RESUMEN
BACKGROUND: Cryoballoon ablation (CBA) is a well-established technique for treating atrial fibrillation (AF), with a low complication rate related to cryoenergy-induced lesions. Pulsed Field Ablation (PFA) has emerged as a non-thermal alternative, with promising potential to further reduce complications. PURPOSE: We aim to conduct a systematic review and meta-analysis comparing the efficacy and safety of PFA versus CBA in patients with AF. METHODS: We conducted a systematic search across PubMed, Embase, and the Cochrane Central Register of Controlled Trials to identify randomized controlled trials (RCTs) or observational studies published between 2013 and 2024 that compared PFA and CBA ablation techniques in patients with AF. Statistical analysis was carried out utilizing RevMan 5.1.7. Heterogeneity was assessed with I² statistics; p-values inferior to 0.05 and I²>25% were considered as significant heterogeneity. RESULTS: A total of 840 studies were screened in the initial search, and 26 studies were selected for full-text review based on inclusion criteria. Out of these, 8 observational studies involving 3,113 patients were included. Among these, 1,088 (34.9%) underwent PFA, while 2,025 (65.0%) underwent CBA. Periprocedural complications were significantly lower in patients who underwent PFA compared with the CBA group (RR 0.46; 95% CI 0.29 to 0.74; p=0.001; I²=1%; Fig. 1A). Furthermore, there was a significant reduction in procedure time in the PFA group (MD -8.21 min; 95% CI -13.74 to -2.69; p=0.004; I²=96%; Fig. 1B). However, no statistically significant difference was observed among groups regarding fluoroscopy time (MD 1.63 min; 95% CI -0.22 to 3.48; p=0.08; I²=92%; Fig. 2A), or recurrence of atrial arrhythmias after the blanking period (RR 0.84; 95% CI 0.68 to 1.04; p=0.12; I²=6%; Fig. 2B). Additionally, a subgroup analysis involving only propensity score-matched cohorts was conducted but didn't show any statistical difference for any outcomes evaluated. CONCLUSION: In this systematic review and meta-analysis, PFA was associated with a lower risk of periprocedural complications and a shorter procedure duration, compared to CBA in patients with AF. Additionally, it didn't show a potential for reducing the recurrence of atrial arrhythmias, and the data regarding fluoroscopy time were inconclusive.
Asunto(s)
Fibrilación Atrial , Efectividad , Eficacia , Criocirugía , Técnicas de AblaciónRESUMEN
INTRODUÇÃO: A avaliação cardiológica para o retorno da prática de atividade físico- -esportiva ganhou destaque durante a pandemia de sars-cov2, visto que o sistema cardiovascular pode ser acometido em 20-30% dos casos de covid-19, com manifestações clínicas que incluem miocardite, síndrome coronariana aguda, insuficiência cardíaca, dentre outras, podendo aumentar o risco de eventos cardiovasculares, em especial a morte súbita, durante a atividade física. Neste relato explicitamos o papel da avaliação pré-participação em atletas após infecção pelo sars-cov 2. MÉTODOS: Relato de caso de paciente masculino de 36 anos, atleta profissional de futebol, previamente hígido, sem história familiar de evento cardiovascular precoce ou morte súbita, atendido no instituto dante pazzanese de cardiologia em 2021 por perda de capacidade funcional vista no retorno aos treinos, 10 dias após quadro assintomático de covid-19 em janeiro de 2021. RESULTADOS: Em fevereiro de 2021 realizou tais exames: eletrocardiograma (ecg) que apresentou onda t invertida em parede inferior e derivações v3-v6, comparados ao ecg basal, o qual era normal; ecocardiograma transtorácico (eco-tt) que evidenciou fração de ejeção ventricular (feve) de 69% e derrame pericárdico laminar anterior; á ressonância magnética cardíaca apresentou realce tardio epicárdico no segmento inferolateral das porções basal e média do ventrículo esquerdo (ve), sugestivo de fibrose miocárdica. Devido quadro de miopericardite, optado por afastamento das atividades físicas. Em junho de 2021, retornou com eco-tt com queda da feve para 50% e alteração de strain longitudinal global (slg) (17%), teste cardiopulmonar evidenciando taquicardica ventricular não sustentada, apesar de excelente aptidão cardiorrespiratória. Foi então iniciado metoprolol e enalapril por início de disfunção de ve. Já em setembro de 2021 retorna com eco-tt mostrando melhora de feve para 63% e melhora do strain (slg) para 21%, entretanto mantendo ao teste ergométrico ectopias ventriculares polimórficas bigeminadas durante esforço e recuperação. Segue em acompanhamento, afastado das atividades físicas, com dose otimizada de beta bloqueador. CONCLUSÃO: Apresentamos um caso de miopericardite adquirida após covid-19 em atleta, evoluindo com alterações de alto risco para morte súbita arritmogênica. Devido a grande taxa de infecções causadas pelo covid 19, reiteramos a importância da avaliação cardiológica para retorno as atividades físico esportivas após tal infecção, mesmo que assintomática, com objetivo de evitar a morte súbita.
