Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 2 de 2
Filtrar
Mais filtros










Intervalo de ano de publicação
1.
Psicol. ciênc. prof ; 44: e258946, 2024.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1558745

RESUMO

Resumo: Este trabalho tem o objetivo de analisar as concepções de maternidade para mulheres inférteis de diferentes níveis socioeconômicos que estão em tratamento de reprodução assistida. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, que utilizou como instrumento uma entrevista semiestruturada e contemplou temas como o significado de família, desejo/expectativas sobre filho e gestação e expectativas sobre a maternidade. Participaram da pesquisa 48 mulheres inférteis acima de 35 anos que usam tecnologias de reprodução assistida de alta complexidade em instituições privada e pública. Os dados foram tratados pela análise de conteúdo em que emergiram os temas: representações sociais da família; representações sociais da maternidade; expectativas com a gestação e os modelos maternos; e o filho imaginado. As participantes representaram a família de forma positiva, como um sistema de suporte, de fundação e origem de amor, configurando-a como um laço social. Por outro lado, as concepções de família com base na consanguinidade também estiveram presentes, representando a família pela perpetuação da espécie e pela importância do laço biológico. A maternidade foi marcada por significativa idealização, sendo vista como um papel gratificante e de realização da feminilidade. O peso da cobrança social para procriar também foi sentido como um dever a cumprir e que, na impossibilidade de se realizar, gera sentimentos de inferioridade, menos-valia, impotência e inadequação perante a sociedade, o que reforça o estigma da infertilidade. Tais resultados apontam a importância de reflexões sobre o papel da mulher na nossa cultura, visto que a maternidade é ainda utilizada como medida para o sucesso ou fracasso feminino. Faz-se necessário também refletir sobre a possibilidade da maior inserção do trabalho psicológico na reprodução assistida, visto a carga emocional e social envolvidas nesse processo.


Abstract: This study aimed to analyze the conceptions of motherhood for infertile women from different socioeconomic levels who are undergoing assisted reproduction treatment. This is a qualitative and descriptive study that used a semi-structured interview as an instrument and included topics such as the meaning of family and desires/expectations about the child, pregnancy, and motherhood. A total of 48 infertile women over 35 years of ages using high-complexity assisted reproductive technologies in private and public institutions participated in this research. The data were treated by content analysis in which the following themes emerged: family social representations; social representations of motherhood; expectations with pregnancy and maternal models; and the imagined son. Participants represented the family in a positive way as a support system and the foundation and origin of love, embracing the family as a social bond. On the other hand, the family concepts based on inbreeding were also present, representing the family by perpetuation of the species and the importance of biological bonds. Motherhood was marked by significant idealization, being seen as a gratifying role and the fulfillment of femininity. The weight of the social demand to procreate was also felt as a duty to be fulfilled that, in the impossibility of carrying it out, generates feelings of inferiority, worthlessness, impotence, and inadequacy toward society, which reinforce the stigma of infertility. Results point to the necessary reflections on the role of women and our culture since Motherhood is still used as a measure of female success or failure. They also point to a reflection on the possibility of greater inclusion of psychological work in assisted reproduction given the emotional and social burden involved in this process.


Resumen: Este estudio tuvo como objetivo analizar las concepciones de maternidad de mujeres infértiles, de diferentes niveles socioeconómicos, que se encuentran en tratamiento de reproducción asistida. Se trata de un estudio cualitativo, descriptivo, que utilizó como instrumento una entrevista semiestructurada e incluyó temas como el sentido de la familia, deseos/expectativas sobre el hijo y el embarazo y expectativas sobre la maternidad. Participaron en la investigación un total de 48 mujeres infértiles, mayores de 35 años, usuarias de tecnologías de reproducción asistida de alta complejidad en instituciones públicas y privadas. Los datos se sometieron a análisis de contenido del cual surgieron los temas: representaciones sociales familiares; representaciones sociales de la maternidad; expectativas con el embarazo y modelos maternos; hijo imaginado. Las participantes representaron a la familia de manera positiva, como sistema de apoyo, fundamento y origen del amor, configurándola como vínculo social. Por otro lado, también estuvieron presentes las concepciones familiares basadas en la consanguinidad, representando a la familia para la perpetuación de la especie y la importancia del vínculo biológico. La maternidad estuvo marcada por una importante idealización, vista como un rol gratificante y de realización de la feminidad. También se sintió el peso de la demanda social de procrear como un deber que cumplir y que, ante la imposibilidad de realizarlo, genera sentimientos de inferioridad, desvalorización, impotencia e inadecuación en la sociedad, lo que refuerza el estigma de la infertilidad. Por tanto, son necesarias reflexiones sobre el papel de la mujer en nuestra cultura, ya que la maternidad se sigue utilizando como medida del éxito o fracaso femenino. También se reflexiona sobre la posibilidad de una mayor inclusión del trabajo psicológico en la reproducción asistida dada la carga emocional y social que implica este proceso.

