ABSTRACT
Abstract The anatomical structure of the temporal bone is quite complex. There are a great number of anatomical variations that are often confused with temporal bone pathologies, especially fractures. It is important that radiologists and surgeons be able to recognize such variations.
Resumo O osso temporal é uma estrutura anatômica óssea bastante complexa. Apresenta grande número de variações anatômicas, que muitas vezes são confundidas com lesões ou doenças, principalmente fraturas. O reconhecimento dessas variações é importante para radiologistas e cirurgiões.
ABSTRACT
Abstract The mastoid emissary vein connects the posterior auricular vein to the sigmoid sinus and varies in size, number, location, and course, resulting in clinical complications. This study was conducted in response to the vast clinical implications associated with this vein. The aim of this review is to highlight and describe the prevalence, varied morphology, and morphometry of the mastoid emissary vein, how these varied parameters cause clinical complications, and how these can be rectified and avoided. A literature survey was conducted using various databases and different terms related to mastoid emissary vein were used to search the literature. Pitfalls related to surgery in the vicinity of this vein and their remedies were elucidated. The literature search revealed that the prevalence, morphology, and morphometry of mastoid emissary veins vary immensely and are responsible for morbidity and mortality. Pre-operative identification of mastoid veins is thus essential and so multidetector computed tomography of the temporal bone should be scheduled before planning surgery.
Resumo A veia emissária mastóidea que conecta a veia auricular posterior ao seio sigmoide pode variar em tamanho, número, localização e curso, resultando em complicações clínicas. O objetivo desta revisão é destacar e descrever a prevalência, variação morfológica e morfometria da veia emissária mastóidea, além de como esses parâmetros causam complicações clínicas e como corrigi-las e reduzi-las. Foram conduzidas buscas em diversas bases de dados utilizando diferentes termos relacionados à veia emissária mastóidea. As armadilhas relacionadas a procedimentos cirúrgicos realizados nas proximidades dessa veia e as respectivas soluções foram descritas. A pesquisa na literatura revelou que a prevalência, a morfologia e a morfometria da veia emissária mastóidea variam imensamente, sendo responsáveis por alta morbidade e mortalidade. Portanto, a identificação da veia mastóidea deve ser realizada no pré-operatório através de tomografia computadorizada multidetectores do osso temporal, antes do planejamento cirúrgico.
ABSTRACT
Abstract Introduction: Fibrous dysplasia is a benign disorder, in which normal bone is replaced by fibrosis and immature bone trabeculae, showing a similar distribution between the genders, and being more prevalent in the earlier decades of life. Fibrous dysplasia of the temporal bone is a rare condition, and there is no consensus as to whether it is more common in monostotic or polyostotic forms. External auditory meatus stenosis and conductive dysacusis are the most common manifestations, with cholesteatoma being a common complication, whereas the involvement of the otic capsule is an unusual one. Surgical treatment is indicated to control pain or dysacusis, otorrhea, cholesteatoma, and deformity. Objectives: To describe the clinical experience of a tertiary referral hospital with cases of fibrous dysplasia of the temporal bone. Methods: Sampling of patients diagnosed with fibrous dysplasia of the temporal bone, confirmed by tomography, treated at the pediatric otology and otorhinolaryngology outpatient clinics, between 2015 and 2018. The assessed variables were age, gender, laterality, external auditory meatus stenosis, deformity, hearing loss, presence of secondary cholesteatoma of the external auditory meatus, lesion extension and management. Results: Five patients were included, four females and one male, with age ranging from 13 to 34 years. Three had the polyostotic form and two the monostotic form of fibrous dysplasia of the temporal bone. Four patients had local deformity and external auditory meatus stenosis, two of which progressed to cholesteatoma. All patients showed some degree of hearing impairment. All had preserved otic capsule at the tomography. Two patients are currently undergoing clinical observation; two were submitted to tympanomastoidectomy due to secondary cholesteatoma; one was submitted to lesion resection, aiming to control the dysacusis progression. Conclusion: Five cases of fibrous dysplasia of the temporal bone were described, a rare disorder of which the otologist should be aware.
Resumo Introdução: Displasia fibrosa é uma desordem benigna, na qual o osso é substituído por fibrose e trabeculado ósseo imaturo, com distribuição semelhante entre sexos, mais comum nas primeiras décadas de vida. O acometimento do osso temporal pela displasia fibrosa é raro, não há consenso se é mais comum nas formas monostóticas ou poliostóticas. Estenose do meato acústico externo e disacusia condutiva são as manifestações mais comuns. Colesteatoma é também uma complicação comum e o acometimento da cápsula ótica incomum. O tratamento cirúrgico está indicado para controle de dor ou disacusia, otorreia, colesteatoma, deformidade. Objetivos: Descrever a experiência clínica de hospital terciário de referência com casos de displasia fibrosa do osso temporal. Método: Amostragem dos pacientes com diagnóstico de displasia fibrosa do osso temporal, confirmado pela tomografia, atendidos nos ambulatórios de otologia e otorrinolaringologia pediátrica, entre 2015 e 2018. As variáveis avaliadas foram idade, gênero, lateralidade, estenose do meato acústico externo, deformidade, perda auditiva, presença de colesteatoma secundário de meato acústico externo, extensão da lesão e conduta adotada. Resultados: Foram incluídos cinco pacientes, quatro do sexo feminino e um masculino, de 13-34 anos. Três apresentaram a forma poliostótica da displasia fibrosa do osso temporal e dois a forma monostótica. Quatro apresentaram deformidade local e estenose do meato acústico externo, dois desses evoluíram com colesteatoma. Todos manifestaram algum grau de comprometimento auditivo. Todos apresentaram cápsula ótica preservada na tomografia. Duas pacientes estão em observação clínica; duas foram submetidas a timpanomastoidectomia devido a colesteatoma secundário; um foi submetido a ressecção da lesão para controle de progressão da disacusia. Conclusão: Foram descritos cinco casos de displasia fibrosa do osso temporal, desordem rara para a qual o otologista deve estar atento.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Adult , Young Adult , Cholesteatoma/complications , Cholesteatoma/pathology , Fibrous Dysplasia of Bone/surgery , Fibrous Dysplasia of Bone/diagnosis , Fibrous Dysplasia of Bone/pathology , Temporal Bone/pathology , Temporal Bone/diagnostic imaging , Constriction, Pathologic/etiology , Hearing DisordersABSTRACT
Abstract Introduction Middle ear adenomatous neuroendocrine tumors are extremely rare neoplasms with epithelial and neuroendocrine differentiation, accounting for fewer than 2% of all middle and inner ear tumors. Universal standard surgical procedures for different stages of these tumors remain elusive due to the limitation of the small number of case reports or investigations. Objective(s) This study intends to investigate proper surgical strategies for patients with middle ear adenomatous neuroendocrine tumors. Methods Six patients with middle ear adenomatous neuroendocrine tumors who were treated at the Second Affiliated Hospital of Nanchang University (Nanchang, China) and the Eye, Ear, Nose, and Throat Hospital of Fudan University (Shanghai, China) respectively. Clinical characteristics and management strategies of patients were reviewed. The mean follow-up time was 63.7 months (range, 13-153 months). All the information was collected from medical records and prognosis postoperatively. Results Three patients underwent canal wall-up tympanomastoidectomy, including one patient with recurrence who underwent a previous tympanotomy; the other three patients underwent lateral temporal bone resection All of these patients were followed up with no evidence of recurrence or metastasis. Patients underwent canal wall-up surgery treatment accompanied with hearing function preservation measurements during follow-up periods. Conclusions Complete surgical resection provided good results for patients with middle ear adenomatous neuroendocrine tumors. The ossicular chain should be removed. Because of the propensity for local recurrence and invasiveness, as well as regional or distant metastasis of these tumors, it is necessary to schedule long-term follow-up and an observation plan postoperatively.
