RESUMO
A entrada de uma criança no consultório de um analista é quase sempre uma demanda terceirizada, mediada pelo Outro que se sentindo inapto diante daquele sintoma, solicita que o analista desvele, cure. A clínica da psicanálise nos ensinou que a criança, na verdade, é o sintoma dos pais, no entanto, é perceptível que uma boa parcela dos pais não desejam entrar em análise eles próprios, eles querem saber, mas nem tanto. O inevitável desencontro dos pais e dos filhos mediante esse sintoma que convoca o Outro nos provoca o saber. Esse desejo por um mais além, culminou nas linhas que se seguem, em que figura uma criança no consultório desvelando através das suas brincadeiras, o seu mal-estar.(AU)
The entrance of a child into an analysts office is almost always an outsourced demand, mediated by the Other who feels unfit for the symptom, asks the analyst to uncover, heal. The clinic of psychoanalysis has taught us that the child, in fact, is the symptom of the parents, however, it is noticeable that a good portion of the parents do not wish to enter into analysis themselves, they want to know, but not so much. The inevitable mismatch between parents and children through this symptom that summons the Other causes us to know. This desire for a further, culminated in the following lines, in which there is a child in the office revealing through games and make-believes, their malaise.(AU)