão logística hierarquizada. A prevalência de diabetes foi de 6,5% (n = 202). Após análise, a chance de ser diabético esteve independente e positivamente associada a idade ≥ 60 anos (OR: 6,67; IC95%: 1,83-24,30); história familiar de diabetes mellitus (OR: 2,88; IC95%: 1,43-5,81); circunferência da cintura aumentada (OR: 1,83; IC95%:1,01-3,33); dislipidemia (OR: 2,95; IC95%: 1,34-6,49); anemia (OR: 3,15; IC95%: 1,30-7,60); e doença renal crônica (DRC) (OR: 4,00; IC95%: 1,70-9,33). Foi detectada uma prevalência de 6,5%, estando o diabetes associado com idade, história familiar, anemia e DRC. Indica-se a necessidade do adequado rastreio de comorbidades nesses pacientes.


To estimate the prevalence of diabetes mellitus and associated factors in adults.Survey carried out with 1,637 individuals in urban and rural areas of the municipality of Rio Branco, state of Acre. Diabetes was defined by the presence of fasting plasma glucose ≥ 126 mg/dl or the use of oral hypoglycemic agents or insulin. Association measures were estimated by hierarchical logistic regression.The prevalence of diabetes was 6.5% (n = 202). After analysis, the chance of being diabetic was independently and positively associated with age ≥ 60 years (OR: 6.67; 95%CI: 1.83-24.30); family history of diabetes mellitus (OR: 2.88; 95%CI: 1.43-5.81); increased waist circumference (OR: 1.83; 95%CI: 1.01-3.33); dyslipidemia (OR: 2.95; 95%CI: 1.34-6.49); anemia (OR: 3.15; 95%CI: 1.30-7.60); and chronic kidney disease (CKD) (OR: 4.00; 95%CI: 1.70-9.33). A prevalence of 6.5% was detected, with diabetes associated with age, family history, anemia, and CKD. The need for adequate screening of comorbidities in these patients is indicated.

18.
Preprint in Portuguese | SciELO Preprints | ID: pps-6199

ABSTRACT

To estimate the prevalence and sociodemographic factors, of health-related behaviors, chronic diseases, body mass index and self-rated health associated with stroke in older adults in Brazil, as well as to verify the frequency of practices used in care. Population-based cross-sectional study with data from the 2019 National Health Survey (≥60 years; n=22,728). Adjusted odds ratio were estimated using logistic regression. The prevalence of stroke was 5.6% (95%CI:5.1-6.1), higher in men, in those aged ≥70 years, in black and brown people, with less education, without health insurance and in former smokers. Higher also in those who reported hypertension, diabetes, high cholesterol, depression and heart disease, particularly acute myocardial infarction (19.0%; 95%CI:15.8-22.7). Dieting was reported by 47.2%, physiotherapy by 17.0%; 26.1% used aspirin regularly, 60.8% were monitored by a health professional and 53.7% reported limitations in their usual activities. The findings identify the subgroups most affected by stroke and highlight that less than 20% of the older adults with stroke reported undergoing physical therapy, highlighting the need to expand multidisciplinary care in the health care network for this subgroup.


Estimar a prevalência e os fatores sociodemográficos, de comportamentos relacionados à saúde, doenças crônicas, índice de massa corporal e autoavaliação da saúde associados ao acidente vascular cerebral (AVC) em idosos no Brasil, bem como, verificar a frequência das práticas usadas no cuidado. Estudo transversal de base populacional com dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (≥60 anos; n=22.728). Razões de chance ajustadas foram estimadas por meio de regressão logística. A prevalência de AVC foi de 5,6% (IC95%:5,1-6,1), maior nos homens, naqueles com idade ≥70 anos, nos pretos e pardos, com menor escolaridade, sem plano de saúde e nos ex-fumantes. Maiores também nos que referiram hipertensão, diabetes, colesterol alto, depressão e cardiopatia, particularmente infarto agudo do miocárdio (19,0%; IC95%:15,8-22,7). A realização de dieta foi referida por 47,2%, fisioterapia por 17,0%; 26,1% usavam aspirina regularmente, 60,8% faziam acompanhamento com profissional de saúde e 53,7% referiram limitação para as atividades habituais. Os achados identificam os subgrupos mais afetados pelo AVC e destacam que menos de 20% dos idosos com AVC relataram fazer fisioterapia, evidenciando a necessidade de ampliar o cuidado multiprofissional na rede de atenção à saúde para este subgrupo.