Resumo Introdução Os tumores neuroendócrinos adenomatosos da orelha média são neoplasias extremamente raras, com diferenciação epitelial e neuroendócrina, responsáveis por menos de 2% de todos os tumores de orelha média e interna. Os procedimentos cirúrgicos padrão universais para diferentes estágios desses tumores permanecem indefinidos, devido à limitação do pequeno número de relatos de casos ou investigações. Objetivo Este estudo foi feito com o objetivo de investigar estratégias cirúrgicas adequadas para pacientes com tumores neuroendócrinos adenomatosos da orelha média. Método Seis pacientes com tumores neuroendócrinos adenomatosos da orelha média foram tratados no Second Affiliated Hospital da Nanchang University (Nanchang, China) e no Eye, Ear, Nose, and Throat Hospital da Fudan University (Xanghai, China), respectivamente. As características clínicas e estratégias de tratamento dos pacientes foram revisadas. O tempo médio de seguimento foi de 63,7 meses (variação de 13 a 153 meses). Todas as informações foram coletadas dos prontuários e prognóstico no pós-operatório. Resultados Três pacientes foram submetidos à timpanomastoidectomia do tipo canal wall-up, inclusive um paciente com recorrência submetido a uma timpanotomia anterior; os outros três pacientes foram submetidos à ressecção lateral do osso temporal. Todos os pacientes foram acompanhados, sem evidência de recorrência ou metástase. Os pacientes foram submetidos ao tratamento cirúrgico com a técnica de canal wall-up acompanhado de medidas de preservação da função auditiva durante os períodos de seguimento. Conclusões A ressecção cirúrgica completa proporcionou bons resultados para pacientes com tumores neuroendócrinos adenomatosos da orelha média. A cadeia ossicular deve ser removida. Devido a propensão à recorrência e invasão local, bem como metástases regionais ou distantes desses tumores, é necessário um seguimento de longo prazo e um plano de seguimento no pós-operatório.
ABSTRACT
Aim: To evaluate the presence and characteristics of pneumatizations in the roof of the mandibular fossa and articular eminence by panoramic radiography and cone beam computed tomography (CBCT).Methods: This study analyzed CBCT images of the temporomandibular joint of 705 patients, In 60 exams, it was possible to compare tomographic with panoramic images. For cases where pneumatization was present, laterality and pattern of manifestation were considered. A chi-square test was used to compare the differences between CBCT and panoramic radiography in the diagnosis of pneumatization. Results: Descriptive analysis revealed a sample profile that was predominantly female (75.9%), with a mean age of 42.6 years (± 17.4). The presence of pneumatizations in the roof of the mandibular fossa and articular eminence in CBCT images was identified in 330 (46.8%) and 154 (21.8%) exams, respectively, and the most frequent pneumatization pattern was the multilocular type in both locations. Bilateral pneumatization was more prevalent in the roof of the mandibular fossa. Considering the analysis of 60 pairs of exams, in panoramic radiography, pneumatizations in the roof of the mandibular fossa and articular eminence were identified in 22 (36.7%) and 12 (20.0%) examinations, respectively. Regarding CBCT images, pneumatizations in the roof of the mandibular fossa was observed in 24 (40.0%) exams, while articular eminence was found in 14 (23.3%) images. There were no statistically significant differences between the proportion of pneumatization identified by panoramic radiography and CBCT (p > 0.05). Conclusion: This study suggests that panoramic radiography may be an imaging method used to evaluate pneumatization in the temporomandibular joint region.
Objetivos: Avaliar a presença e as características da pneumatização no teto da fossa mandibular e eminência articular por meio de radiografias panorâmicas (RP) e tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC). Métodos: Foram analisadas imagens tomográficas da ATM de 705 pacientes, sendo que 60 desses pacientes também possuíam RP. Para todos os casos foram avaliadas a presença, a lateralidade e o padrão de manifestação da pneumatização. O teste qui-quadrado foi empregado para comparar os resultados obtidos a partir das RP e das TCFC no que tange o diagnóstico das pneumatizações. Resultados: A análise descritiva revelou uma amostra predominantemente feminina (75,9%) com uma média de idade de 42,6 anos (± 17,4). A pneumatização no teto da fossa mandibular e eminência articular foi evidenciada em 330 (46,8%) e 154 (21,8%) imagens de TCFC, respectivamente, e o padrão de pneumatização mais frequente foi o multilocular em ambas as regiões. A pneumatização bilateral foi mais prevalente no teto da fossa mandibular. Considerando a análise dos 60 pares de exames, nas radiografias panorâmicas as pneumatizações no teto da fossa mandibular e eminência articular foram identificadas em 22 (36,7%) e 12 (20,0%) exames, respectivamente. Em relação às imagens tomográficas, a presença desse achado no teto da fossa foi observada em 24 (40,0%) exames e na eminência articular em 14 (23,3%). Não houve diferença com significância estatística entre a proporção de pneumatização identificada em RP e TCFC (p > 0,05). Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que a radiografia panorâmica pode ser um método de diagnóstico por imagem empregado para avaliação de pneumatizações na região da ATM.
Subject(s)
Temporal Bone , Temporomandibular Joint , Radiography, Panoramic , Cone-Beam Computed TomographyABSTRACT
A fístula liquórica para o osso temporal constitui um evento raro que decorre da comunicação anormal entre o espaço subaracnóideo e as células da mastoide, permitindo que o líquido cefalorraquidiano flua para as porções pneumatizadas do osso temporal. Tem como consequência a hipotensão intracraniana espontânea, caracterizada por perda de líquor e pela manifestação clínica de cefaleia ortostática. Acredita-se que a hipotensão intracraniana espontânea crie condições hemodinâmicas favoráveis à ocorrência de trombose venosa cerebral, uma desordem potencialmente fatal e de difícil diagnóstico, visto a inespecificidade de sinais clínicos e sintomas. Dessa forma, é pertinente atentar para a possibilidade de trombose venosa cerebral em pacientes com fístulas liquóricas, especialmente quando houver mudança do padrão da cefaleia, que passa de ortostática a intensa e contínua.
