RESUMO
Objetivou-se neste estudo explorar a percepção dos dentistas, enfermeiros e médicos do PSF, acerca do uso das plantas medicinais, como terapêutica para as doenças bucais mais frequntes dos tecidos moles. Trata-se de um estudo exploratório realizado na micro-região 5.1 do Distrito Sanitário V do Recife onde foram entrevistados 37 profissionais de saúde. Utilizou-se para a coleta dos dados, um questionário semi-estruturado; formou-se ainda um grupo de discussão com 6 mulheres não grávidas e foram realizadas entrevistas coletivas com 2 homens e 3 gestantes, utilizando-se um roteiro pré-estabelecido. As doenças bucais mais comuns detectadas pelos profissionais do PSF foram Aftas, Gengivites e Candidíase; os profissionais mencionaram para o tratamento destas doenças: a Aroeira e Romã, como antiinflamatórios. Na percepção dos profissionais, os comunitários utilizam no tratamento das doenças bucais as seguintes plantas: Romã, Alfavaca de Caboclo, Cabacinha, Caju-roxo, Quixaba, Gengibre, Hortelã e a Aroeira, sendo, esta última, a mais usada com ação antiinflamatória. A principal forma de utilização é o chá. A terapêutica com plantas no PSF está diretamente relacionada à credibilidade dos profissionais na eficácia das mesmas, ao conhecimento sobre o assunto e à toxicidade.
