ABSTRACT
Furosemide is the most used diuretic for volume overload symptoms in patients with heart failure (HF). Recent data suggested that torsemide may be superior to furosemide in this setting. However, whether this translates into better clinical outcomes in this population remains unclear. To assess whether torsemide is superior to furosemide in the setting of HF. We performed a systematic review and meta-analysis of RCTs comparing the efficacy of torsemide versus furosemide in patients with HF. PubMed, Embase, and Web of Science were searched for eligible trials. Outcomes of interest were all-cause hospitalizations, hospitalizations for HF (HHF), hospitalizations for all cardiovascular causes, all-cause mortality, and NYHA class improvement. Echocardiographic parameters were also assessed. We applied a random-effects model to calculate risk ratios (RR) and mean differences (MD) with 95% confidence intervals (CI) and a 0.05 level of significance. 12 RCTs were included, comprising 4,115 patients. Torsemide significantly reduced HHF (RR 0.60; 95% CI, 0.43-0.83; p=0.002; I2=0%), hospitalization for cardiovascular causes (RR 0.72; 95% CI, 0.60-0.88; p=0.0009; I2=0%), and improved LVEF (MD 4.51%; 95% CI, 2.94 to 6.07; p<0.0001; I2=0%) compared with furosemide. There was no significant difference in all-cause hospitalizations (RR 0.93; 95% CI, 0.86-1.00; p=0.04; I2=0%), all-cause mortality (RR 0.98; 95% CI, 0.87-1.10; p=0.73; I2=0%), NYHA class improvement (RR 1.25; 95% CI, 0.92-1.68; p=0.15; I2=0%), or NYHA class change (MD -0.04; 95% CI, -0.24 to 0.16; p=0.70; I2=15%) between groups. Torsemide significantly reduced hospitalizations for HF and cardiovascular causes, also improving LVEF.
A furosemida é o diurético mais utilizado para o tratamento de sintomas de sobrecarga de volume em pacientes com insuficiência cardíaca. Dados recentes sugerem que a torsemida pode ser superior à furosemida neste contexto. No entanto, ainda não é claro se isso se traduz em melhores resultados clínicos nesta população. Avaliar se a torsemida é superior à furosemida no contexto da insuficiência cardíaca. Realizamos uma revisão sistemática e metanálise de estudos clínicos randomizados (ECRs) comparando a eficácia da torsemida em comparação com a furosemida em pacientes com insuficiência cardíaca. PubMed, Embase e Web of Science foram as bases de dados pesquisadas em busca de estudos elegíveis. Os desfechos de interesse foram internações por todas as causas, internações por insuficiência cardíaca (IIC), internações por todas as causas cardiovasculares, mortalidade por todas as causas, e melhoria de classe da NYHA. Parâmetros ecocardiográficos também foram avaliados. Foi aplicado um modelo de efeitos aleatórios para calcular as razões de risco (RR) e as diferenças médias (DM) com intervalos de confiança (IC) de 95% e nível de significância de 0,05. Foram incluídos 12 ECRs, envolvendo 4.115 pacientes. A torsemida reduziu significativamente a IIC (RR de 0,60; IC de 95%, 0,43-0,83; p=0,002; I2=0%), internação por causas cardiovasculares (RR de 0,72; IC de 95%, 0,60-0,88; p=0,0009; I2=0%), e melhora da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) (DM de 4,51%; IC de 95%, 2,94 a 6,07; p<0,0001; I2=0%) em comparação com a furosemida. Não houve diferença significativa no número de internações por todas as causas (RR de 0,93; IC de 95%, 0,86-1,00; p=0,04; I2=0%), mortalidade por todas as causas (RR de 0,98; IC de 95%, 0,87-1,10; p=0,73; I2=0%), melhora da classe NYHA (RR de 1,25; IC de 95%, 0,92-1,68; p=0,15; I2=0%), ou mudança de classe NYHA (DM de -0,04; IC de 95%, -0,24 a 0,16; p=0,70; I2=15%) entre os grupos. A torsemida reduziu significativamente as internações por insuficiência cardíaca e causas cardiovasculares, melhorando também a FEVE.