Temporal bone cerebrospinal fluid fistula is a rare event that results from abnormal communication between the subarachnoid space and the mastoid cells, allowing the cerebrospinal fluid to flow into the pneumatized portions of the temporal bone. It leads to spontaneous intracranial hypotension, characterized by loss of cerebrospinal fluid and orthostatic headache as a clinical manifestation. Spontaneous intracranial hypotension is believed to create favorable hemodynamic conditions to the occurrence of cerebral venous thrombosis, a potentially fatal disorder of difficult diagnosis given the nonspecific clinical signs and symptoms. Therefore, it is pertinent to consider the possibility of cerebral venous thrombosis in patients with cerebrospinal fluid fistulas, especially when there is a modification in the headache pattern from orthostatic to intense and continuous pain.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Cerebral Veins/physiopathology , Venous Thrombosis/physiopathology , Intracranial Hypotension/diagnosis , Fistula/diagnosis , Headache/complicationsABSTRACT
The authors describe a very rare case of an angiosarcoma originating from the petrous portion of the temporal bone that evolved as an indolent lesion until it became a giant retroauricular mass. A biopsy demonstrated that it was an angiosarcoma. A presurgical embolization from the left occipital and left parietal branches of the left middle meningeal artery was performed, followed by a total resection of the tumor. The patient developed a transient dysphasia during early follow-up, from which, subsequently, she fully recovered. There were no signs of recurrence in the current 3 years of follow-up. Free margins can be achieved even in some giant tumors and remain the most important prognostic factor for soft tissue malignant tumors with intracranial infiltration.
Os autores descrevem um raro caso de angiossarcoma proveniente da porção petrosa do osso temporal, que evoluiu como uma tumoração indolente até tornar-se uma volumosa lesao retroauricular. Foi realizada uma biópsia incisional, cujo diagnóstico foi de angiossarcoma. Foi realizada embolização pré-operatória da lesao pela artéria occipital esquerda e pelo ramo parietal da artéria cerebral média esquerda, seguida de ressecção do tumor. No pós-operatório imediato, a paciente evoluiu com disfasia transitória, recuperando-se completamente durante o seguimento. Nao houve sinais de recidiva nos três anos de seguimento pós-operatório. A ressecção com margens livres de tumores de grande volume segue sendo o fator prognóstico mais importante para tumores malignos de partes moles com infiltração intracraniana.
ABSTRACT
Resumo As fistulas arteriovenosas podem ser congênitas ou traumáticas, sendo as primeiras mais comuns e diagnosticadas na infância e as últimas mais raras e com diagnóstico mais tardio. Ambas necessitam de tratamento intervencionista, que pode ser endovascular ou correção cirúrgica, sendo que cada caso deve ser estudado individualmente. Este artigo apresenta o caso de um paciente de 46 anos, com fístula arteriovenosa na artéria temporal superficial esquerda com suas veias correspondentes decorrente de trauma contuso na região temporal na infância. O diagnóstico foi confirmado por exame de imagem, e o paciente foi submetido a tratamento cirúrgico convencional, apresentando melhora dos sintomas. O caso chama atenção para uma afecção rara, sua investigação diagnóstica e condutas terapêuticas. As fistulas arteriovenosas traumáticas apresentam baixa incidência, ocorrem em variadas localizações e podem causar sintomas, requerendo tratamento, às vezes desafiador, com melhora da qualidade de vida do paciente.
Abstract Arteriovenous fistulas can be congenital or traumatic, the former being more common and diagnosed in childhood, and the latter being rarer and diagnosed later in life. Both require interventional treatment, which may be endovascular, or surgical repair and each case must be studied individually. This article presents the case of a 46-year-old patient with an arteriovenous fistula (AVF) between the left temporal artery and its corresponding veins resulting from a blunt trauma to the parietal region during childhood. The diagnosis was confirmed by imaging examination and he underwent conventional surgical treatment with improvement of symptoms. The case calls attention to a rare condition, its diagnostic investigation, and therapeutic approaches. The incidence of traumatic arteriovenous fistulas is low. They can occur in a variety of ways and can cause symptoms, requiring treatment, which is sometimes challenging, resulting in improvement in the patient's quality of life.
Subject(s)
Humans , Male , Middle Aged , Temporal Arteries/injuries , Arteriovenous Fistula/surgery , Wounds and Injuries , Arteriovenous Fistula/diagnostic imaging , Brain Contusion , Computed Tomography AngiographyABSTRACT
Abstract Introduction Temporal bone paragangliomas (TBPs) are benign tumors arising from neural crest cells located along the jugular bulbus and the tympanic plexus. In general surgical excision, radiotherapy and wait-and-scan protocols are the main management modalities for TBPs. Objective In this paper we aim to present our clinical experience with TBPs and to review literature data. Methods The patients who were operated for tympanomastoid paraganglioma (TMP) or tympanojugular paraganglioma (TJP) in our clinic in the last 15 years were enrolled in the study. A detailed patient's charts review was performed retrospectively. Results There were 18 (52.9%) cases with TMPs and 16 (47.1%) cases with TJPs, a total of 34 patients operated for TBPs in this time period. The mean age was 50.3 ± 11.7 (range 25-71 years). The most common presenting symptoms were tinnitus and hearing loss for both TMPs and TJPs. Gross total tumor resection was achieved in 17 (94.4%) and 10 (62.5%) cases for TMPs and TJPs, respectively. Five patients (31.2%) with TJP experienced facial palsy following the operation. For all the patients the mean follow-up period was 25.8 months (range 4-108 months). Conclusion In conclusion, based on our findings and literature review, total surgical excision alone or with preoperative embolization is the main treatment modality for TBPs. However radiotherapy, observation protocol and subtotal resection must be considered in cases of preoperative functioning cranial nerves, large tumors and advanced age.
