RESUMO
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a hepatite B destaca-se como uma doença de transmissão ocupacional na prática odontológica, causando interrupções precoces na vida profissional dos dentistas. Portanto é fundamental recorrer-se às imunizações antes do início da vida profissional. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a situação vacinal e soroprevalência para hepatite B em uma amostra de 120 cirurgiões-dentistas (CDs) de Salvador - Bahia. Os dados clínico-epidemiológicos foram obtidos por questionário individual, auto-aplicativo. Os marcadores sorológicos anti-HBs, anti-HBc total e AgHBs foram dosados por ensaio imunoenzimático quimioluminescente automatizado. Os resultados mostraram que 5,83por cento apresentaram positividade para o anti-HBc total, porém nenhuma das amostras mostrou positividade no teste de identificação do AgHBs. Observou-se que a maioria dos indivíduos estudados receberam quatro doses da vacina (53,4por cento). Respeitaram os intervalos entre as doses 72,1por cento dos indivíduos e 21,7por cento apresentaram níveis séricos de anti-HBs inferiores a 10mUI/ml s. O índice de acidentes com material pérfuro-cortante foi elevado, muito embora apenas um diminuto número de profissionais procurou tomar medidas preventivas recomendadas pós-acidente. O estudo sugere a realização de campanha de conscientização a respeito da importância da avaliação sorológica pós-vacinal, assim como da profilaxia pós-exposição.