RESUMEN
INTRODUÇÃO: Resultados favoráveis foram relatados com estimulação direta do sistema de excito-condutor cardíaco, o que tem motivado a inclusão desta técnica em recomendações e diretrizes atuais. Entretanto, não há dados disponíveis dessa prática no Brasil. OBJETIVOS: Descrever as características demográficas, eletrocardiográficas e ecocardiográficas assim como os achados intra e peri-operatórios dos pacientes submetidos a estimulação fisiológica no Brasil. MÉTODOS: Trata-se de um registro multicêntrico realizado em 15 centros no Brasil. A técnica cirúrgica utilizada seguiu a rotina dos centros participantes. RESULTADOS: 180 pacientes (64,9% homens, 74,8±12,5 anos) foram incluídos na análise entre maio e setembro de 2021. Características clínicas: 82,7% eram hipertensos, 33,5% diabéticos, 51,9% tinham antecedente de sincope, 23,2% DAC e 0,7% doença de Chagas; 76,7% apresentavam-se em CF-NYHA I ou II. A cardiopatia subjacente e o motivo do implante estão ilustrados na figura 1. Em 13,5% dos pacientes, o CDI foi concomitantemente indicado. Quanto aos achados eletrocardiográficos, 89,2% dos pacientes apresentavam-se em ritmo sinusal e 10,8% em FA/flutter atrial. O QRS basal médio era de 131±32ms; 28,1% dos pacientes apresentavam BRE e 31,4% BRD. A FEVE média foi de 54,14±16,66%. Todos os centros reportaram sucesso do implante. O tempo médio de fluoroscopia foi de 17,6±14,5min e a duração média do procedimento 81,8±43,8. Dispositivo bicameral foi predominante na maior parte dos casos (figura 2). Em 75,1% dos casos, o eletrodo ventricular foi posicionado no RE/septo profundo (LVAT médio 77,7±10,7ms, potencial de RE reportado em 25,7%) enquanto o feixe de His foi a posição escolhida em 24,9% dos casos. Em 6,6% dos pacientes procedeu-se HOT/LOT-CRT. A onda R média foi 9,8mV e o limiar de captura 1,17V x 1,0ms. A duração média do QRS final foi 107,46 ± 18,6ms. As taxas de complicações foram baixas (figura 3). CONCLUSÕES: O implante de marcapasso fisiológico é factível e seguro. As características dos pacientes incluídos nesse registro brasileiro, a preferência quanto ao tipo de estimulação (RE) e os resultados intra e pós operatórios precoces estão alinhados com as publicações internacionais mais recentes.
Asunto(s)
Estimulación Cardíaca Artificial , Guías como Asunto , Sistema de Conducción CardíacoRESUMEN
Background The use of ionizing radiation in medical procedures is associated with significant health risks for patients and the health care team. Objectives Evaluate the safety and acute efficacy of ablation for atrial fibrillation (AF) and supraventricular arrhythmias (SVTs) using an exclusively non-fluoroscopic approach guided by intracardiac echo (ICE) and 3D-mapping. Methods 95 pts (mean age 60 ± 18 years, 61% male) scheduled for AF Ablation (69 pts, 45 paroxysmal AF and 24 persistent AF) or non-AF SVT (26 pts - 14 AV node reentry, 6 WPW, 5 right atrial (RA) flutters, 1 atrial tachycardia) underwent zero fluoro procedures. Nine patients (9.5%) had permanent pacemakers or defibrillator resynchronization (CRT-D) devices. Both CARTO (65%) and NAVx (35%) mapping systems were used, as well as Acunav and ViewFlex ICE catheters. Results Pulmonary vein isolation (PVI), as well as all other targets that needed ablation in both atria were reached and adequately visualized. No pericardial effusions, thrombotic complications or other difficulties were seen in these series. Difficult transseptal puncture (19 patients - 20%) was managed without fluoroscopy in all cases. No backup fluoroscopy was used, and no lead apparel was needed. Pacemaker interrogations after the procedure did not show any lead damage, dislocation, or threshold changes. Conclusions A radiation-free (fluoroless) catheter ablation strategy for AF and other atrial arrhythmias is acutely safe and effective when guided by adequate ICE and 3D-mapping utilization. Multiple different bi-atrial sites were reached and adequately ablated without the need for backup fluoroscopy. No complications were seen. (Arq Bras Cardiol. 2020; 114(6):1015-1026).
