RESUMO
A autora aborda o autismo como fracasso do circuito pulsional entre o bebê e aquele que faz função de Outro para ele, o que produz a ausência da apetência simbólica característica dos bebês com desenvolvimento padrão, ficando o bebê fechado em si mesmo, assim como seu Outro, extremamente perturbado, também se fecha ao contato com ele. Defende a idéia de que a proposta terapêutica depende da concepção do distúrbio. Assim, na abordagem comportamental, trata-se de fazer suplência aos déficits cognitivos, através de um treinamento específico, que reforça o fechamento da criança ao Outro; enquanto na abordagem psicanalítica se trata de apostar na criança como sujeito, na sua relação com o Outro. Propõe três etapas para o trabalho psicanalítico com crianças autistas: aproximação, engajamento e trocas, ilustrando com um caso clínico(AU)
The author approaches the autism as a failure in the drive circuit between the baby and the one who play the role of the Other to him, that brings the absence of the symbolic appetence typical in babies with normal development. The baby stays closed in himself, just like his Other, extremely disturbed, also stays with no contact with him. The author defends that the therapeutic proposition depends on the conception of the trouble. So, the behaviorist approach proposes supplying the cognitive deficits through a specific training, increasing the closure of the child to the Other. The psychoanalytic approach proposes to bet in the child as a subject in its relationship with the Other. The author also proposes three steps to the psychoanalytic work with autistic children: approximation, engagement and exchanges, and illustrates this with a clinical case