Asunto(s)
Derrame Pericárdico , Arritmias Cardíacas , Fútbol , Capacidad Cardiovascular , Insuficiencia Cardíaca , Espectroscopía de Resonancia Magnética , ElectrocardiografíaRESUMEN
O exercício físico reduz risco de doenças cardiovasculares, metabólicas e está relacionada a aumento do bem-estar e longevidade. Alguns estudos sugerem redução do risco de arritmias, como a fibrilação atrial, em até 19% em homens e 9% em mulheres. Contudo, observa-se prevalência superior, de até 3,5 vezes, de desenvolvimento de fibrilação atrial em praticantes de exercícios de muito alta intensidade ou competitiva, tornando essa a arritmia mais frequente no atleta. Os indivíduos sob maior risco são homens, praticantes de endurance de alta intensidade e com alto volume. A presença de fibrilação atrial, ainda que paroxística, impacta negativamente sobre a capacidade funcional e performance nesses indivíduos, seja pela redução do débito cardíaco pela perda da contração atrial ou pela perda de controle da frequência cardíaca pelo sistema nervoso autônomo. A evidência atual disponível para guiar o manejo desses pacientes se baseia em estudos randomizados em pacientes portadores de FA não atletas, estudos menores em atletas ou em consenso de especialista e o tratamento se baseia nos pilares de controle de ritmo farmacológico ou intervencionista por meio de ablação por radiofrequência ou destrainamento. Esse relato de caso tem como objetivo apresentar a evolução de paciente atleta com fibrilação atrial tratado de forma não invasiva, com destreinamento, de forma a revisar e ampliar o conhecimento sobre o tema. RELATO DE CASO: Paciente, sexo masculino, 42 anos, sem comorbidades prévias, pratica esporte competitivo desde os 15 anos nas modalidades: mountain bike, triátlon e maratona. Procura atendimento médico, sem queixas, solicitando liberação para realização de prova triathlon ironman. Ao exame físico apresentava ausculta cardíaca com frequência de 50 bpm e ritmo irregular, sem outras alterações. O eletrocardiograma apresentava ritmo de fibrilação atrial com baixa resposta ventricular. Foi realizada investigação de cardiopatia estrutural com ecocardiograma que revelou átrio esquerdo aumentado, com volume indexado de 40ml/ m2. Função biventricular preservada. Sem outros achados. Em teste ergométrico, apresentava resposta adequada da frequência cardíaca ao esforço, com excelente capacidade funcional e sem alterações sugestivas de isquemia. Holter evidenciava apenas presença de fibrilação atrial. Foi optado então por tratamento com destreinamento por 3 meses. Após, paciente realizou holter que apresentava ritmo sinusal. Foi mantido seguimento por um ano, com repetição de holter 24h que se manteve em ritmo sinusal.
