ABSTRACT
A Academia Europeia de Alergia e imunologia Clínica define a anafilaxia como uma reação de hipersensibilidade generalizada ou sistêmica grave que pode ser ameaçadora da vida e desencadeada tanto por mecanismos imunológicos como não imunológicos.
A prevalência e incindência de reações anafiláticas peroperatórias apresentam grande divergência na literatura, mas estima-se que as reações anafiláticas estejam presentes em uma a cada 1.000 a 20.000 anestesias. Os principais agentes etiológicos envolvidos na anafilaxia perioperatória são os bloqueadores neuromusculares, seguidos pelos látex e antibióticos. É importante ressaltar que a reatividade cruzada entre algumas drogas e alimentos já foi descrita na literatura e deve ser amplamente conhecida pelos anestesiologistas.
O reconhecimento da reação anafilática no período intraoperatório representa um grande desafio diagnóstico, pois vários sistemas podem ser acometidos com ocorrência variável. Os sintomas podem incluir rash cutâneo, urticária, angioedema, manifestações gastrintestinais, broncoespasmo, taquicardia, hipotensão.
O objetivo do tratamento é atingir ou manter a estabilidade cardiopulmonar e, para tal, a medida mais importante consiste na suspensão imediata das drogas anestésicas com o objetivo de cessar o estímulo. Além disso, é necessário manter a patência das vias aéreas, administrar oxigênio a 100%, expandir a volemia com o uso de cristalóides e administrar epinefrina nos casos mais graves.
O objetivo desse trabalho é revisar os mecanismos imunológicos envolvidos na anafilaxia perioperatória, bem como os principais desencadeantes desse processo, juntamente com as possíveis reações cruzadas entre eles. Além disso, visa discutir os sinais e sintomas, diagnóstico e manejo dessa condição que são conhecimentos essenciais à prática da anestesiologia.
Subject(s)
Male , Female , Humans , Allergy and Immunology , Anesthesiology , Anaphylaxis/surgerySubject(s)
Anaphylaxis/surgery , Bone Marrow Transplantation/methods , Food Hypersensitivity/surgery , Guanine Nucleotide Exchange Factors/genetics , Immunologic Deficiency Syndromes/surgery , Anaphylaxis/etiology , Child , Child, Preschool , Female , Humans , Immunologic Deficiency Syndromes/complications , MaleABSTRACT
No disponible
Subject(s)
Humans , Female , Middle Aged , Anaphylaxis/diagnosis , Anaphylaxis/drug therapy , Anaphylaxis/surgery , beta-Lactams/therapeutic use , Angiotensin II/therapeutic use , Adrenergic beta-Antagonists/therapeutic use , Mammaplasty , Diagnosis, Differential , Hypertension/drug therapy , Mastectomy , Amoxicillin-Potassium Clavulanate Combination/therapeutic use , Midazolam/therapeutic use , Atropine/therapeutic use , Fentanyl/therapeutic use , Propofol/therapeutic useABSTRACT
No disponible
Subject(s)
Humans , Anaphylaxis/drug therapy , Anaphylaxis/surgery , Anaphylaxis , Dextrins/therapeutic use , Anesthesia/methods , Anesthesia , Dextrins/pharmacology , Dextrins/pharmacokineticsABSTRACT
In recent years, Anisakis simplex has been shown to be an important etiologic agent responsible for food allergy and for gastrointestinal anisakiasis. We report a 61-year-old woman presenting with generalized urticaria and subsequent anaphylaxis after ingestion of raw mackerel. She rapidly recovered with administration of epinephrine and endoscopic extraction of an A. simplex larva. Serologic testing revealed specific IgE antibody to A. simplex was positive whereas that to mackerel was negative. She was diagnosed as IgE-mediated hypersensitivity to A. simplex. Patients diagnosed as fish-related or idiopathic allergy should be examined for evidence of Anisakis-induced allergy.
