RESUMO
O M. leprae é o agente da hanseníase. Por ser um bacilo não cultivável em meios definidos, seu diagnóstico é essencialmente clínico. Pesquisas têm sido realizadas para desenvolver novas ferramentas de diagnóstico e consequente detecção precoce da doença. O objetivo deste trabalho é investigar e apresentar o que há de atual nas pesquisas em relação ao diagnóstico laboratorial da hanseníase. Foi realizada revisão bibliográfica, que utilizou 57 artigos provindos da MEDLINE, PUBMED, LILACS, SciELO, PAHO e WHOLIS, com os unitermos: diagnóstico, hanseníase, Mycobacterium leprae, PGL-I, biópsia, diagnóstico molecular, PCR, sorologia e transmissão. Foi constatado que exames auxiliam no diagnóstico diferencial, mas não há um exame considerado padrão-ouro. Os testes clássicos como baciloscopia, biópsia e Mitsuda continuam sendo utilizados. O sorodiagnóstico, baseado na detecção de anticorpos IgM ao glicolipídio fenólico I (PGLI), foi explorado e vários testes desenvolvidos para diagnóstico. As técnicas moleculares que utilizam genes específicos do M. leprae como alvo são utilizadas para auxiliar em casos difíceis e são consideradas técnicas promissoras pela alta sensibilidade e especificidade, mas a maioria, ainda restritas à pesquisa, devido ao alto custo que inviabiliza sua utilização na rotina laboratorial. Novos métodos estão sendo testados, mas ainda são inviáveis pela tecnologia sofisticada e custo elevado ou por oferecerem valor prognóstico e não diagnóstico...