Asunto(s)
Fibrilación Atrial , Enfermedades Cardiovasculares , Ejercicio Físico , Electrocardiografía , Ablación por RadiofrecuenciaRESUMEN
Paciente 18 anos, sexo masculino, sem outras comorbidades, ex-atleta amador praticante de Rugby, interrompeu a prática esportiva por orientação médica após o diagnóstico de estenose subvalvar aórtica grave, com gradiente médio de 81 mmHg e máximo de 158 mmHg em membrana subvalvar. Foi realizada correção cirúrgica com ressecção da membrana subaórtica associada à ressecção muscular da via de saída do ventrículo esquerdo e plastia da valva tricúspide. Após recuperação cirúrgica paciente, mantém-se assintomático e retorna periodicamente para avaliação quanto a prática de atividade física e esportiva competitiva. Três anos após cirurgia, em avaliação complementar, ao ecocardiograma, observava-se persistência de prega ventrículo-infundibular e resquício de membrana, determinando estreitamento da via de saída do ventrículo esquerdo (VE), com aceleração de fluxo gerando gradiente sistólico máximo entre VE e aorta de 42 mmHg e médio de 24 mmHg. Refluxo aórtico discreto a moderado. Função sistólica biventricular preservada, hipertrofia ventricular esquerda discreta. Foi solicitado também ecocardiograma com estresse físico que não mostrou sinais de isquemia miocárdica. Membrana subaórtica gerou obstrução importante com repercussão hemodinâmica ao esforço físico. Por fim, realizou teste ergométrico, que apresentou Infradesnivelamento de segmento ST de 2,5mm horizontam em MC5, sem dor, com comportamento adequado da pressão e da frequência cardíaca durante o esforço e capacidade funcional estimada de 13 METs. Após exames complementares, foi realizado reunião com especialistas em cardiologia do esporte e liberado para a prática de atividade física moderada, com cálculo de frequência máxima até 60% da FC reserva e resistiva com até 50% da força máxima. A estenose subvalvar aórtica é uma cardiopatia congênita relativamente frequente que resulta de uma anormalidade subjacente na arquitetura da via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE), com fluxo turbilhonado levando à fibrose progressiva dessa região. Obstrução significativa da VSVE leva à hipertrofia ventricular e função hiperdinâmica. É a segunda causa mais comum de estenose aórtica na população pediátrica e muitos pacientes têm regurgitação aórtica associada. A correção cirúrgica geralmente é indicada a partir da 2ª década de vida e 20 até 30% dos pacientes evoluem com recorrência da obstrução. Em virtude da prevalência dessa condição em indivíduos jovens, além de outras condições de risco, a avaliação médica por especialista antes da prática esportiva competitiva torna-se essencial.
Asunto(s)
Estenosis Aórtica Subvalvular , Estenosis de la Válvula Aórtica , Ejercicio Físico , AtletasRESUMEN
Insuficiência cardíaca é das principais doenças resultando em redução da capacidade física, sendo a doença arterial coronariana sua principal causa, especialmente em atletas acima de 35 anos. Será que insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida após infarto agudo miocárdio teria espaço no esporte? Paciente masculino, 56 anos, com antecedente de hipertensão arterial sistêmica, previamente atleta de corrida de rua desde 38 anos de idade (meia maratona com pace médio de 3:50 min/km) procurou atendimento em pronto socorro em março de 2016 por angina típica em repouso. Ficou em observação e liberado após analgesia. Por manter dispneia iniciou acompanhamento com cardiologista e, 2 meses após episódio de dor torácica, realizou cintilografia de perfusão miocárdica com tecnécio sestamibi associado a teste ergométrico, evidenciando hipocaptação persistente extensa em parede anterosseptal, inferosseptal e ápice de ventrículo esquerdo (VE), sem hipocaptação transitória e com fração de ejeção de VE (FEVE) de 30%. Realizada estratificação invasiva mostrando lesão de 99% em segmento médio de artéria descendente anterior com aspecto de recanalização e fluxo TIMI um com acinesia de parede anterior discinesia de parede apical. Paciente encaminhado ao serviço terciário e optado por realizar cintilografia miocárdica com tálio-201 e estresse com teste ergométrico que resultou em ausência de isquemia e de viabilidade miocárdica. Portanto, paciente foi mantido em tratamento clínico e reabilitação cardiovascular. Em acompanhamento ambulatorial após seis anos do evento, atualmente praticando corrida dois a três vezes por semana (10 a 12 km com pace 6:15 min/km), com ecocardiograma transtorácico com aumento biatrial e discreto de VE, FEVE 38% com acinesia do segmento médio do septo e do segmento apical de todas as paredes, insuficiência mitral discreta a moderada por remodelamento ventricular. Teste ergométrico realizado com protocolo de Ellestad, interrompido após 12'45" por exaustão e atingindo 98% da frequência cardíaca máxima preconizada pela idade, sem alterações sugestivas de isquemia, extrassístoles ventriculares isoladas e raras e consumo máximo estimado de oxigênio de 56 ml/kg/min, em uso de betabloqueador. Apesar do paciente apresentar excelente aptidão cardiorrespiratória, foi orientado manter atividades de leve a moderada intensidade (70% da reserva cronotrópica) devido a FEVE reduzida. Portanto, há espaço para esses pacientes no esporte não competitivo: após reabilitação cardiovascular, estratificação de risco e contínuo acompanhamento médico e multidisciplinar.