Resumo Introdução Paragangliomas do osso temporal (POT) são tumores benignos derivados de células da crista neural localizados ao longo do bulbo jugular e do plexo timpânico. Em geral, a excisão cirúrgica, a radioterapia e os protocolos de acompanhamento com estudos por imagem são as principais modalidades de conduta para o POT. Objetivo Apresentar nossa experiência clínica com POT e revisar os dados da literatura. Método Os pacientes que foram submetidos a cirurgia para paraganglioma timpanomastoideo (PTM) ou paraganglioma timpanojugular (PTJ) em nossa clínica nos últimos 15 anos foram incluídos no estudo. Realizou-se retrospectivamente uma revisão detalhada dos prontuários dos pacientes. Resultados Houve 18 (52,9%) casos com PTM e 16 (47,1%) com PTJ, portanto, um total de 34 pacientes operados para POT nesse período. A idade média foi de 50,3 ± 11,7 (intervalo de 25-71 anos). Os sinais e sintomas de apresentação mais comuns foram o zumbido e perda auditiva, tanto para PTM quanto para PTJ. A ressecção tumoral completa foi obtida em 17 (94,4%) e 10 (62,5%) casos para PTM e PTJ, respectivamente. Cinco pacientes (31,2%) com PTJ apresentaram paralisia facial decorrente da cirurgia. Para todos os pacientes o tempo médio de seguimento foi de 25,8 meses (intervalo 4-108). Conclusão Com base nos nossos dados e na revisão da literatura, a excisão cirúrgica total isolada ou com embolização pré-operatória é a principal modalidade de tratamento para POT. No entanto, a radioterapia, o protocolo de observação e a ressecção subtotal devem ser considerados no caso de nervos cranianos funcionais no pré-operatório, grandes tumores e idade avançada.
ABSTRACT
Objective: To study the prevalence of foramen of Huschke (FH) or foramen tympanicum (FT) in a Brazilian population by means of cone beam computed tomography (CBCT). Material & Methods: 303 tomographic examinations were selected from an oral radiology clinic's archive, totalising 606 temporomandibular joints (TMJs), all acquired with an I-CAT CBCT scanner (Next Generation, Imaging Science International, Hatfield, PA, USA) operating at voxel size of 0.25 mm and field of view (FoV) between 6.0 to 8.0-cm height to encompass the mid-third of the face. The images were analysed by using XORAN software (Xoran Technologies, Ann Arbor, Michigan, USA) on a multiplanar reconstruction window, in which the entire tympanic region (right and left) was individually scanned in the supero-inferior orientation for presence of FH through axial sections. Results: Considering the total sample, we observed a prevalence of 14 foramens (2.27%), with FT being more prevalent in females than in males (respectively, 1.46 % and 0.81%); as for age, we found a higher prevalence of FT in males aged between 0 and 20 years old (0.33%) and in females older than 70 years old (0.66%); and as for the affected side, that is, presence of unilateral or bilateral FT, we found that 0.65% of the examinations had unilateral FT, whereas 1.62% had bilateral FT. Conclusion: FT had a prevalence of 2.27% in our sample, with females being more affected than males and highly prevalent (0.66%) in women older than 70 years old. (AU)
Objetivo: Estudo da prevalência do Forame de Huschke (FH) ou Timpânico (FT) em uma população brasileira, por meio de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Material e Métodos: Foram selecionados 303 exames (606 articulações temporomandibulares ATM) de TCFC, do arquivo de uma clinica de Radiologia Odontológica, em uma instituição pública, adquiridos em tomógrafo da marca I-CAT Next Generation (Imaging Science International, Hatfield, PA, EUA), com FOV (Campo de Visão) englobando o terço médio da face (entre 6,0 a 8,0 cm de altura) e voxel de 0,25 mm. As imagens foram analisadas na janela de reconstrução multiplanar (MPR) no software XORAN (Xoran Technologies, Ann Arbor, Michigan, EUA), sendo realizada uma varredura de toda a região timpânica (direita e esquerda) individualmente, no sentido supero-inferior dos cortes axiais, para verificar a presença FH. Resultados: Considerandose o total da amostra, foi observada uma prevalência de 14 forames (2,27%), tendo maior prevalência do FT no gênero feminino sobre o masculino (1,46% e 0,81% da amostra, respectivamente); quanto à idade, podemos indicar que maior prevalência da ocorrência do FT foi em homens de 0 a 20 anos (0,33%) e acima dos 70 anos para mulheres (0,66%) e quanto ao lado afetado pela presença do FT unilateral direito ou esquerdo ou bilateral, encontramos que 0,65% dos exames da amostra apresentavam-se unilaterais, enquanto 1,62% no total, bilaterais. Conclusão: O FT apresentou uma prevalência de 2,27% na amostra, sendo o gênero feminino o mais acometido, com alta prevalência (0,66%) neste, acima dos 70 anos. (AU)
Subject(s)
Anatomic Variation , Bone and Bones , Cone-Beam Computed Tomography , Temporal Bone , Tomography, X-Ray ComputedABSTRACT
INTRODUCTION: Temporal bone paragangliomas (TBPs) are benign tumors arising from neural crest cells located along the jugular bulbus and the tympanic plexus. In general surgical excision, radiotherapy and wait-and-scan protocols are the main management modalities for TBPs. OBJECTIVE: In this paper we aim to present our clinical experience with TBPs and to review literature data. METHODS: The patients who were operated for tympanomastoid paraganglioma (TMP) or tympanojugular paraganglioma (TJP) in our clinic in the last 15 years were enrolled in the study. A detailed patient's charts review was performed retrospectively. RESULTS: There were 18 (52.9%) cases with TMPs and 16 (47.1%) cases with TJPs, a total of 34 patients operated for TBPs in this time period. The mean age was 50.3± 11.7 (range 25-71 years). The most common presenting symptoms were tinnitus and hearing loss for both TMPs and TJPs. Gross total tumor resection was achieved in 17 (94.4%) and 10 (62.5%) cases for TMPs and TJPs, respectively. Five patients (31.2%) with TJP experienced facial palsy following the operation. For all the patients the mean follow-up period was 25.8 months (range 4-108 months). CONCLUSION: In conclusion, based on our findings and literature review, total surgical excision alone or with preoperative embolization is the main treatment modality for TBPs. However radiotherapy, observation protocol and subtotal resection must be considered in cases of preoperative functioning cranial nerves, large tumors and advanced age.
ABSTRACT
ABSTRACT INTRODUCTION: Malignant tumors of the temporal bone are rare, with an estimated incidence of about 0.8-1.0 per 1,000,000 inhabitants per year. The vast majority of these tumors are squamous cell carcinomas and their treatment is eminently surgical. OBJECTIVE: This study is an attempt at systematizing the forms of clinical presentation, the therapeutic possibilities, and oncological outcomes of patients with malignant tumors of the temporal bone in a tertiary hospital in Portugal. METHODS: The authors present a retrospective study of temporal bone tumors treated and followed during otorhinolaryngology consultations between 2004 and 2014. A review of the literature is also included. RESULTS: Of the 18 patients included in the study, 16 had a primary tumor of the temporal bone, in most cases with squamous cell carcinoma histology. Of these, 13 patients were treated with curative intent that always included the surgical approach. Disease persistence was observed in one patient and local recurrence in five patients, on average 36.8 months after the initial treatment. CONCLUSIONS: The anatomical complexity of the temporal bone and the close associations with vital structures make it difficult to perform tumor resection with margins of safety and thus, tumor relapses are almost always local. A high level of suspicion is crucial for early diagnosis, and stringent and prolonged follow-up after treatment is essential for diagnosis and timely treatment of recurrances.