Asunto(s)
Fibrilación Atrial/cirugía , Ablación por Catéter , Venas Pulmonares , Taquicardia Supraventricular/cirugía , Adulto , Anciano , Femenino , Fluoroscopía , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Resultado del TratamientoRESUMEN
Resumo Fundamento O uso da radiação ionizante em procedimentos médicos está associado a riscos significativos à saúde dos pacientes e da equipe de saúde. Objetivos Avaliar a segurança e a eficácia aguda da ablação por cateter para tratamento da fibrilação atrial (FA) e arritmias supraventriculares (SVTs), utilizando uma abordagem exclusivamente não fluoroscópica, guiada por eco intracardíaco (ICE) e mapeamento 3D. Métodos 95 pts (idade média 60 ± 18 anos, 61% do sexo masculino) programados para ablação de FA (69 pts, 45 FA paroxística e 24 FA persistente) ou SVTs (26 pts - 14 reentrada nodal, 6 Wolf-Parkinson-White [WPW], 5 flutter atrial direito [AD], 1 taquicardia atrial). Nove pacientes (9,5%) tinham marcapasso definitivo ou dispositivos de ressincronização com desfibrilador. Dois sistemas de mapeamento eletroanatômico foram utilizados - CARTO (65%) e NAVx (35%), bem como cateteres de ICE disponíveis - Acunav e ViewFlex. Resultados O isolamento das veias pulmonares (VPs), bem como todos os outros alvos que precisavam de ablação em ambos os átrios, foram alcançados e adequadamente visualizados. Não foram observados derrames pericárdicos, complicações trombóticas ou outras intercorrências nesta série. Punções transseptais difíceis (19 pacientes - 20%) foram realizadas sem fluoroscopia em todos os casos. Não foi utilizada fluoroscopia de backup, e nenhum vestuário de chumbo foi necessário. Avaliações detalhadas dos marcapassos após o procedimento não mostraram nenhum dano aos eletrodos, deslocamentos ou mudanças de limiar. Conclusões Uma estratégia de ablação por cateter sem uso de radiação para FA e outras arritmias atriais é segura e eficaz quando guiada pela utilização adequada do ICE e do mapeamento 3D. Diversos sítios em ambos os átrios podem ser alcançados e adequadamente ablacionados sem a necessidade de fluoroscopia de backup. Não foram observadas complicações. (Arq Bras Cardiol. 2020; 114(6):1015-1026)
Abstract Background The use of ionizing radiation in medical procedures is associated with significant health risks for patients and the health care team. Objectives Evaluate the safety and acute efficacy of ablation for atrial fibrillation (AF) and supraventricular arrhythmias (SVTs) using an exclusively non-fluoroscopic approach guided by intracardiac echo (ICE) and 3D-mapping. Methods 95 pts (mean age 60 ± 18 years, 61% male) scheduled for AF Ablation (69 pts, 45 paroxysmal AF and 24 persistent AF) or non-AF SVT (26 pts - 14 AV node reentry, 6 WPW, 5 right atrial (RA) flutters, 1 atrial tachycardia) underwent zero fluoro procedures. Nine patients (9.5%) had permanent pacemakers or defibrillator resynchronization (CRT-D) devices. Both CARTO (65%) and NAVx (35%) mapping systems were used, as well as Acunav and ViewFlex ICE catheters. Results Pulmonary vein isolation (PVI), as well as all other targets that needed ablation in both atria were reached and adequately visualized. No pericardial effusions, thrombotic complications or other difficulties were seen in these series. Difficult transseptal puncture (19 patients - 20%) was managed without fluoroscopy in all cases. No backup fluoroscopy was used, and no lead apparel was needed. Pacemaker interrogations after the procedure did not show any lead damage, dislocation, or threshold changes. Conclusions A radiation-free (fluoroless) catheter ablation strategy for AF and other atrial arrhythmias is acutely safe and effective when guided by adequate ICE and 3D-mapping utilization. Multiple different bi-atrial sites were reached and adequately ablated without the need for backup fluoroscopy. No complications were seen. (Arq Bras Cardiol. 2020; 114(6):1015-1026)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Anciano , Venas Pulmonares , Fibrilación Atrial/cirugía , Taquicardia Supraventricular/cirugía , Ablación por Catéter , Fluoroscopía , Resultado del Tratamiento , Persona de Mediana EdadRESUMEN
