RESUMEN
Com o objetivo de avaliar o risco da exposiçäo ocupacional ao hexaclorociclohexano (HCH) foram selecionados aleatoriamente 51 aplicadores de BHC a 1,5% na lavoura cacaueira no Sul da Bahia, divididos em sete grupos, e realizadas determinaçöes bioquímicas, hematológicas e séricas dos inseticidas organoclorados antes e após o polvilhamento de dois, três e quatro dias após períodos de afastamento da exposiçäo ocupaciconal de 1, 2 e 6 meses, respectivamente. Os resultados revelaram que os indivíduos do grupo-controle, sem história de exposiçäo direta e praguicidas, apresentaram p, p'-DDE, um ou mais dos isômeros alfa, gama ou beta do HCH; três possuíram p, p'-DDT e em apenas dois deles foi encontrado o heptacloro epóxido. Nos trabalhadores expostos ao BHC foi observada uma estreita relaçäo entre a intensidade da exposiçäo e os níveis séricos dos isômeros do HCH que revelaram a seguinte ordem de acumulaçäo: beta > alfa > gama > delta. Comparaçäo entre grupos de aplicadores com e sem proteçäo respiratória revelou uma diferença altamente significativa (p < 0,001) nos níveis de absorçäo dos inseticidas, denotando uma nítida influência do equipamento de proteçäo individual (EPI), na minimizaçäo do risco ocupacional. Foram observadas alteraçöes estatisticamente significativa (p < 0,05) nos valores de TGP, TGO, fosfatose alcalina e albumina, com elevaçöes mais acentuadas nos indivíduos com maior exposiçäo, demonstrando assim uma relaçäo dose-resposta importante para este tipo de dano. Nos trabalhadores com exposiçäo mais elevada constatou-se como alteraçäo hematológica mais importante uma leucocitose com neutrofilia e linfocitopenia estatisticamente significativas (p < 0,05)
Asunto(s)
Agricultura , Cacao , Hexaclorociclohexano/efectos adversos , Exposición Profesional , BrasilRESUMEN
Cento e cinquenta e sete indivíduos adultos, do sexo masculino, foram divididos em 04 grupos: Grupo 01: 51 aplicadores de BHC a 1,5% na lavoura cacaueira; Grupo 02: 29 aplicadores de DDT; Grupo 03: 27 trabalhadores de depósitos de praguicidas de escritórios próximos; Grupo 04: 50 pessoas sem exposiçäo ocupacional a praguicidas. Foram coletadas amostras de sangue e realizadas determinaçöes de inseticidas organoclorados, proteínas, albumina, globulinas, TGP, TGO, colesterol, fosfatase alcalina, colesterol e hemograma. Os resultados experimentais demonstraram alteraçöes significativas (p < 0,05), nos níveis de TGP em trabalhadores expostos ao BHC a 1,5% (Hexaclorociclohexano comercial) durante jornadas de trabalho de 2 a 3 dias, apresentado respectivamente, níveis séricos de HCH total de 20,19 ñ 8,56 ppb e de 28,17 ñ 14,76 ppb. Foram detectados níveis significativamente mais elevados (p < 0,01) de fosfatase alcalina em aplicadores de BHC a 1,5%, durante 03 dias, em trabalhadores de depósitos e de escritórios vizinhos aos mesmos. Foi constatada diminuiçäo significativa (p < 0,05) de globulinas em todos os grupos expostos ao DDT, em um dos grupos com exposiçäo crônica a BHC a 1,5% e em trabalhadores de depósitos de praguicidas e de escritórios vizinhos aos mesmos. No que se refere `as alteraçöes hematológicas pudemos observar que no grupo de aplicadores de BHC a 1,5%, após 3 dias de exposiçäo sem uso de máscara, com níveis de HCL total de 136,31 ñ 37,48 ppb e de gama-HCL (lindano) de 15,79 ñ 9,56 ppb, havia um aumento significativo (p < 0,05) nos níveis de segmentos e diminuiçäo (p < 0,05) do número de linfócitos. Nos aplicadores de DDT com exposiçäo atual e antiga (de cerca de 5-20 anos) foi encontrada diminuiçäo significativa no número de leucócitos quando comparado ao grupo controle. Para os demais parâmetros bioquímicos e hematológicos estudados e para os grupos näo mencionados, näo foram encontradas alteraçöes estatisticamente significativas