Resumo Introdução: Os tumores malignos do osso temporal são raros, com uma incidência estimada de cerca de 0,8-1 por milhão de habitantes por ano. A grande maioria são carcinomas espinocelulares e o seu tratamento é eminentemente cirúrgico. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo tentar sistematizar as formas de apresentação clínica, as possibilidades terapêuticas e os resultados oncológicos de doentes com tumores malignos do osso temporal num hospital terciário em Portugal. Método: Os autores apresentam um estudo retrospectivo de tumores do osso temporal tratados e acompanhados em consultas de otorrinolaringologia entre 2004 e 2014. É também apresentada uma revisão da literatura. Resultados: Dos 18 doentes incluídos no estudo, 16 apresentavam um tumor primário do osso temporal, na maioria dos casos com histologia de carcinoma espinocelular. Destes, 13 doentes foram submetidos a tratamento com intuito curativo que incluiu sempre uma abordagem cirúrgica. Verificou-se persistência da doença em 1 doente e recidiva local em 5 doentes, em média 36,8 meses após o tratamento inicial. Conclusões: A complexidade anatómica do osso temporal e as estreitas relações com estruturas de importância vital tornam difícil a exérese tumoral com margens de segurança, pelo que as recidivas tumorais são quase sempre locais. Um nível de suspeição elevado é fundamental para um diagnóstico precoce e o seguimento rigoroso e prolongado após o tratamento é essencial para o diagnóstico e tratamento oportuno das recidivas.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Skull Neoplasms/diagnosis , Temporal Bone , Skull Neoplasms/surgery , Retrospective Studies , Follow-Up Studies , Longitudinal Studies , Disease-Free Survival , Neoplasm StagingABSTRACT
Introducción: Esta revisión hace énfasis en la luxación incudomaleolar. Aunque poco frecuente, es una patología con gran relevancia clínica debido a la afectación de la audición a corto y mediano plazo en los pacientes, afectando así su calidad de vida, por lo que es necesario un diagnóstico oportuno para un tratamiento temprano y eficaz. Objetivo: describir los hallazgos imagenológicos e identificar los diferentes mecanismos etiológicos de la luxación incudomaleolar. Metodología: Se realizó una revisión bibliográfica en PubMed de los artículos publicados hasta febrero de 2015 con las palabras claves: Ear ossicles; Temporal bone; Bone; Fractures; Dislocation; Conductive hearing loss. Se encontraron 352 artículos de los cuales se seleccionaron aquellos donde se menciona la luxación incudomaleolar. Resultados: Se revisaron los abstracts de los 352 artículos, encontrando 20 donde mencionaban la definición, la epidemiología, la clínica y el diagnóstico imagenológico de la luxación incudomaleolar, los cuales fueron utilizados para la elaboración de esta revisión. Conclusiones: La principal causa de daño en la cadena de huesecillos es la fractura del hueso temporal y dentro de las patologías que puede generar está la luxación incudomaleolar, por lo que es de interés el diagnóstico temprano a todos los pacientes con sospecha clínica para llegar a prevenir complicaciones. La revisión de la literatura permite concluir que la técnica más eficaz para la identificación de la luxación Incudomaleolar es la tomografía computarizada, la cual requiere una adecuada identificación en los diferentes cortes multiplanares, o en las reconstrucciones 3D para poder diagnosticarla.
Introduction: This research emphasizes in the incudomallear dislocation. Although it is rare, it is a disease with great clinical relevance due to the short and long term involvement of patients hearing so that it affects their quality of life, so it is very important a timely diagnosis for an early and effective treatment. Objective: To describe the imaging findings and identify the different etiologic mechanisms of incudomallear dislocation. Methodology: A literature review was carried out in PubMed about articles published until February 2015 with the keywords: "Ear ossicles"; "Temporal bone"; "Bone," "Fractures"; "Dislocation"; "Conductive hearing loss" finding 352 articles and selecting those that mentioned the incudomallear dislocation. Results: The abstracts of 352 articles were examined and 20 of them mentioned the definition, epidemiology, clinical and imaging diagnosis of incudomallear dislocation, and they were used to prepare this research. Conclusions: The main cause of damage to the ossicles is the temporal bone fracture, and among the diseases that this can produce, there is the incudomallear dislocation, therefore it is of great interest a timely diagnosis to all patients with clinical suspicion to prevent complications. The literature review allows us to conclude that the most effective technique to identify the incudomallear dislocation is computed tomography, which requires proper identification in different multiplanar cuts, or 3D reconstructions to diagnose it.
Introdução: Esta revisão enfatiza o deslocamento incudomallear. Embora seja raro, é uma doença de grande relevância clínica por causa do envolvimento da audição em pacientes a curto e a longo prazo, afetando sua qualidade de vida, por isso é muito importante o diagnóstico e assim poder realizar o tratamento precoce e eficaz. Objetivos: Descrever o diagnostico da imagem e identificar os diferentes mecanismos etiológicos da luxação incudomallear. Metodologia: A revisão da literatura foi realizada no PubMed para artigos publicados até fevereiro de 2015, com as palavras-chave: "ossículos do ouvido"; "Osso temporal"; "Osso", "fraturas"; "Deslocamento"; "A perda auditiva condutiva" foram encontrados 352 artigos e selecionados aqueles que mencionam o deslocamento incudomallear. Resultados: Foram revisados os resumos de 352 artigos e se encontrou que 20 artigos mencionavam a definição, epidemiologia, diagnóstico clínico e de imagem de incudomallear deslocamento, que foram utilizados para a preparação desta revisão. Conclusões: A principal causa de danos aos ossículos é a fratura do osso temporal e o deslocamento incudomallear é uma das patologias que poderia ocorrer, por esta causa é muito importante obter o diagnostico oportunamente e fazer o respectivo tratamento evitando então, graves complicações. A revisão da literatura permite-nos concluir que da técnica mais eficaz para a identificação de deslocamento incudomallear é a tomografia computadorizada, o que exige uma identificação adequada nos diferentes cortes multiplanares, ou reconstruções 3D para diagnosticar.