AIM: Cardiac resynchronization therapy (CRT) is a valid therapeutic option for patients with heart failure (HF). However, the elderly population was not well represented in the guidelines. The primary end point was to evaluate the impact of advanced age on clinical response and cardiovascular and total mortality of patients undergoing CRT. The secondary end point was to assess the rate of acute complications related to the procedure. METHODS AND RESULTS: A total of 249 consecutive patients with HF and optimized treatment, QRS ≥ 120 ms, ejection fraction (EF) ≤ 35% and functional class (FC) III/ IV (NYHA) underwent CRT and divided into 3 groups: Group I-< 65 years-88/ 249 (35%); Group II- 65 to 75 years (old)- 72/ 249 (29%); Group III-≥ 75 years (very old)- 89/ 249 (36%). The improvement in FC and increase in EF (>10%) and/ or decrease in the left ventricular end systolic diameter (LVESD) >15% were the criteria of responsiveness. The favorable clinical response (p = ns) and cardiovascular mortality (p = 0.737) was similar in the 3 groups. In the group of very old patients, a significant increase in total mortality was observed (p = 0.03). The rate of acute complications related to the procedure did not differ between the groups (p = ns). CONCLUSION: The response to CRT and cardiovascular mortality were not affected by the advanced age and should not be an exclusion factor of this therapy. The procedure has been shown to be safe in elderly patients due to low rate of acute complications.
Asunto(s)
Dispositivos de Terapia de Resincronización Cardíaca/efectos adversos , Terapia de Resincronización Cardíaca/efectos adversos , Insuficiencia Cardíaca/terapia , Complicaciones Posoperatorias/epidemiología , Implantación de Prótesis/efectos adversos , Factores de Edad , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Taponamiento Cardíaco/epidemiología , Taponamiento Cardíaco/etiología , Desfibriladores Implantables/efectos adversos , Femenino , Estudios de Seguimiento , Insuficiencia Cardíaca/mortalidad , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Neumotórax/epidemiología , Neumotórax/etiología , Complicaciones Posoperatorias/etiología , Resultado del TratamientoRESUMEN
Os cabos-eletrodos de cardiodesfibriladores com revestimento de silicone Riata e Riata ST foramextensamente implantados entre os anos de 2003 e 2010. Sua distribuição, porém, foi interrompida após aobservação de exteriorização dos condutores por falha do isolante em diversos casos de mau funcionamento.Esses cabos-eletrodos foram classificados como classe I de recall pelo Food and Drug Administration. Diversosestudos foram realizados desde então para se determinar a incidência e a prevalência de extrusão dos condutores epara avaliar sua correlação com falha elétrica. Também tem sido estudado o melhor método de rastreio e como seconduzir os pacientes portadores desses cabos-eletrodos.
The cardioverter-defibrillator leads with Riata silicone coating and Riata ST were widely deployed between 2003 and 2010. Its distribution, however, was discontinued after observation of externalization of conductors due to insulation failure in several cases of malfunction. These leads were classified as Class I Recall by the Food and Drug Administration. Several studies have been performed since then to determine the incidence and prevalence of extrusion of the conductors and to evaluate their correlation with electrical failure. The best screening method and how to conduct patients with these leads have also been investigated.