2.
Psicol. ciênc. prof ; 41: e224530, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1346802

RESUMO

Este artigo objetivou compreender o imaginário materno sobre os partos cesáreo e vaginal. Para isso, utilizou-se de revisão da literatura e entrevista semi-estruturada com quatro gestantes participantes do Grupo de Gestantes de uma maternidade pública de Goiânia. Os dados foram tratados pela análise de conteúdo e mostraram uma visão mais positiva sobre a via vaginal em contraposição ao cirúrgico, que se relacionou à intercorrência. Além disso, o imaginário das participantes se mostrou em grande parte permeado por sentimentos e ideias negativas como medo, ansiedade e preocupação sobre ambos os partos. As principais informações que baseiam as concepções das gestantes partem das experiências passadas por outras mulheres e não dos conhecimentos médicos, de modo que são constituídas principalmente por histórias de violência, dor e desrespeito. Conclui-se que o imaginário materno, formado a partir do contexto atual de saúde, compreende o parto como um evento temido, que se desejaria evitar. Percebe-se que a assistência em saúde prestada hoje ainda é insuficiente por não orientar corretamente a mulher e dificultar que ela domine a cena do parto, o que a deixa à margem da humanização. Ademais, o cuidado terapêutico voltado à mulher não se pauta na opinião e nos sentimentos da paciente para embasar sua atuação, o que de certa forma contribui para manutenção do imaginário negativo sobre parto e demanda maior empenho em relação às práticas e à educação permanente.(AU)


This article sought to understand the maternal imaginary on cesarean and vaginal deliveries. Data were collected by means of a literature review and semi-structured interviews conducted with four pregnant women, participants of the Group of Pregnant Women in a public maternity hospital in Goiânia, and treated by content analysis. The results indicate that mothers tend to have a more positive view of the vaginal route, associating surgical deliveries to pregnancy complications. Being mostly informed by the experiences of other women rather than by medical knowledge, and thus influenced by stories of violence, pain, and disrespect, the imagery of participants proved to be largely permeated by negative feelings and ideas about both types of birth, such as fear, anxiety, and concern. Thus, in the current health context, the maternal imaginary understands childbirth as a feared event, which one would want to avoid. This finding highlights the inappropriate healthcare provided to pregnant women, failing in properly guiding and preventing them from controlling the delivery scene, being left on the margins of humanization. This is because the therapeutic care aimed at women is not based on the patient's opinion and feelings, thus contributing to the maintenance of this negative imagery about childbirth and demanding greater commitment in relation to practices and permanent education.(AU)


Este artículo tuvo como objetivo comprender el imaginario materno sobre cesáreas y partos vaginales. Para eso, se hace una revisión de la literatura y una entrevista semiestructurada con cuatro mujeres embarazadas, participantes del Grupo de Mujeres Embarazadas en un hospital público de maternidad en Goiânia (Brasil). En los datos obtenidos se aplicaron análisis de contenido en que se reveló una visión más positiva de la ruta vaginal en comparación con la quirúrgica relacionada con la complicación. Además, en el imaginario de las participantes figuran sentimientos e ideas negativas como el miedo, la ansiedad y la preocupación por ambos tipos de parto. La información principal que respalda las concepciones de las mujeres embarazadas proviene de las experiencias transmitidas por otras mujeres, y no del conocimiento médico, que consiste principalmente en historias de violencia, dolor y falta de respeto. Se concluye que el imaginario materno, formado a partir del contexto de salud actual, entiende el parto como un evento temido, que hubieran querido evitar. Está claro que la atención médica brindada hoy en día aún es insuficiente porque no guía correctamente a las mujeres y les impide dominar la escena del parto, dejándolas al margen de la humanización. Se percibe que la atención terapéutica dirigida a las mujeres no se basa en su opinión y sentimiento para respaldar el desempeño, lo que de cierta manera contribuye al mantenimiento de esta imagen negativa sobre el parto y exige un mayor compromiso en relación con las prácticas y la educación permanente.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto Jovem , Letramento em Saúde , Entorno do Parto , Apresentação no Trabalho de Parto , Mães , Complicações na Gravidez , Psicologia , Nascimento Vaginal Após Cesárea , Cuidados Médicos , Gestantes , Dor do Parto , Emoções , Respeito , Maternidades
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...