Subject(s)
Humans , Fractures, Bone , Temporal Bone , Bone and Bones , Ear Ossicles , Hearing Loss, ConductiveABSTRACT
INTRODUCTION: Malignant tumors of the temporal bone are rare, with an estimated incidence of about 0.8-1.0 per 1,000,000 inhabitants per year. The vast majority of these tumors are squamous cell carcinomas and their treatment is eminently surgical. OBJECTIVE: This study is an attempt at systematizing the forms of clinical presentation, the therapeutic possibilities, and oncological outcomes of patients with malignant tumors of the temporal bone in a tertiary hospital in Portugal. METHODS: The authors present a retrospective study of temporal bone tumors treated and followed during otorhinolaryngology consultations between 2004 and 2014. A review of the literature is also included. RESULTS: Of the 18 patients included in the study, 16 had a primary tumor of the temporal bone, in most cases with squamous cell carcinoma histology. Of these, 13 patients were treated with curative intent that always included the surgical approach. Disease persistence was observed in one patient and local recurrence in five patients, on average 36.8 months after the initial treatment. CONCLUSIONS: The anatomical complexity of the temporal bone and the close associations with vital structures make it difficult to perform tumor resection with margins of safety and thus, tumor relapses are almost always local. A high level of suspicion is crucial for early diagnosis, and stringent and prolonged follow-up after treatment is essential for diagnosis and timely treatment of recurrances.
Subject(s)
Skull Neoplasms/diagnosis , Temporal Bone , Disease-Free Survival , Female , Follow-Up Studies , Humans , Longitudinal Studies , Male , Middle Aged , Neoplasm Staging , Retrospective Studies , Skull Neoplasms/surgeryABSTRACT
ABSTRACT Aggressive papillary endolymphatic sac tumor (ELST) is a rare neoplasm, occasionally related to von Hippel-Lindau disease, characterized by locally aggressive growth with temporal bone destruction. The authors report a case of ELST in a female patient exhibiting fifth through eighth cranial nerve paralysis. Computed tomography (CT) revealed a large lytic process involving the right temporal bone. The patient underwent surgical resection. At microscopy, a neoplastic process was identified exhibiting monomorphic columnar cells with mild atypias, arranged in a papillary pattern. The lesion exhibited positivity for A31/AE3, epithelial membrane antigen (EMA), and vimentin; and negativity for synaptophysin, glial fibrillary acidic protein (GFAP), neuron-specific enolase (NSE), thyroglobulin, transthyretin, chromogranin, thyroid transcription factor 1 (TTF-1), trans-acting T-cell specific transcription factor GATA-3, and intestinal transcription factor CDX-2. The diagnosis of ELST was then established. Six years after surgical resection, lesion recurrence was observed.
RESUMO O tumor papilar agressivo do saco endolinfático (TPASE) é uma neoplasia rara, ocasionalmente relacionada com a doença de von Hippel-Lindau, que se caracteriza pelo crescimento agressivo local com destruição do osso temporal. Os autores relatam um caso de TPASE em paciente do sexo feminino, exibindo paralisia do quinto ao oitavo par craniano. A tomografia computadorizada (TC) revelou grande processo lítico comprometendo o osso temporal direito. A paciente foi submetida a ressecção cirúrgica. À microscopia, identificou-se processo neoplásico que exibiu células cilíndricas monomórficas com atipias leves, dispostas em padrão papilar. A lesão apresentou positividade para AE1/ AE3, antígeno da membrana epitelial (EMA) e vimentina; e negatividade para sinaptofisina, proteína ácida fibrilar glial (GFAP), enolase específica do neurônio (NSE), tireoglobulina, transtirretina, cromogranina, fator de transcrição da tireoide 1 (TTF-1), fator de transcrição de ação trans específico de células GATA-3 e fator de transcrição intestinal CDX-2. O diagnóstico de TPASE foi então estabelecido. Após seis anos da ressecção cirúrgica, foi identificada recorrência da lesão.
ABSTRACT
Paca (Cuniculus paca), one of the largest rodents of the Brazilian fauna, has inherent characteristics of its species which can conribute as a new option for animal experimantation. As there is a growing demand for suitable experimental models in audiologic and otologic surgical research, the gross anatomy and ultrastructural ear of this rodent have been analyzed and described in detail. Fifteen adult pacas from the Wild Animals Sector herd of Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Unesp-Jaboticabal, were used in this study. After anesthesia and euthanasia, we evaluated the entire composition of the external ear, registering and ddescribing the details; the temporal region was often dissected for a better view and detailing of the tympanic bulla which was removed and opened to expose the ear structures analyzed mascroscopically and ultrastructurally. The ear pinna has a triangular and concave shape with irregular ridges and sharp apex. The external auditory canal is winding in its path to the tympanic mebrane. The tympanic bulla is is on the back-bottom of the skull. The middle ear is formed by a cavity region filled with bone and membranous structures bounded by the tympanic membrane and the oval and round windows. The tympanic membrane is flat and seals the ear canal. The anatomy of the paca ear is similar to the guinea pig and from the viewpoint of experimental model has major advantages compared with the mouse ear.(AU)
A paca (Cuniculus paca), um dos maiores roedores da fauna brasileira, possui características inerentes à sua espécie que podem contribuir como uma nova opção de animal experimental; assim, considerando-se que há crescente busca por modelos experimentais apropriados para pesquisas audiológicas e otológica cirúrgicas foram analisados e descritos em detalhes a anatomia macroscópica e ultraestrutural da orelha desse roedor. Para o estudo, utilizaram-se 15 animais adultos provenientes do plantel do Setor de Animais Silvestres da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Unesp-Jaboticabal, Jaboticabal/SP. Após anestesia e eutanásia, avaliou-se toda a composição da orelha externa, registrando-se e descrevendo-se os detalhes, também se dissecou a região temporal para melhor visibilização e detalhamento da bula timpânica e estas foram removidas e abertas a fim de expor as estruturas da orelha, as quais foram analisadas, macroscopicamente e ultraestruturalmente. O pavilhão auricular apresenta forma triangular e côncava com cristas irregulares e ápice pontiagudo; o conduto auditivo externo é sinuoso em seu trajeto até a membrana timpânica; a bula timpânica encontra-se na parte posterior-inferior do crânio; a orelha média é formada por uma região cavitária preenchida por estruturas ósseas e membranosas. É delimitada pela membrana timpânica e as janelas redonda e oval, sendo a membrana timpânica de forma plana e que veda todo o conduto auditivo. A anatomia da orelha da paca é semelhante à da cobaia e do ponto de vista de modelo experimental apresenta grandes vantagens em comparação com a orelha do rato.(AU)
Subject(s)
Animals , Adult , Cuniculidae/anatomy & histology , Ear Ossicles/anatomy & histology , Ear Ossicles/ultrastructure , Dissection/veterinary , Ear Auricle/ultrastructure , Ear, Middle/anatomy & histology , Ear, Middle/ultrastructure , Vestibular Nerve/anatomy & histology , Vestibular Nerve/ultrastructure , Stapes/anatomy & histology , Stapes/ultrastructure , Ear, Inner/ultrastructureABSTRACT
Paca (Cuniculus paca), one of the largest rodents of the Brazilian fauna, has inherent characteristics of its species which can conribute as a new option for animal experimantation. As there is a growing demand for suitable experimental models in audiologic and otologic surgical research, the gross anatomy and ultrastructural ear of this rodent have been analyzed and described in detail. Fifteen adult pacas from the Wild Animals Sector herd of Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Unesp-Jaboticabal, were used in this study. After anesthesia and euthanasia, we evaluated the entire composition of the external ear, registering and ddescribing the details; the temporal region was often dissected for a better view and detailing of the tympanic bulla which was removed and opened to expose the ear structures analyzed mascroscopically and ultrastructurally. The ear pinna has a triangular and concave shape with irregular ridges and sharp apex. The external auditory canal is winding in its path to the tympanic mebrane. The tympanic bulla is is on the back-bottom of the skull. The middle ear is formed by a cavity region filled with bone and membranous structures bounded by the tympanic membrane and the oval and round windows. The tympanic membrane is flat and seals the ear canal. The anatomy of the paca ear is similar to the guinea pig and from the viewpoint of experimental model has major advantages compared with the mouse ear.
