RESUMO
Five strains of Rhodotorula mucilaginosa were tested for the ability to accumulate free and complexed silver ions by metabolism-dependent and -independent processes. The ability to take up Ag+ was observed in both live and dead biomass, whereas silver dicyanide [Ag (CN)2-] uptake was strictly glucose dependent. In contrast to Ag (CN)2-, glucose addition inhibited by 16 to 25% the Ag+ uptake rate of living UFMG - Y02, Y27, and Y35 cells, while strains CBS 316 and UFMG-Y01 showed an improved uptake rate of about 115% and 13%, respectively. The Langmuir sorption model was used to evaluate the silver sorption capability of the R. mucilaginosa strains. The calculated q max value suggested that R. mucilaginosa strains UFMG-Y27 had the highest loading capacity. The type strain CBS 316 had the lowest q max but showed the highest affinity for silver ions. The results provided by the Fourier Transform Infra Red analysis (FTIR) suggest that C=O groups represent the main reactive site for silver uptake by the strain UFMG-Y27.
Quatro linhagens de Rhodotorula mucilaginosa e uma linhagem padrão dessa mesma espécie foram investigadas quanto a habilidade de acumular íons de prata livres (Ag+) e complexados [Ag (CN)2-], através de processos dependentes e independentes do metabolismo. A habilidade de acumular Ag+ foi observada em ambas as células, vivas e mortas. Contudo, o acúmulo de Ag (CN)2- foi um processo estritamente dependente de energia. Durante os estudos que avaliaram a dependência de uma fonte energética para o acumulo de íons de prata livres (Ag+) foi observado que a adição de glicose resultou na diminuição do acúmulo de Ag+ por três linhagens (UFMG -- Y02, 27 and 35). Ao passo que as linhagens CBS 316 e UFMG -- Y01 apresentaram aumento do acúmulo desse metal. A analise dos resultados de biossorção através do modelo de Langmuir, sugerem que a linhagem UFMG -- Y27 possui a maior capacidade de acúmulo de prata (carga). Enquanto que a linhagem padrão CBS 316 apresentou a menor capacidade de carga e a maior afinidade por ions de prata. Analises de infra vermelho da biomassa fúngica, com e sem prata, mostraram que os grupamentos C=O foram os principais sítios de ligação desse metal pela linhagem UFMG -- Y27.