High rates of methicillin-resistant Staphylococcus aureus colonisation in a Brazilian Intensive Care Unit.

OBJECTIVE: To evaluate the colonisation rate of Staphylococcus aureus in the oropharynx and the insertion site of central venous catheters in intensive care unit patients. DESIGN: Cross-sectional study. SETTING: Brazilian intensive care unit. MEASUREMENTS: Samples were collected from October to December 2015 from the oropharyngeal cavity and central venous catheter insertion site of 110 patients. Samples that presented growth of Staphylococcus aureus were isolated and their sensitivity profiles were tested for several antimicrobials. FINDINGS: The study participants (110) were mostly females older than 60 years (53.6%). The mean length of hospitalisation was 15.5 days (±31.3). A total of 188 biological samples were collected: 110 collected from the oropharynx and 78 from the central venous catheter insertion site. A 35% (n = 38/110) S. aureus colonisation rate of the patients was observed in at least one collection site. In the oropharynx alone, a 31% rate (n = 34/110) was found, and a 12.8% rate (n = 10/78) at central venous catheter insertion sites only. MRSA colonisation in the oropharynx or at the central venous catheter occurred in 29 (26.4%) patients and vancomycin resistant Staphylococcus aureus was present in 24 (22.4%) of the patients studied. Patients hospitalised for seven days or more were 4.8 times more likely to be colonised compared to patients hospitalised less than seven days (95% CI = 1.2-28.5). CONCLUSION: The oropharynx and the central venous catheter are important reservoirs of this bacterium that in critical conditions may become pathogenic. The data showed a high degree of resistance of the bacterial populations isolated to different drugs, which may hinder the control of these organisms.

Uso obrigatório de luvas para o banho de neonatos e o controle da disseminação de estafilococos coagulase negativa (ECN) multirresistente na UTI-Neonatal de um hospital escola público / Obbligatory use of gloves during neonatal baths and the control of dissemination of multi-resistant negatibe coagulase staphyococcus in the neonatal intensive care unit of a public school hospital

A lavagem das mãos é a medida mais importante para a prevenção das infecções hospitalares. Entretanto, muitos profissionais não adotam esta medida como um hábito ou não conseguem realizá-la adequadamente, transformando as mãos em fômites para as infecções cruzadas. Nas infecções hospitalares em RN, os microrganismos mais freqüentes são os Streptococcus do grupo B, Listeria ssp e Escherichia coli, além dos Staphylococcus aureus e Estafilococos coagulase negativa (ECN). O objetivo deste trabalho é relatar uma medida de intervenção adotada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) em uma UTI Neonatal, frente à alta incidência de Estafilococo coagulase negativa nos pacientes desta unidade. Após a verificação do alto número de culturas positivas para ECN o SCIH instituiu o uso obrigatório de luvas não estéreis para o banho de todos os pacientes da UTI Neonatal. Apesar do ECN ser um agente pouco valorizado por muitos profissionais, este microrganismo vem sendo associado a infecções graves, como as de corrente sangüínea. Utilizando o ECN como um marcador da qualidade da lavagem das mãos, os autores puderam comprovar a relação das mãos na cadeia da colonização dos pacientes por microrganismos multirresistentes, verificando que após o uso obrigatório de luvas houve uma queda importante na incidência do ECN multirresistentes