RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a eficácia do uso de realidade virtual para o manejo da dor durante procedimentos de cuidados com feridas em pacientes queimados. MÉTODO: Revisão sistemática com meta-análise incluindo ensaios clínicos randomizados que usaram aparelhos de realidade virtual para controle álgico durante o cuidado de feridas por queimaduras. As bases de dados utilizadas foram PubMed/MEDLINE, Cochrane CENTRAL, SciELO, Scopus, ScienceDirect e NIH Clinical Trials Registry. O risco de enviesamento dos estudos incluídos foi analisado com a ferramenta RoB2 da Cochrane. A análise estatística foi realizada por diferença de médias padronizada em modelo de efeitos aleatórios, com intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Foram identificados 137 estudos, dos quais 13 alcançaram os critérios de elegibilidade. O uso de realidade virtual se mostrou efetivo para reduzir a intensidade da dor durante o procedimento de cuidado de feridas. A intervenção também se mostrou benéfica para desfechos adicionais, como a redução do tempo que o paciente permanece pensando na dor. A intervenção não se mostrou estatisticamente superior ao grupo de comparação na redução de sintomas ansiosos durante o procedimento. CONCLUSÕES: O presente estudo apresentou algumas limitações devido à heterogeneidade e risco de viés dos estudos originais, mas, ainda assim, as intervenções de realidade virtual se mostram como estratégia útil no manejo da dor procedimental em pacientes queimados.
OBJECTIVE: To evaluate the efficacy of virtual reality for pain management during wound care procedures in burn patients. METHODS: Systematic review with metanalysis including randomized clinical trials of virtual reality devices interventions for pain management during burn wound care. The databases used were PubMed/MEDLINE, Cochrane CENTRAL, SciELO, Scopus, ScienceDirect e NIH Clinical Trials Registry. The risk of bias of included studies was assessed with Cochrane's RoB2. Statistical analysis was performed by using the Standardized Mean Differences in a random effects model with a 95% confidence interval. RESULTS: 137 studies were identified, of which 13 achieved the eligibility criteria. The use of virtual reality was effective for reducing pain intensity during the wound care procedure. The intervention was also found to be beneficial for additional outcomes, such as reducing the time spent thinking about pain. The intervention was not superior to control for the reduction of anxiety during the procedure. CONCLUSIONS: This review had some limitations due to heterogeneity and risk of bias of the original studies, however, virtual reality interventions were found to be a useful strategy for pain management in burn patients.