RESUMO
Descrever as características demográficas e clínicas de pacientes pediátricos internados com reação em cadeia da polimerase (PCR) positivo para Bordetella pertussis. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional incluindo todos os pacientes pediátricos entre zero e 2 anos, 11 meses e 29 dias de idade internados em um hospital universitário com diagnóstico de coqueluche confirmado por PCR, no período de julho de 2011 a dezembro de 2012. Resultados: Foram incluídos no estudo 155 pacientes com idade média de 7,8 meses. Apenas 22 casos tinham história de contato com tosse paroxística ou prolongada (>14 dias). O tempo médio de duração de sintomas antes da admissão hospitalar foi de 9,87±10,08 dias e o tempo de internação médio foi de 5,52±9,60 dias. Tosse foi o sintoma mais prevalente (99%), sendo paroxística em apenas 16,8%. Cianose esteve presente em 29,7% e apneia em 5,8%. Além disso, 52,2% dos pacientes necessitaram oxigênio suplementar, 6,5% necessitaram de ventilação mecânica, e 2,5% foram a óbito. Conclusão: O estudo corrobora o impacto da coqueluche epidêmica sobre as crianças, principalmente lactentes, evidenciando a necessidade da implementação de novas estratégias de prevenção e controle desta infecção...
To describe the demographic and clinical characteristics of pediatric patients admitted with positive polymerase chain reaction (PCR) for Bordetella pertussis. Methods: Retrospective, observational study including all pediatric patients between zero and 2 years, 11 months and 29 days of age admitted to a university hospital, diagnosed with pertussis confirmed by PCR from July 2011 to December 2012. Results: The study included 155 patients with a mean age of 7.8 months. Only 22 cases had history of contact with people with paroxysmal or prolonged cough (>14 days). The average duration of symptoms before hospital admission was 9.87±10.08 days and the average time of hospitalization was 5.52±9.60 days. Coughing was the most prevalent symptom (99%), with paroxysmal features in only 16.8%. Cyanosis was present in 29.5% and apnea was present in 5.8%. Additionally, 52.2% of patients required supplemental oxygen, 6.5% required mechanical ventilation, and 2.5% died. Conclusion: The study corroborates the impact of epidemic pertussis in children, particularly in infants, highlighting the need for new strategies to prevent and control this infection...
Assuntos
Humanos , Coqueluche/epidemiologia , Coqueluche/prevenção & controleRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A espondilodiscite é uma entidade clínica de difícil diagnóstico devido à clínica inespecífica e sinais radiológicos tardios. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de espondilodiscite secundária à endocardite bacteriana por Staphylococcus aureus, adquirido na comunidade. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 79 anos, branca, casada, procedente de Santa Cruz do Sul, RS, em tratamento regular de diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica. Iniciou com piora de dor lombar crônica e dificuldade para deambular. Os exames de imagem demonstravam lesão lítica de vértebras lombares que após investigação foi definida como espondilodiscite decorrente de endocardite bacteriana. CONCLUSÃO: A endocardite infecciosa, em consequência da gravidade, deverá fazer parte do diagnóstico diferencial de doenças causadas por provável disseminação hematogênica, especialmente, em pacientes que apresentam condições que aumentam o risco de endocardite, como prolapso de valva mitral, doença valvar degenerativa e uso de fármacos por via venosa.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Spondylodiscitis is a clinical entity difficult to diagnose because of nonspecific clinical and radiologics signs late. The aim was to report a case of spondylodiscitis secondary to bacterial endocarditis caused by Staphylococcus aureus, community-acquired. CASE REPORT: Female patient, 79 years old, white, married, resident of Santa Cruz do Sul, RS, regular treatment of type 2 diabetes mellitus and hypertension. Began with worsening of chronicback pain and difficulty in walking. Imaging tests showed osteolytic lesion of the lumbar vertebrae that after investigation it was defined to be due to complication of bacterial endocarditis. CONCLUSION: Infective endocarditis should be part of the differential diagnosis of disease caused by probable hematogenous dissemination, especially in patients who have conditions increase the risk of endocarditis, such as mitral valve prolapsed,valve heart disease degenerative and intravenous drug use.