Asunto(s)
Capacidad Cardiovascular , Carrera de Maratón , Insuficiencia Cardíaca , Infarto del Miocardio , Dolor en el PechoRESUMEN
Doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de morte súbita em atletas com mais de 35 anos. Sedentarismo é um fator de risco para DAC porém há evidências de que atividade física vigorosa aumente o risco de eventos cardiovasculares de forma paradoxal. Segundo diretrizes, pacientes nos quais DAC é detectada em exames de screening devem ser restringidos de esportes de alta intensidade quando houver alteração em testes funcionais ou quando houver evidência de progressão de doença em avaliação seriada. No entanto, será que lesões coronarianas com teste funcional negativo porém com características de vulnerabilidade contraindicam atividade física intensa em esportistas?. Trazemos o caso de J.B., 59 anos feminina, hipertensa, dislipidêmica, história familiar de DAC precoce. Esportista, pratica corrida quatro vezes por semana, musculação três vezes por semana e ciclismo duas vezes por semana, em alta intensidade. Em avaliação pré-participação para maratona em serviço externo foi submetida a angiotomografia de coronárias evidenciando escore de cálcio 1772 (p99) com placas calcificadas e redução luminal importante em terço proximal de descendente anterior (DA) e diagonal (DG), e redução luminal discreta de artéria circunflexa (CX), e oclusão total em terço proximal de artéria coronária direita (CD). Ao cateterismo, confirmadas as lesões de 40% em terço médio CD, 70% em terço proximal de DA, 80% diagonal e 40% CX. Em nosso serviço foi submetida a cintilografia de perfusão miocárdica SPECT 99m-Tc precedida de teste de esforço. Não houve sinais de isquemia à imagem e o teste de esforço teve comportamento normal de PA, FC, ausência de arritmia ou de alteração de segmento ST ou sintomas, e desempenho de 12,9 METS, VO2 de 45. O caso foi discutido com conjunto com o setor de tomografia, coronariopatias, hemodinâmica e cardiologia do esporte, sendo contraindicada exercício físico de alta intensidade devido ao achado de vulnerabilidade de placas à angiotomografia e cateterismo, evidência ainda pouco debatida na literatura mundial.
Asunto(s)
Enfermedad Coronaria , Atletas , Ejercicio Físico , Muerte SúbitaRESUMEN
Thirty-two organic and aqueous extracts, belonging to 12 Argentine medicinal plants were tested for their in vitro trypanocidal activity on epimastigote forms of Trypanosoma cruzi. Among the selected species, the organic extracts of Ambrosia scabra, Ambrosia tenuifolia, Baccharis spicata, Eupatorium buniifolium, Lippia integrifolia, Mulinum spinosum and Satureja parvifolia, and the aqueous extracts of E. buniifolium, L. integrifolia, M. spinosum and S. parvifolia showed trypanocidal activity with a percentage of growth inhibition higher than 70% at a concentration of 100 microg/ml.
Asunto(s)
Magnoliopsida/química , Medicina Tradicional , Pruebas de Sensibilidad Parasitaria , Fitoterapia , Extractos Vegetales/farmacología , Trypanosoma cruzi/efectos de los fármacos , Animales , Argentina , Relación Dosis-Respuesta a Droga , Técnicas In Vitro , Concentración 50 InhibidoraRESUMEN
Differential display of mRNAs from Trypanosoma cruzi epimastigote and metacyclic trypomastigote stages showed several mRNA species differing in their expression level. The cDNA corresponding to one of these mRNAs was used as a probe in Northern blots and identified a RNA product of 2.6 kb with an expression level eight or more times higher in trypomastigotes than in epimastigotes. This probe was also used to screen a genomic library of T. cruzi CL Brener clone prepared in lambda FIX. A clone of about 15 kb was selected that, after partial sequencing, revealed an open reading frame of 688 amino acids encoding a deduced protein with similarity to RNA helicases of the DEAD-box gene family. The presence of the eight conserved motifs characteristic of the DEAD protein family was observed in the T. cruzi sequence, indicating that it corresponds to a putative RNA helicase gene, which we named HelTc. Southern blot analysis indicated that HelTc is a single-copy gene. Pulsed-field gel electrophoresis separation of chromosomes of several isolates of T. cruzi showed that this gene was localized in one or two chromosomal bands.