Asunto(s)
Humanos , Arritmias Cardíacas/terapia , Desfibriladores Implantables/efectos adversos , Electrodos Implantados , Falla de Equipo , Benchmarking/métodos , Recall de Suministro Médico , Muerte Súbita Cardíaca/prevención & control , Marcapaso Artificial , Terapéutica/métodosRESUMEN
FUNDAMENTO: O manejo ideal da anticoagulação oral (ACO) no período pré- e pós-ablação de fibrilação atrial (FA) ainda é motivo de controvérsia. OBJETIVO: Comparar duas estratégias de anticoagulação: suspensão da warfarina com a utilização de heparina de baixo peso molecular (HBPM) e a realização da ablação sem a suspensão da warfarina, mantendo o RNI terapêutico (entre 2,0 e 3,0). MÉTODOS: 140 pacientes (pt) portadores de FA persistente/ permanente submetidos à ablação por cateter de FA foram divididos em dois grupos: no grupo I (70 pt), a warfarina foi suspensa cinco dias antes do procedimento e utilizada terapia de transição com HBPM (enoxaparina 1 mg/kg 2x/dia pré-ablação e 0,5 mg/kg 2x/dia após o procedimento); no grupo II (70 pt), a warfarina não foi suspensa e o procedimento foi realizado com RNI terapêutico. Ambos os grupos receberam heparina intravenosa (TCA > 350 seg) durante o procedimento. RESULTADOS: No Grupo I, observou-se complicação hemorrágica maior (1,4 por cento) e 4 pt (5,7 por cento) com complicações hemorrágicas menores. No Grupo II, 2 pt (2,8 por cento) apresentaram complicações hemorrágicas menores e 1 pt apresentou sangramento maior; porém, este ocorreu após uso de HBPM por RNI < 2,0. Não houve complicação tromboembólica ou morte cardiovascular nos dois grupos após 16 ± 8 meses. CONCLUSÃO: A realização de ablação por cateter de FA sem a suspensão de ACO e RNI terapêutico é uma estratégia semelhante em segurança e eficácia quando comparada à tradicional transição com HBPM, evitando um período inicial pós-ablação de anticoagulação potencialmente inadequada.
BACKGROUND: The ideal management of oral anticoagulation (OAC) before and after catheter ablation for atrial fibrillation (AF) is still controversial. OBJECTIVE: To compare two anticoagulation strategies for catheter ablation for AF: warfarin withholding and use of low-molecular-weight heparin (LMWH); and maintenance of warfarin and therapeutic INR (between 2.0 and 3.0). METHODS: 140 patients (pt) with persistent/permanent AF undergoing catheter ablation for AF were divided into two groups: Group I (70 pt), in which warfarin was withheld five days prior to the procedure and transition to LMWH was used (enoxaparin: 1 mg/kg 2x/day before ablation, and 0.5 mg/kg 2x/day after ablation); Group II (70 pt), in which warfarin was not withheld and the procedure was performed with therapeutic INR. Both groups received intravenous heparin (ACT > 350 seconds) during ablation. RESULTS: In Group I, one pt (1.4 percent) had a major hemorrhagic complication and four pts (5.7 percent) had minor hemorrhagic complications. In Group II, two pts (2.8 percent) had minor hemorrhagic complications and one pt had a major bleeding, which occurred after using LMWH due to INR < 2.0. None of the groups had thromboembolic complications or cardiovascular death over a period of 16 ± 8 months. CONCLUSION: Catheter ablation for AF without withholding OAC and with therapeutic INR is a strategy that has similar safety and efficacy when compared with the traditional transition to LMWH, avoiding the potentially inadequate anticoagulation of the initial post-ablation period.
Asunto(s)
Anciano , Femenino , Humanos , Masculino , Anticoagulantes/administración & dosificación , Fibrilación Atrial/cirugía , Hemorragia/epidemiología , Heparina de Bajo-Peso-Molecular/administración & dosificación , Cuidados Preoperatorios/métodos , Warfarina/administración & dosificación , Anticoagulantes/efectos adversos , Fibrilación Atrial/sangre , Fibrilación Atrial/tratamiento farmacológico , Ablación por Catéter , Distribución de Chi-Cuadrado , Relación Dosis-Respuesta a Droga , Hemorragia/sangre , Hemorragia/inducido químicamente , Hemorragia/prevención & control , Heparina de Bajo-Peso-Molecular/efectos adversos , Relación Normalizada Internacional , Complicaciones Posoperatorias/prevención & control , Cuidados Preoperatorios/efectos adversosRESUMEN