A paca (Cuniculus paca), um dos maiores roedores da fauna brasileira, possui características inerentes à sua espécie que podem contribuir como uma nova opção de animal experimental; assim, considerando-se que há crescente busca por modelos experimentais apropriados para pesquisas audiológicas e otológica cirúrgicas foram analisados e descritos em detalhes a anatomia macroscópica e ultraestrutural da orelha desse roedor. Para o estudo, utilizaram-se 15 animais adultos provenientes do plantel do Setor de Animais Silvestres da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Unesp-Jaboticabal, Jaboticabal/SP. Após anestesia e eutanásia, avaliou-se toda a composição da orelha externa, registrando-se e descrevendo-se os detalhes, também se dissecou a região temporal para melhor visibilização e detalhamento da bula timpânica e estas foram removidas e abertas a fim de expor as estruturas da orelha, as quais foram analisadas, macroscopicamente e ultraestruturalmente. O pavilhão auricular apresenta forma triangular e côncava com cristas irregulares e ápice pontiagudo; o conduto auditivo externo é sinuoso em seu trajeto até a membrana timpânica; a bula timpânica encontra-se na parte posterior-inferior do crânio; a orelha média é formada por uma região cavitária preenchida por estruturas ósseas e membranosas. É delimitada pela membrana timpânica e as janelas redonda e oval, sendo a membrana timpânica de forma plana e que veda todo o conduto auditivo. A anatomia da orelha da paca é semelhante à da cobaia e do ponto de vista de modelo experimental apresenta grandes vantagens em comparação com a orelha do rato.
Subject(s)
Animals , Adult , Cuniculidae/anatomy & histology , Ear Ossicles/anatomy & histology , Ear Ossicles/ultrastructure , Temporal Bone/ultrastructure , Dissection/veterinary , Stapes/anatomy & histology , Stapes/ultrastructure , Vestibular Nerve/anatomy & histology , Vestibular Nerve/ultrastructure , Ear, Inner/ultrastructure , Ear, Middle/anatomy & histology , Ear, Middle/ultrastructure , Ear Auricle/ultrastructureABSTRACT
Antecedentes: las lesiones en el hueso temporal ocurren en el 30 a 70% de los casos de traumatismo de cráneo cerrado, siendo los accidentes automovilísticos causa del 31%. En general, las líneas de fractura corren paralelas a la línea del golpe entregado y se extienden a través de los agujeros de la base del cráneo, puntos débiles del hueso temporal. Estas se denominan como longitudinal o transversal, a pesar de que la mayoría son en realidad mixtas. Las fracturas bilaterales tienen una incidencia menor de 8-29%. Objetivo: Analizar los tipos de fracturas temporales más frecuentes y las modificaciones de éstas sobre su anatomía en correlación con la clínica del paciente y los exámenes de TAC. Diseño: Retrospectivo de corte transversal. Población: Niños y adultos jóvenes de ambos sexos. Método: Es un trabajo retrospectivo transversal con revisión de historias clínicas de niños y adultos jóvenes, más disecciones microanatómicas en cadáveres adultos de ambos sexos, fijados en formol al 10%. Resultados: Se recolectaron 10 pacientes; 8 de sexo masculino y 2 femeninos, del total 2 son niños. Todos con procedencia de Córdoba, consultan por zumbido, hipoacusia y mareo o desequilibrio postraumático. Uno de ellos niño de 13 años con hipoacusia bilateral y supuración de oído. Al grupo se suma una parálisis facial recuperada con tratamiento clínico. Conclusiones: El conocimiento de la anatomía, con el apoyo de la tomografía computada de oído, y los estudios audiológicos son fundamentales para el diagnóstico clínico y topográfico de la lesión.
Background: lesions occur in the temporal bone in the 30 to 70% of cases of closed skull trauma. Being car accidents cause 31%. In general, the fracture lines run parallel to the line of blow delivered and extend through the holes to the skull base, temporal bone weak points. These are denominate as longitudinal or transverseal, though most are actually mixed. The bilateral fractures have a lower incidence of 8-29%. Objetive: analize the types of temporal fractures the most frequent and modifications of these on their anatomy correlated with the patients clinical and computed tomography exams. Design: transversal cut retrospective. Population: children and young adults of both sexes. Method: it is a transversal retrospective study with review of clinical records of children and young adults more microanatomic dissections in adult cadavers of both sexes, fixed in 10% formalin. Results: 10 patients were collected; 8 male and 2 female, total 2 are children. All of them are from Córdoba, complaining of tinnitus, hearing loss and dizziness or post traumatic imbalance. The age average is to 22 years old. The 50% is given by automobile accidents, also presented cases of labor accident, drop height and flattening. One of them, a child to 13 years old with bilateral hearing loss and ear drainage. The group adds a facial paralysis recovered with clinical treatment. Conclusions: knowledge of anatomy, with supported by computed tomography ear, and audiological studies are essential for clinical diagnosis and topographic of the lesion.
