RESUMO
The scope of this paper is to identify the experience, attitudes and impressions of health care professionals (HCPs) in addressing the needs of women patients suffering from intimate partner violence (IPV). In-depth interviews were conducted with 14 doctors and 11 nurses in Ribeirão Preto. Results show that there is an 'apparent invisibility' of IPV, the convenience of a tacit compact of silence about such violence on the part of women and HCPs. We studied the reasons given by HCPs for failing to deal with IPV. We also addressed the health service facility context, and the diversity of the professioinals' responses to violence, with indications of the emergence of a more proactive and positive stance. Qualitative data analysis highlights previous survey findings. A positive response from HCPs shows that there is perhaps some change from a narrow, medically-focused model of health care, to a more broadly defined social model.
Assuntos
Atitude do Pessoal de Saúde , Maus-Tratos Conjugais , Brasil , Feminino , Humanos , Enfermeiras e Enfermeiros , Médicos , Encaminhamento e ConsultaRESUMO
The scope of this paper is to identify the experience, attitudes and impressions of health care professionals (HCPs) in addressing the needs of women patients suffering from intimate partner violence (IPV). In-depth interviews were conducted with 14 doctors and 11 nurses in Ribeirão Preto. Results show that there is an 'apparent invisibility' of IPV, the convenience of a tacit compact of silence about such violence on the part of women and HCPs. We studied the reasons given by HCPs for failing to deal with IPV. We also addressed the health service facility context, and the diversity of the professioinals' responses to violence, with indications of the emergence of a more proactive and positive stance. Qualitative data analysis highlights previous survey findings. A positive response from HCPs shows that there is perhaps some change from a narrow, medically-focused model of health care, to a more broadly defined social model.
Objetivos: Identificar a experiência, as atitudes e os sentimentos dos profissionais de saúde (PS) quando abordam as necessidades de mulheres que sofrem violência do parceiro íntimo (VPI). Método: Foram realizadas entrevistas em profundidade com 14 médicos e 11 enfermeiras em Ribeirão Preto. Resultados: Há uma aparente invisibilidade e a conveniência de um acordo tácito de silêncio por parte da mulher e do PS; exploramos as razões dadas por eles para esta inabilidade em atender VPI. Também abordamos o contexto dos serviços de saúde, a diversidade de respostas dos profissionais e a emergência uma postura mais proativa e positiva. Discussão: A análise qualitativa realça os resultados de um inquérito prévio. Uma resposta positiva mostra que talvez haja algumas mudanças de perspectiva de um modelo medicalizado de cuidado à saúde para um modelo mais abrangente ou integral que define saúde como social.
Assuntos
Feminino , Humanos , Atitude do Pessoal de Saúde , Maus-Tratos Conjugais , Brasil , Enfermeiras e Enfermeiros , Médicos , Encaminhamento e ConsultaRESUMO
OBJETIVOS: Várias são as políticas públicas no Brasil para o enfrentamento da violência contra a mulher. Registra-se na literatura que os profissionais de saúde acham o tema de difícil abordagem. Para melhorar o atendimento no SUS em Ribeirão Preto, realizou-se um estudo para avaliar o conhecimento e a atitude dos profissionais de saúde em relação à violência de gênero. MÉTODOS: Contataram-se 278 profissionais de saúde, dos quais 221 foram entrevistados utilizando-se um questionário estruturado. RESULTADOS: 51 (23,0 por cento) eram enfermeiras e 170 (77,0 por cento) médicos; 119 (53,8 por cento) homens e 102 (46,2 por cento) mulheres, com idade média de 38,6 anos; 200 (90,5 por cento) consideravam-se brancos ou asiáticos e 21 (9,5 por cento) pretos e pardos. Tinham em média 12,5 anos de vida profissional e 158 (68,8 por cento) eram oriundos de universidade pública. Apenas pouco mais da metade (58,7 por cento) mostrou conhecimento geral adequado (bom e alto) sobre a violência de gênero, o que indica a necessidade de capacitar os profissionais para este atendimento. Em relação às barreiras para averiguar a violência, os profissionais citaram a falta de uma política institucional e o silêncio da mulher que não revela a violência. Os entrevistados, em particular as mulheres jovens, apresentaram atitudes mais favoráveis para o acolhimento da mulher em situação de violência. CONCLUSÕES: A maioria dos entrevistados demonstrou atitudes positivas e podemos inferir que há bom potencial para o manejo adequado dos casos, se receberem capacitação.
Assuntos
Masculino , Feminino , Adulto , Humanos , Atitude do Pessoal de Saúde , Mulheres Maltratadas , Assistência Integral à Saúde , Violência Doméstica , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Capacitação em Serviço , Notificação de AbusoRESUMO
Buscou-se identificar como puérperas adolescentes, internadas em uma maternidade filantrópica de um município paulista, reconheceram a assistência pré-natal a elas prestada. Foi realizado um estudo descritivo com aplicação do método estatístico em adolescentes de uma maternidade paulista, em 2002 e 2003. A amostra constituiu-se de 49 adolescentes entre 14 e 19 anos, 43% não concluíram o ensino fundamental; 46,9% não usavam métodos contraceptivos, 6,1% eram tercigestas ou quadrigestas; 49% realizaram entre 6 e 9 consultas, 83,7% consideraram boa ou ótima a assistência recebida e 46,9% apontaram a presença do acompanhante como fator positivo; 85,7% tiveram dúvidas durante a gestação e em apenas 42,9% dos casos foram esclarecidas por profissionais de saúde; 14,3% não tiveram suas dúvidas esclarecidas adequadamente e 8,2% referiram que os profissionais não usaram linguagem adequada ou não proporcionaram um ambiente propício para sua exposição. Considerar características do desenvolvimento da adolescente na organização da assistência pode garantir sua maior adesão e confiança e diminuir os riscos de uma gravidez precoce.