RESUMO
OBJECTIVE: This is a cross sectional ophthalmic clinic-based study to estimate the prevalence and severity of pterygium in a selected population in the Amazon Basin, Brazil. METHODS: The study included 225 subjects above 20 years age from three different places of residence of Manaus city (group 1, n=89), river based communities (group 2, n= 116) and indigenous rainforest inhabitants (group 3, n=20). Pterygia was graded 1-4 by torch examination and gender, age and occupation determined. RESULTS: were assessed to have pterygia (grades 2-4) 117 people; 52% against 108 control subjects with bilateral disease in 43% of subjects. Prevalence of grades 2-4 increased from 36% in group 1 to 62.5 % in group 2 and 75% in group 3. Of these subjects the percentage with outdoor professions increased across the groups from 31.2% to 67.1 % and 70% respectively. Also subjects of group 2 who worked largely outdoors, showed increasing pterygia severity, from grades 2 at 57% (p=0.0002), grade 3 at 93.3% (p,0.0001) to grade 4 at 100% (p=0.0004 CONCLUSION: Amazonian communities have a high prevalence of pterygia, which correlates to greater outdoor occupation and sun exposure. This study agrees with previous worldwide reports and it is the first study to compare the prevalence of pterygium in rural and urban living in Amazonian in Brazil. This study highlights the public health significance and gross need for intervention studies.
OBJETIVO: Este é um estudo clínico oftálmico transversal para estimar a prevalência e gravidade de pterígios em uma população específica na bacia Amazônica, Brasil. MÉTODOS: O estudo incluiu 225 indivíduos acima de 20 anos de idade, oriundos de três diferentes residências na cidade de Manaus (grupo 1, n = 89), comunidades ribeirinhas (grupo 2, n = 116) e indígenas que habitam nas florestas (grupo 3, n = 20). Pterígios foram classificados de 1-4 pelo exame com tocha e determinando-se sexo, idade e ocupação. RESULTADOS: Foram diagnosticadas 117 pessoas com pterígio (graus 2-4); 52% contra 108 indivíduos com doença bilateral em 43% dos indivíduos. Prevalência de graus 2-4 aumentou de 36% no grupo 1 para 62,5% no grupo 2 e 75% no grupo 3. Dentre estes indivíduos, o percentual com profissões ao ar livre aumentou entre os grupos para 31,2%, 67,1% e 70%, respectivamente. Além disso, indivíduos do grupo 2 que trabalhavam em grande parte ao ar livre, mostrou aumento da gravidade do pterígio, com grau 2 a 57% (p=0.0002), grau 3 a 93.3% (p,0.0001) e grau 4 a 100% (p=0.0004). CONCLUSÃO: Comunidades amazônicas têm uma alta prevalência de pterígios, que se correlaciona com maior ocupação ao ar livre e exposição ao sol. Este estudo concorda com relatórios anteriores em todo o mundo e é o primeiro estudo a comparar a prevalência de pterígio nas zonas rural e urbana da Amazônia no Brasil. Este estudo destaca a importância da saúde pública e a necessidade de estudos de intervenção.