RESUMEN
Introdução: A trombose venosa cerebral constitui entidade clínica rara, respondendo por menos de 1% dos casos de AVC. Está associada a trombofilias hereditárias, infecções parameníngeas, traumatismos, além de vasculites, câncer e a própria quimioterapia. Relato do caso: Paciente de 59 anos com adenocarcinoma colônico sob quimioterapia com 5-Fluorouracil infusional (esquema de Gramont) associado a bevacizumabe apresentou quadro de tontura em desequilíbrio, déficit de força em membro inferior, cefaleia e convulsões, sendo constatada trombose venosa cerebral. Evoluiu com reversão total dos déficits neurológicos com anticoagulação. Conclusão: Enfatiza-se papel do câncer e da própria quimioterapia na etiopatogenia da trombose venosa cerebral em paciente sem aparente trombofilia hereditária e outros fatores tipicamente implicados na gênese desta rara condição.