Antecedentes: as lesões no osso temporal ocorrem em 30% a 70% dos casos de traumatismo de crânio fechado, sendo os acidentes automobilísticos causa de 31%. Em geral, as linhas de fratura correm paralelas à linha do golpe e se estendem através dos orifícios da base do crânio, pontos frágeis do osso temporal. Estas são denominadas como longitudinal ou transversal, a pesar de, na verdade, a maioria ser mista. As fraturas bilaterais tem uma incidência menor de 8-29%. Objetivo: Analisar os tipos de fraturas temporais mais frequentes e as modificações destas sobre a sua anatomia em correlação com a clínica do paciente e os exames de TAC. Desenho: Retrospectivo de corte transversal População: Crianças e jovens adultos em ambos os sexos. Método: É um trabalho retrospectivo transversal com revisão de histórias clínicas de crianças e jovens adultos mais dissecações microanatômicas em cadáveres adultos de ambos os sexos, conservados em formol a 10%. Resultados: Foram coletados 10 pacientes: 8 do sexo masculino e 2 femininos, dos quais 2 são crianças. Todos oriundos de Córdoba, consultam por zumbido, hipoacusia e tontura ou desequilíbrio póstraumático. Um desses pacientes, um adolescente de 13 anos com hipoacusia bilateral e supuração do ouvido. Ao grupo, soma-se uma paralisia facial recuperada com tratamento clínico. Conclusões: O conhecimento da anatomia, com o apoio da tomografia computadorizada de ouvido e os estudos audiológicos, é fundamental para o diagnóstico clínico e topográfico da lesão.
Subject(s)
Male , Female , Humans , Adolescent , Child , Young Adult , Temporal Bone/anatomy & histology , Temporal Bone/injuries , Skull Fractures/classification , Skull Fractures/diagnosisABSTRACT
Os tumores do osso temporal são raros e geralmente apresentam sintomas como otorreia, otalgia e hipoacusia, por isso podem ser facilmente confundidos com um processo infeccioso, retardando o diagnóstico e piorando o prognóstico do paciente. KS, 7 anos, masculino. Estado geral: regular. Ao exame: consciente; linfonodos cervicais palpáveis, móveis; massa palpável, imóvel e indolor em topografia retroauricular esquerda; surdez à esquerda e paralisia facial esquerda. Tomografia computadorizada de crânio evidenciou lesão expansiva do osso temporal captante de contraste com extensão para fossa média e posterior do crânio. Realizada complementação radiológica com ressonância de encéfalo, a qual apresentou imagem hipercaptante em T1 contrastado. Nas incidências T2, observa-se edema lobotemporal adjacente à lesão. Exame angiográfico cerebral apresentou obstrução tumoral do seio sigmoide esquerdo. Paciente submetido à mastoidectomia radical esquerda com ligadura e ressecçãodo seio sigmoide esquerdo resultando em ressecção completa lesional. Anatomopatológico e exame imunoistoquímico compatíveis com adenocarcinoma. Encaminhado para terapia oncológica com quimioterapia e radioterapia. Óbito após quatro meses do tratamento neurocirúrgico. O diagnóstico precoce associado com a extensão do tumor acarreta melhor ou pior prognóstico para os pacientes acometidos por essa moléstia.
Tumors of the temporal bone are rare and usually have symptoms such as otorrhea, otalgia and hearing loss and, therefore, can be easily confused with an infectious process delaying diagnosis and worse prognosis. KS, age 7, male. General condition: regular. On examination: conscious, palpable cervical lymph nodes, mobile; palpable mass, painless and property surveying retroauricular left, left deafness and facial paralysis left. Cranial computed tomography showed a lesion of the temporal bone with extensionto the middle fossa and posterior skull that enhance with contrast. Performed complementation with radiological MRI brain image which showed uptake, in contrast T1. Incidences in T2, there is edema temporal lobe adjacent to the lesion. Cerebral angiography showed a tumor obstructing the left sigmoidsinus. Patient underwent left radical mastoidectomy with ligation and resection of the left sigmoid sinus resulting in complete lesional resection. Histopathological and immunohistochemical examination compatible with adenocarcinoma. Referred for cancer therapy with chemotherapy and radiation. Death within four months after neurosurgical treatment. Early diagnosis associated with tumor extension carries a better or worse prognosis for patients affected by this disease.
Subject(s)
Humans , Male , Child , Otitis/complications , Skull Neoplasms/surgery , Skull Neoplasms/diagnostic imaging , Temporal Bone/abnormalities , Adenocarcinoma/therapy , Mastoidectomy/methodsABSTRACT
Otite média (OM) é considerada doença potencialmente grave em razão dos riscos de complicações que podem ocorrer em sua evolução. OBJETIVO: Estabelecer a incidência anual de complicações intratemporais de OM e avaliar prospectivamente os pacientes por meio da análise dos aspectos epidemiológicos e clínicos. MÉTODO: Estudo de coorte contemporânea. Durante o período de um ano, os pacientes admitidos em um Hospital Universitário, com diagnóstico de OM e de complicação intratemporal (CIT) de OM foram incluídos no estudo. Os dados avaliados foram: idade, sexo, tipo de complicação intratemporal, tratamento e desfecho clínico. A incidência geral das complicações e de cada complicação foi determinada. RESULTADOS: 1.816 pacientes foram diagnosticados com OM. Em 592 (33%) indivíduos, o diagnóstico foi de otite média crônica; em 1224 (67%) o diagnóstico foi de otite média aguda. CIT de OM foi diagnosticada em 15 pacientes, perfazendo uma incidência anual de CIT 0,8%. Foram identificados 19 diagnósticos de CIT em 15 pacientes. Fístula labiríntica foi diagnosticada em sete (36,8%) indivíduos, mastoidite em cinco (26,3%), paralisia facial periférica em quatro (21,1%) e labirintite em três (15,8%). CONCLUSÃO: A incidência das complicações intratemporais permanece significativa quando comparada à de países desenvolvidos. A otite média crônica colesteatomatosa é a etiologia mais frequente das complicações intratemporais. A fístula labiríntica é a complicação intratemporal mais comum.
Otitis media (OM) is considered a potentially severe disease due to the risk of complications. OBJECTIVE: To establish the annual incidence of intratemporal complications (ITC) resulting from OM and to prospectively assess patients for epidemiological and clinical factors. METHOD: This prospective cohort study included patients admitted during one year at a university hospital diagnosed with intratemporal complications of OM. Patients were analyzed for age, gender, type of intratemporal complication, treatment, and clinical outcome. The overall incidence of complications and the specific incidence rates of each type of complication were determined. RESULTS: 1,816 patients were diagnosed with OM; 592 (33%) had chronic OM; 1224 (67%) had acute OM. Fifteen patients were diagnosed with OM ITC, adding up to an annual incidence of 0.8%. Nineteen diagnoses of ITC were made in 15 patients. Seven (36.8%) patients were diagnosed with labyrinthine fistula, five (26.3%) with mastoiditis, four (21.1%) with peripheral facial palsy, and three (15.8%) with labyrinthitis. CONCLUSION: The incidence of intratemporal complications remains significant when compared to the rates seen in developed countries. Chronic cholesteatomatous otitis media is the most frequent etiology of intratemporal complications. Labyrinthine fistula is the most common intratemporal complication.