A ciência impossível: elementos para uma epistemologia da psicanálise

Este artigo pretende mostrar a importância da reflexão epistemológica para a Psicanálise de modo a evitar a tendência ao dogmatismo e sectarismo das instituições. No entanto, a cientificidade da Psicanálise sempre foi questionada a partir de um ponto de vista empirista. O desenvolvimento da filosofia pós-empirista da ciência abre, entretanto, novas perspectivas para a compreensão da especificidade da Psicanálise com conhecimento rigoroso. Apesar disso a Psicanálise não se pode ser inteiramente elucidada pela epistemologia por seu caráter intrinsecamente paradoxal

Sobre a crise pós-moderna da psicanálise

O artigo pretende inicialmente mostrar que a Psicanálise não pode deixar de sofrer o impacto das recentes transformações culturais que alguns autores denominam como 'Pós-Modernidade'. Entretanto, o vínculo Psicanálise-Cultura não implica na adoção de uma posição relativista em relação à sua cientificidade e de rejeição do programa metapsicológico freudiano

Gênese e significado da metapsicologia

O nosso artigo pretende enfatizar a necessidade de inserção da Psicanálise na história intelectual da modernidade ocidental. Para isso mostra, no âmbito do pensamento freudiano, a existência de uma complexa articulação dialética entre clínica e metapsicologia

Psicanálise e modernidade: as metamorfoses do mal-estar

Esta “Comunicação” pretende confrontar – no âmbito mais amplo de uma investigação sobre os escritos socioculturais de Freud – o texto do “Mal-estar na Civilização” com as transformações culturais que são descritas, genericamente, como passagem da “Modernidade” à “Pós-Modernidade”. Limitamo-nos, no entanto, a interrogar, à luz dessas mudanças, aquilo que Freud indicou como as fontes do “mal-estar”: a natureza, o corpo, a sociedade (Estado)

O saber padecente: sobre a problemática da cultura na teoria freudiana

O nosso artigo pretende examinar, numa primeira abordagem, o estatuto teórico dos escritos socioculturais de Freud no conjunto de sua obra e, em especial, de sua metapsicologia. Com essa finalidade – determinar as possibilidades e limites da concepção freudiana de cultura – procuramos articular três planos: o da crítica cultural vienense, o da epistemologia positivista e o da dialética teoria-práxis (clínica)