Subject(s)
Anaphylaxis/parasitology , Anisakis/isolation & purification , Anaphylaxis/drug therapy , Anaphylaxis/immunology , Anaphylaxis/surgery , Animals , Anisakis/immunology , Antibodies, Helminth/blood , Endoscopy, Gastrointestinal , Epinephrine/therapeutic use , Female , Fluorescent Antibody Technique , Food Microbiology , Humans , Immunoglobulin E/blood , Larva , Middle Aged , Perciformes , Urticaria/parasitologyABSTRACT
Anaphylaxis is a relative uncommon event in pregnancy that can have serious implications for both mother and foetus. Two cases of grade 3 anaphylactic shock occurring at the end of the third trimester of pregnancy are reported; the causal agents were respectively amoxicillin and suxamethonium. Maternal and foetal outcome was good after adequate resuscitation and caesarean section performed in both cases because of severe bradycardia. A review of the literature confirms the good maternal outcome; neurologic damage in the newborn is frequent. On the basis of physiologic findings degranulation of placental mast cell is evoked in the genesis of birth asphyxia.
Subject(s)
Amoxicillin/adverse effects , Anaphylaxis/chemically induced , Anti-Bacterial Agents/adverse effects , Neuromuscular Depolarizing Agents/adverse effects , Pregnancy Complications/chemically induced , Pregnancy Trimester, Third , Succinylcholine/adverse effects , Adult , Anaphylaxis/surgery , Bradycardia/etiology , Brain Damage, Chronic/epidemiology , Brain Damage, Chronic/etiology , Cesarean Section , Condylomata Acuminata/surgery , Female , Fetal Death/epidemiology , Fetal Death/etiology , Fetal Diseases/etiology , Humans , Infant, Newborn , Intraoperative Complications/chemically induced , Mast Cells/metabolism , Placenta/immunology , Placenta/pathology , Pregnancy , Pregnancy Complications/drug therapy , Pregnancy Complications/immunology , Pregnancy Complications/surgery , Pregnancy Outcome , Streptococcal Infections/drug therapy , Vulvar Diseases/surgeryABSTRACT
Anaphylaxis during diagnostic catheterization and coronary intervention is a rare and potentially life-threatening complication. Fortunately, with standard intervention, fatality is rare. We report a case of medically refractory anaphylaxis during a coronary intervention that ultimately responded to percutaneous cardiopulmonary bypass (CPB). The proposed mechanics and use of CPB for shock are discussed.
Subject(s)
Anaphylaxis/etiology , Anaphylaxis/surgery , Angioplasty, Balloon, Coronary/adverse effects , Cardiopulmonary Bypass , Contrast Media/adverse effects , Acute Coronary Syndrome/diagnosis , Acute Coronary Syndrome/therapy , Adrenergic Agonists/therapeutic use , Aged , Epinephrine/therapeutic use , Humans , Hypotension/chemically induced , Hypotension/drug therapy , Male , Treatment OutcomeABSTRACT
Se presenta el caso de anafilaxia a lidocaína en una paciente sometida a analgesia epidural para trabajo de parto, la cual desarrolló inmediatamente después de la aplicación de una dosis de prueba de lidocaína (PISA). La anafilaxia al anestésico local se comprobó mediante la determinación del factor inhibidor de leucocitos y del porcentaje de degranulación de basófilos
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Labor, Obstetric/drug effects , Histamine H1 Antagonists/administration & dosage , Histamine H1 Antagonists/therapeutic use , Anaphylaxis/surgery , Anaphylaxis/complications , Anesthesia, Epidural/adverse effects , Lidocaine/administration & dosage , Lidocaine/adverse effects , Hydrocortisone/administration & dosage , Ephedrine/administration & dosageABSTRACT
É apresentada uma atualizaçäo sobre choque anafilactóide em anestesia e cirurgia, mostrando-se que, embora seja um quadro imprevisto e grave que pode ocorrer em qualquer paciente, seu tratamento é eficaz, desde que iniciado prontamente e o médico esteja familiarizado com todas as características desta síndrome. Os recursos e os medicamentos säo conhecidos há bastante tempo e mesmo seu distúrbio mais grave, o colapso cardiovascular, responde às manobras clássicas de ressuscitaçäo (massagem cardíaca externa, respiraçäo controlada). A monitorizaçäo cuidadosa do enfermo, uma boa observaçäo pré-operatória e a disponibilidade de recursos de emergência (material de reanimaçäo, adrenalina, aminofilina, dopamina, etc.), associados a um atendimento rápido, iräo praticamente garantir a sobrevida de quase 100% doa atingidos por um choque anafilactóide
