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1.
Rev. bras. psicanál ; 53(2): 41-65, abr.-jun. 2019. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1288815

RESUMO

A partir de sua experiência anterior com os temas trans e assédio sexual, a autora argumenta que o diálogo com a psicanálise sobre essas questões controversas e complexas de nosso tempo é tão desafiador quanto urgente. O que acontece quando tentamos introduzir o conceito de inconsciente na realidade de nossa vida política? Ou então quando reconhecemos o lugar do inconsciente nas identidades públicas que encorajamos, habitamos e defendemos? Ambas as questões, trans e assédio, nos confrontam com a questão da justiça social. O papel da psicanálise é sempre o de alertar sobre nossos sonhos de um mundo melhor ou talvez ela esteja bem no centro de nossa luta para alcançá-los?


Drawing on her previous engagement with the topics of trans and sexual harassment, Jacqueline Rose will argue in this lecture that the dialogue with psychoanalysis on both of these vexed, complex issues of our time, is as challenging as it continues to be urgent. What happens when we try to insert the concept of the unconscious into the reality of our political lives? Or rather, when we recognise the place of the unconscious in the public identities we foster, inhabit, and fight. Both trans and harassment confront us with the question of social justice. Is it always the role of psychoanalysis to issue a caution in relation to our dreams of a better world, or might it belong right at the heart of our struggle to attain it?


A partir de su anterior experiencia con los temas trans y acoso sexual, Jacqueline Rose argumentará en esta conferencia que el diálogo con el psicoanálisis sobre ambos asuntos controvertidos y complejos de nuestro tiempo, es tan desafiador como urgente. ¿Qué sucede cuando intentamos introducir el concepto de inconsciente en la realidad de nuestra vida política? O, cuando reconocemos el lugar del inconsciente en las identidades públicas nosotros alentamos, habitamos y luchamos. Ambos temas, trans y acoso, nos enfrentan a la cuestión de la justicia social. ¿El papel del psicoanálisis es siempre alertar sobre nuestros sueños de un mundo mejor o, tal vez, esté en el centro de nuestra lucha por alcanzarlos?


À partir de son expérience préalable avec les thèmes trans et d'harcelement sexuel, Jacquelinhe Rose argumentera, dans cette conférence, que le dialogue avec la psychanalyse, concernant ces deux questions controverses et complèxes de notre temps, c'est autant un défi d'importance qu'il est encore urgente. Ce que se passe-t-il lorsque nous essayons d'introduire le concepte de l'inconscient dans la réalité de notre vie politique? Ou encore, lorsque nous reconnaissons la place de l'inconscient dans les idéntités publiques nous encourageons, nous habitons et nous battons. Les deux questions, trans et harcelèment, nous confrontent avec la question de la justice social. Le rôle de la psychanalyse est toujours celui d'avertir à propos de nos rêves d'un monde meilleur ou, peut-être, elle se situe au bon milieu de notre lutte pour les atteindre.

2.
Rev. bras. psicanál ; 51(3): 133-150, 20170801. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1280133

RESUMO

O artigo é baseado em um único estudo de caso de uma mãe e sua filha, dos 5 meses aos 7 anos e meio desta. Elas participaram de um ensaio clínico aleatório durante o tratamento psicanalítico mãe-criança, o que incluiu um estudo de acompanhamento após 4 anos e meio. A menina fazia, então, psicoterapia infantil dos 6 aos 7 anos e meio. A mistura de contextos levou em conta entrevistas de pesquisa, gravações em vídeo das interações da dupla, outras avaliações, e anotações das sessões terapêuticas. Isto permitiu aos autores estabelecerem ligações conceituais entre as observações feitas por eles durante o início da infância da criança e o tratamento de uma neurose durante o período de latência, marcada por ansiedade, compulsões e prepotência. Eles argumentam que características de rispidez e imediatismo no relacionamento mãe-criança impediram o desenvolvimento da intimidade da menina. Com o propósito de compreender como tais aspectos do relacionamento se internalizaram na criança, os autores combinam várias fontes de dados das duas. O valor heurístico de cada é logicamente limitado e, deste modo, os autores defendem que são necessários tanto o entendimento psicanalítico quanto a pesquisa empírica para chegar-se a um entendimento mais profundo das relações entre influência externa e desenvolvimento interno.


The paper is based on a single case study of a mother and her daughter, from 5 months to 7½ years. They participated in an rct on mother-infant psychoanalytic treatment, including a follow-up study at 4½ years. The girl was then in child psychotherapy from 6 to 7½ years. The mix of settings allowed for research interviews, video-recordings of the dyad's interactions, other assessments, and notes from therapeutic sessions. This enabled the authors to forge conceptual links between the observations they made during infancy and the treatment of a neurosis during latency, marked by anxiety, compulsions, and bossiness. They argue that the mother-infant relationship's brusque and speedy qualities thwarted the girl's development of intimacy. To understand how such components of the relationship became internalised in her, the authors combine their various data sources. The heuristic value of each are necessarily limited and therefore, the authors argue, both psychoanalytic understanding and empirical research are needed to gain a deeper understanding of the relations between external influence and internal development.


