RESUMO
OBJETIVO: O presente trabalho visa avaliar a adesäo das pacientes ao Tratamento de Reposiçäo Hormonal (TRH). CASUíSTICA E MÉTODOS: Foram selecionadas 276 mulheres climatéricas para as quais foi prescrita a reposiçäo estrogênica associada ou näo aos progestágenos, de acordo com a normatizaçäo do Serviço. Foram observados, a faixa etária, o período do climatério, sintomatologia climatérica e, 12 meses após a prescriçäo da TRH, foram analisadas, a evoluçäo dos sintomas após a instituiçäo da TRH, uso correto e/ou regular, motivo do näo uso, a frequência e os motivos da interrupçäo do tratamento e a ausência de retorno ao serviço. RESULTADOS: Os principais sintomas referidos foram fogachos, artralgia, cefaléia, insônia. Noventa e seis por cento das pacientes referiram melhora da sintomatologia após o início da TRH. A TRH foi prescrita a 276 pacientes, das quais 24,3 por cento näo retornaram ao serviço. Das que retornaram, 38 por cento iniciaram o tratamento. Destas, 99 por cento utilizaram corretamente e 89 por cento de forma regular. Das que iniciaram a TRH, 27,6 por cento interromperam o tratamento. O principal motivo pelo näo uso ou pela interrupçäo do tratamento foi a dificuldade financeira, seguida pelo medo ou ocorrência do sangramento uterino durante a TRH.
Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Pacientes Desistentes do Tratamento , Estrogênios/efeitos adversos , Estrogênios/uso terapêutico , Custos de Cuidados de Saúde , Menopausa/efeitos dos fármacos , Cooperação do Paciente , Terapia de Reposição de Estrogênios , Recusa do Paciente ao TratamentoRESUMO
Foram estudadas 300 pacientes atendidas com abortamento de janeiro a junho de 1994, divididas entre as com abortamento provocado ou espontâneo. Compararam-se a idade, o estado civil, o grau de instruçao e a renda familiar nos dois grupos. Das pacientes com abortamento provocado, 37,3 por cento tinham idade inferior a 20 anos, o que aconteceu em apenas 21,5 por cento das vezes naquelas com abortamento espontâneo. A maioria das pacientes com abortamento provocado (62,7 por cento) e apenas 27,2 por cento das com abortamento espontâneo eram solteiras. Nao houve diferença em relaçao ao grau de instruçao e à renda familiar entre os dois grupos estudados.
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Aborto Induzido , Aborto Espontâneo/epidemiologia , Fatores Etários , Escolaridade , Renda , Estado Civil , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
Visa este estudo mostrar a metodologia empregada por 143 pacientes que provocaram o abortamento e que foram atendidas na Maternidade da Encruzilhada, Recife, de 1 de janeiro a 30 de junho de 1994. Todas as pacientes com abortamento atendidas no período referido eram submetidas a uma anamnese acurada quando se investigava se o abortamento fora provocado ou espontâneo. Nos casos de abortamento provocado, investigava-se o método utilizado. Nos casos simples sem infecçao, o tratamento de escolha era a curetagem uterina. Na presença de infecçao ou manuseio por sonda ou gotas cáusticas, associava-se um ou mais antibióticos, conforme a gravidade do caso. Os métodos mais utilizados pelas pacientes para provocar o abortamento foram: misoprostol 77 por cento, sonda só ou associada a gotas 17 por cento, chás diversos 11 por cento e injetáveis 5 por cento. Os seguintes métodos terapêuticos foram realizados: curetagem uterina 70 por cento, curetagem uterina e um antibiótico 16 por cento, curetagem uterina e dois antibióticos 7 por cento e curetagem uterina e três antibióticos 7 por cento. Nao houve complicaçoes sérias a registrar e o misoprostol foi o método mais freqüentemente utilizado para provocar o abortamento. Em 70 por cento das vezes, a curetagem uterina foi o tratamento único e em 30 por cento das oportunidades foi acrescido o antibiótico. Enfatiza-se, por fim, a grande importância do planejamento familiar como soluçao definitiva para o problema do abortamento provocado.