RESUMO
The sloth is known for its slow movements and arboreal habits. Most parts of its anatomy need yet to be unveiled, in order to understand the peculiarities that justify its behavior. In this sense, an investigation of the external characteristics of the heart of the three-toed sloth, Bradypus variegatus, was carried out to indicate the shape, the faces, the dimensions, the topography, and the coating of this organ. For this purpose, fifteen corpses destined for dissection and four healthy specimens were used to carry out thorax digital x-ray. Based on the obtained results, it was noticed that the heart of the species in question presents conical shape, situated obliquely in the mediastinum, is displaced to the left and has latero-lateral slight flattening. Among the animals, discrepancies were found in the organ skeletopy, which presents the tapered apex and the base, in which the large vessels can be observed, whose arrangements also proved to be variables. The heart presents faces (right and left), margins (cranial and caudal) and is surrounded by the pericardium, which gives off two ligaments, sternopericardial and phrenico pericardial. Its size is proportional to the age and length of the individual, with measurements, in general, slightly larger in males.
O bicho-preguiça é conhecido por seus movimentos lentos e por seu hábito arborícola. Muito de sua anatomia precisa ainda ser desvendada, com o objetivo de se entender as peculiaridades que justificam seu comportamento. Nesse sentido, realizou-se uma investigação das características externas do coração da preguiça-de-três-dedos, Bradypus variegatus, a fim de apontar a forma, as faces, as dimensões, a topografia e o revestimento desse órgão. Para tal, foram utilizados 15 cadáveres destinados à dissecação e quatro espécimes hígidos para realização de radiografia digital do tórax. Com base nos resultados obtidos, observou-se que o coração da espécie em questão apresenta formato cônico, situa-se obliquamente no mediastino médio, é deslocado para o antímero esquerdo e possui achatamento laterolateral. Foram constatadas, entre os animais, discrepâncias na esqueletopia do órgão, que apresenta um ápice afilado e uma base, na qual se podem observar os grandes vasos, cujos arranjos também se demonstraram variáveis. O coração apresenta faces (direita e esquerda), margens (cranial e caudal) e encontra-se envolvido pelo pericárdio, que emite dois ligamentos, esternopericárdico e frenicopericárdico. Seu tamanho é proporcional à idade e ao comprimento do indivíduo, com medidas, em geral, levemente maiores nos machos.
Assuntos
Animais , Pericárdio/anatomia & histologia , Bichos-Preguiça/anatomia & histologia , Coração/anatomia & histologiaRESUMO
Bradypus variegatus, the common sloth, belongs to the Bradypodidae family, being considered a biological model to be applied in multidisciplinary research. This study was developed with the aim of being applied to clinical medicine and to the adequate management of the common sloth. Ten sloths were utilized, obtained post-natural death. The animals were fixed and to obtain the results, they were submitted to the dissection technique. For 80% of the animals, the portal vein originated from five tributaries, which were: the resulting vein from the anastomosis of the cardia vein, fundic vein, and the pyloric branches; the mesenteric trunk; the vein formed by the confluence of the stomach body branches and the cranial portion of the cavity of the cardia; the pyloric vein and splenic vein. While in 20% of the animals, the portal vein was comprised of six tributaries, because the fundic vein and cardia vein form two direct anastomoses, arriving at the portal vein two tributary vessels. This pattern differs in number and arrangement of branches when compared to the main domestic species. Therefore, the hepatic portal system is responsible for the drainage of the stomach, spleen, pancreas and intestines.
Bradypus variegatus, a preguiça-comum, pertence à família Bradypodidae, sendo considerada um modelo biológico a ser aplicado em pesquisas multidisciplinares. Este estudo foi desenvolvido a fim de ser aplicado à clínica médica e ao manejo adequado da preguiça-comum. Foram utilizadas 10 preguiças, obtidas após morte natural. Os animais foram fixados e, para a obtenção dos resultados, submeteram-se à técnica de dissecação. Em 80% das observações, a veia porta originou-se a partir de cinco tributárias, são elas: a veia resultante da anastomose da veia cárdia, da veia fúndica e dos ramos pilóricos; o tronco mesentérico; a veia formada a partir da confluência de ramos do corpo estomacal e da porção cranial da cavidade cárdica; a veia pilórica e a veia esplênica. Enquanto em 20% dos animais a veia porta é constituída por seis tributárias, a veia fúndica e a veia cárdica formam duas anastomoses diretas, chegando à veia porta dois vasos tributários. Esse padrão difere em número e em disposição dos ramos, quando comparado ao das principais espécies domésticas. Portanto, o sistema porta hepático é responsável pela drenagem do estômago, do baço, do pâncreas e dos intestinos.
Assuntos
Animais , Feminino , Sistema Porta/anatomia & histologia , Bichos-Preguiça/anatomia & histologia , Veias/anatomia & histologia , Circulação HepáticaRESUMO
Mediante fixaçäo e dissecaçäo, foram examinadas, em 30 diafragmas de jumentos do Nordeste brasileiro (Asinus asinus), sendo 15 de machos e 15 de fêmeas, adultos, a ramificaçäo e distribuiçäo dos nervos frênicos direito e esquerdo, tendo-se observado que: 1) Os nervos frênicos resolvem-se mais frequentemente em tronco lombocostal e ramo esternal, tanto à direita (76,7 por cento) como à esquerda (53,3 por cento), com disposiçäo simétrica em parte dos casos (43,3 por cento); 2) Os ramos lombares destinam-se aos pilares correspondentes (pars lumbalis), cedendo ainda, da direita, filete nervoso ao pilar medial esquerdo (3,3 por cento), folíolo dorsal direito (6,7 por cento) e folíolo ventral (3,3 por cento) e, o da esquerda, filete nervoso ao pilar medial direito (53,3 por cento), folíolo dorsal esquerdo (13,3 por cento) ou folíolo ventral (6,7 por cento); 3) Os ramos costais distribuem-se à regiäo dorsal da pars costalis do lado correspondente, tanto à direita como à esquerda e, ainda, à regiäo ventral (3,3 por cento) à direita, ao folíolo dorsal direito (3,3 por cento) e, à esquerda, ao folíolo dorsal esquerdo (10,0 por cento); 4) Os ramos esternais distribuem-se, do mesmo lado, à pars sternalis e regiäo ventral da pars costalis, emitindo, ainda à direita, filete nervoso para a veia cava caudal (3,3 por cento) ou para o folíolo ventral (3,3 por cento)
Assuntos
Animais , Masculino , Feminino , Diafragma/anatomia & histologia , Equidae/anatomia & histologia , Nervo Frênico/anatomia & histologiaRESUMO
A ramificaçäo e distribuiçäo dos nervos frênicos foram estudados em 15 diafragmas de sagui adultos, sendo 09 machos e 06 fêmeas proveniente da Zona da Mata de Pernambuco. O nervo frênico foi dividido em ramo lombar, costal e esternal simultaneamente, e em tronco lombo-costal e ramo esternal, onde, apresentavam-se na maioria dos casos de forma simétrica. Os ramos terminais dos nervos frênicos encontram-se a nível subpleural inervando as porçöes ipsilaterais do diafragma. O ramo lombar inerva a pars lumbaris, e em 40 por cento dos casos também a pars costalis enquanto que, o ramo costal inerva a pars costalis e o ramos esternal à pars sternalis (100 por cento) ou a pars costalis e sternalis. Näo se observou conexöes entre os nervos frênicos ou qualquer um de seus ramos