El artículo se basa en un único estudio de caso de una madre y su hija, desde los 5 meses hasta los 7 años y medio. Ellas participaron en un ensayo clínico aleatorio durante el tratamiento psicoanalítico madre-hija, lo que incluyó un estudio de seguimiento después de 4 años y medio. La niña recibió psicoterapia infantil desde los 6 hasta los 7 años y medio. La mezcla de los contextos tuvo en cuenta entrevistas de investigación, grabaciones en vídeo de las interacciones del dúo, otras evaluaciones, y notas de las sesiones terapéuticas. Esto permitió que los autores establecieran conexiones conceptuales entre las observaciones realizadas por ellos durante el inicio de la infancia de la niña y el tratamiento de una neurosis durante el período de latencia, marcada por ansiedad, compulsiones y prepotencia. Ellos argumentan que características de rispidez e inmediatismo en la relación madre-hija impidieron el desarrollo de la intimidad de la niña. Con el propósito de comprender como tales aspectos de la relación se internalizaron en la niña, los autores combinan varias fuentes de datos de ambas. El valor heurístico de cada uno es lógicamente limitado y, de esta forma, los autores defienden que son necesarias tanto la comprensión psicoanalítica como la investigación empírica para llegar a un conocimiento más profundo de las relaciones entre influencia externa y desarrollo interno.


Le document est basé sur une seule étude de cas d'une mère et sa fille, de 5 mois à 7 ans et demi. Elles ont participé à un ecr (essai randomisé contrôlé) sur le traitement psychanalytique mère-enfant, y compris une étude de suivi à 4 ans et demi. La jeune fille était alors en psychothérapie d'enfants de 6 à 7 ans et demi. Le mélange des paramètres des entretiens de recherche a permis les enregistrements vidéo des interactions des deux, d'autres évaluations et des notes provenant de séances thérapeutiques. Cela a donné aux auteurs la possibilité de forger des liens conceptuels entre les observations qu'ils ont faites pendant la petite enfance et le traitement d'une névrose au cours d'un état latent, marquée par l'anxiété, les compulsions et la tyrannie. Ils démontrent que la relation mère-enfant étant brusque et rapide compromettait le développement de l'intimité de la petite fille. Pour comprendre comment ces composantes de la relation se sont intériorisées, les auteurs combinent leurs différentes sources de données. La valeur heuristique de chacune est nécessairement limitée et les auteurs considèrent donc que la compréhension psychanalytique aussi bien que la recherche empirique sont nécessaires pour mieux comprendre les relations entre l'influence extérieure et le développement interne.

3.
Rev. bras. psicanál ; 51(3): 151-166, 20170801. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1280134

RESUMO

Este trabalho aborda intimidade desde seu surgimento no desenvolvimento e nos apegos de primeira infância, e na medida em que é parte da forma como identidades, gênero e sexualidade se estabelecem ao longo do desenvolvimento. Na parte final, como uma parte integrante da violência social, a intimidade é explorada em circunstâncias de racismo e da violência, de iniciativa do estado, cometida por meio de tortura. O que liga estes aspectos da intimidade e da vida íntima compartilhada é um compromisso com uma abordagem psicanalítica que considera o intrapsíquico e o intersubjetivo interagindo de modo poderoso e próximo. A intimidade tanto é algo extremamente pessoal e particular, quanto é profundamente impregnada de forças sociais e políticas. A intimidade assim considerada - ou seja, como profundamente individual e, ao mesmo tempo, como regulada e constituída pelo Estado, pela cultura e pela família - aparece em diversas formações políticas, totalitárias, neoliberais e democráticas.


This essay considers intimacy as it arises in early development and attachment, and as it is part of how identities, gender and sexuality are regulated over the course of development. In the final section, intimacy as an integral part of social violence is explored in circumstances of racism and state-initiated violence through torture. What ties these aspects of intimacy and intimate life together is a commitment to a psychoanalytic approach that considered the intrapsychic and the intersubjective as powerfully and closely interacting. Intimacy is both highly personal and private and deeply imbued with social and political forces. This consideration of intimacy, as it is deeply individual and at the same time regulated and constituted by the state and the culture and the family, appears in various political formations, totalitarian, neo liberal and democratic.


Este trabajo aborda la intimidad desde su surgimiento en el desarrollo y en los apegos de la primera infancia, y a medida que es parte de la forma como entidades, género y sexualidad se establecen durante el desarrollo. Al final, como parte integrante de la violencia social, se explora la intimidad en circunstancias de racismo y violencia, iniciativa del estado, a través de la tortura. Lo que conecta estos aspectos de la intimidad y de la vida íntima compartida, es un compromiso con un enfoque psicoanalítico que considera lo intrapsíquico y lo intersubjetivo interactuando de un modo próximo y poderoso. La intimidad es algo extremadamente personal y particular, así como está impregnada profundamente de fuerzas sociales y políticas. La intimidad considerada de esta forma - es decir, como profundamente individual y, al mismo tiempo, como regulada y constituida por el estado, por la cultura y por la familia - aparece en diversas formaciones políticas, totalitarias, neoliberales y democráticas.


Cet essai considère l'intimité telle qu'elle se pose lors du développement et de l'attachement précoce, et comme une partie de la façon dont les identités, le genre et la sexualité sont réglementés au cours du développement. Dans la section finale, l'intimité en tant que partie intégrante de la violence sociale est explorée dans les circonstances du racisme et de la violence initiée par l'État au moyen de la torture. Ce qui relie ces aspects de l'intimité et de la vie intime est un engagement à une approche psychanalytique qui considère l'intrapsychique et l'intersubjectif comme une interaction puissante et étroitement interactive. L'intimité est à la fois très personnelle et privée et profondément imprégnée de forces sociales et politiques. Cette considération de l'intimité, car elle est profondément individuelle et en même temps réglementée et constituée par l'État, la culture et la famille, apparaît dans diverses formations politiques, totalitaires, néo-libérales et démocratiques.

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