RESUMO
Uma avaliação da magnitude das infecções hospitalares em grandes queimados da área pediátrica do Hospital João Alves Filho foi realizada de 20 de novembro de 1996 a abril de 1997. Neste período foram analisados 74 casos de crianças com idades entre 0 e 12 anos, objetivando verificar a ocorrência de infecções hospitalares (IH), determinar os agentes etiológicos e respectivas sensibilidade e resistência a antimicrobianos. Uma busca aos prontuários forneceu informações sobre os antibióticos empregados como medidas profiláticas. Foi feita análise microbiológica das superfícies do ambiente. Dos 74 pacientes admitidos, 4 (5,4%) apresentaram 14 episódios de infecções nosocomiais (18,97%) causadas por: Pseudomonas aeruginosa (54,14%), Staphylococcus aureus (7,14%), Cedecea lapagei (7,14%), Klebsiella pneumoniae (7,14%), Proteus mirabilis (14,28%) e Proteus vulgaris (7,14%). O patógeno prevalente também nas superfícies, Pseudomonas sp., apresentou sensibilidade a Imipenem (75%), Cefepime, Norfloxacin e Azetreonam (62,5% cada). Os dados indicaram o uso de profiláticos em 100% dos casos