19.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(6): 1601-1606, jun. 2023. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1439831

ABSTRACT

Abstract The National Abortion Survey 2021 (PNA 2021) utilized face-to-face structured interviews and a self-administered questionnaire placed in a sealed box to collect data on abortions in Brazil. Interviews were held with a nationally representative sample of 2,000 women, randomly selected from among literate women ages 18 to 39 residing in urban areas. We compared some of the results with previous waves of the survey, PNA 2010 and PNA 2016. Findings show that abortion is in decline but remains a major public health issue. Around 10% of the women interviewed in 2021 said they had had at least one abortion in their lives (compared to 15% in 2010). We estimate that nearly one in every seven women (15%) have had an abortion by the age of 40. We identified a decline in the proportion of women who needed to be hospitalized to finalize their abortions (55% in 2010; 43% in 2021; p = 0.003) and in the proportion of women who used medication for the abortion (48% in 2010; 39% in 2021; p = 0.028). Abortion is an event that generally happens early on in women's reproductive lives: the PNA 2021 found that 52% of women were 19 years old or younger when they had their first abortion. Higher rates were detected among respondents with lower educational levels, Black and Indigenous women, and women residing in poorer regions.


Resumo A Pesquisa Nacional de Aborto 2021 (PNA 2021) empregou questionários estruturados face a face e um questionário autoadministrado depositado em uma urna para coletar informações sobre aborto no Brasil. As entrevistas foram realizadas em uma amostra representativa de 2.000 mulheres selecionadas aleatoriamente com idades entre 18 e 39 anos e residentes em áreas urbanas. Comparamos alguns dos resultados com ondas anteriores da pesquisa, PNA 2010 e PNA 2016. O aborto está em declínio, porém segue como importante questão de saúde pública. Cerca de 10% das mulheres em 2021 disseram ter feito ao menos um aborto na vida (15% em 2010). Estimamos que aproximadamente uma em cada sete mulheres (15%) teve um aborto aos 40 anos. Houve declínio na proporção de mulheres que foram hospitalizadas para finalizar o aborto (55% em 2010; 43% em 2021; p = 0,003) e na proporção de mulheres que usaram medicamentos para o aborto (48% em 2010; 39% em 2021; p = 0,028). O aborto é um evento que ocorre no início na vida reprodutiva das mulheres: a PNA 2021 constatou que 52% tinham 19 anos ou menos quando fizeram o primeiro aborto. Taxas mais altas foram detectadas entre as entrevistadas com menor escolaridade, negras e indígenas e residentes em regiões mais pobres.

20.
Preprint in Portuguese | SciELO Preprints | ID: pps-5416

ABSTRACT

Objective: to estimate the reference intervals (RIs) of complete blood count parameters in the Brazilian adult population. Methods: Cross-sectional study, with data from the National Health Survey (PNS), between 2014-2015. The final sample consisted of 2,803 adults. The final sample consisted of 2,803 adults. To establish the RI, exclusion criteria were applied, outliers were removed and partitions were made by sex, age and race/skin color. The non-parametric method was adopted. Differences were assessed using the Mann Withney and Kruskal Wallis tests (p≤0.05). Results: There were statistically significant differences for the following hematological parameters based on sex, red blood cells, hemoglobin, hematocrit, MCH, MCHC, eosinophils and absolute monocytes, neutrophils and platelets (p≤0.05). When analyzed by age, the RIs were statistically different in females for hematocrit, MCV, white blood cells and RDW and in males for red blood cells, white blood cells, eosinophils, mean platelet volume, MCV, RDW and MCH(p≤0.05). For race/color there were differences in the RIs for parameters of hemoglobin, MCH, MCHC, white blood cells and mean platelet volume, neutrophils and absolute eosinophils (p ≤ 0.05). Conclusion: The differences found in the RIs of some in blood count parameters in Brazilian adults reaffirm the importance of having their own laboratory reference standards. The results can support a more accurate interpretation of tests, adequate identification and disease prevention in Brazil.


Objetivo: estimar os intervalos de referência (IR) de parâmetros de hemograma completo na população adulta brasileira. Métodos: Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), entre 2014-2015. A amostra final constitui-se de 2.803 adultos. Para estabelecer os IR, aplicou-se critérios de exclusão, removeram-se outliers e feito particionamentos por sexo, idade e raça/cor da pele. Adotou-se o método não paramétrico.  As diferenças foram avaliadas pelos testes Mann Withney e Kruskal Wallis (p≤0,05). Resultados: houve diferenças estatisticamente significativas nos IR segundo sexo para glóbulos vermelhos, hemoglobina, hematócrito, HCM, CHCM, eosinófilos, monócitos, neutrófilos absolutos e plaquetas (p≤0,05). Quando analisados por idade,  houve diferenças nos IR de mulheres para hematócrito, VCM, glóbulos brancos e RDW e nos homens de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, eosinófilos, volume plaquetário médios, VCM, RDW e HCM (p≤0,05). Para raça/cor houve diferenças nos IR de hemoglobina, HCM, CHMC, glóbulos brancos e volume plaquetário médio, neutrófilos e eosinófilos absolutos (p ≤ 0,05). Conclusão: As diferenças encontradas nos IR de alguns em parâmetros de hemograma em adultos brasileiros  reafirmam a importância de se ter padrões de referência laborarias próprios. Os resultados podem subsidiar a interpretação mais precisa dos exames, identificação adequada e a prevenção de doenças no Brasil.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL
...