Fundamentos: A fibrilação atrial está associada a maior risco de eventos embólicos. O apêndice atrial esquerdoé a principal fonte de trombos.Objetivos: Avaliar a segurança e descrever a técnica de oclusão por cateter do apêndice atrial esquerdo.Métodos: Dois pacientes (um masculino com 79 anos e outro feminino com 91 anos) com fibrilação atrial, alto risco tromboembólico e contraindicação à anticoagulação foram submetidos à oclusão do apêndice atrial por viapercutânea. Resultados: Em ambos os casos, a prótese foi liberada sem fluxo residual, com completa exclusão da circulação e sem complicações. Os pacientes foram mantidos com dupla antiagregação plaquetária por três meses. Conclusões: A oclusão percutânea do apêndice atrialesquerdo é um novo e efetivo método para prevenção de eventos embólicos em pacientes com fibrilação atrial.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Anticoagulantes/administración & dosificación , Apéndice Atrial/fisiopatología , Fibrilación Atrial/complicaciones , Prótesis e Implantes , Tromboembolia/complicaciones , Angiografía/métodos , Angiografía , Ecocardiografía/métodos , Ecocardiografía , Factores de RiesgoRESUMEN
BACKGROUND: Long-term cessation of oral anticoagulation (OAC) after catheter ablation of atrial fibrillation (AF) has been deemed controversial. The safety of this management strategy in patients without recurrent AF and with historically elevated risks for thromboembolism remains largely unknown. In this study, we sought to evaluate the long-term results of OAC cessation after successful catheter ablation of AF. METHODS AND RESULTS: OAC and antiarrhythmic drugs (AADs) were discontinued irrespective of AF type or baseline CHADS(2) (congestive heart failure, hypertension, age ≥75 years, diabetes mellitus, prior stroke or transient ischemic attack) risk score in 327 patients (mean age, 63±13 years; 79% men) with drug-refractory AF after catheter ablation (mean CHADS(2) score, 1.89±0.95; median, 2.0). Patients with a CHADS(2) score of 2 (45.4%) and 3 (23.2%) accounted for 68.8% of this cohort. In patients with a high risk of recurrence or prior thromboembolic complications, OAC was continued for up to 6 to 12 months postablation and antiplatelet therapy was administered to all patients who maintained sinus rhythm upon OAC interruption. After a follow-up of 46±17 months (range, 13-82 months), 82% remained AF free (off AADs). Significant predictors of late AF recurrence (P<0.05) were nonparoxysmal AF (hazard ration [HR], 1.83), female sex (HR, 2.19), age ≥60 years (HR, 1.81), left atrial size >40 mm (HR, 3.52), CHADS(2) score ≥2 (HR, 1.81), and early recurrences (HR, 5.52). No symptomatic ischemic cerebrovascular events were detected during follow-up despite interruption of OAC in 298 (91%) patients and AADs in 293 (89%) patients. CONCLUSIONS: No significant thromboembolic-related morbidity is observed when AADs and OAC are discontinued after successful catheter ablation of AF in patients with a CHADS(2) score ≤3 who are maintained on antiplatelet therapy during long-term follow-up.
Asunto(s)
Anticoagulantes/uso terapéutico , Fibrilación Atrial/cirugía , Ablación por Catéter , Tromboembolia/epidemiología , Tromboembolia/prevención & control , Anciano , Femenino , Estudios de Seguimiento , Humanos , Estudios Longitudinales , Masculino , Persona de Mediana Edad , Medición de Riesgo , Factores de Tiempo , Resultado del Tratamiento , Privación de TratamientoRESUMEN
BACKGROUND: The ideal management of oral anticoagulation (OAC) before and after catheter ablation for atrial fibrillation (AF) is still controversial. OBJECTIVE: To compare two anticoagulation strategies for catheter ablation for AF: warfarin withholding and use of low-molecular-weight heparin (LMWH); and maintenance of warfarin and therapeutic INR (between 2.0 and 3.0). METHODS: 140 patients (pt) with persistent/permanent AF undergoing catheter ablation for AF were divided into two groups: Group I (70 pt), in which warfarin was withheld five days prior to the procedure and transition to LMWH was used (enoxaparin: 1 mg/kg 2x/day before ablation, and 0.5 mg/kg 2x/day after ablation); Group II (70 pt), in which warfarin was not withheld and the procedure was performed with therapeutic INR. Both groups received intravenous heparin (ACT > 350 seconds) during ablation. RESULTS: In Group I, one pt (1.4%) had a major hemorrhagic complication and four pts (5.7%) had minor hemorrhagic complications. In Group II, two pts (2.8%) had minor hemorrhagic complications and one pt had a major bleeding, which occurred after using LMWH due to INR < 2.0. None of the groups had thromboembolic complications or cardiovascular death over a period of 16 ± 8 months. CONCLUSION: Catheter ablation for AF without withholding OAC and with therapeutic INR is a strategy that has similar safety and efficacy when compared with the traditional transition to LMWH, avoiding the potentially inadequate anticoagulation of the initial post-ablation period.