RESUMO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em torno de um milhão de gestantes ao ano são infectadas por Sífilis. Ainda que as estas tenham acesso ao pré-natal e possibilidade de diagnóstico da doença durante esse período, o que se percebe é que o ciclo de transmissão vertical não tem sido interrompido. Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), em 2016, o Rio Grande do Sul foi o estado que apresentou as maiores taxas de incidência de Sífilis Adquirida e de Sífilis Congênita, foram 93 casos /100 mil habitantes de Sífilis Adquirida e 12,5 casos/1.000 nascidos vivos de Sífilis Congênita. O presente estudo objetivou investigar o que os pais e mães de recém-nascidos com Sífilis Congênita conheciam e entendiam sobre essa enfermidade e seu tratamento, buscou-se identificar se durante o pré-natal estes foram orientados em relação à Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e se houve dificuldade para a realização do tratamento durante o período gestacional. O estudo norteou-se por uma pesquisa qualitativa, um estudo descritivo-exploratório. A coleta de dados foi feita através de entrevista semi-estruturada de forma individual, em dois hospitais públicos de Porto Alegre, pertencentes ao Grupo Hospitalar Conceição. 1. Enfermeira Residente do Programa de Atenção Materno-Infantil e Obstetrícia da Residência Multiprofissional em Saúde do Grupo Hospitalar Conceição de Porto Alegre - RS 2. Médica do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição de Porto Alegre - RS categorias: entendimento sobre Sífilis e uso de métodos preventivos; falhas de comunicação e de tratamento; e entendimento dos pais quanto à internação dos recém-nascidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
