RESUMO
Este artigo trata do problema do estatuto científico da psicologia. Seu objetivo é avaliar em que medida o cognitivismo solucionou objeções históricas levantadas contra a possibilidade de uma psicologia científica. Com base em avaliação de textos clássicos da "revolução cognitiva", conclui-se que esta abordagem apresentou um projeto filosófico de ciência psicológica que resolveu a maior parte dos problemas ontológicos e epistemológicos endêmicos da disciplina, como o da natureza inquantificável do objeto psicológico, da simultaneidade da condição de sujeito e objeto, da suposta inexistência de objeto próprio e da impossibilidade de observação direta do fenômeno psicológico. Porém, ignorou ou agravou os problemas da possibilidade de algum nível de autonomia humana e da complexidade da explicação psicológica. Apesar de seus importantes avanços, o cognitivismo não conseguiu ainda a plena realização do projeto de fundamentação ontológica, epistemológica e metodológica de uma psicologia plenamente aderida à ciência moderna.
This article is about the problem of scientific statute of psychology. Its proposal is to evaluate in what extension cognitivism solved historical objections to the possibility of a scientific psychology. Based on an evaluation of classical texts of the "cognitive revolution", it concludes that this approach presented a philosophical project of psychological science that solved most of the ontological and epistemological endemic problems of the discipline, like the one of non quantitative nature of psychological object, the subject and object simultaneity condition, the supposed non-existence of own object and the impossibility of psychological phenomenon direct observation. However, cognitivism ignored or worsened the problems about the possibility of some level of human autonomy and of the psychological explanation complexity. Despite its evident advances, cognitivism still doesn't get full accomplishment of the project of ontological, epistemological and methodological fundamentation of a psychology completed adhered to modern science.
Este artículo trata del problema del estatuto científico de la psicología. Su objetivo es evaluar en que medida el cognitivismo solucionó objeciones históricas a la posibilidad de una psicología científica. Con base en evaluación de textos clásicos de la "revolución cognoscitiva", se concluye que este abordaje presentó un proyecto filosófico de ciencia psicológica que resolvió la mayor parte de los problemas ontológicos y epistemológicos endémicos de la disciplina, como el de la naturaleza no cuantitativa del objeto psicológico, de la simultaneidad de la condición de sujeto y objeto, de la supuesta inexistencia del objeto propio y de La imposibilidad de observación directa del fenómeno psicológico. Sin embargo, ignoró o agravo los problemas de la posibilidad de algún nivel de autonomía humana y de la complejidad de la explicación psicológica. A pesar de sus evidentes avances, el cognitivismo no logró aún la plena realización del proyecto de fundamentación ontológica, epistemológica y metodológica de una psicología plenamente adherida a la ciencia moderna.