RESUMO
Ontem, nos idos de 1885, na Salpêtrière, em Paris, coisas incríveis aconteciam diante dos olhos de Charcot e de seus discípulos, durante a apresentação de doentes - como as histéricas. Mas, mesmo tendo verbalizado que se tratava sempre da 'coisa genital', Charcot não chegou a nenhuma conclusão pois, 'nem tudo o que o mestre sabe ele admite, nem tudo o que a histérica desconhece inexiste, nem tudo o que a universidade pretende incluir é aceito sem reservas.' Não havia mais alternativa senão a de abrir as portas para a psicanálise. Mas, desde o seu nascimento, a psicanálise enfrentou resistências a tudo o que traz de inquietante: o inconsciente, a sexualidade, o gozo. Hoje, perto do ano 2.000, em relação ao que Freud chamava resistências à 'psicanálise', presenciamos aquilo que Lacan denomina 'fechamento do inconsciente'. No atual momento histórico, tal 'fechamento' é proporcionado pelos efeitos do 'discurso capitalista', o qual fala da eficácia dos recursos medicamentosos no tratamento das perturbações psíquicas.'Moral da história: ninguém mais será responsável pelos seus temores, desde que a culpa possa ser atribuída aos 'neurotransmissores' - os quais não explicam o desejo, assim como a dopamina não esclarece o além do princípio de prazer e a serotonina não substitui a libido. Amanhã, quem poderá profetizar o futuro da psicanálise (AU)
RESUMO
A sociedade contemporânea apresenta características próprias ou especiais que refletem e interferem nas manifestações da sexualidade
Assuntos
Literatura , Sexo , Mulheres , Cultura , Psicanálise , Literatura , Sexo , Cultura , PsicanáliseRESUMO
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