RESUMO
Estudos sorologicos realizados em diversos estados brasileiros, ja demonstraram que, entre individuos politransfundidos e/ou com promiscuidade sexual, existe uma alta prevalencia de anticorpos anti-HTLV-I .A infecçao por HTLV-I e seu papel na patogenese de doenças como leucemias de celulas T perifericas ( LLTA), e paraparesia espastica tropical (TST), tem sido exaustivamente estudados no Japao e EUA. Nos analisamos 402 casos de pacientes portadores de hemopatias e/ou doenças correlatas, enviados para diagnosticos e tratamento no IEHASC e no INCa. Atraves de metodologia multidisciplinar, que inclui tecnicas sorologicas como aglutinaçao de particulas (AP), testes imunoenzimaticos (ELISA), e utilizando tambem peptideo sintetico (LIA), alem de Imunofluorescencia indireta (IFi), nos estabelecemos a soroprevalencia de anticorpos anti-HTLV-I em portadores de linfomas ( n=88), leucemias agudas (n=110), leucemias cronicas T e B (n=81), doença de Hodgkin (n=18), linfomas de celulas T cutaneos (n=52) e outras patologias (n=31). A faixa etaria variou de 2-80 anos (mediana = 43); com leve predominio do sexo masculino (1,3: 1,0) e com variaçoes de raças brancas, mestiças e negras (7:2:1). Nossos resultados globais monstraram uma soroprevalencia de 12,1%, com 49 individuos HTLV-I+. Quando avaliamos os grupos de patologia as doenças linfoproliferativas demonstraram um alto indice de positividade, com soroprevalencia de 16% entre 243 casos estudados. Nos concluimos que e necessario estabelecer uma abordagem sorologica de rotina no diagnostico das leucemias e linfomas com o objetivo de aprimorar estudos epidemiologicos da verdadeira incidencia de retrovirus no Brasil.