RESUMEN
O objetivo deste artigo foi apresentar aspectos da síndrome dolorosa miofascial encontrados na literatura. Além dos conhecidos distúrbios dos tecidos moles, que incluem os efeitos de traumas, as inflamaçöes, fraqueza, tensäo e espasmos musculares, há uma entidade fisiopatológica descrita a alguns anos, que também atinge estes tecidos e é conhecida como síndrome dolorosa miofascial. Esta síndrome é descrita como sendo uma disfunçäo neuromuscular regional caracterizada pela presença de locais sensíveis em bandas musculares contraturadas/tensas que produzem dor referida em áreas distantes ou adjacentes. Inúmeros tratamentos têm sido propostos visando à remissäo do quadro clínico, entre eles: agulhamento seco, uso do spray de cloreto de etila ou fluormetano seguido por alongamento, injeçäo do ponto-gatilho com anestésicos ou soluçäo fisiológica salina também seguida por alongamento, compressäo isquêmica, técnicas de fricçäo profunda miofascial, TENS (estimulaçäo elétrica nervosa transcutânea), ultra-som, iontoforese, calor (seco e úmido), medicamentos analgésicos, antiinflamatórios ou relaxantes musculares, biofeedback. O objetivo desses tratamentos é a iliminaçäo do ponto gatilho, restauraçäo da amplitude de movimento e força muscular normais e sem dor. Além disso, é necessária uma educaçäo para o paciente prevenir e lidar com as recorrências e também bloquear os fatores precipitantes e/ou perpetuantes. Mas ainda há muitas divergências nos resultados de diferentes estudos, o que sugere uma análise crítica dos mesmos e uma maior preocupaçäo com as metodologias empregadas.