RESUMEN
RESUMO A preocupação com o tratamento do Diabetes mellitus (DM) leva a uma crescente busca por terapias alternativas, como o uso de plantas medicinais, entre as quais, destaca-se o uso de Handroanthus heptaphyllus (Mart.) Mattos (popular Ipê roxo). Neste estudo realizamos a investigação química da presença de compostos fenólicos em H. heptaphyllus e o efeito do tratamento com o extrato aquoso da casca desta planta em parâmetros bioquímicos e nos níveis de lipoperoxidação tecidual e plasmática em animais diabéticos. Metodologia: Ratos Wistar machos foram submetidos ao desenvolvimento do quadro de DM por meio da administração intraperitoneal (IP) de Aloxano monohidrato (150 mg/Kg IP). Após a confirmação de hiperglicemia (>200 mg dL-1), os animais foram distribuídos nos grupos Diabético (D; n=6) e Diabético Tratado (DT; n=6). O tratamento consistiu na administração diária do extrato aquoso da casca de H. heptaphyllus via oral (v.o.) (150mg/Kg v.o.) por quatro semanas. O extrato aquoso foi analisado qualitativamente por cromatografia de camada delgada. Resultados: A análise qualitativa do extrato aquoso da casca indicou a presença de compostos fenólicos da subclasse flavonoides. O tratamento com o extrato aquoso reduziu a glicemia de jejum a partir da 3ª semana de tratamento, melhorou a resposta glicêmica à sobrecarga de glicose, diminuiu os níveis de triglicerídeos e índice LDL (Triglicerídeos/HDL). Estes resultados sugerem o uso terapêutico do extrato aquoso das cascas de H. heptaphyllus no tratamento do DM.
ABSTRACT Alternative medicine for diabetes mellitus (DM) treatment represents a growing research area on the use of medicinal plants, of which Handroanthus heptaphyllus (mart.) Mattos (popularly known as purple ipe) is most prominent. In this study, we investigated the presence of phenolic compounds and the effects of treatment with aqueous extract of in H. heptaphyllus in biochemical profile in plasma and the levels of lipid peroxidation in tissues and plasma in diabetic animals. Male Wistar rats were induced to develop DM through intraperitoneal (IP) administration of alloxan monohydrate (150 mg/kg IP). Once hyperglycemia (>200 mg dL-1) was confirmed, the animals were divided into the Diabetic (D; n=6) and Treated Diabetic (TD; n=6) groups. The TD group received daily administration (150 mg/kg v.o.) of aqueous extract of H. heptaphyllus for four weeks. The aqueous extract was also analyzed qualitatively by layer chromatography. Qualitative analysis of the aqueous extract of the bark indicated the presence of phenolic compounds from the flavonoid subclass. The treatment with the aqueous extract reduced fasting blood glucose levels from the third week of treatment on, improved the glycemic response to the glucose tolerance test, and lowered the levels of triglycerides and the LDL index (triglycerides/HDL). These findings suggest therapeutic use of the aqueous extract of H. heptaphyllus bark in treating DM.