RESUMO
O suprimento sanguíneo à parte proximal do fêmur foi medido em dois grupos de pacientes. Foi usado um método que utiliza hemácias marcadas in vivo pelo tecnécio 99m. Doze pacientes submetidos à substituição total do quadril por artrose primária constituíram o grupo osteoartrósico (OA). O grupo controle foi formado por 11 pacientes sem artrose do quadril, operados por fraturas transtrocanterianas ou subtrocanterianas produzidas por impactos de baixa energia, sabidamente inócuas à irrigação da cabeça femoral. Os pacientes dos dois grupos pertenciam à mesma faixa etária. O suprimento sanguíneo da cabeça femoral, expresso por um quociente de atividade, não mostrou diferença significante entre os grupos OA e controle quando comparados por um modelo que levou em conta efeitos aleatórios individuais. Relevância clínica: ao programar o tratamento cirúrgico de um quadril artrósico, a cabeça femoral não deve ser considerada isquêmica.