RESUMO
O autor, utilizando-se da rica história de um filme sobre um pré-adolescente que luta contra o adoecer mental numa família psicótica, retoma o clássico artigo de Melanie Klein de 1946, onde ela estabelece o conceito seminal de identificação projetiva e discute o papel das ansiedades primitivas sobre o desenvolvimento psicológico e suas conseqüências para a saúde e a doença mental. Ressalta esses conceitos como uma evolução da teoria e da técnica psicanalítica clássica, e não um rompimento com ela, permitindo a abordagem de pacientes até então considerados não analisáveis, assim como a análise de crianças com uma técnica psicanalítica próxima da que se emprega com adultos, sem a necessidade de recorrer a medidas não analíticas. Assinala também os desenvolvimentos permitidos por esses conceitos para o campo analítico, em termos de um novo entendimento da contratransferência, da intersubjetividade e do papel do par analítico, entre outros(AU)