Da arte-sublimação à arte-sinthoma: oque Joyce ensina à psicanálise / From the art-sublimation until theart-sinthome: what Joyce teaches the psychoanalysis

Neste artigo, a autora interessa-se, assim como Freud e Lacan, pelo processo criativo e a relação entre a psicanálise e a arte. Freud, ao longo de sua elaboração da teoria psicanalítica, atribuiu diferentes conotações ao conceito de sublimação. Na esteira freudiana, Lacan também foi pródigo na produção de conotações para o termo sublimação. Após nos levar por ambos os percursos, a autora trabalha a arte-sinthoma como gozo de letra a partir da relação artística de James Joyce, ilustrada, sobretudo,com fragmentos de sua obra Um retrato do artista quando jovem, tendo em vista que Joyce conduziu Lacan a ampliar conceitos fundamentais da psicanálise: o inconsciente, o Nome-do-Pai e o sinthoma.(AU)

A perversão e a teoria queer / Perversion and queer theory

O presente texto parte da constatação do contraste entre a alta incidência do termo perversão na doutrina psicanalítica e sua baixa frequência nos relatos clínicos. Objetiva discutir a hipótese de que a política feminista denominada teoria queer é uma forma contemporânea de laço social que se sustenta no mecanismo perverso da Verleugnung e que almeja construir um novo saber sobre o sexo. A primeira parte do texto desenvolve a teoria psicanalítica da perversão, percorrendo textos de Freud e de Lacan. A segunda parte esclarece alguns dos principais argumentos da teoria queer, em particular, a hegemonia epistemológica da heterossexualidade compulsória e a multiplicidade sexual primária. Os parágrafos finais do texto elaboram uma crítica psicanalítica da teoria queer. (AU)

This text verifies initially the contrast between the large incidence of the word perversion in the psychoanalytical theory and its small frequency in clinical reports. It intends to discuss the hypothesis that the feminist politics called “queer theory” is a contemporary form of the social link based on the perverse mechanism of the Verleugnung and that it wishes to construct a new knowledge about sex. The first section of the text develops the psychoanalytical theory of perversion, consulting Freud and Lacan’s texts. The second section explains some of the most important arguments of the queer theory, particularly, the theoretical dominance of the compulsory heterosexuality and the primary sexual multipicity. The final paragraphs produce a queer theory’s psychoanalytical review. (AU)

A perversão e a teoria queer / Perversion and queer theory

O presente texto parte da constatação do contraste entre a alta incidência do termo perversão na doutrina psicanalítica e sua baixa frequência nos relatos clínicos. Objetiva discutir a hipótese de que a política feminista denominada teoria queer é uma forma contemporânea de laço social que se sustenta no mecanismo perverso da Verleugnung e que almeja construir um novo saber sobre o sexo. A primeira parte do texto desenvolve a teoria psicanalítica da perversão, percorrendo textos de Freud e de Lacan. A segunda parte esclarece alguns dos principais argumentos da teoria queer, em particular, a hegemonia epistemológica da heterossexualidade compulsória e a multiplicidade sexual primária. Os parágrafos finais do texto elaboram uma crítica psicanalítica da teoria queer.

This text verifies initially the contrast between the large incidence of the word perversion in the psychoanalytical theory and its small frequency in clinical reports. It intends to discuss the hypothesis that the feminist politics called “queer theory” is a contemporary form of the social link based on the perverse mechanism of the Verleugnung and that it wishes to construct a new knowledge about sex. The first section of the text develops the psychoanalytical theory of perversion, consulting Freud and Lacan’s texts. The second section explains some of the most important arguments of the queer theory, particularly, the theoretical dominance of the compulsory heterosexuality and the primary sexual multipicity. The final paragraphs produce a queer theory’s psychoanalytical review.