RESUMO
Cage aquaculture has been developed in many countries, including Brazil. This form of production, although economically productive, may cause several impacts to the environment. Considering the historical relationship between aquaculture and species introduction, our study investigated the potential of cage aquaculture in spreading non-native species into hydroelectric reservoirs. We interviewed 19 fish farmers in Furnas Reservoir, Grande River basin. All producers have grown exclusively Nile tilapia (Oreochromis niloticus), an African fish, and all producers reported the occurrence of fish escapes. Releases were mainly accidental, but highly frequent during some management procedures, such as length classification, fish capture and juvenile stocking. Escapes were also reported due to cage damage and deliberate releases. These results indicate that, in cage aquaculture facilities, fish are frequently released to the external environment. When raising non-native species (e.g. Furnas Reservoir), these facilities constitute an important vector for fish introductions.(AU)
A aquicultura em tanques-rede é destaque em diversos países, inclusive no Brasil, por se tratar de uma prática produtiva. No entanto, esta forma de cultivo também apresenta pontos negativos, entre eles a possível introdução de espécies. Em vista disso, o presente trabalho investigou o potencial da aquicultura em tanques-rede na disseminação de espécies não-nativas. Para isso, foram entrevistados 19 aquicultores do reservatório de Furnas, bacia do rio Grande. Todos os produtores consultados cultivam exclusivamente Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus), espécie de origem africana, e todos relataram a ocorrência de escapes de indivíduos dessa espécie. Os escapes foram principalmente acidentais, com elevada frequência durante o manejo de classificação, a despesca e a estocagem de juvenis. Aquicultores também relataram fugas decorrentes do rompimento dos tanques, além de solturas deliberadas. Os resultados indicam, portanto, que a perda de peixes para o meio externo é frequente em sistemas de tanque-rede. Ao lidar com espécies não-nativas, esses sistemas (tanques-rede) constituem importante vetor para a introdução de peixes.(AU)
Assuntos
Ciclídeos , Manejo de Espécimes/tendências , Manejo de Espécimes/veterináriaRESUMO
Cage aquaculture has been developed in many countries, including Brazil. This form of production, although economically productive, may cause several impacts to the environment. Considering the historical relationship between aquaculture and species introduction, our study investigated the potential of cage aquaculture in spreading non-native species into hydroelectric reservoirs. We interviewed 19 fish farmers in Furnas Reservoir, Grande River basin. All producers have grown exclusively Nile tilapia (Oreochromis niloticus), an African fish, and all producers reported the occurrence of fish escapes. Releases were mainly accidental, but highly frequent during some management procedures, such as length classification, fish capture and juvenile stocking. Escapes were also reported due to cage damage and deliberate releases. These results indicate that, in cage aquaculture facilities, fish are frequently released to the external environment. When raising non-native species (e.g. Furnas Reservoir), these facilities constitute an important vector for fish introductions.
A aquicultura em tanques-rede é destaque em diversos países, inclusive no Brasil, por se tratar de uma prática produtiva. No entanto, esta forma de cultivo também apresenta pontos negativos, entre eles a possível introdução de espécies. Em vista disso, o presente trabalho investigou o potencial da aquicultura em tanques-rede na disseminação de espécies não-nativas. Para isso, foram entrevistados 19 aquicultores do reservatório de Furnas, bacia do rio Grande. Todos os produtores consultados cultivam exclusivamente Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus), espécie de origem africana, e todos relataram a ocorrência de escapes de indivíduos dessa espécie. Os escapes foram principalmente acidentais, com elevada frequência durante o manejo de classificação, a despesca e a estocagem de juvenis. Aquicultores também relataram fugas decorrentes do rompimento dos tanques, além de solturas deliberadas. Os resultados indicam, portanto, que a perda de peixes para o meio externo é frequente em sistemas de tanque-rede. Ao lidar com espécies não-nativas, esses sistemas (tanques-rede) constituem importante vetor para a introdução de peixes.