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J. bras. psiquiatr ; J. bras. psiquiatr;63(2): 177-181, 07/2014. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-718271

RESUMO

Objectives Discuss neuropsychiatric aspects and differential diagnosis of catatonic syndrome secondary to systemic lupus erythematosus (SLE) in a pediatric patient. Methods Single case report. Result A 13-year-old male, after two months diagnosed with SLE, started to present psychotic symptoms (behavioral changes, hallucinations and delusions) that evolved into intense catatonia. During hospitalization, neuroimaging, biochemical and serological tests for differential diagnosis with metabolic encephalopathy, neurological tumors and neuroinfections, among other tests, were performed. The possibility of neuroleptic malignant syndrome, steroid-induced psychosis and catatonia was also evaluated. A complete reversal of catatonia was achieved after using benzodiazepines in high doses, associated with immunosuppressive therapy for lupus, which speaks in favor of catatonia secondary to autoimmune encephalitis due to lupus. Conclusion Although catatonia rarely is the initial clinical presentation of SLE, the delay in recognizing the syndrome can be risky, having a negative impact on prognosis. Benzodiazepines have an important role in the catatonia resolution, especially when associated with parallel specific organic base cause treatment. The use of neuroleptics should be avoided for the duration of the catatonic syndrome as it may cause clinical deterioration. .


Objetivos Discutir aspectos neuropsiquiátricos e o diagnóstico diferencial da síndrome catatônica secundária a lúpus eritematoso sistêmico (LES) em paciente pediátrico. Métodos Relato de caso individual. Resultado Adolescente do sexo masculino com 13 anos de idade iniciou, após dois meses de diagnosticado com LES, quadro psicótico (alterações comportamentais, alucinações e delírios) que evoluiu para franca catatonia. Durante internação hospitalar foram realizados, entre outros, exames de neuroimagem, bioquímicos e sorologias para diagnóstico diferencial com encefalopatia metabólica, tumores neurológicos e neuroinfecções. Foi avaliada também a possibilidade de síndrome neuroléptica maligna, psicose e catatonia induzida por corticoides. Houve reversão completa da catatonia após o uso de benzodiazepínico em altas doses associado à terapia imunossupressora para o lúpus, o que fala a favor de uma catatonia secundária a uma encefalite autoimune de base lúpica. Conclusão Apesar de a catatonia ser raramente apresentação clínica inicial do LES, o atraso no reconhecimento da síndrome pode ser arriscado, tendo impacto negativo no prognóstico. Os benzodiazepínicos têm papel importante na resolução da catatonia, principalmente quando associada ao tratamento específico em paralelo para a causa orgânica de base. O uso de neurolépticos deve ser evitado durante a vigência da síndrome catatônica, podendo agravar o quadro clínico. .

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